Este especial é a junção de três textos escritos em 2019, na altura em que o título de 1974 completava 45 anos.
Aqui os textos estarão em sua totalidade e caso achem extenso demais para a leitura, podem acessar as três partes através do marcador "Emerson 1974" onde, ao final de cada texto, terá os links para as demais partes.
Apreciem a leitura!
Especial Emerson Fittipaldi - Bicampeão 1974
O ano de 1974 para o automobilismo e
indústria automobilística não foi dos melhores. Foi uma época que a visão neste
campo automobilístico – englobando as duas frentes – teve que ser repensada e
ajustada conforme a mudança dos ventos que a Crise do Petróleo, deflagrada ao
final de 1973 com a Guerra de Yom Kippur que fez os barris de petróleo subirem
de preço de forma estratosférica - até 400% -, proporcionou a toda economia mundial.
Enquanto que as grandes fábricas repensavam o modo de construção dos carros,
numa forma onde estes novos veículos pudessem ter um bom desempenho mantendo um
baixo consumo, as competições tiveram que reduzir drasticamente – ou nem tanto
assim – as distâncias a serem percorridas em algumas etapas – ou todas –
visando uma economia global em seus respectivos certames.
O Campeonato Mundial de Marcas e o Mundial
de Ralis foram o que mais sofreram com essa redução, ainda assim que o de
Marcas foi ligeiramente melhor, tendo apenas as provas de Nurburgring e Paul
Ricard reduzidas dos tradicionais 1000Km para 750Km. Nos Ralis, todas as etapas
tiveram reduções nas distâncias e para 1975 seria previsto o fim de provas mais
“velozes”, o que foi um pretexto para que autoridades não interferissem nessa
modalidade. Na Europa, o campeonato que mais sofreu com as restrições foi o
Europeu de Turismo que abrigava os lendários e belos BMW CSL e os Ford Capri
além, claro, do Ford Escort, que levou o título da competição naquele ano. As
duas principais fábricas tiveram que rever o seu programa de competição, porém
não foram tão afetadas assim e puderam manter uma disputa direta entre elas,
sem a interferência de uma terceira concorrente.
Nos EUA, com a sua característica habitual
de alto consumo devido aos seus motores beberrões, a crise pegou pesado por
aquelas bandas, mas quem se saiu bem nisso, mesmo tendo que cortar algumas
provas de seu calendário em dez por cento – a distância delas, no caso – foi a
NASCAR que ainda precisou reduzir o tempo das qualificações. Mas estas medidas
não afetaram o grande campeonato. A Indy teve sérias mudanças no âmbito da
segurança e isso foi de encontro à crise do petróleo, onde a quantidade de
combustível foi regulada para cada competidor, tanto em treinos quanto em
corridas. A Can-Am começou a ver a sua derrocada exatamente nesta época, quando
a limitação do combustível passou a vigorar – tanto que a Porsche retirou o seu
“canhão” 917/30 de linha exatamente por causa do racionamento.
Aqui no Brasil foi possível ver a chegada
da Fórmula Super-Vê que logo de cara fez um tremendo sucesso com o seu torneio,
realizado entre setembro e dezembro de 1974 num total de seis provas – Goiânia,
Brasília, São Paulo (duas vezes), Porto Alegre e Cascavel. Marcos Troncon foi o
primeiro campeão da Super-Vê, com um ponto de vantagem sobre Francisco Lameirão
(20x19). Foi nesse período que outros dois nomes do automobilismo brasileiro
passava a ganhar forma, exatamente por causa de suas exibições na Super-Vê:
Ingo Hoffman e Nelson Piquet.
Na Fórmula-1, que iniciava a 25ª temporada
de sua história, as mudanças mais significativas estavam nos cockpits das
equipes. A grave crise não havia afetado totalmente a categoria, mas as equipes
não apresentaram grandes evoluções técnicas em seus carros, excetuando a
Ferrari, Lotus e Tyrrell – para mencionar as grandes – que apresentaram novos
carros, as demais continuaram, ou apresentaram evoluções dos bólidos usados em
1973. Porém, o que deve ser destacado nessa temporada, foi o retorno da Ferrari
ao topo das vencedoras após uma terrível crise técnica que fez a equipe de
Maranello ficar de fora de algumas provas de 1973 para que isto fosse resolvido
por Mauro Forghieri – num meio tempo, Mauro foi afastado após seu fracasso na
construção da Ferrari 312 B3 “Spazzaneve” e substituído por Colombo e John
Thompson, que não conseguiram dar liga ao novo B3 e com isso Forghieri foi
chamado de volta. Niki Lauda mostrou a sua classe que já havia sido muito bem
vista nos seus tempos de BRM, e junto da Ferrari, formaram um conjunto
fortíssimo que só não foi campeão mundial por causa de baixa confiabilidade do
equipamento. Jody Scheckter foi outro que mostrou qualidades e agora com um
carro competitivo e a sua agressividade domada, pôde mostrar o seu valor. José
Carlos Pace foi outro que conseguiu o seu lugar no sol da categoria, ao
apresentar boas performances pela equipe Surtees que pouco lhe podia oferecer e
isso fez com que o desgaste fosse aumentando a ponto de ocorrer uma separação
por ambos os lados, com Pace indo se juntar a outro Carlos, o Reutemann, na
Brabham e naquele local ele pôde mostrar do que era capaz. Outros dois pilotos
que também mostraram as suas virtudes apareceram naquela temporada: James Hunt
e Tom Pryce eram as novas apostas do automobilismo britânico e as suas atuações
passaram a ser bem vistas e era apenas uma questão de tempo para que virassem
grandes astros da categoria. Apesar de todos estes destaques, foi Emerson
Fittipaldi que confirmou a sua genialidade ao dar para a McLaren o seu primeiro
campeonato mundial de pilotos, oito anos após a estréia da equipe de Bruce
McLaren na F1. Para ele foi o segundo mundial e talvez o mais suado, uma vez
que o M23 não era um carro tão bom quanto o 312 B3 da Ferrari, mas que tinha um
trunfo a seu favor que era a confiabilidade que acabou sendo vital para a
conquista de Emerson.
Como havia dito antes, as grandes novidades
provinham apenas nas mudanças de pilotos e a parte técnica ficando em segundo
plano, sem grandes novidades.
Tyrrell 007 |
Lotus JPS 76 |
Mclaren M23 |
Iniciando a temporada com os trabalhos de
Carlos Reutemann e Richard Robarts (que mais tarde seria substituído por Rikki
von Opel, que também daria lugar a José Carlos
Brabham BT44 |
Hesketh 308 |
Ferrari 312 B3 |
BRM P201 |
Shadow DN3 |
Surtees TS16 |
Iso-Marlboro FW1 |
March 741 |
Embassy Hill Lola T370 |
A Ensign de Morris Nunn até que podia vislumbrar algo melhor para 1974 devido a sua parceria com Rikki von Opel, que
financiava o projeto. Mas desgaste nas relações entre as duas partes, deixou a
Ensign sem um apoio financeiro e que foi rapidamente reabilitado com a chegada
do milionário chinês Tedd Yip. Vern Schuppan (depois Mike Wilds é quem
pilotaria o carro no restante do mundial) assumiu o comando do N1/74, mas Yip
também sairia em breve da parceria. Sem dinheiro suficiente, o desenvolvimento
do N1/74 ficou atrasado.
