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domingo, 19 de janeiro de 2020

Foto 825: Jenson Button, Melbourne 2009


O festejo de Jenson Button após a sua vitória no GP da Austrália de 2009, que iniciou a caminhada para um surpreendente título para ele e então novata BrawnGP, que havia surgido meses antes do que sobrara da Honda.
Jenson era a esperança do automobilismo britânico no início dos anos 2000, tendo feito uma boa temporada de estréia em 2000 pela Williams e andando no mesmo nível que Ralf Schumacher na segunda parte daquele mundial.
Porém a sua carreira foi pautada em ir para certos lugares em momentos errados, como ter ido para a Benetton em 2001 - quando esta já estava em fase de transição para a Renault, onde ele ficou em 2002 e não teve grandes oportunidades. Mas acabou indo para a BAR em 2003 onde teve grandes atuações, que culminou na sua primeira vitória - e com estilo - no chuvoso GP da Hungria de 2006.
Apesar dos anos seguintes não terem sido dos melhores, 2009 foi uma grande oportunidade que apareceu assim como um cometa. E claro, foi muito bem aproveitado.
Hoje o Campeão Mundial de 2009 completa 40 anos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Os dez melhores pilotos desta década da Fórmula-1



Escrever sobre os melhores de qualquer área não é uma tarefa das mais fáceis. Jamais conquistará uma unanimidade, não agradará gregos e troianos e sempre será questionado porque tal nome não está incluso naquela seleção. É um trabalho bem barra pesada, espinhudo, digamos.
Montar a lista dos dez melhores pilotos dessa década da Fórmula 1 foi uma tarefa bem interessante, justamente num período que apareceu uma safra bem legal impulsionada pelas academias que as equipes montaram. Portanto, deixar de lado alguém nessa seleção do "Top Ten" pode até parecer uma injustiça, mas acaba sendo compreensível visto que tivemos uma galera muito boa nesta década.
Sem mais enrolação, vamos a lista:


 
1 - Lewis Hamilton – O talento de Lewis ainda era latente naqueles primeiros anos dessa década, mas ficou um gosto amargo por não ter transformado isso em títulos pelos menos em duas ocasiões: 2010 e 2012 Hamilton acabou ficando pelo caminho por erros bobos que o deixaram de fora das decisões. Em 2011 foi derrotado por Jenson Button na Mclaren, na sua pior temporada deste período e ali já era um indicio que uma mudança de ares podia lhe fazer bem. Bateu Jenson na temporada de 2012, mas ao final daquele ano deu tchau a equipe que o acolheu e foi enfrentar o desafio que a Mercedes lhe proporcionara. A primeira vista parecia ter sido um tiro n’água devido os problemas de ritmo de corrida da Mercedes em 2013, mas ao final do GP da Austrália de 2014 as desconfianças deram lugar a um espetacular período que ele e Rosberg conseguiram aproveitar-se de modo integral pelos anos que se seguiram. Mas como nos episódios onde o indivíduo vende a alma ao diabo e este lhe cobra um preço alto, a sua amizade de longa data com Nico se esvaiu e ambos tornaram-se arqui-rivais. Lewis conseguiu vencer Nico em 2014 e 15, mas sofreu uma derrota que lhe dói até hoje – uma ferida aberta que jamais cicatrizará por não ter a oportunidade de uma revanche. Porém essa derrota foi importante para Lewis: se preparou melhor para enfrentar um oponente que era bem superior a Nico e, consequentemente, mais perigoso. Sebastian Vettel era um rival a considerar e isso foi muito bem visto nas primeiras metades dos campeonatos de 2017 e 18, quando o alemão esteve em grande forma com a Ferrari. Porém a melhor parte da festa a Mercedes preparava para a segunda perna do campeonato ao entregar um pacote forte a Lewis, que foi implacável para destruir qualquer chance de título da Ferrari nessas duas ocasiões ao pilotar o fino do automobilismo e garantir os títulos com antecedência. Uma precisão que foi estendida até 2019, aproveitando-se bem do fato da Ferrari e Red Bull estarem perdidas permitindo ao inglês toda a chance de construir uma larga diferença na primeira parte do mundial e administrá-la na segunda, para vencer seu sexto titulo mundial. Seu engajamento em questões sociais e ambientais mostra o quanto que Lewis mudou no decorrer dos anos. Ter saído da aba da Mclaren e de seu pai foi um passo importante e ter encontrado em Niki Lauda um mentor assim que chegou na Mercedes e posteriormente em Toto Wolf uma situação similar quando Niki passou para o outro plano, deu a Lewis uma segurança muito maior para poder continuar focado nas corridas mesmo quando tenha que ir para algum desfile e/ ou lançamento de grifes e no outro dia vestir sua indumentária e pular dentro do Mercedes e se doar até mais que 100% para conquistar uma pole e uma vitória. A mudança de postura de Lewis lhe valeu cinco títulos mundiais nesta simbiose quase que perfeita com a equipe alemã, confirmando o seu fabuloso talento que já havia sido deflagrado ainda nas categorias de base.


