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quarta-feira, 9 de abril de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Foto 305: Jody Scheckter e Andrea De Cesaris da Fórmula-1 moderna
Uma dupla rápida, mas que pode render alguns prejuízos (ou lucros) para a Lotus neste 2014 (Foto: Lotus F1 Team) |
Sobre Jody Scheckter não é preciso procurar muito. Basta uma
pequena lida em sua biografia que tem aos montes espalhadas pela internet que
ele foi um estreante dos mais velozes quando a McLaren lhe deu a primeira
oportunidade em 1972, no GP dos EUA. O pódio lhe escapou por pouco exatamente
por ter rodado e a nona colocação acabou como um consolo para ele. Mas Jody
ficou conhecido pra valer em 1973 após o enrosco com Emerson Fittipaldi durante
a disputa do GP da França, quando Scheckter estava liderando e fechou uma
tentativa de ultrapassagem de Emerson ocasionando o incidente que eliminaria os
dois da corrida mais tarde. Para completar, na corrida seguinte, o famoso
acidente na reta dos boxes de Silverstone durante o GP da Grã-Bretanha quando
ele rodou e ficou atravessado e uma leva de pilotos não conseguiu desviar,
acarretando um engavetamento e a interrupção da prova. Jody ficou de fora de
quatro corridas (Holanda, Alemanha, Áustria e Itália) voltando apenas no
Canadá, onde se envolveu em outro acidente agora com Cevert. A sua ida para a
Tyrrell em 1974 acabou sendo um belo divisor de águas na sua carreira e o
amadurecimento numa equipe que estava órfã de Jackie Stewart e do seu sucessor
natural, François Cevert, foi visto ao longo daquele ano quando ele chegou a
discutir o título mundial contra Emerson e Clay Regazzoni.
Já Andrea De Cesaris era mais um daqueles pilotos
ultra-velozes do final da década de 70 que almejava chegar à F1. O apoio gordo
da Marlboro, facilitado pelo fato de seu pai ser representante da marca na
Itália, viabilizou a sua estréia na categoria já em 1980 quando substituiu Vittorio
Brambilla na Alfa Romeo nas duas corridas finais, no Canadá e EUA. De Cesaris
voltaria à Alfa Romeo em 1982, depois de uma passagem não muito animadora pela
McLaren, lugar onde conseguiu o recorde (negativo) de destruir 22 chassis ao
decorrer da temporada. Por sorte a
Scheckter e seus acidentes com Emerson (acima) e em Silverstone |
Mas, Grosjean e Maldonado lembram estes dois pilotos do
passado? A meu ver sim. Grosjean seria um “novo Scheckter”, assim como
Maldonado um “novo De Cesaris”. Sobre o venezuelano, há tempos, para ser mais
preciso, quando foi confirmada a sua estréia pela Williams em 2011, que muitas pessoas
faziam essa associação. De fato elas tinham razão: um forte apoio financeiro,
velozes, mas extremamente estabanados. Se bem que o seu primeiro ano foi mais
brando, com poucos acidentes, mas 2012 ele esteve envolvido em vários
De Cesaris destruindo tudo na Holanda 1981 (acima) e depois na Áustria, em 1985 |
Romain teve a sua primeira aparição na F1 ainda em 2009 pela
Renault, altura em que disputava a GP2 e foi escalado para substituir Nelsinho
Piquet na segunda parte da temporada. Apesar de seu notável talento na
categoria de acesso, Grosjean foi jogado na fogueira e suas atuações foram bem
pífias e um acidente ainda no início do GP da Bélgica, acabaria por complicar
ainda mais uma possível chance de continuar para 2010. Ele voltaria em 2012
pela Lotus e alternaria ótimas atuações com acidentes, sendo que o da largada
do GP da Bélgica (mais uma vez) tenha sido o pingo d’água para que a FIA lhe
desse um gancho de uma prova, o que de certa forma mudou bastante o seu jeito
em 2013 tornando-se em um dos destaques da temporada.
A Lotus está bem servida com eles? De certa forma, sim. São
dois pilotos rápidos, mas que ainda podem cometer certos excessos
principalmente vindos de Maldonado. Vale lembrar que ele teve uma péssima
temporada em 2013 pela Williams e somando isso a lavada que tomou de Bottas, é de
se esperar que agarre essa oportunidade para tentar reviver alguns dos bons
momentos que teve em 2012, principalmente nas classificações. Grosjean também
está numa fase interessante da sua vida: casou-se ano passado, já é pai – assim
como seu parceiro Maldonado – e começará a temporada como líder de uma equipe
que perdeu gente como Eric Boullier – que foi para a McLaren –, Kimi Raikkonen
– que se mudou para a Ferrari – e uma série de técnicos que se espalharam por
algumas equipes da F1. O seu amadurecimento nos GPs do ano passado foi animador
e sem dúvida é algo que mantém a esperança dentro do time de Enstone.
Já para a Lotus, que tem enfrentado uma série crise
financeira que parece nunca ter fim, o que importa mesmo é que todo pessimismo
em volta dessa dupla se transforme em pontos e os prejuízos materiais sejam os
menores possíveis.
Talvez o famoso mantra da Ferrari de “traga as crianças para
casa” seja de grande valia para eles neste 2014.
O que esperar dessa
dupla? Acredito que o grande embate entre Grosjean e Maldonado aconteça nas
classificações e se o carro for bom, serão figurinhas fáceis nas Q3. Isso
também trará certo divertimento para as corridas com os dois se metendo no meio
dos favoritos e embaralhando um pouco as coisas. Nas corridas coloco mais fé na
regularidade de Romain. Pastor é veloz nos treinos, mas na provas, onde que de
fato vale, ele não consegue repetir o êxito.