Outras sete equipes também fizeram suas
aparições durante aquela temporada, mas de forma esporádica: a Token, equipe
qual Tom Pryce fez a sua estréia na F1, alinhou em três GPs naquele ano, sendo
uma com Pryce (Bélgica) e duas com Ian Ashley (Alemanha e Áustria) e uma não
classificação com David Purley, em
Brands Hatch. O Trojan, desenhado por Ron
Tauranac, até que apresentou boas performances nas mãos de Tim Schenken durante
a fase européia – já que o orçamento da equipe era limitado e não podiam viajar
para as corridas fora do velho continente. Mas ao menos o carro era confiável e
seu não deu oportunidades de Schenken marcar pontos, ele terminou um bom número
de provas. O Lyncar nem pôde ser avaliado por inteiro, pois o único GP em que
tentou se qualificar foi o da Grã-Bretanha e John Nicholson não obteve sucesso.
Chris Amon também montou a sua equipe, mas foi
pouco feliz já que o carro
projetado por seu amigo John Dalton tinha sérios problemas nos freios. O Maki,
equipe oriunda do Japão, também apareceu pouco durante o ano e nos GPs que se
fez presente não qualificou-se e Howden Ganley era quem pilotava o carro.
Outras duas equipes que fizeram sua estréia na categoria foram a Parnelli e
Penske durante as duas corridas na América do Norte. E na verdade eles já
estavam se preparando para 1975, quando fariam a temporada completa.
O Token RJ02 |
O Maki F101 com Holden Ganley |
O início arrebatador da McLaren e a confirmação da Brabham
A Fórmula-1 abriu seus trabalhos no dia 13
de janeiro na pista de Buenos Aires, debaixo do típico – e forte calor – do
verão argentino. Autódromo lotado, como sempre, afinal os argentinos são
fascinados por automobilismo, mesmo que não haja nenhum piloto local. O que não
era o caso: Carlos Reutemann estava em grande forma naquele fim de semana numa
pista que ele tão bem conhece, mas na classificação ele conseguira apena o
sexto melhor tempo. A pole foi de Ronnie Peterson, extraindo o máximo de sua
velha Lotus 72 num momento que a posição de honra parecia estar destinada à
Regazzoni, que sairia em segundo. Emerson Fittipaldi se posicionou num bom
terceiro lugar, tendo ao seu lado Peter Revson. Carlos Pace marcara o 11º
tempo.
Juan Manuel Fangio foi o responsável pela
largada e no baixar da bandeira, Reutemann costurou os primeiros colocados para
se posicionar em segundo. Emerson continuou em terceiro e Regazzoni envolveu-se
num acidente na primeira volta com Revson, o que deixou o piloto americano logo
de fora. Jarier também acabou batendo em Peter e também abandonou. Um péssimo
dia para a Shadow, que
perdera seus dois carros numa tacada só. Clay continuou
na prova após cair para 20º, mas recuperou-se a tempo de garantir uma terceira
colocação.
Reutemann, que havia ultrapassado Peterson
na terceira volta, estava prestes a vencer a sua primeira corrida oficial na
Fórmula-1 quando o sistema de alimentação do Brabham passou a apresentar
problemas, não conseguindo puxar a gasolina. Isso resultou numa brusca queda de
rendimento que possibilitou a fácil chegada e ultrapassagem de Denny Hulme pelo
Brabham, faltando três voltas para o fim. Um tremendo presente para o veterano
neozelandês. Carlos continuou se arrastando pela pista e, devido a enorme
diferença que construíra durante a corrida, ainda encontrava-se em segundo na
penúltima volta, mas a gasolina acabaria de vez e o piloto argentino ficaria de
vez pelo caminho numa frustrante sétima posição. Emerson estava numa boa terceira
posição até, acidentalmente, esbarrar na chave geral do M23. O carro desligou e
Fittipaldi ficou de fora do GP. Para as próximas corridas, por precaução, a
chave foi cortada ao meio.
Além de Denny, Lauda, Regazzoni, Hailwood,
Beltoise e Depailler, fecharam os seis primeiros. Pace abandonou a corrida na
21ª volta com problemas na suspensão de seu Surtees.
Interlagos foi o palco da segunda prova
daquele ano. Emerson começou de forma eletrizante, ao levar o público ao
delírio com a obtenção da pole. Ao seu lado, um astuto Carlos Reutemann, que
além de mostrar as qualidades do BT44, também queria recuperar a vitória
perdida em Buenos Aires. A terceira posição era de Peterson, com Lauda em
quarto. Na quinta posição, Jacky Ickx e em sexto Peter Revson. Pace marcara o
12º tempo.
Emerson caiu para terceiro na largada, com
Reutemann assumindo o primeiro posto e Peterson o segundo. Mas as três
primeiras voltas foram de um duelo tremendo entre os três pilotos, o que fez os
pneus de Carlos se desgastar rapidamente. Peterson e Emerson subiram uma
posição após passarem pelo piloto argentino, e logo se distanciaram. Até a 16ª
volta foi uma perseguição implacável de Emerson sobre Ronnie, mas o sueco foi
para os boxes trocar um dos pneus que acabou furando. O maravilhoso duelo havia
acabado e agora Fittipaldi estava tranquilamente na ponta da corrida, até que
entre a volta 29 e 30 um temporal caiu no traçado paulistano encharcando toda a
pista. A direção de prova decidiu encerrar a corrida na volta 31, de um total
de 40. Emerson chegava a sua primeira vitória no ano, assim como a primeira
pela McLaren e a segunda consecutiva em Interlagos. A segunda posição foi
conquistada por Regazzoni, mostrando mais uma vez a boa evolução da 312 B3, em
terceiro Ickx, quarto Pace, quinto para Hailwood e sexto para Peterson. No
campeonato de pilotos, Clay Regazzoni aparecia liderando com 10 pontos; Hulme e
Emerson Fittipaldi computavam 9 pontos cada na segunda e terceira posições; em
quarto Niki Lauda com 6 pontos; em quinto Hailwood com 5 pontos e em sexto
Ickx, com 4 pontos.
Antes que a terceira etapa – o GP da Áfricado Sul – fosse realizada, as equipes realizaram testes coletivos em Kyalami. E
foi nestes testes que Peter Revson teve o seu acidente mortal, após escapar na
curva Barbeau e ir de encontro ao guard-rail. A Shadow não participou do GP, em
respeito à memória de Revson. A corrida foi realizada um mês depois após o
governo local suspender as provas automobilísticas devido à grave crise do
petróleo. A segurança naquele circuito também foi muito discutida, mas nada
fizeram para melhorá-la.
Quando a F1 voltou ao circuito
sul-africano, pode-se ver a força da Ferrari através da pole-position de Niki Lauda. Carlos Pace mostrou mais uma vez as suas qualidades e arrancou um
sensacional segundo lugar com o Surtees. No mesmo embalo, Arturo Merzario
também fez um treino espantoso ao colocar o Isso-Marlboro em terceiro, com
Reutemann em quarto. Emerson aparecia em quinto, com Regazzoni em sexto.
A corrida foi uma luta particular entre Lauda
e Reutemann, sendo que o piloto austríaco liderou as dez primeiras voltas do GP
e perdeu a liderança para o argentino, que agüentou bem as investidas de Niki.
Mas as Ferraris, que ocupavam a segunda e terceira colocações até treze voltas
do fim, apresentaram problemas: na volta 65, Clay teve uma falha no motor e
Lauda, há três voltas do fim (75), teve uma pane elétrica. Melhor para Beltoise
e Hailwood, que ocuparam os dois lugares restantes no pódio. Completaram os
seis primeiros, Depailler, Stuck e Merzario. Emerson Fittipaldi não teve um fim
de semana dos melhores, e não passou da sétima posição, enquanto que Pace foi
caindo durante a corrida e fechou em 11º. A Lotus, que estreara o seu JPS 76,
teve um péssimo desempenho e para piorar seus dois pilotos se enroscaram com o
Surtees de Mass e o BRM de Pescarolo ainda no inicio da prova. Isso ocasionou o
abandono de Peterson e um punhado de visitas de Ickx aos boxes, para tentar
regular a asa traseira. Mais tarde o belga abandonaria também.