2 - Sebastian Vettel – Houve alguém que não apontasse o alemão como um candidato forte a ser o novo recordista da categoria? Apesar de algumas atrapalhadas, Sebastian Vettel tinha uma velocidade absurda naqueles primeiros anos dessa década e que tinham sido bem vista no ano de 2009 quando foi vice de Jenson Button. Colocando a cabeça no lugar e confiando no taco da equipe técnica da Red Bull, chefiada pelo mago Adrian Newey, Vettel passou a ser o cara mais temido e a ser batido naquele período entre 2010 e 2013 onde esteve a bordo de carros que correspondiam bem ao seu estilo de pilotagem. E isso tudo faz uma tremenda diferença, mesmo em temporadas equilibradas como a de 2012 onde ele não teve o melhor carro do primeiro certame, mas que vital para coletar pontos importantes para quando recebesse uma versão atualizada do RB8 na parte final do campeonato partisse para aniquilar de vez a chances de Fernando Alonso ganhar o titulo, num dos campeonatos mais ferrenhos dessa década. No entanto, em 2013, mesmo tendo que lutar contra os instáveis pneus da Pirelli até certa parte do campeonato, quando o carro RB9 se adaptou a borracha italiana e esta teve que rever a sua construção após as explosões de pneus em Silverstone, Vettel transformou aquele certame num passeio absurdo ao vencer as últimas nove corridas de forma convincente e imponente, somando um total de treze vitórias num ano praticamente perfeito que o coroou tetracampeão mundial. Mas mudança no regulamento de 2014 trouxe a Vettel uma dificuldade incomum em entender o carro daquele ano e acabar sendo dominado por Ricciardo. A sua ida para a Ferrari em 2015 foi o reinicio de um ciclo importante, onde chegou para ser o cara a liderar a “Rossa” aos títulos mundiais: apesar de uma temporada altamente produtiva, onde venceu três corridas levantou o ânimo de uma equipe combalida pelo desastroso 2014 que tiveram, Sebastian mergulhou para um frustrante 2016 onde passou em branco para ressurgir fortemente em 2017 quando os Formula-1 voltaram a ter altas cargas de aerodinâmica. Esteve no páreo pelo titulo, mas a Ferrari perdeu o fôlego na segunda parte do mundial e permitiu que a Mercedes levasse mais um vez a taça; em 2018, numa reedição que acontecera um ano antes, a Ferrari voltou a perder o mundial após uma segunda parte de mundial fraca, mas desta vez aliando seus erros aos de Vettel que não esteve no seu melhor após o desastroso GP italiano, onde a torcida italiana esperava o melhor da equipe e de Sebastian após sua fabulosa vitória em Spa-Francorchamps uma semana antes e da dobradinha que ele e Raikkonen conseguiram no sábado em Monza. O restante daquele mundial de 2018 foi marcado por uma sucessão de erros de Sebastian que passou a coloca-lo em cheque. A vinda de Charles Leclerc em 2019 elevou a competição na equipe, mas Sebastian apresentou uma breve melhora onde logo ficou apenas uma sombra quando seus erros reapareceram. Mas mesmo assim, ainda podemos ver um pouco do seu talento nas corridas do famigerado GP do Canadá, Alemanha e principalmente Singapura, onde mostrou que ainda sabia comandar uma corrida como nos velhos tempos.

 
3 - Nico Rosberg – O que dizer de um piloto que conseguiu superar pilotos do naipe de Michael Schumacher e Lewis Hamilton e ainda teve tempo de cravar seu nome numa década que foi resumida ao domínio de dois pilotos? Nico Rosberg não foi o mais brilhante dos pilotos de sua geração, mas sempre teve velocidade e regularidade de sobra para conseguir chegar ao olimpo. A chance de pilotar para a Mercedes foi um ponto importante para uma carreira que parecia fadada a ficar andando no meio do pelotão com a Williams e lutando pelas migalhas aparecessem nos GPs. Qualquer piloto poderia ficar intimidado em dividir o ambiente com um gênio da raça como Michael Schumacher, mas Nico não tomou conhecimento e aproveitou-se bem da dificuldade de readaptação do heptacampeão para dominá-lo amplamente nas três temporadas em que estiveram lado a lado na Mercedes. No computo geral das três temporadas em que Rosberg enfrentou Michael, o filho de Keke bateu o multicampeão nas classificações (43x15); nos pontos (324x197) e no número de pódios (5x1), sendo que um destes pódios foi a sua vitória na China em 2012. A vinda de seu velho conhecido – e então amigo – Lewis Hamilton, elevou a competitividade na equipe já em 2013, mas foi a partir de 2014 quando a Fórmula 1 mergulhou na era dos motores Turbo Hibridos que a rivalidade entre estes rapazes se intensificou de forma absurda. Em posse dos melhores carros do grid, Rosberg e Hamilton entraram em rotas de colisões – literalmente – em algumas situações que só fez destruir uma amizade construída ainda na época do Kart e que foi posta em jogo quando estiveram face a face pela luta de um título mundial na Fórmula-1. Nico perdeu em 2014 e foi massacrado em 2015, mas conseguiu domar seu antigo colega em 2016 para conquistar seu único título mundial, igualando a marca de seu pai. E como num roteiro de filme, anunciou a sua precoce aposentadoria das competições fazendo com que Hamilton engolisse a seco o gosto de uma possível revanche que jamais reapareceu.

 
4 - Fernando Alonso – A figura do piloto espanhol nesta década foi uma das mais importantes, exatamente por ser amado e odiado em doses altamente cavalares. Fernando Alonso moveu uma legião de fãs e detratores até a sua despedida na F1 ao final do ano de 2018, numa década que podia muito bem ter lhe dado pelo menos um título mundial. A perca dos títulos de 2010 e 2012 – para o seu carrasco Sebastian Vettel – foram por pequenos detalhes onde ele e a Ferrari não conseguiram resolver os problemas a tempo para que o “Spanish Bombs” de Oviedo pudesse garantir pelo menos dois desses possíveis campeonatos. Mas o que ficou claro neste período é que Fernando Alonso não baixou a guarda em momento algum, procurando ficar em evidência sempre mesmo que a polêmica o acompanhasse de forma inevitável – como não esquecer da famosa troca de posições em Hockenheim 2010; da quebra do lacre do motor de Felipe Massa em Austin 2012 e do eterno “GP2 Engine” em Suzuka 2016, apenas para citar alguns. Mas ainda sim o bicampeão esteve em grande forma naquele período da Ferrari onde esteve muito a frente de Massa entre 2010 e 13; destruiu Kimi Raikkonen em 2014 sem tomar conhecimento; perdeu para Button no seu retorno a Mclaren em 2015, mas tomou conta do pedaço em 2016; e foi superior ao jovem Stoffel Vandoorne nas duas temporadas em que estiveram dividindo o ambiente na Mclaren. Mas o seu temperamento altamente explosivo é que azedou as coisas por onde passou, exatamente por não a paciência que os campeões costumam ter. Porém, seus melhores momentos nesta década ficam por conta da sua entrega de corpo e alma as corridas; a sua mágica vitória em Valência 2012; os inúmeros memes que foram criados na sua segunda passagem pela Mclaren e na bela homenagem prestada por Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, quando estes o escoltaram até a reta de largada de Abu Dhabi no seu último GP na categoria.


