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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Foto 978: Richard Seaman, GP da Suíça 1938

 

(Foto: Motorsport Images)

O outro inglês da Mercedes... Richard Seaman a toda velocidade durante os treinos para o GP da Suíça de 1938, a bordo do Mercedes W154.

O GP da Suíça marcou o amadurecimento de Seaman como piloto, dando a ele uma respeitável colocação não apenas dentro da equipe Mercedes, mas também como um dos melhores pilotos da Europa naquela ocasião. A sua vitória no GP da Alemanha, realizado em Nurburgring, havia sido uma amostra das qualidades do jovem inglês, mas em Bremgarten mostrou-se ainda mais impressionante mesmo que o resultado não tenha saído a seu gosto. 

A começar pela qualificação, Richard - que utilizou o mesmo carro que usou em sua vitória em Nurburgring - foi impressionantes três segundos mais veloz que seus dois companheiros de Mercedes - Hermann Lang e Rudolf Caracciola - que dividiram a primeira fila com ele. Na corrida, que foi realizada sob uma chuva torrencial, Richard conseguiu sustentar a primeira posição e abrir larga vantagem sobre o Auto Union de Hans Stuck que vinha em segundo, mas sendo acossado por Caracciola - que logo passaria por Hans na quarta volta. 

Apesar de seu desempenho ser notável, competir contra a classe de Caracciola, um conhecido especialista em pista molhada, não seria nada fácil. Mas Seaman teve uma única falha nesta prova: ele ficou preso atrás de dois retardatários e não conseguia superá-los, e foi neste momento que entrou a genialidade de Caracciola para esperar o momento certo e superar os três em uma única manobra. Até o fim da corrida, as posições entre os dois companheiros de equipe ficou inalterada com Caracciola vencendo, Richard em segundo e Manfred von Brauschitsch em terceiro, dando a Mercedes mais uma trinca em 1938. Hermann Lang não completou a prova, que foi cheia de percalços para ele: rodou logo após a largada, atrapalhando o Auto Union de Tazio Nuvolari - que teve uma prova cheia de problemas com seu Type D - e ainda teve o óculos quebrado por uma pedra, vindo a ferir um de seus olhos. 

Hoje completa 82 anos da morte de Richard Seaman, ocorrido no GP da Bélgica de 1939.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Foto 975: Louis Chiron, Berna 1936

 

A foto autografada de Louis Chiron durante as atividades em Berna 1936

Não foi um grande momento... na foto, Louis Chiron com a Mercedes W25C durante os treinos para o GP da Suíça de 1936, realizado nas ruas de Berna. 

Nesta ocasião o piloto de Mônaco foi como reserva dos outros quatro pilotos da Mercedes - Rudolf Caracciola, Manfred Von Brauschistch, Luigi Fagioli e Hermann Lang. Destes quatro, Lang era o que estava combalido ao ter a mão direita enfaixada após quebrar o dedo mindinho durante o GP da Alemanha em Nurburgring. O pequeno incidente se deu no momento que Hermann tentou trocar de marcha rapidamente e acabou esbarrando no painel do carro, vindo a quebrar o dedo. Porém, a sua substituição não foi precisa. Louis Chiron participou do primeiro treino com o carro reserva e ficou na terceira posição, logo atrás de Caracciola (1º) e Bernd Rosemeyer (2ª posição). 

A corrida foi mais uma vez desastrosa para a Mercedes: apesar de ter tido Caracciola na pole e liderando as primeiras voltas, fazendo um duelo impressionante contra o Auto Union de Bernd Rosemeyer por sete voltas, ele acabou sendo superado pelo jovem compatriota que acabaria por vencer a corrida. Para a Mercedes restou apenas o prejuízo de mais uma decepção: Fagioli abandonou na volta 6 com uma biela quebrada; Caracciola saiu na volta 29 com eixo traseiro quebrado; Von Brauschitsch teve os freios traseiros travados na volta 50. O único Mercedes que sobreviveu a essa hecatombe foi o de Hermann Lang - que acabou dividindo o volante com Fagioli mais tarde - ao terminar na quarta posição com uma volta de atraso para Rosemeyer. 

Enquanto que para a Mercedes foi um desastre, para a Auto Union foi mais um grande resultado: além da vitória de Bernd, teve os carros de Achille Varzi e Hans Stuck completando o pódio e o carro de Rudolf Hasse e Ernst Von Delius ficando em quinto. 