O forte equilíbrio na primeira parte da fase européia
Os festejos de Lauda e Montezemolo, naquela que foi a primeira vitória do austríaco na F1 e, claro, pela Ferrari |
A Ferrari continuou a mostrar a sua força
naquela temporada. Em Jarama, para o GP da Espanha, Lauda conquistou mais um
pole e desta vez tinha Peterson ao seu lado na primeira fila. Regazzoni era o
terceiro, Emerson o quarto, Ickx o quinto e Reutemann o sexto. Pace se colocara
em 14º. Esta prova marcou o retorno da Shadow, após ter ficado de fora do GP
sul-africano devido a morte de Revson. Para o seu lugar, a equipe recrutou
Brian Redman.
A corrida teve o seu início com chuva e
Ronnie tomou o comando da prova, com as duas Ferraris em seu encalço. Isso
durou até a volta vinte, quando iniciou as trocas para pneus slick devido a
secagem da pista, foi o momento que a Ferrari brilhou em seus pit-stops
fazendo-os de modo seguro e rápido, entregando Lauda e Regazzoni nas duas
primeiras posições da corrida. Se a equipe italiana foi bem, o mesmo não pode
dizer da Lotus que até aparecia com boas hipóteses nessa corrida: Ickx saiu dos
boxes com uma chave presa em uma das rodas e Peterson perdeu um bom tempo em
sua parada. Para completar o calvário, os dois Lotus abandonariam por problemas
mecânicos. Ah, e é bom lembrar que este era o segundo GP do Lotus 76...
Stuck continuava a impressionar: tinha se
beneficiado das paradas nos boxes, para saltar de nono para terceiro entre as
voltas 18 e 26 e mantendo-se lá até a volta 59, quando foi ultrapassado por
Emerson. A quinta colocação foi de Jody Scheckter, que estreava o novo Tyrrell
007, e a sexta de Denny Hulme.
Na Bélgica o duelo entre
Emerson Fittipaldi e as duas Ferrari foi o ponto alto do final de semana. A
pista de Nivelles recebeu o GP belga pela segunda vez - a primeira foi em 1972 - e que
por muito pouco acabou por não ser realizado devido as dificuldades
financeiras. Patrick Depailler passou a ter a sua disposição o Tyrrell 007, assim como já acontecera com
com Jody Scheckter desde a prova anterior na Espanha.
Clay Regazzoni conseguiu a pole com a marca de 1'09"82, deslocando Jody Scheckter para o segundo lugar. Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Arturo Merzario, num grande trabalho com o Iso-Marlboro, aparecendo num ótimo sexto lugar. O grid contou com 31 carros, contra os 25 regulamentar da CSI.
Emerson vencendo em Nivelles |
Apesar de um desempenho forte de Regazzoni, Emerson e Niki Lauda não deixaram o piloto suíço escapar na dianteira. Ao se aproximar dos retardatários Clay se atrapalhou com o BRM de François Migault e ficando encaixotado no carro do piloto francês, foi presa fácil para Fittipaldi e Lauda que subiram para as duas primeiras posições. Regazzoni ainda conseguiu se livrar a tempo de Migault para sustentar a terceira posição. Mas a sorte abandonaria o piloto suíço na última volta, quando quebrou um duto de combustível do Ferrari fazendo-o perder o terceiro lugar para Scheckter.
Mais a frente Fittipaldi não teve vida fácil com Lauda que o pressionava volta a volta, mas Emerson consegui manter-se calmo para vencer o segundo - e último - GP realizado em Nivelles. Scheckter, Regazzoni, Jean Pierre Beltoise e Denny Hulme completaram os seis primeiros.
Esta corrida marcou algumas estreias como as da equipe Token e dos pilotos Tom Pryce (Token); Gerard Larousse (Brabham da Scuderia Finotto) e Teddy Pilette (Brabham).
Quando a Fórmula 1 chegou ao principado um velho de guerra estava presente: a Lotus havia deixado de lado o problemático Lotus 76 e trouxe de volta seu bom e velho cavalo de guerra, o Lotus 72. Seria uma forma de, ao menos, colocar a equipe de volta aos trilhos. Esta corrida também contou com a estréia dos pneus traseiros de 29 polegadas da Firestone.
O grid de largada teve a pole de Niki Lauda, com Regazzoni em segundo mostrando a força da Ferrari nos treinos classificatórios. Ronnie Peterson cravou um belo terceiro lugar, tendo ao seu lado Patrick Depailler e em seguida Jody Scheckter e Jean Pierre Jarier, fechando os seis primeiros. Emerson Fittipaldi, que contraiu uma forte gripe naquele final de semana, fez apenas o 13o tempo e tratando-se de uma corrida no ultra-travado circuito de Monte Carlo, precisaria de uma dose extra de sorte para salvar alguns pontos.
A grande vitória de Peterson em Monte Carlo |
Pontuação: Emerson Fittipaldi 24 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda 21; Jody Scheckter 12; Denny Hulme 11.
O Grande Prêmio da Suécia, em Anderstorp,
contou com algumas novidades nas inscrições: o piloto local Bertil Roos foi
escalado para pilotar pela Shadow, em substituição ao recém aposentado da Fórmula-1
Brian Redman, e Leo Kinnunen, a bordo do Surtees, conseguiu a sua primeira
qualificação para o GP depois de ter falhado nos treinos para o GP da Bélgica.
Com isso, Kinnunen tornou-se o primeiro finlandês a largar num Grande Prêmio. E
equipe de Frank Williams não teve a sua dupla de pilotos titulares nessa etapa:
enquanto que Richard Robarts substituiu Arturo Merzario que estava doente, Tom
Belso assumiu o lugar de Gijs Van Lennep. A BRM também levou novidades para
esta corrida, ao disponibilizar uma nova P201 para Henri Pescarolo que vinha
utilizada a já defasada P160.
O final de semana foi inteiro para a
Tyrrell, que voltou a desfrutar de um domínio amplo com seus
dois jovens
pilotos. Patrick Depailler cravou a pole, com Jody Scheckter logo em segundo.
Lauda, Regazzoni, Peterson e Hunt fecharam as seis primeiras colocações.
Emerson Fittipaldi aparecia em sétimo, com Reutemann logo ao seu lado.
As Tyrrell comandaram as ações em Anderstorp |
A corrida foj uma extensão do domínio
apresentado pela Tyrrell: Scheckter conseguiu uma melhor partida que Depailler,
que se viu em terceiro após presenciar uma bela largada de Ronnie Peterson que
pulou de quinto para segundo. Infelizmente o herói local não conseguiu dar
combate as Tyrrells, já que eixo do Lotus 72 acabou quebrando. Com a vida
facilitada, tanto Scheckter quanto Depailler tiveram apenas o trabalho de
manterem suas posições – se bem que ainda tivesse algumas intervenções por pare
de Ken Tyrrell, que lhes pediu para que abrandassem o forte ritmo. Enquanto que
os dois Tyrrell desfilavam pelo circuito, Niki Lauda travou grande duelo contra
um surpreendente James Hunt, que enfim teve um bom final de semana com a sua
Hesketh. Hunt venceu a disputa com Lauda, que mais uma vez sofreu com problemas
na Ferrari (câmbio), tendo que abandonar na volta 70. Regazzoni já saíra antes,
na volta 23, por conta do mesmo problema. James Hunt passou a ter alguma chance
de vencer ao conseguir descontar a desvantagem para o duo da Tyrrell em até
dois segundos por volta, mas isso foi logo respondido pelos “Tyrrell Boys’, que
tinham a prova sob controle. Jody Scheckter venceu o GP sueco tornando-se o
primeiro sul-africano a conquistar uma vitória na categoria; Patrick Depailler
fechou em segundo com apenas três décimos de atraso, enquanto que Hunt ficou a
três segundos em terceiro, fechando um pódio jovem e promissor. Emerson
Fittipaldi, em mais uma corrida feita com total paciência, terminou em quarto;
Jean Pierre Jarier foi o quinto e Graham Hill, que não conquistava pontos desde
1972, fechou em sexto com o Lola da sua equipe Embassy Racing. Foi o seu
derradeiro ponto na categoria.