5 - Max Verstappen – A chegada do filho de Jos Verstappen a categoria abalou as estruturas da F1 e do motorsport de certa forma: com apenas 17 anos Max tomava partido de um carro de Formula-1 e alinhava para o seu primeiro GP com um 12º lugar pela Toro Rosso em Melbourne e marcando seus primeiros pontos já na corrida seguinte na Malásia, ao fechar em sétimo. Isso levou a FIA a impor regras para que pilotos conseguissem a Super Licença (um número “X’ de pontos acumulados nas demais categorias para obtenção da Super Licença) e também a sua ingressão na F1 (que tornou-se obrigatório ter mais que 18 anos). Mesmo com toda essa precocidade, Max não tomou conhecimento e rapidamente se estabeleceu como um dos pilotos mais velozes do grid, tendo apenas que talhar bem o seu talento: a velocidade estava ali, porém a agressividade estava presente e teria que ser bem trabalhada para que ele não se metesse em confusões. Mesmo que isso demorasse um pouco a ser domado e Max se envolvesse em alguns incidentes, o holandês subiu rapidamente para a Red Bull – para o lugar de Daniil Kvyat – já em 2016 e logo no seu primeiro GP, em Barcelona, venceu após o enrosco das duas Mercedes que deixou caminho aberto para que Red Bull e Ferrari pudessem batalhar pela vitória. Mesmo terminando atrás de Daniel Ricciardo naquele ano, ficou claro que o holandês era uma estrela em ascensão.  E isso se intensificou em 2017 quando os números passaram a ser melhores que o de Ricciardo, com o australiano ganhando apenas na pontuação final (200x168) e no numero de pódios (9x4). Max  superou Daniel nas classificações (13x7); nas corridas (11x9) e nas vitórias (2x1). Em 2018 Verstappen foi ainda mais incisivo ao derrotar Ricciardo nos pontos (249x170); nas classificações (14x6); nos pódios (11x2); e empatados nas vitórias (2x2). Em 2019 Max foi soberano sobre seus dois companheiros de equipe no decorrer da temporada (Pierre Gasly e Alexander Albon) e teve uma melhora considerável nessa segunda parte do mundial. Porém, seus duelos com Charles Leclerc, especialmente na Áustria e Inglaterra, foram um dos melhores momentos do ano e sem dúvida uma prévia do que muita gente espera que seja o possível duelo entre estes dois jovens pilotos na próxima década.

 
6 - Jenson Button – A década passada para Jenson mais parecia um conto de fadas que não desabrocharia de modo algum, sempre pegando algumas “buchas” pelo caminho como foi o período nada glorioso  com a Honda. Mas em 2009 as coisas mudaram da água para o vinho com a histórica temporada da BrawnGP que lhe deu a oportunidade de, enfim, conquistar o tão sonhado titulo mundial. Nesta década Button teve seu nome ligado diretamente a Mclaren, para quem foi pilotar em 2010 e duelar com o seu conterrâneo Lewis Hamilton. Apesar de não ter a velocidade pura e crua de Lewis, Jenson tinha a regularidade a seu favor e por mais que perdesse nos treinos (13x6) e na pontuação final (240x214), Button esteve próximo nas vitórias (3x2) e também nos pódios (9x7). Mas em 2011 foi a desforra ao aproveitar-se dos inúmeros erros de Hamilton e cravar uma pontuação superior ao campeão de 2008 (270x227) e derrotar Lewis também nos pódios (12x6). No ultimo ano de parceria, em 2012, Lewis venceu o duelo interno contra Button ao marcar dois pontos a mais no campeonato (190x188); nos grids de largada (15x5). A partir de 2013, já sem Hamilton na equipe, Button foi o piloto principal da Mclaren e naquele ano teve ao seu lado Sergio Perez, na qual teve uma boa disputa ao marcar mais pontos que o mexicano (73x49) e vencer a disputa nas classificações (10x9). Em 2014 Jenson Button teve Kevin Magnussen como companheiro e o jovem dinamarquês superou o inglês nas classificações  (10x9), mas perdeu na pontuação final com Jenson fazendo 126 pontos contra 55 de Magnussen. Jenson dividiu a Mclaren com Fernando Alonso entre 2015 e 16, sendo que no primeiro ano superou o espanhol na pontuação (16x11) e perdeu nas qualificações (9x8); enquanto que em 2016 Alonso esteve a frente nestes dois quesitos (54x21 na pontuação e 15x5 nas classificações), nesta que foi a ultima temporada completa de Button na Formula-1. Jenson voltou ainda em 2017, quando disputou o GP de Mônaco no lugar de Alonso – que estava na Indy 500 – onde acabou abandonando na volta 57.

 
7 - Daniel Ricciardo – Se existiu algum piloto tão popular nessa década da Fórmula-1, acabou perdendo de lavada para Daniel Ricciardo. O carismático australiano parecia apenas mais um na categoria quando estreou pela finada HRT no GP da Grã Bretanha de 2011 no lugar de Narain Karthikeyan. Em 2012 subiu para a Toro Rosso, onde perdeu na pontuação para Jean Eric Vergne (16x10) e ganhou nas qualificações (15x5). Em 2013, com mais experiência, conseguiu bater o francês na pontuação (20x13) e nas qualificações (15x4). Porém, quando foi anunciado que iria substituir Mark Webber na Red Bull, os primeiros pensamentos seriam de que ele fosse um mero escudeiro para o então recém tetracampeão Sebastian Vettel. Mas a coisas saíram melhor que a encomenda: aproveitando-se da dificuldade de adaptação de Vettel ao RB10, Ricciardo foi impiedoso com o então campeão reinante ao superá-lo na classificação final (238x167) e nas classificações (10x9), e deu a equipe rubro taurina as únicas três vitórias daquele ano e sempre com grande exibição destacando sempre a sua facilidade em realizar ultrapassagens em momentos cruciais das corridas, especialmente no Canadá e Hungria que foram palcos de suas duas primeiras conquistas. Com a saída de Vettel para a Ferrari em 2015 Daniel tornou-se o piloto referencia na Red Bull, mas acabou sendo superado na pontuação por Daniil Kvyat (95x92). Pelas próximas três temporadas o australiano duelou com Max Verstappen na equipe, onde superou o holandês em 2016 e 2017 e perdeu em 2018, no seu ultimo ano na Red Bull. Em 2019 mudou-se para a Renault, onde bateu Nico Hulkenberg nas classificações (14x7) e na pontuação (54x37).