Mas de toda a forma será interessante – e divertido –
acompanhar a Lotus e seus dois pilotos.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
A primeira vitória pela Williams
Pastor Maldonado venceu pela primeira vez na F1 a bordo de
uma Williams-Renault. Não é nenhuma novidade, mas ele foi o décimo piloto a
conquistar seu primeiro triunfo pelo time de Sir Frank Williams. Abaixo fica
uma lista daqueles que sentiram o gosto do champanhe no lugar mais alto do
pódio pelo time de Groove:
Keke Rosberg – GP da Suíça, 1982: O finlandês voador tinha
em seu cartel uma vitória extra-campeonato conquistada em 1978 no Race Of
Champions, disputado no encharcado circuito de Silverstone depois de uma
batalha com Emerson Fittipaldi. Mas aquela vitória não contava, e então ele
possuía apenas alguns segundos lugares como melhor resultado na F1. A sua
vitória veio no campeonato onde teve o maior número de vencedores em uma
temporada (11), derrubando a Renault de Alain Prost no circuito de
Dijon-Prenois, que abrigou o GP da Suíça daquele ano. E ainda foi coroado
campeão em Las Vegas.
Nigel Mansell – GP da Europa, 1985: Mansell tinha algumas
poles positions assinaladas nas suas cinco temporadas que esteve a serviço da
Lotus, mas nunca vencera uma corrida por causa da sua inconstância. A sua
vitória veio em Brands Hatch no final de 1985, após superar Ayrton Senna.
Enfim, seu talento parece ter florescido de tal forma que repetiu a dose
algumas semanas depois ao repetir a façanha em Kyalami.
Thierry Boutsen – GP do Canadá, 1989: Ele sempre foi um dos
bons pilotos na chuva, e isso ficou comprovado no chuvoso GP do Canadá de 1989.
Em Adelaide, no final daquele ano, repetiu a dose debaixo de um dilúvio e
conquistou o seu segundo triunfo no ano e na Williams.
Damon Hill – GP da Hungria, 1993: Uma série de azares
impediu o filho de Graham de conquistar a sua primeira vitória mais cedo.
Quando não era o motor Renault a falhar, era o pneu que estourara noutra. Mas
isso desapareceu em Hungaroring quando ele ganhou de forma tranqüila em 1993.
Seus rivais diretos, Prost, Senna e Schumacher, é que tiveram azares naquele
dia em Budapeste.
David Coulthard – GP de Portugal, 1995: Ele apareceu de
forma esporádica em algumas corridas de 1994 pela própria Williams e foi
efetivado para 1995. Surpreendeu com boa velocidade ao marcar sua primeira pole
em Buenos Aires, mas foi somente na 13ª etapa, no GP de Portugal, que ele
mostrou que tinha aprendido bem ao marcar a pole, vencer e cravar a melhor
volta. Naquela altura ele tinha perdido sua vaga na equipe para Jacques
Villeneuve para o ano de 1996.
Jacques Villeneuve – GP da Europa, 1996: O filho de Gilles
teve uma estréia badaladíssima com pole em Melbourne e um desempenho que quase
o levou a vitória. Passou algumas semanas e em Nurburgring, para a disputa do
GP da Europa, é que Jacques pôde vencer após agüentar uma perseguição de
Michael Schumacher nas últimas voltas. Ele venceu mais outras três e por muito
pouco não ganhou o mundial daquele ano.
Heinz Harald-Frentzen – GP de San Marino, 1997: Após duas
temporadas pela Sauber, o rival de longa data de Michael Schumacher tinha,
enfim, um carro competitivo em mãos e não demorou muito a vencer. Aproveitou-se
do abandono de Jacques e ganhou o GP de San Marino com Schumi nos seus
calcanhares. Porém esse ótimo desempenho ficou por aí e ele teve uma pole em
Mônaco, no mesmo ano, como bom resultado pela Williams.
Ralf Schumacher – GP de San Marino, 2001: No império que seu
irmão estava a construir naquela época, Ralf aproveitou-se e tirou uma
casquinha ao dominar quase que amplamente aquela corrida. Assumiu a liderança
no início da corrida e foi assim até a bandeirada. Venceria mais outras duas corridas
naquela temporada, mas tinha a sombra crescente de Montoya em sua vida.
Juan Pablo Montoya – GP da Itália, 2001: O colombiano era
bruto na pilotagem e deixou escapar uma vitória certa em Hockenheim ao não
poupar o motor quando tinha mais de 10 segundos de vantagem sobre seu parceiro
Ralf. Mas não demorou muito para vencer e em Monza conquistou a sua primeira
vitória pilotando da forma que mais gosta: de pé cravado no acelerador.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Análise dos dez primeiros - GP da China - 3ª Etapa
1. Nico Rosberg - Fez uma pole numa volta impecável que dificilmente seria
batida por alguém, mas não era favorito para a prova justamente por causa do
alto desgaste dos pneus. Esse problema não apareceu de forma tão latente como se
esperava, e quem teve esse azar foram seus concorrentes diretos. Manteve uma
boa distância de Schumi no início e mais tarde sobre Button, que era o seu
oponente mais perigoso. Foi uma merecida vitória.
2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.
3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.
4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.
5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.
6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.
7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.
8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.
9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.
10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.
2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.
3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.
4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.
5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.
6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.
7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.
8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.
9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.
10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.
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