A classificação do campeonato mostrava
Emerson Fittipaldi com 27 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda e Jody
Scheckter 21; Denny Hulme11.
José Carlos Pace se desligou da equipe Surtees após divergências com John Surtees. Com isso apenas Jochen Mass alinharia com o carro da Surtees, porém um acidente nos treinos impossibilitou a sua participação - e consequentemente a da equipe. Sobre as equipes, esta prova marcou a estréia de Tom Pryce na Shadow.
A Ferrari dominou os treinos, com Lauda a fazer a pole e Regazzoni em segundo. Emerson aparecia em terceiro, com Mike Hailwood em terceiro e Scheckter e Hunt logo em seguida.
A corrida foi uma passeio da Ferrari, apesar de uma rápida intromissão de Hailwood que foi logo superada por Regazzoni, que recuperou a segunda posição na segunda volta. Houve alguma disputa da terceira colocação para baixo, entre os dois Tyrrell e os dois McLaren. Niki Lauda não teve nenhum incômodo na sua liderança, terminando oito segundos a frente de Clay. Emerson Fittipaldi conseguiu superar Depailler e Hailwood para terminar em terceiro, trinta segundos atrás de Lauda. Mike Hailwood (para o piloto inglês acabou por ser os seus últimos pontos), Jody Scheckter e Patrick Depailler fecharam os seis primeiros.
Emerson Fittipaldi seguiu como líder agora com 31 pontos, um a mais que Niki Lauda; Clay Regazzoni aparecia em terceiro com 28; Jody Scheckter em quarto com 23 e Mike Hailwood em quinto com 12 pontos.
Niki Lauda dominou amplamente o GP holandês |
O desafio da Ferrari, chances para Tyrrell, ascensão da Brabham e Emerson bicampeão
Ronnie vencendo o seu segundo GP na temporada |
O GP da França, disputado em
Dijon-Prenois, deu início a segunda parte de um campeonato que prometia ser
equilibrado exatamente pela crescente da Ferrari que parecia conseguir traduzir
a sua inquestionável velocidade nas qualificações também nas corridas. Seria um
desafio e tanto para a McLaren de Emerson Fittipaldi, que tinha a seu favor a
confiabilidade e a regularidade do piloto brasileiro. Mas não podia-se
descartar a velocidade do jovem duo da Tyrrell - Scheckter e Depailler - assim
como a eficiência de Ronnie Peterson no comando do Lotus 72. Isso sem contar em
Carlos Reutemann, que também era um candidato a roubar valiosos pontos com a
sua Brabham.
A única novidade entre os pilotos foi a aparição de José Carlos Pace com o Brabham da equipe Hexagon, mas infelizmente não obteve qualificação por problemas mecânicos. Neste GP apenas 22 carros - de um total de 30 inscritos - foram permitidos no alinhamento.
O treino classificatório viu mais uma vez Niki Lauda ficar com a pole e ao seu lado Ronnie Peterson, extraindo mais uma vez o máximo do Lotus 72. Tom Pryce foi a grande sensação da qualificação ao fazer o terceiro tempo com a Shadow. Regazzoni, Fittipaldi e Hailwood fecharam os seis primeiros.
A corrida começou de forma caótica a partir do momento que Pryce teve uma má largada e no momento que era engolido pelo grid, acabou sendo acertado pelo Brabham de Reutemann. Hunt e Pescarolo também se envolveram no acidente. Reutemann ainda continuou na corrida, fazendo duas visitas aos boxes para verificações na suspensão dianteira para depois rodar e abandonar definitivamente na volta 25.
Niki Lauda parecia estar forte neste GP, mas fortes vibrações num dos pneus o forçou a descer para o segundo lugar. Ronnie Peterson assumiu a liderança para vencer a sua segunda corrida no ano, seguido por Lauda e Regazzoni. Emerson Fittipaldi estava em quarto quando o motor Cosworth explodiu. Jody Scheckter terminou em quarto, com Ickx em quinto e Hulme em sexto.
Com estes resultados Niki Lauda era o novo líder do campeonato com 36 pontos, seguido por Regazzoni com 32; Emerson Fittipaldi caía para terceiro; Jody Scheckter em quarto com 26 e Ronnie Peterson aparecia em quinto com 19 pontos.
A única novidade entre os pilotos foi a aparição de José Carlos Pace com o Brabham da equipe Hexagon, mas infelizmente não obteve qualificação por problemas mecânicos. Neste GP apenas 22 carros - de um total de 30 inscritos - foram permitidos no alinhamento.
O treino classificatório viu mais uma vez Niki Lauda ficar com a pole e ao seu lado Ronnie Peterson, extraindo mais uma vez o máximo do Lotus 72. Tom Pryce foi a grande sensação da qualificação ao fazer o terceiro tempo com a Shadow. Regazzoni, Fittipaldi e Hailwood fecharam os seis primeiros.
A corrida começou de forma caótica a partir do momento que Pryce teve uma má largada e no momento que era engolido pelo grid, acabou sendo acertado pelo Brabham de Reutemann. Hunt e Pescarolo também se envolveram no acidente. Reutemann ainda continuou na corrida, fazendo duas visitas aos boxes para verificações na suspensão dianteira para depois rodar e abandonar definitivamente na volta 25.
Niki Lauda parecia estar forte neste GP, mas fortes vibrações num dos pneus o forçou a descer para o segundo lugar. Ronnie Peterson assumiu a liderança para vencer a sua segunda corrida no ano, seguido por Lauda e Regazzoni. Emerson Fittipaldi estava em quarto quando o motor Cosworth explodiu. Jody Scheckter terminou em quarto, com Ickx em quinto e Hulme em sexto.
Com estes resultados Niki Lauda era o novo líder do campeonato com 36 pontos, seguido por Regazzoni com 32; Emerson Fittipaldi caía para terceiro; Jody Scheckter em quarto com 26 e Ronnie Peterson aparecia em quinto com 19 pontos.
Brands Hatch sediou o GP da
Grã-Bretanha e nesta corrida pode-se ver a presença recorde da temporada com 34
inscritos. Destaque para a aparição de carros da Lyncar e Maki que foram
pilotadas por John Nicholson e Holden Ganley, respectivamente - porém não
classificadas para a corrida. José Carlos Pace estreou pela Brabham em
substituição a Rikky Von Opel, que se retirou da categoria. Derek Bell assumiu
o posto num dos carros da Surtees, posto que ficaria até o GP do Canadá. Peter
Gethin também assumiu um lugar no grid, ao substituir o acidentado Guy Edwards
- que quebrou o pulso numa prova da F-5000 - na equipe Embassy Hill. Lella Lombardi apareceu com
um Brabham da equipe Allied Polymer Group com o #208, por conta do patrocínio da Rádio de Luxemburgo que tinha
suas ondas de alcance em 208 metros - algo em torno de 1439kHz. O grid foi formado com
25 participantes.