8 - Charles Leclerc – A gama de pilotos prodígio teve seu auge exatamente nesta segunda parte da década com a entrada precoce de Max Verstappen em 2016. Duas temporadas mais tarde foi a vez de Charles Leclerc iniciar a sua caminhada na categoria e já mostrar serviço ao volante da Sauber nos vinte e um GPs de 2018. Com uma tocada precisa e procurando constantemente reduzir a zero os erros, Charles teve seu nome rapidamente alçado a Ferrari após ter dizimado Marcus Ericsson no duelo interno da equipe ao ter feito 17 x 4 nas qualificações e 39 x 9 na pontuação final. A sua ida a Ferrari para ser companheiro de Sebastian Vettel criou grande expectativa, exatamente por esperar como seria seu comportamento em 2019: apesar de uma corrida não tão brilhante em Melbourne, onde terminou logo atrás de Vettel, foi no Bahrein que Charles mostrou seu poder de fogo ao batalhar contra Sebastian e superá-lo na batalha. Teria vencido a corrida com folga se problemas no motor não tivesse tirado dele uma vitória certa. Outras oportunidades apareceram como na Áustria ao vacilar durante o duelo com o seu grande rival de longa data Max Verstappen. Charles adotou uma postura mais agressiva e partiu para duas vitórias convincentes em Spa e Monza (nesta última uma conquista que não vinha desde 2010). Charles terminou na frente de Sebastian Vettel ao final do campeonato de 2019, ao superar o tetracampeão nas qualificações (12x9) e na pontuação (264x240).


9 - Valtteri Bottas – Quem vê Bottas hoje sendo um fiel escudeiro de Lewis Hamilton, talvez nem imagine – ou tenha esquecido – que ele era uma das grandes promessas quando aportou na Williams na temporada de 2013 e levando o problemático FW35 a um surpreendente terceiro lugar no grid do GP do Canadá quando a classificação foi realizada em condições de pista molhada. As expectativas foram aumentando conforme as temporadas seguintes avançavam: correndo ao lado de Felipe Massa entre 2014 e 2016, Valtteri foi constantemente mais veloz que o piloto brasileiro e isso lhe valeu uma grande oportunidade na carreira: quando Nico Rosberg surpreendeu a todos ao anunciar a sua aposentadoria, o nome de Valtteri foi logo alçado a essa chance, uma vez que ele era empresariado por Toto Wolf. Bottas conseguiu a mais cobiçada das vagas na Formula-1 até então, porém lutar contra Lewis Hamilton não tem sido uma tarefa das mais fáceis e o piloto finlandês tem sido constantemente batido pelo inglês que desde 2017 tem reinado absoluto. Mesmo que Valtteri não seja páreo para o hexacampeão, ele teve lá seus dias de brilhantismo como ficou bem visto na sua primeira vitória na F1 (Rússia 2017) e na Austrália (2019).

 
10 - Kimi Raikkonen - Quando o piloto finlandês voltou a categoria após duas temporadas de recesso, ficou claro que Raikkonen continuava em forma. A sua temporada de retorno foi altamente positiva: com o Lotus, Raikkonen fechou em terceiro com uma vitória e sete pódios. Já em 2013 conseguiu números quase parecidos com o de 2012, com o aumento de um pódio em relação ao ano anterior. Porém o seu retorno a Ferrari a partir de 2014 foi uma imersão num período nada produtivo: enquanto que levou uma sova de Fernando Alonso naquele ano de retorno, esteve constantemente atrás de Sebastian Vettel nos anos de 2015 e 17, mas em 2016 e 18 Kimi conseguiu equilibrar as situações, mesmo que Sebastian mostrasse ser mais veloz no computo geral das corridas. Após esta sua segunda passagem pela Ferrari, que lhe rendeu uma vitória em 2018, ele rumou para a Alfa Romeo na  temporada de 2019. Por mais que não tenha mais toda aquela velocidade que o tornou num dos pilotos mais velozes deste século, constatado na década passada, Kimi Raikkonen acabou por tornar-se um dos mais populares do grid por conta de suas tiradas que beiram o sarcasmo e também pelas declarações quase que monossilábicas. Em 2020, certamente, será o piloto com o maior número de GPs da história da categoria, já que está a dez corridas de igualar a marca de Rubens Barrichello (323 x 313).

sexta-feira, 29 de março de 2019

Foto 720: Brawn GP, Melbourne 2009

Aquele momento em que a abóbora virou carruagem: Jenson Button e Rubens Barrichello dão a primeira dobradinha a equipe Brawn em Melbourne

Foi interessante ver toda aquela epopéia de Jenson Button, Rubens Barrichello e Ross Brawn desde o anúncio da retirada da Honda da Fórmula-1, passando pelas incertezas nas carreiras de Button e Barrichello, até chegar no nascimento da Brawn GP no meio dos escombros do que foi um dia a equipe japonesa.
O que é esperado de uma equipe novata é que ande do meio para trás do pelotão, ainda mais se tratando da F1 onde as cobras estão em qualquer canto a espreita. Mas os tempos velozes que Button e Barrichello - este último sendo decidido nos "acréscimos", após um pequeno vestibular do qual Bruno Senna também esteve presente, para saber quem tomaria partido do segundo carro - imprimiram nos testes de pré-temporada até surpreenderam, mas foi entendido como um blefe, afinal a nova equipe não tinha um patrocinador master. Mas aqueles carros brancos com detalhes em verde limão e equipados com os motores Mercedes, reservariam um pouco mais para a abertura do mundial em Melbourne.
Apesar dos treinos livres terem tido uma Williams-Toyota forte - especialmente com Nico Rosberg - as BrawnGP estavam bem entre os seis primeiros, mas sem mostrar grande força. Tanto que Barrichello foi o melhor da equipe nos três treinos livres, ao marcar o segundo melhor tempo na TL 2. Porém, é na classificação que as coisas começam a se revelar: as duas BrawnGP foram soberanas, com Jenson Button a marcar a pole e Barrichello cravar o segundo melhor tempo.
Na corrida, apesar da má largada de Barrichello - que ainda se envolveria num enrosco com Webber na primeira curva -, a BrawnGP teve um Jenson Button uma corrida tranquila e sem nenhum problema com  adversários. A recuperação de Rubens até a segunda posição foi importante para mostrar o quanto que o BGP 001 era bem balanceado e resistente. A festa no pódio com a dobradinha da equipe, mais Jarno Trulli da Toyota, foi quase como um alivio para alguns caras que até meses antes nem saberiam se estariam no grid de 2009.
Uma melhor interpretação do regulamento por parte de Ross Brawn - que desenvolvera o "difusor duplo" por conta de um engenheiro da Honda que havia achado uma brecha no regulamento onde a tal inovação podia ser criada, mas que poucos engenheiros deram atenção -, foi o principal trunfo da equipe que dominou amplamente a primeira parte do mundial e ao final do ano estaria comemorando os títulos de Pilotos (Jenson Button) e Construtores.A BrawnGP teria papel importante também para a história do automobilismo brasileiro dentro da categoria, pois foi através dela que Rubens Barrichello venceu seus últimos GPs em Valência - válido como GP da Europa - e Monza, que a foi a última vez que o hino nacional tocou em um Grande Prêmio.
Aquela equipe que chegara fazendo estardalhaço e vencendo os dois campeonatos da categoria, não existia mais ao final do ano: a Mercedes comprara toda a estrutura e reiniciava a sua caminhada na Fórmula-1.
E para a BrawnGP restou apenas entrar nos livros de história com estilo e respeito. E melhor: invicta!

terça-feira, 6 de setembro de 2016

GP da Itália: Não é nada, mas...

