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terça-feira, 27 de maio de 2014

Foto 348: Chicane

Antes que a FIA entupisse a maioria das pistas por onde a F1 passa - ou já passou - com chicanes, esse tipo de atitude já havia sido feito já há alguns anos, exatamente numa época em que a segurança era a última coisa a ser pensada.
A foto de encabeça este post é do traçado de Monza que foi utilizado para a realização do GP da Itália de 1936. Essas chicanes já haviam sido utilizadas para a edição de dois anos antes, quando eles preferiram reduzir a velocidade do traçado após a tragédia de 1933, quando morreram Giuseppe Campari, Baconin Borzacchini e Stanislav Czaikowiski durante a disputa do GP italiano. Mas agora o intuito era outro: frear a velocidade dos carros alemães que vinham arrasando os carros italianos em qualquer pista que passasse.
A idéia até surtiu algum efeito, tanto que Tazio Nuvolari se posicionou em terceiro ficando no meio de quatro Auto Union: Bernd Rosemeyer ficou com a pole, seguido por Hans Stuck Sr. e a segunda fila formada por Achille Varzi e Ernest Von Delius.
Apesar de Nuvolari ter dado combate à Rosemeyer, liderando as três primeiras voltas, a vitória acabou por ficar para o piloto alemão com o "Mantuano Voador" terminando em segundo e Von Delius fechando o pódio. A prova ficou marcada pelo acidente de Varzi, que falhou uma das chicanes e terminou acertando uma árvore após algumas capotagens. Achille teve apenas uma pequena concussão.
E as chicanes não foram páreo para as Auto Unions...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Foto 147: Elly e o Auto Union

(Foto: Divulgação)
A senhora que está sentada no Auto Union Type C é Elly Beinhorn, então esposa de Bernd Rosemeyer, um dos melhores pilotos alemães da década de 30 e da história.
Na foto acima ela recebe algumas instruções de Ernest Von Delius, companheiro de equipe de Rosemeyer, Stuck e Varzi. O teste foi feito em Monza (não se sabe extamente o ano, mas talvez em 1936) a pedido de Bernd.
Em seu livro "Rosemeyer!", escrito em 1989 junto de Chris Nixon, Elly conta como foi dar aquelas voltas na poderosa Type C: "Os mecânicos me empurraram. Era como uma corrida. Eu cuidadosamente pisei no acelerador e quinhentos cavalos de potência rugiram atrás de mim. No começo eu estava um pouco atordoada e levei uma volta para começar a encontrar o rumo. Milagrosamente, o monstro poderia ser conduzido lentamente. Não muito lentamente, é verdade - mas lentamente, e a caixa de câmbio foi muito fácil de lidar. Nas estreitas chicanes eu tive que ser muito cuidadosa para que a longa cauda, com seu motor traseiro, não ficasse na primeira esquina ! Céus, mas isto foi bom! “Oh Bernd,’ Eu pensei, ‘Se eu me arrastando com isso (Auto Union) me dá muito prazer, imagino que deve ser assim para você quando o está dirigindo tão rápido”
Apesar de andar com o Type C em baixa velocidade, Elly era acostumada a altas velocidades: ela foi aviadora dos 21 até os 72 anos, quando entregou sua licença em 1979.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...