Niki Lauda continuou a sua grande performance nas qualificações ao fazer a
pole, porém teve ao seu lado Ronnie Peterson que igualou seu tempo no treino
(1'19"7). Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Tom Pryce e James Hunt
fecharam os seis primeiros. Outros dois candidatos ao título, Emerson e Clay,
apareciam na quarta fila em sétimo e oitavo respectivamente.
A corrida foi praticamente um passeio de Niki Lauda, que dominou quase que todo GP de ponta a ponta. Seus rivais mais próximos enfrentaram problemas, como Reutemann que acidentou na volta 38; Peterson e Regazzoni sofreram furos nos pneus e isso forçaram a sua ida aos boxes, perdendo terreno. Até a volta 73 Niki Lauda parecia que estava próximo de vencer - apesar da aproximação de Scheckter - mas o furo no pneu de seu Ferrari, procedente dos destroços do acidente de Hans Stuck da curva Dingle Dell, aumentou e ele teve que parar no box. Quando estava prestes a voltar, foi impedido e por comissários que alegavam que a prova estava prestes a terminar. Com isso Lauda perdeu o quinto lugar, que só foi recuperado algum tempo depois que a Ferrari entrou com recurso na CSI.
Jody Scheckter vencia, assim, o seu segundo GP com Emerson Fittipaldi, que soube aproveitar os infortúnios daqueles que iam à sua frente para chegar a um ótimo segundo lugar. Jacky Ickx conquistou o terceiro lugar, repetindo o seu melhor resultado naquela temporada - foi terceiro no Brasil; Regazzoni, Lauda e Reutemann fecharam os seis primeiros.
Niki Lauda continuou na liderança do campeonato, agora com 38 pontos; Emerson Fittipaldi aparecia em segundo com 37; Jody Scheckter e Clay Regazzoni apareciam empatados com 35 pontos; e na quinta colocação Ronnie Peterson com 19 pontos.
Scheckter aproveitou bem a chance para vencer em Brands Hatch |
A corrida foi praticamente um passeio de Niki Lauda, que dominou quase que todo GP de ponta a ponta. Seus rivais mais próximos enfrentaram problemas, como Reutemann que acidentou na volta 38; Peterson e Regazzoni sofreram furos nos pneus e isso forçaram a sua ida aos boxes, perdendo terreno. Até a volta 73 Niki Lauda parecia que estava próximo de vencer - apesar da aproximação de Scheckter - mas o furo no pneu de seu Ferrari, procedente dos destroços do acidente de Hans Stuck da curva Dingle Dell, aumentou e ele teve que parar no box. Quando estava prestes a voltar, foi impedido e por comissários que alegavam que a prova estava prestes a terminar. Com isso Lauda perdeu o quinto lugar, que só foi recuperado algum tempo depois que a Ferrari entrou com recurso na CSI.
Jody Scheckter vencia, assim, o seu segundo GP com Emerson Fittipaldi, que soube aproveitar os infortúnios daqueles que iam à sua frente para chegar a um ótimo segundo lugar. Jacky Ickx conquistou o terceiro lugar, repetindo o seu melhor resultado naquela temporada - foi terceiro no Brasil; Regazzoni, Lauda e Reutemann fecharam os seis primeiros.
Niki Lauda continuou na liderança do campeonato, agora com 38 pontos; Emerson Fittipaldi aparecia em segundo com 37; Jody Scheckter e Clay Regazzoni apareciam empatados com 35 pontos; e na quinta colocação Ronnie Peterson com 19 pontos.
Nurburgring recebeu algumas
mudanças para melhorar a segurança, especialmente com adição de guard-rails e
áreas de escape com bancada de areia. O GP da alemão foi bem movimentado desde
os treinos, quando Ronnie Peterson acidentou-se com a Lotus 72 nos treinos
livres a deixando inutilizável. Dessa forma o piloto sueco teve que utilizar a
76, enquanto que Jacky Ickx ficou com a 72; a Ferrari estreou novos aerofólios,
enquanto que a BRM conseguiu eliminar 20kg de peso dos P201. Howden Ganley acidentou com o Maki e machucou gravemente
os pés, forçando o seu retiro da categoria.
A Ferrari deu as cartas mais uma vez na classificação, com Lauda fazendo a sua sétima pole no ano e Regazzoni logo em seguida. Emerson Fittipaldi, Scheckter, Depailler e Reutemann fecharam os seis primeiros.
A corrida foi dominada amplamente por Clay Regazzoni, que liderou todas a voltas do GP reencontrando uma vitória que não vinha desde o Grande Prêmio da Itália de 1970. Niki Lauda acabou batendo ainda no início da corrida quando tentou superar Jody Scheckter. Este GP também
revelou-se desastroso para a McLaren: enquanto que
Emerson Fittipaldi e Denny Hulme se acidentaram ainda no grid, após o
brasileiro ficar parado por problemas na embreagem e ser acertado por Hulme -
Denny ainda tentou usar o carro reserva, mas foi desclassificado -, Mike
Hailwood teve um forte acidente na volta 13 quando passou pelo trecho da
Pflanzgartem indo de frente ao guard-rail. Mike teve uma das pernas quebrada e
igual ao que acontecera com Ganley, acabou encerrando a sua carreira na Fórmula
1. Outros pilotos se acidentaram, mas sem gravidade como foram os casos de
Jacques Laffite (Iso), John Watson (Brabham) e Depailler (Tyrrell).
Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e Tom Pryce, que conquistou seu primeiro ponto na categoria, fecharam os seis primeiros.
Com a vitória, Regazzoni assumiu a liderança do mundial com 44 pontos enquanto que Scheckter subiu para segundo com 41 pontos. Niki Lauda continuou com seus 38 pontos, agora em terceiro; Emerson caiu para quarto com seus inalterados 37 pontos e Ronnie Peterson continuava em quinto, agora com 22 pontos.
A Ferrari deu as cartas mais uma vez na classificação, com Lauda fazendo a sua sétima pole no ano e Regazzoni logo em seguida. Emerson Fittipaldi, Scheckter, Depailler e Reutemann fecharam os seis primeiros.
A corrida foi dominada amplamente por Clay Regazzoni, que liderou todas a voltas do GP reencontrando uma vitória que não vinha desde o Grande Prêmio da Itália de 1970. Niki Lauda acabou batendo ainda no início da corrida quando tentou superar Jody Scheckter. Este GP também
Regazzoni conseguiu encaixar um bom final de semana e venceu em Nurburgring |
Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e Tom Pryce, que conquistou seu primeiro ponto na categoria, fecharam os seis primeiros.
Com a vitória, Regazzoni assumiu a liderança do mundial com 44 pontos enquanto que Scheckter subiu para segundo com 41 pontos. Niki Lauda continuou com seus 38 pontos, agora em terceiro; Emerson caiu para quarto com seus inalterados 37 pontos e Ronnie Peterson continuava em quinto, agora com 22 pontos.
O GP da Áustria trouxe algumas
novidades para o pelotão. A McLaren recorreu a David Hobbs para substituir o
convalescente Mike Hailwood; Guy Edwards ainda não estava em condições de
voltar a pilotar e isso forçou Graham Hill ir atrás de Rolf Stommelen para
assumir o comando do Lola-Ford da equipe Embassy; Jochen Mass deixou a equipe
Surtees e junto levou o principal patrocinador da equipe, a Bang & Olufsen.
Jean Pierre Jabouille substituiu o piloto alemão. Aproveitando que a prova era
em território austríaco, dois pilotos locais estrearam: Dieter Quester alinhou
um Surtees TS16 da equipe Memphis Team International, enquanto que Helmut
Koinnig ficava a cargo do Brabham BT42 da Elan Racing Team. A principal
ausência remontava a BRM, que alinhou apenas o carro de Jean Pierre Beltoise. O
segundo carro que era de Henri Pescarolo acabou ficando de fora por problemas
no fornecimento de motor.