Como já era de se saber, a Mclaren-Honda não teria uma grande jornada em Monza exatamente por saber que as características da pista italiana não favorecerem muito a motor japonês, que ainda sofre com a falta de potência. Claro,as coisas melhoraram de forma considerável desde o retorno da parceria em 2015, mas ainda existe um caminho a ser percorrido para que o duo volte aos dias de glória.
Mas o que chamou a atenção mesmo foi a melhor volta alcançada por Fernando Alonso na antepenúltima volta da corrida. Ok, tirou proveito da situação onde ele colocou pneus super macios e com um carro bem mais leve, cravou a melhor marca da corrida dando à Honda uma estatística que ela não conquistava desde o GP de Portugal de 1992, quando Ayrton Senna fez a volta mais rápida daquele GP naquela que foi a primeira - e mais bem sucedida - encarnação da parceria Mclaren Honda. Outro quesito onde os anglo-nipônicos conseguiram um bom passo foi no Speed Trap: Jenson Button - que ficou em sexto na tabela das melhores voltas do GP - alcançou 358,3 Km/h ficando apenas 1Km/h da melhor que foi feita por Lewis Hamilton (359,0). Fernando Alonso ficou na 11ª posição na tabela, alcançando 349,9 Km/h.
A tabela abaixo mostra um pouco do que foram estes quesitos da Mclaren, comparando o GP italiano de 2015 e deste ano:
Apesar do desempenho global deles na prova deste ano não terem sido muito diferente, exatamente por saberem que a pista não os favorecia muito,estes resultados isolados mostram o quanto melhoraram em um ano. Pegar uma pista como esta de Monza para fazer essa relação de forças, é uma boa exatamente por ser um circuito veloz e o que nos mostra é que a Honda parece ter dado um bom passo para que no futuro estejam fortes para enfrentar Mercedes, Ferrari e Renault.
Fernando Alonso tem razão quando disse que "esse resultado vai apenas para as estatísticas", mas já é um grande avanço perto do inferno que passavam até um ano atrás.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Vídeo: Para descontrair

Deve ter rolado (certamente) dias antes do fim de semana para o GP da Grã-Bretanha. Mika Hakkinen, David Coulthard, Jenson Button, Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, as três gerações de pilotos da Mclaren, se divertindo no kart.

sábado, 14 de novembro de 2015

Foto 547: O canto do Alonso

Fernando Alonso parace ter gostado do "Mergulho do Lago", trecho que antecede a curva da "Junção" em Interlagos. Ontem ele havia parado ali quando o motor Honda abriu o bico e hoje voltou a ter o mesmo problema, parando no mesmo local.
Mas dessa vez foi diferente: pegou o banquinho de pesca - que deve ser de algum bombeiro - sentou-se e foi assistir o restante do Q1, como se estivesse na sala de casa ou na praia. Trocou algumas palavras com um rapaz do resgate à pé e ainda deu uma piscada para a câmera, que filmou boa parte daquele momento rilex do piloto espanhol. Após retornar aos boxes, ele e Button ainda foram tirar um sarro no pódio, cumprindo "a meta" que eles e a Mclaren Honda haviam traçado no início do ano, antes de caírem na real e verem o tamanho da encrenca que tinham pela frente.
O bom de tudo é que adotaram um importante mantra: melhor rir do que chorar!
E isso tem rendido ótimas montagens.

domingo, 27 de setembro de 2015

GP do Japão: Chutando a porta na casa da Honda

Sabe-se que Fernando Alonso é um cara hábil e não apenas dentro da pista, mas também fora dela. Trabalhar com o piloto espanhol quando a situação é favorável, deve ser das melhores. No entanto, quando não saem a seu gosto, tende a ser um inferno.
Não culpo o piloto espanhol por suas palavras hoje durante o GP em Suzuka, quando bateu forte na tecla relacionada ao motor japonês ao chamá-lo de "motor de GP2" devido a falta de performance frente a outros concorrentes.
Alonso foi bem até: subiu para nono após a largada, mas o rendimento do seu conjunto não o possibilitou sustentar ou até mesmo avançar o pelotão. Talvez sentisse que aquele momento era propício para ganhar mais uns pontinhos, mas a falta de potência e aderência não deixaram. Mesmo assim, ainda deu combate a Sainz, Kvyat e Verstappen até onde pôde e terminou em 11o. Apesar de ter sido uma boa atuação frente a essa atual situação, sabe-se que a paciência foi ralo abaixo e toda a suas declarações foram ao ar pela FOM, que sabe bem o tamanho do estrondo que as palavras proferidas por Fernando podem causar, pro bem ou pro mal.
A verdade mesmo é que ninguém ali da Mclaren está satisfeito, mas cada um agi do jeito que lhe convém: enquanto que Ron Dennis escreve uma carta para a Honda cobrando atitude, Button critica de uma forma mais "lordesca" possível, Alonso chuta a porta para o mundo ver.
Não se esqueçam: ele é de sangue latino e como tal, agirá assim sempre. Sem rodeios.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

F1 Battles: As ultrapassagens na Eau Rouge

Ontem eu postei quatro Gifs que mostram as ultrapassagens de Webber sobre Alonso (2011) e de Raikkonen sobre Schumacher (2012), logo na entrada para a subida da Eau Rouge. Foram belas, mas não as únicas, claro. E aqui fica alguns vídeos do pessoal a executar essas manobras que são de cortar o fôlego naquele local.