Niki Lauda fez a pole, acompanhado por Carlos Reutemann na primeira fila.
Emerson Fittipaldi e Carlos Pace formaram uma segunda fila brasileira, enquanto
que Jody Scheckter e Ronnie Peterson formavam a terceira fila. Clay Regazzoni
aparecia em oitavo, logo atrás de James Hunt.
A corrida foi resumida a uma prova de sobrevivência: Reutemann teve uma melhor saída e assumiu a liderança, enquanto que Lauda ficava em segundo. A corrida do piloto argentino foi a mais tranquila possível liderando a corrida de ponta a ponta, mas da segunda posição para trás foi de problemas e mais problemas para os pilotos que disputavam o título: Jody Scheckter abandonou na volta 9 com problemas no câmbio; Niki Lauda ficou de fora com o câmbio quebrado na volta 17; enquanto que Fittipaldi abandonou pelo mesmo problema, na volta 38. Pace era segundo e estava prestes a subir pela primeira vez ao pódio, quando a pressão do óleo fez o motor Cosworth falhar na passagem 42. Ronnie Peterson assumiu a segunda posição do brasileiro, mas quatro voltas depois apresentou problemas na transmissão.
Denny Hulme voltou ao pódio na segunda posição, James Hunt foi o terceiro, John Watson o quarto, Clay Regazzoni foi o único dos quatro candidatos ao título a completar a corrida, ainda que tenha sido em quinto e contado um pouco com a sorte, pois teve um furo num dos pneus traseiros de precisou trocá-lo, e a sexta colocação ficou para Vittorio Brambilla.
Os dois pontos conquistados por Regazzoni foram importantes para deixá-lo um pouco mais confortável na liderança da tabela com 46 pontos; Jody Scheckter em segundo com 41; Niki Lauda terceiro com 38; Emerson Fittipaldi em quarto com 37; e Carlos Reutemann subindo para quinto com 23 pontos.
Reutemann aproveitou bem dos problemas dos favoritos para vencer em Osterreichring |
A corrida foi resumida a uma prova de sobrevivência: Reutemann teve uma melhor saída e assumiu a liderança, enquanto que Lauda ficava em segundo. A corrida do piloto argentino foi a mais tranquila possível liderando a corrida de ponta a ponta, mas da segunda posição para trás foi de problemas e mais problemas para os pilotos que disputavam o título: Jody Scheckter abandonou na volta 9 com problemas no câmbio; Niki Lauda ficou de fora com o câmbio quebrado na volta 17; enquanto que Fittipaldi abandonou pelo mesmo problema, na volta 38. Pace era segundo e estava prestes a subir pela primeira vez ao pódio, quando a pressão do óleo fez o motor Cosworth falhar na passagem 42. Ronnie Peterson assumiu a segunda posição do brasileiro, mas quatro voltas depois apresentou problemas na transmissão.
Denny Hulme voltou ao pódio na segunda posição, James Hunt foi o terceiro, John Watson o quarto, Clay Regazzoni foi o único dos quatro candidatos ao título a completar a corrida, ainda que tenha sido em quinto e contado um pouco com a sorte, pois teve um furo num dos pneus traseiros de precisou trocá-lo, e a sexta colocação ficou para Vittorio Brambilla.
Os dois pontos conquistados por Regazzoni foram importantes para deixá-lo um pouco mais confortável na liderança da tabela com 46 pontos; Jody Scheckter em segundo com 41; Niki Lauda terceiro com 38; Emerson Fittipaldi em quarto com 37; e Carlos Reutemann subindo para quinto com 23 pontos.
Monza e sua atmosfera festiva por
conta dos tiffosi, que costumam lotar as arquibancadas do tradicional circuito
italiano, recebeu a antepenúltima etapa daquele mundial de 1974. Apesar dos inúmeros
problemas enfrentados nos últimos GPs, a esperança da torcida - e imprensa -
italiana é que a Ferrari recuperasse a confiabilidade e partisse para uma
conquista arrebatadora que lhes pudessem dar o ânimo necessário para uma
conquista que não vinha desde 1964.
A Lotus repetiu a sua formação, ao entregar o 72 para Peterson - agora com a dianteira do carro voltando ao seu formato original - e o 76 para Ickx; a Brabham cedeu o BT44 reserva para John Watson.
A Lotus repetiu a sua formação, ao entregar o 72 para Peterson - agora com a dianteira do carro voltando ao seu formato original - e o 76 para Ickx; a Brabham cedeu o BT44 reserva para John Watson.
A esperança dos ferraristas aumentaram quando Niki Lauda anotou mais uma pole
para a sua coleção, formando a primeira fila com Carlos Reutemann - assim como
acontecera no Osterreichring. Carlos Pace e John Watson alinharam as outras
duas Brabham na segunda fila, mostrando o bom rendimento que aqueles carros da
equipe de Bernie Ecclestone estavam atingindo naquela fase final. Emerson
Fittipaldi e Clay Regazzoni ocupavam a terceira fila. Jody Scheckter fez apenas
o 12o tempo.
O decorrer do GP foi um sonho de uma noite de verão para os italianos, que chegaram a vislumbrar
uma possível dobradinha: Lauda conseguiu sustentar a
liderança e na segunda volta Regazzoni já superava Reutemann na briga pela
segunda posição, deixando um cenário animador naquele momento para a torcida e
também para o campeonato. Mas os azares - leia-se confiabilidade - acabaram
tirando Lauda de combate na volta 33 por causa da refrigeração no motor.
Regazzoni assumiu a liderança e as coisas pareciam bem encaminhadas até que o
motor do Ferrari também falhou. O que parecia ser uma festa para os torcedores
italianos, tornou-se uma tarde para lá de desastrosa.
Ronnie Peterson venceu o GP italiano após duelar contra Emerson Fittipaldi, que ficou em segundo. Jody Scheckter fez uma bela prova de recuperação e terminou em terceiro, salvando um final de semana que tendia a ser desastroso após a qualificação. Merzario ficou em quarto - nesta que foi última vez a pontuar na Fórmula 1 - Pace ficou em quinto e Hulme em sexto. Reutemann acabou abandonando na volta 13 por problemas de câmbio e suas já remotas chances de título desapareceram nesta corrida.
O campeonato ficou ainda mais embolado com Regazzoni se mantendo na ponta com seus 46 pontos, um a mais que Scheckter que ocupava a segunda posição e três a mais que Emerson Fittipaldi que aparecia em terceiro; Lauda era quarto com 38 e Peterson em quinto com 31.
O decorrer do GP foi um sonho de uma noite de verão para os italianos, que chegaram a vislumbrar
Peterson e Emerson reeditaram em Monza o resultado de 1973, mas desta vez favorável ao brasileiro |
Ronnie Peterson venceu o GP italiano após duelar contra Emerson Fittipaldi, que ficou em segundo. Jody Scheckter fez uma bela prova de recuperação e terminou em terceiro, salvando um final de semana que tendia a ser desastroso após a qualificação. Merzario ficou em quarto - nesta que foi última vez a pontuar na Fórmula 1 - Pace ficou em quinto e Hulme em sexto. Reutemann acabou abandonando na volta 13 por problemas de câmbio e suas já remotas chances de título desapareceram nesta corrida.
O campeonato ficou ainda mais embolado com Regazzoni se mantendo na ponta com seus 46 pontos, um a mais que Scheckter que ocupava a segunda posição e três a mais que Emerson Fittipaldi que aparecia em terceiro; Lauda era quarto com 38 e Peterson em quinto com 31.
A Formula-1 rumou para Mosport
onde ocorreria o GP do Canadá. Cinco pilotos estavam ainda no jogo, mas aquela
corrida decidiria o destino de dois deles na disputa por aquele eletrizante – e
imprevisível – campeonato. Penske e Parnelli, com seus modelos PC1 e VPJ4,
estrearam naquele GP tendo Mrk Donohue e Mario Andretti em seus respectivos
carros. Chris Amon substituiu Pescarolo na BRM; Mass assumiu o comando do
Mclaren Yardley no lugar de David Hobbs; e Helmuth Koinnig enfim estreou-se em
GPs, ao competir pela Surtees.
Os treinos saíram um pouco da sua
rotina da qual todos já estavam acostumados: ao invés da Ferrari de Lauda na
dianteira, era o M23 de Emerson Fittipaldi que encabeçava aquele grid – era a
segunda pole naquele ano (a outra havia sido em Interlagos). Niki Lauda
aparecia em segundo, com Scheckter, Reutemann, Jarier e Regazzoni completando
os seis primeiros naquele grid. Ronnie Peterson aparecia apenas em décimo.
Emerson vencendo em Mosport: um importante passo para o segundo título |
A corrida foi tensa e emocionante.
Niki Lauda conseguiu tomar a liderança já na largada e a sua condução parecia
inabalável, tendo Emerson em segundo, Regazzoni em terceiro e Scheckter em
quarto, que logo em seguida ultrapassaria Clay na disputa pelo terceiro lugar.
Mas as coisas passaram a se definir mais a frente, quando Scheckter escapou e
bateu forte na volta 49 e Niki Lauda, pressionado por Emerson, acabou perdendo
o controle de sua Ferrari ao passar sobre detritos e bateu quando a corrida
estava na 70ª volta. Fim de prova para o piloto austríaco que dava adeus a sua
já remota chance de conquistar o título. Emerson venceu o GP canadense num
momento importante do campeonato, tendo Regazzoni em segundo, Peterson – que
fizera uma bela corrida de recuperação, conseguindo até mesmo alcançar e
ameaçar a segunda posição de Regazzoni – ficou em terceiro e infelizmente
também deixava as sua remotas chances de conquistar o mundial. James Hunt,
Patrick Depailler e Denny Hulme completaram os seis primeiros – esse GP do
Canadá foi o derradeiro para Derek Bell e Eppie Wietzes, assim como também a
última vez que Denny Hulme chegou a casa dos pontos e Emerson Fittipaldi
marcando um pole na Fórmula-1.
A tabela do campeonato mostrava a
retomada da liderança de Emerson Fittipaldi agora com os mesmos 52 pontos de
Regazzoni; Jody Scheckter era o terceiro com 45; Niki Lauda em quarto com 38; e
Ronnie Peterson em quinto com 35.
Três contendores e a chance de um
título mundial. Mais um menos assim é que poderiam iniciar o título de uma
matéria para aqueles dias que antecediam o derradeiro GP daquela eletrizante
temporada de 1974. Daqueles três, apenas Emerson Fittipaldi é quem havia
experimentado o gosto de ser um campeão mundial – tal primazia conquistada dois
anos antes quando era piloto da Lotus. Para Clay Regazzoni e Jody Scheckter era
a primeira oportunidade de ambos para chegar ao olimpo da categoria. A
matemática era favorável aos dois líderes do campeonato: Emerson precisava
chegar a frente de Regazzoni e em caso de vitória de Scheckter, precisava
terminar até a quarta colocação – e o mesmo se aplicava a Regazzoni, que
precisaria ficar na frente de Fittipaldi e terminar em quarto em caso de
vitória de Jody; para o jovem sul-africano as coisas eram mais complicadas: era
obrigado a vencer e torcer para que Emerson e Clay ficassem da quinta posição
para baixo. Ou seja: apenas um milagre para que Jody pudesse vencer o seu
primeiro mundial na Fórmula-1. Certamente seria uma final tensa e emocionante
para estes três pilotos.
As equipes realizaram testes de
dois dias em Watkins Glen, uma semana antes do GP onde enfrentaram um frio
rigoroso que beirava zero grau. Na semana seguinte, o frio ainda era intenso e
possibilidade de nevar também era considerada – algo que não chegou acontecer e
já na sexta-feira chegou fazer sol e a temperatura subiu para seis graus.
A classificação relegou seus
principais pilotos daquele final de semana a coadjuvantes: Carlos Reutemann
continuou a demonstrar a ótima evolução do Brabham BT44 ao fazer a pole
position, tendo ao seu lado James Hunt que também vinha numa boa crescente
naquelas últimas corridas com a sua Hesketh; Mario Andretti levou o carro da
Parnelli (VPJ 4) a um excelente terceiro lugar, uma vez que até conseguira na
sexta o melhor tempo da classificação; José Carlos Pace ficou com quarto melhor
tempo, enquanto que Niki Lauda era o quinto. O primeiro dos favoritos ao título
a aparecer no grid era Jody Scheckter que assinalava o sexto tempo. John Watson
era o sétimo, tendo ao seu lado Emerson Fittipaldi que enfrentara uma série de
problemas de acerto em seu Mclaren desde a sexta-feira. Mas problemas de acerto
não era exclusividade de Emerson: Clay Regazzoni também sofrera um bocado e
cravou o nono tempo para aquela corrida. A ausência nesta última corrida do ano
ficava por conta de Jean Pierre Beltoise, que se acidentou com seu BRM num dos
treinos e teve uma pequena fratura num dos pés.
Antes mesmo que a corrida
começasse, problemas apareceram para alguns no grid: para a Parnelli a
perspectiva de uma boa apresentação por parte de Mario Andretti era
considerável, porém as coisas começaram a ruir quando o motor Cosworth apresentou
problemas ainda no warm-up – e que viria agravar mais tarde quando a corrida
estava prestes a começar, sendo que o Parnelli precisou de ajuda
para largar e
isso custou a Mario uma desclassificação quatro voltas depois. A outra aflição
por conta do motor Cosworth tinha ficado com a Tyrrell de Jody Scheckter, que
se recusava a funcionar. Como num bom filme de drama/ suspense, o motor
Cosworth pegou um pouco antes que o box fosse fechado.
Reutemann mostrou bem a evolução da Brabham ao vencer convincentemente em Watkins Glen |
Já na corrida, Carlos Reutemann fez valer a sua vantagem da
pole ao sustenta-la frente a James Hunt, Pace, Lauda, Scheckter, Fittipaldi e
Regazzoni – estes dois últimos conseguindo fazer boa largada, deixando para
trás Watson e Andretti, que não conseguira largar por conta dos problemas não
solucionados. Mario anda voltou a corrida, mas foi desclassificado por ter sido
empurrado pelos mecânicos ainda no grid. Ainda sobre os três candidatos ao
título, que agora seguiam um ao outro de muito perto, Emerson chegou perder a
sexta posição para Regazzoni de forma milimétrica, que foi logo recuperada pela
brasileiro que estava com boa distância para Scheckter. As coisas iam bem até
ali... Infelizmente, quando a corrida atingira a décima volta, é que veio a
tragédia quando o Surtees de Helmuth Koinigg, que estava em seu segundo GP,
passou reto no mesmo ponto onde morrera François Cevert em 1973. O Surtees
acabou batendo e atravessando a parte inferior do guard-rail e dessa forma
degolando Koinigg. Foi a segunda morte num intervalo de doze meses em Watkins
Glen, exatamente pela má fixação da proteção metálica.