Alonso vs Hamilton, em 2007: Deixou Ron Dennis sem mais alguns fios de cabelo naquela ocasião. Sem contar o gelo que deu na espinha.
Kimi vs Michael Schumacher, 2004: Detalhe dessa corrida é que a Globo não passou ao vivo, deixando para transmitir um VT completo logo após a final do Vôlei Masculino nas Olímpiadas de Atenas. Foi uma das melhores corridas daquela década. Foi a única vitória da Raikkonen naquele ano e última vez que teve quatro pilotos brasileiros na pista - Barrichello (Ferrari); Massa (Sauber); Zonta (Toyota) e Pizzonia (Williams). Ralf Schumacher vs Jenson Button, 2000: Jenson ainda era um novato naqueles tempos, mas não intimidou-se em colocar a Williams na terceira posição do grid do GP belga de 2000. Mas Ralf Schumacher não quis saber e pôs o jovem inglês no seu devido lugar. Felipe Massa vs Juan Pablo Montoya, 2004: Felipe Massa, nos seus tempos áureos, onde tirava o que podia da sua Sauber - passando um pouco do limite, às vezes -, aproveitou a saída de boxa de Montoya para lhe aplicar uma bela ultrapassagem na subida da "Água Vermelha". O colombiano teve que tirar o pé. Jacques Villeneuve, 2005: Ok não é uma ultrapassagem, mas só a correção de Jacques Villeneuve no meio da Eau Rouge já é digno de aplausos. E vale lembrar que o seu BAR, em 1999, escapou exatamente naquele ponto indo estampar na barreira de pneus do outro lado, já no topo da curva. Mais tarde Ricardo Zonta resolveu imitá-lo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

F1 - Os tempos dos quatro dias de testes em Jerez



Fórmula-1 2013 - Testes de Pré-Temporada

Jerez De La Frontera – Dias 5, 6, 7 e 8 de Fevereiro


Dia  5
(Foto: EFE)
1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m18s861 (37 voltas)
2 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m19s709 - a 0s848 (73)
3 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m19s796 - a 0s935 (54)
4 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m20s343 - a 1s482 (89)
5 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m20s401 - a 1s540 (70)
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s536 - a 1s675 (64)
7 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) - 1m20s699 - a 1s838 (79)
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m20s846 - a 1s985 (11)
9 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m20s864 - a 2s003 (84)
10 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) - 1m21s915 - a 3s054 (64)
11 - Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) - 1m24s176 - a 5s315 (29)

Dia  6
(Foto: AFP)
1 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s218 (95 voltas)
2 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m19s003 (95)
3 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m19s134 (83)
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m19s338 (101)
5 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m19s502 ( 99)
6 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m19s519 (15)
7 - Sergio Pérez (MAX/McLaren) - 1m19s572 (81)
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m19s914 (78)
9 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m20s693 (71)
10 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham) - 1m21s311 (88)
11 - James Rossiter (ING/Force India) - 1m23s139
12 - Luiz Razia (BRA/Marussia) - 1m23s537 (31)

Dia 7
(Foto: Getty Images)
1 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1m17s879 (85 voltas)
2 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1m18s766, +0.887 (148)
3 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m19s052, +1.173 (102)
4 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m19s200, +1.321 (40)
5 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m19s247, +1.368 (85)
6 – James Rossiter (ING/Force India) – 1m19s303, +1.424 (42)
7 – Jenson Button (ING/McLaren) – 1m19s603, +1.724 (83)
8 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m19s934, +2.055 (110)
9 – Max Chilton (ING/Marussia) – 1m21s269, +3.390 (78)
10 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m21s575, +3.696 (86)
11 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m22s352, +4.473 (57)
12 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s729, +5.850 (7)

Dia 8
(Foto: Getty Images)
1 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m18s148
2 – Jules Bianchi (FRA/Force India) – 1m18s175, +0.027
3 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m18s565, + 0.417
4 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m18s669, +0.521
5 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m18s760, +0.
612
6 – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – 1m18s905, +0.757)
7 – Sergio Perez (MEX/McLaren) – 1m18s944, +0. 796
8 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m19s851, +1.703
9 – Pedro de la Rosa (ESP/Ferrari) – 1m20s316, +2s168
10 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m21s105, +2.975
11 – Luiz Razia (BRA/Marussia) – 1m21s226, +3.078
12 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s435, +5.287

Soma geral dos tempos:

1 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1m17s879 (85 voltas)
2 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m18s148
3 – Jules Bianchi (FRA/Force India) – 1m18s175
4 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s218 (95 voltas)
5 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m18s565
6 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m18s669
7 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m18s760
8 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1m18s766
9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m18s861
10 – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – 1m18s905
11 – Sergio Perez (MEX/McLaren) – 1m18s944
12 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m19s003
13 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m19s052
14 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m19s134
15 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m19s200
16 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m19s247
17 – James Rossiter (ING/Force India) – 1m19s303
18 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m19s338
19 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m19s502
20 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m19s519
21 - Sergio Pérez (MAX/McLaren) - 1m19s572
22 – Jenson Button (ING/McLaren) – 1m19s603
23 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m19s709
24 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m19s796
25 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m19s851
26 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m19s914
27 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m19s934
28 – Pedro de la Rosa (ESP/Ferrari) – 1m20s316
29 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m20s343
30 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m20s401
31 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s536
32 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m20s693
33 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) - 1m20s699
34 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m20s846
35 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m20s864
36 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m21s105
37 – Luiz Razia (BRA/Marussia) – 1m21s226
38 – Max Chilton (ING/Marussia) – 1m21s269
39 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham) - 1m21s311
40 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m21s575
41 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) - 1m21s915
42 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m22s352
43 - James Rossiter (ING/Force India) - 1m23s139
44 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s435
45 - Luiz Razia (BRA/Marussia) - 1m23s537
46 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s729
47 - Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) - 1m24s176

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Análise dos dez primeiros - GP da China - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg - Fez uma pole numa volta impecável que dificilmente seria batida por alguém, mas não era favorito para a prova justamente por causa do alto desgaste dos pneus. Esse problema não apareceu de forma tão latente como se esperava, e quem teve esse azar foram seus concorrentes diretos. Manteve uma boa distância de Schumi no início e mais tarde sobre Button, que era o seu oponente mais perigoso. Foi uma merecida vitória.

2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.

3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.

4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.

5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.

6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.

7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.

8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.

9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.

10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Análise dos dez primeiros - Grande Prêmio da Austrália - 1ª Etapa

1. Jenson Button – Apesar de não ter marcado a pole, fez uma bela largada e controlou bem ao seu modo. Não teve nenhum tipo de incômodo na liderança e sempre tinha a resposta pronta quando Hamilton ameaçava uma reação, cravando tempos melhores. Nem a perda da sua vantagem de dez segundos quando o Safety Car apareceu lhe tirou a tranquilidade.

2. Sebastian Vettel – Após um treino nada satisfatório, esperava-se maior dificuldade para o Bi-campeão. Mas a boa largada que ele fez, pulando de sexto para quarto, lhe facilitou a vida. Mesmo após um erro durante sua perseguição a Schumacher, recuperou-se e herdou a posição quando este abandonou. Apesar de estar andando no mesmo ritmo de Lewis, dificilmente ultrapassá-lo-ia na pista. Mas contou com a sorte da entrada do SC e da competência do time que o devolveu em segundo após a parada de box.

3. Lewis Hamilton – A pole de sábado foi fenomenal e indicava que ele poderia ter um domínio absoluto na corrida. Mas não foi o que aconteceu após patinar na largada e virar a curva em segundo, atrás de Button. Estranhamente não acompanhou o ritmo de seu companheiro e teve a companhia de Vettel até antes do SC. Perdeu o segundo posto e não me pareceu animado em brigar com o alemão para recuperá-lo. Aparentemente parece ter adotado um estilo mais conservador, mas esteve apático ao não tentar lutar pela vitória.

4. Mark Webber – Largou mal e teve que batalhar por posições contra Rosberg e Alonso. Em certo momento da prova era o mais rápido da pista, mas ficou nisso. No final da corrida ameaçou a terceira posição de Hamilton.

5. Fernando Alonso – O erro na classificação lhe custou uma boa posição no grid, forçando-o largar da 12ª posição. Largou bem e já estava em oitavo no término da primeira volta. Não baixou os braços em nenhum momento da prova e sempre esteve na briga contra Rosberg e Webber por posições. Nas últimas voltas teve que segurar a pressão de Maldonado. Tirou o que não podia do carro, mais uma vez.

6. Kamui Kobayashi – Esperava-se dele mais na classificação, mas compensou durante a prova ao disputar posições contra Ricciardo, Massa, Perez e principalmente Raikkonen, com que teve boas disputas. Em velocidade de reta perdeu apenas para Hamilton. Esteve num grande final semana em Melbourne.

7. Kimi Räikkönen – Foi um bom desempenho neste seu retorno, mas a classificação foi o seu ponto fraco ao largar apenas na 17ª colocação enquanto seu companheiro de Lotus, Romain Grosjean, se classificou em terceiro. O enrosco de alguns carros na primeira curva lhe facilitou a vida e ele pode disputar posições na casa dos pontos desde o início.

8. Sergio Perez – Largaria em 14º, mas a troca de câmbio obrigou-o a sair em último. Isso não foi empecilho algum para o jovem mexicano fizesse uma bela corrida de recuperação, ficando momentaneamente entre os três primeiros. Fez apenas uma troca de pneus e acabou em oitavo.

9. Daniel Ricciardo – Pilotando um carro mais competitivo, o piloto da casa obteve seus dois primeiros na F1. Saiu em décimo, enfrentou problemas na primeira volta após os incidentes, recuperou-se e terminou em nono.

10. Paul Di Resta – Foi dominado de forma ampla por Hulkenberg nesta primeira corrida. Dos treinos livres ao classificatório, ele não ficou na frente do alemão em nenhum momento. Tanto que ele ficou no Q2 com a 15ª posição, enquanto Hulk posicionava-se em nono para a corrida. Sem ele na corrida, que abandonara logo no início, passou a ser a referência da Force India na pista e conseguiu a décima posição graças aos problemas enfrentados por Rosberg na última volta. Não terá vida fácil neste ano.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os dez melhores pilotos de 2011

Vida ingrata de quem faz uma lista dessas. Você pode cometer a injustiça de colocar e de não colocar um piloto neste tipo de eleição, mas como nem tudo é unânime é aí que fica a graça.
Com relação à minha lista de 2010, não coloquei nem Webber e Massa entendendo que por ter carros melhores que o restante (no caso de Mark, o melhor carro do grid e um dos melhores da história), suas performances não foram dignas de estarem no top 10. Nem a vitória de Webber me comoveu para tal, a não ser que ele tivesse feito uma corrida épica.
Nas três primeiras posições, os melhores das equipes grandes que massacraram seus companheiros num ano totalmente deles. Fiz questão de enfatizar, também, o bom trabalho que os pilotos do meio do pelotão fizeram neste 2011.
Antes que me joguem pedras, eu não coloquei Sergio Pérez na lista por achar que ele fez pouco a bordo da Sauber, apesar de reconhecer que ele é um piloto de grande talento e, com este ano de aprendizado, ele estará forte para o ano que vem.



1º Sebastian Vettel – Se os seus números neste ano foram surpreendentes, o modo como ele os conquistou foram ainda mais impressionantes. Sebastian esteve num nível absurdamente acima dos seus rivais, com performances que fez lembrar, em quase todas as corridas, as mesmas que Schumacher fazia nos seus tempos de domínio absoluto na primeira metade da década passada. As suas poles, conquistadas com folga ou com voltas canhão, que mais pareciam ter sido tiradas da cartola (vide Suzuka e Abu Dhabi), são de uma finesse insuperável. Pode-se dizer que Vettel amadureceu muito desde os seus dias tempestuosos que quase lhe custaram o título do ano passado, mas exatamente, após esta fase infeliz, ele cravou belas performances nas últimas provas de 2010 e quando voltou para a primeira prova deste campeonato, nem parecia que esteve de férias, tamanha a facilidade com que dominou a corrida em Melbourne. O RB7 pode ter facilitado a sua vida, claro, mas se você olhar o que Webber, aquele mesmo que quase o destronou ano passado, não fez com um carro idêntico, verá o quanto que Sebastian esteve empenhado para dominar o seu veterano companheiro, como para conquistar o seu segundo título. Resumindo: ele não teve rivais.

2º Jenson Button – A segunda temporada a serviço da Mclaren revelou-se totalmente positiva para o campeão de 2009. Se em 2010 ele foi derrotado por Hamilton, este ano ele esteve acima do seu badalado companheiro, que atravessou um ano de azares. Button venceu três corridas com desempenhos soberbos e, enquanto Lewis ficava pelo caminho, ele colecionava pontos e ganhava ainda mais a admiração e confiança do time. O seu estilo super suave na condução foi perfeito para domar o brutal desgaste dos compostos da Pirelli, que esfarelavam facilmente. Mas isso não o privou de pilotagens totalmente agressivas, como aconteceu em Barcelona ou então na sua hipnótica perseguição à Vettel nas voltas finais do GP canadense. Tivesse largado melhor em algumas corridas e/ou contado com um carro melhor desde o início do mundial, poderia ter feito frente ao domínio quase absoluto de Sebastian.