A corrida para Emerson Fittipaldi começou a dar certo quando
Regazzoni apresentou problemas de vibração em sua Ferrari, fazendo com que
despencasse algumas posições. As coisas para suíço acabaram por piorar quando
ele foi aos boxes trocas os pneus e perder uma volta para demais, o que levou a
Mclaren a mostrar uma placa para Emerson indicando que Clay estava de fora. O
desastre final para a Ferrari foi quando Lauda, que seguia em quarto,
apresentou problemas na direção e isso o fez abandonar na volta 39. Um final de
semana que poderia ser de desforra para a Rossa, acabou por ser apenas o
retrato fiel do que aquela temporada para eles: um carro veloz, mas pouco
confiável.
O então novo bicampeão |
A única coisa que Emerson precisava naquele momento da corrida
era cuidar do equipamento, uma vez que Rega já estava fora de combate e
Scheckter não conseguia ir muito além do quarto lugar – apesar de algumas
investidas do brasileiro, que foram muito bem rechaçadas por Jody. Porém, na
volta 45, um tubo de alimentação do motor Cosworth do Tyrrell de Jody acabou
por quebrar e deixar o sul-africano a pé. Definitivamente Emerson Fittipaldi
chegara ao segundo mundial, ajudando também a Mclaren a conquistar seu primeiro
titulo de construtores. O vermelho e branco dos uniformes da Mclaren se
misturaram ao verde amarelo dos inúmeros torcedores brasileiros, que foram até
Watkins Glen para festejar e testemunhar este grande momento do esporte a motor
do Brasil na Fórmula-1.
Carlos Reutemann dominou amplamente o GP sem dar chances a
Hunt, que fora ultrapassado por Pace que acabou por formar uma dobradinha dos
“Carlos” para a Brabham, algo que não acontecia desde o GP do Canadá de 1969
quando os “Jacks” fizeram a dobradinha – Jacky Ickx e Jack Brabham; os
problemas de freio do Hesketh acabaram relegando Hunt ao terceiro lugar;
Emerson confirmou seu titulo com o quarto lugar; John Watson levou o terceiro
Brabham BT44 (Goldie Hexagon Racing) ao quinto lugar; e Patrick Depailler
salvou mais um ponto para a Tyrrell com o sexto lugar. Este GP estadunidense
marcou a derradeira participação de Denny Hulme na Fórmula-1 – mesmo que ainda
ficasse ativo como presidente da GPDA (Associação de Pilotos de Grande Prêmio).
Apesar de não ter corrido em Watkins Glen, Jean Pierre Beltoise também deixava
a Fórmula-1 após mais de uma década nesta categoria.
Não tem como negar que Emerson
Fittipaldi foi espetacular neste campeonato. Mesmo que o McLaren M23 fosse um
ótimo carro, a maior velocidade do Ferrari 312B3 era impressionante e isso foi constatado nas nove pole
conquistadas por Niki Lauda - e em algumas corridas onde o austríaco esteve em
grande forma, independente se tenha conquistado Oi não a vitória. Porém o
grande trunfo daquele M23 estava em sua confiabilidade e tendo o manejo suave e
preciso de Emerson, o conjunto se saiu formidável para um mundial tão
equilibrado como aquele.
Outro ponto importante naquela temporada foram as aparições de pilotos que teriam papel fundamental no decorrer daquela década: Carlos Reutemann, José Carlos Pace, Jody Scheckter, Niki Lauda, James Hunt, Patrick Depailler, Tom Pryce, John Watson - para falar dos principais - mostraram suas qualidades em poucas etapas. Por estarem em posse de carros de ponta, Lauda, Reuteman e Scheckter estiveram em maior evidência e conseguiram beliscar seus sucessos de forma convincente - tanto que tiveram chances no campeonato, especialmente Lauda e Scheckter que foram até o final com possibilidades, principalmente o sul-africano. Mas Niki Lauda foi, destes citados, o que chamou maior atenção e ficou claro que caso os problemas não tivessem aparecido, o austríaco teria sido um rival muito mais difícil e perigoso do que foi Clay Regazzoni para Emerson Fittipaldi. Com uma Ferrari 312T refinada e altamente confiável, essas impressões foram confirmadas quando o jovem austríaco arrebatou seu primeiro mundial de forma incontestável e impressionante no final de 1975, ajudando a Ferrari a sair de uma incômoda fila de 11 anos sem título.
Voltando a Emerson, o título de 1974 foi importante para mostrar o real valor do piloto brasileiro que havia saído brigado da Lotus por conta do acordo não cumprido em Monza, que daria a ele uma sobrevida naquele mundial de 1973. Mas a sua mudança acabou sendo a certa: mudou-se para uma equipe estava em ascensão e livrou-se do caos técnico que se instalou na Lotus em 1975 por conta da adoção do Lotus 76, que não entregou o desempenho esperado fazendo com que Colin Chapman recorresse ao seu velho cavalo de guerra (Lotus 72), que salvou o ano ao conseguir três conquistas através de Ronnie Peterson.
Mesmo que não tenha tido o melhor carro, o M23 caiu como uma luva para Emerson Fittipaldi e este soube extrair o máximo que este bólido projetado por Gordon Coppuck podia entregar.
Foi uma grande época para a McLaren, que entrava de vez no time das melhores equipes, e para Emerson Fittipaldi, que confirmava de vez a sua genialidade no comando de um carro de corrida.
Outro ponto importante naquela temporada foram as aparições de pilotos que teriam papel fundamental no decorrer daquela década: Carlos Reutemann, José Carlos Pace, Jody Scheckter, Niki Lauda, James Hunt, Patrick Depailler, Tom Pryce, John Watson - para falar dos principais - mostraram suas qualidades em poucas etapas. Por estarem em posse de carros de ponta, Lauda, Reuteman e Scheckter estiveram em maior evidência e conseguiram beliscar seus sucessos de forma convincente - tanto que tiveram chances no campeonato, especialmente Lauda e Scheckter que foram até o final com possibilidades, principalmente o sul-africano. Mas Niki Lauda foi, destes citados, o que chamou maior atenção e ficou claro que caso os problemas não tivessem aparecido, o austríaco teria sido um rival muito mais difícil e perigoso do que foi Clay Regazzoni para Emerson Fittipaldi. Com uma Ferrari 312T refinada e altamente confiável, essas impressões foram confirmadas quando o jovem austríaco arrebatou seu primeiro mundial de forma incontestável e impressionante no final de 1975, ajudando a Ferrari a sair de uma incômoda fila de 11 anos sem título.
Voltando a Emerson, o título de 1974 foi importante para mostrar o real valor do piloto brasileiro que havia saído brigado da Lotus por conta do acordo não cumprido em Monza, que daria a ele uma sobrevida naquele mundial de 1973. Mas a sua mudança acabou sendo a certa: mudou-se para uma equipe estava em ascensão e livrou-se do caos técnico que se instalou na Lotus em 1975 por conta da adoção do Lotus 76, que não entregou o desempenho esperado fazendo com que Colin Chapman recorresse ao seu velho cavalo de guerra (Lotus 72), que salvou o ano ao conseguir três conquistas através de Ronnie Peterson.
Mesmo que não tenha tido o melhor carro, o M23 caiu como uma luva para Emerson Fittipaldi e este soube extrair o máximo que este bólido projetado por Gordon Coppuck podia entregar.
Foi uma grande época para a McLaren, que entrava de vez no time das melhores equipes, e para Emerson Fittipaldi, que confirmava de vez a sua genialidade no comando de um carro de corrida.
Os festejos de Emerson Fittipaldi ainda no pódio de Watkins Glen, com a sua então esposa Maria Helena |
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