3º Fernando Alonso – Com relação à lista que fiz ano passado, Alonso despencou duas posições. Mas não foi por culpa dele. A Ferrari esteve num ano totalmente improdutivo no campo técnico, com vários problemas para resolver e isso refletiu no resultado do espanhol nesta temporada. Fernando continuou lutando bravamente contra Red Bull e Mclaren, que tinham carros muito superiores. Enquanto esteve com pneus macios e super macios, foi um tormento para estas equipes e suas largadas foguete em Barcelona e Monza, aonde chegou a liderar suportando toda a pressão, mostraram do que é feito o Bicampeão. Apesar da mutreta armada pela Ferrari para tirar os difusores aquecidos de Red Bull e Mclaren para a prova de Silverstone, Alonso foi brilhante ao levar a equipe para a sua única vitória no ano pilotando o carro no limite extremo, algo que foi totalmente corriqueiro nesta temporada. As suas voltas tentando alcançar Hamilton em Abu Dhabi, trazendo o Ferrari feito um kart, resumem bem como foi 2011 para ele.

4º Lewis Hamilton – O talento de Lewis nunca esteve tão em xeque quanto neste ano. Dono de uma tocada agressiva e que na maioria das vezes encanta quem o assiste, teve uma face desastrada em 2011. Acidentes e incidentes que podiam ser evitados estragaram uma temporada que se desenhava para ele ser o maior oponente de Sebastian na luta pelo título. Apesar de duas vitórias convincentes nos GPs da China e Alemanha, a sua temporada entrou em parafuso com inúmeros incidentes e a separação da sua namorada só o afetou ainda mais, fazendo-o perder o foco nas pistas. As novelas com Massa, onde os dois sempre trocavam esbarrões durante as corridas, foi o ponto negativo para ambas as partes. Mas Hamilton esteve em grande forma quando não tinha Felipe pelo caminho: duelou com Vettel em Shanghai, disputou roda a roda com Webber a terceira posição na Coréia por várias curvas e a grande disputa por inúmeras voltas com Schumacher em Monza, foi o ponto alto da temporada. A falta de paciência lhe custou caro este ano.

5º Nico Rosberg – A sexta temporada do filho de Keke na F1 foi parecida com a do ano passado: boas provas, apagado em algumas e sofrendo com um carro inconstante. Mas a sua principal disputa, como sempre, foi com Schumacher, de quem ele conseguiu sair 16 vezes na frente nas tomadas de tempos. E foi assim, também, na tabela dos pontos, onde ele marcou 89 contra 76 de seu companheiro. Uma melhoria no carro da Mercedes, que é esperada por todos desde o ano passado, pode ser uma chance dele, enfim, ingressar no clube dos top drivers da categoria.

6º Jaime Alguersuari – Desde a sua estréia em 2009 no GP da Hungria pela própria Toro Rosso, que observo a evolução deste piloto. Em 2010 ele conseguiu chegar próximo de Buemi e este ano, com uma carga maior de experiência, pode mostrar o seu valor: conseguiu levar o carro algumas vezes à casa dos pontos, lutando bravamente pelas posições sem tirar o pé (em especial contra as Force Índia) e fez algumas classificações que chamaram a atenção, como o seu sexto lugar em Spa. Buemi pode até ter conseguido mais vezes largar à sua frente (13x6), mas o espanhol ganhou mais pontos (26x15). Caso continue nesta crescente em 2012, pode, quem sabe, pleitear um lugar na Red Bull quando Webber sair. Mas é claro, a disputa será feroz.

7º Adrian Sutil – A chegada de Di Resta a Force India poderia ter desestabilizado o reinado deste piloto que está na equipe desde 2007. Apesar das boas performances de seu novo companheiro, Sutil esteve tranqüilo quanto a isso. Trabalhou serenamente e os resultados apareceram e ele colocou o seu talentoso parceiro no bolso. Mas as classificações foram apertadas, com o alemão ganhando por 10x9. Se hoje a Force India é algo, isso se deve muito à Adrian que deve estar de saída para outra equipe em 2012. Provavelmente a Williams.

8º Vitaly Petrov – Sem Kubica, a sua referência maior, a Renault Lotus teve que apostar as suas fichas no trabalho de Heidfeld. Mas foi Petrov quem assumiu as rédeas e surpreendeu a todos com uma tocada firme no comando desta equipe dentro da pista. Apesar da queda de rendimento do carro, o russo esteve sempre forte e apesar da chegada badalada de Senna, com quem teve um pouco mais de serviço, ele conseguiu se impor. Para o ano que vem apenas uma vaga está aberta na Lotus (Kimi Raikkonen é o outro piloto) e ele terá que lutar contra Bruno e Grosjean. Pelo que fez este ano e com dinheiro polpudo dos russos, acredito que a vaga já é sua.

9º Kamui Kobayashi – Vida difícil deste piloto japonês neste ano. Assim como em 2011 ele não teve boas performances nos classificatórios, o que o deixou em condições difíceis para tentar melhores posições de chegada. Os melhores exemplos ficam reservados à sua primeira parte no mundial, onde marcou pontos em 7 provas de dez disputadas, principalmente em quatro delas onde ele largou muito mal. As quebras na segunda parte do mundial, os erros e péssimas apresentações, contrastaram com a subida de produção de Pérez. O GP do Canadá, quando chegou a andar em terceiro antes da interrupção da corrida, num momento em que lutava até com os líderes. Foi o seu melhor momento no ano.

10º Paul Di Resta – Com o título da DTM no bolso e mais a fama de ter sido um dos poucos a derrotar Vettel nas categorias de base, este escocês, primo de Dario Franchitti, teve um aprendizado muito bom neste ano. Foi o novato que mais marcou pontos dentre os que estrearam neste ano (27) e foi, também, uma pedra no sapato de Sutil que cortou um dobrado com este piloto. Caso Sutil saia da equipe, Di Resta passará a ser a referência na Force India. Mas caso seu companheiro seja o veloz Hulkenberg, podemos ter um dos melhores duelos entre companheiros equipe em 2012.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...