Louis Chrion foi para a Mercedes por recomendação de Caracciola, que era seu grande amigo desde os tempos de Alfa Romeo. Mas a chegada do experiente monegasco não foi no melhor momento da Mercedes, que sofria bastante para achar o acerto correto do W25. Chiron estreou pela equipe na prova de Mônaco e foi limado logo na segunda volta e em Nurburgring, para o GP da Alemanha, ele acabou capotando o carro, mas saiu ileso. Depois destes treinos em Berna, ele não voltaria mais ao cockpit da Mercedes - assim também como a equipe, que retirou-se do restante da temporada por reconhecer que estava em crise técnica. 

Hoje completa 42 anos da morte de Louis Chiron. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Foto 483: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 1

A intenção destas postagens era de mostrar as largadas das corridas de abertura da F1, desde o GP da Grã-Bretanha de 1950 até o GP da Austrália de 2014. Mas como é difícil encontrar fotos de largadas de todas essas corridas, acabei colocando apenas o do vencedor do GP e por isso lhes peço desculpas.
A Fórmula-1 visitou três países naquela sua primeira década de existência para realizar suas provas de abertura. Coube à Inglaterra sediar o primeiro GP da categoria em 1950 no antigo aeródromo de Silverstone, fato que não repetiria nunca mais em termos de abertura. A Suíça teve a sua vez em 51 e 52, em Bremgarten e a Argentina emendou o restante da década.
Juan Manuel Fangio foi quem mais venceu as provas de abertura daquela década, coincidentemente todas elas nos anos em que foi campeão (51, 54, 55, 56 e 57).
Na corrida de 1958, a vitória de Stirling Moss, pilotando o pequenino Cooper de motor traseiro, iniciou uma nova era para a categoria.

1950:  Giuseppe Farina – Alfa Romeo - Grande Prêmio da Grã-Bretanha


1951: Juan Manuel Fangio – Alfa Romeo  – Grande Prêmio da Suíça


1952: Piero Taruffi – Ferrari – Grande Prêmio da Suíça


1953: Alberto Ascari – Ferrari – Grande Prêmio da Argentina


1954: Juan Manuel Fangio – Maserati – Grande Prêmio da Argentina


1955: Juan Manuel Fangio – Mercedes - Grande Prêmio da Argentina


1956: Juan Manuel Fangio – Ferrari - Grande Prêmio da Argentina


1957: Juan Manuel Fangio – Maserati - Grande Prêmio da Argentina


1958: Stirling Moss – Cooper Climax - Grande Prêmio da Argentina



1959: Jack Brabham – Cooper Climax - Grande Prêmio de Mônaco

terça-feira, 27 de maio de 2014

Foto 347: Especialistas


Ao vencer a prova de Mônaco, Nico igualou a marca de seu pai Keke de cinco vitórias na F1. O mais interessante de tudo é, que além do número alcançado, também tenha uma coincidência no tipos de circuitos onde venceram: o velho Rosberg conquistou vitórias na Suiça 1982; Mônaco 1983; EUA 1984 e 1985 e depois no final da temporada de 1985, na estreante Adelaide que acolheu o GP da Austrália. Ou seja, quatro circuitos citadinos (Monte Carlo, Dallas, Detroit e Adelaide).
Nico Rosberg chegou à sua primeira vitória na China 2012; venceu em Mônaco 2013 e mais tarde na Grã-Bretanha; e ganhou na abertura deste mundial na Austrália e repetiu a dose em Mônaco. Das suas cinco vitórias, três em pistas de rua (Monte Carlo por duas vezes e Albert Park). 
Sete vitórias para a família Rosberg neste tipo de circuito. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Foto 164: Bremgarten, 1938

(Foto: Motorsport Golden Age/Facebook)
Jean Pierre Wimille com a Alfa Romeo 312 durante um treino livre na pista de Bremgarten, que acolheu o GP da Suiça de 1938.
A corrida foi dominada pelos carros da Mercedes: Rudolf Caracciola, Hermann Lang, Richard Seaman e Manfred Von Brauschitsch conquistaram as quatro primeiras colocações no grid de largada e no final da corrida, Caracciola passou em primeiro seguido por Seaman e Von Brauschitsch. Lang terminou cinco voltas atrás.
Mas o final de semana em Bremgarten foi marcado por uma cena curiosamente fatídica: numa corrida disputada no sábado, contando com pilotos locais, Hans Gübelin, pilotando uma BMW, assumiu a liderança na volta final e quando passou pela linha de chegada acabou não recebendo a quadriculada, após uma falha do responsável pela sinalização. Gübelin morreu metros depois após seu carro despistar-se.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Foto 37: Tazio Nuvolari, GP da Tchecoslováquia 1934


Sentindo o gosto de uma Auto Union. Na foto, Tazio Nuvolari durante o final de semana do Grande Prêmio da Tchecoslováquia realizado no colossal circuito de Brno - o traçado tinha 29,142 km - quando ele teve a oportunidade de pilotar um Type A da fábrica alemã. O mantuano utilizou o carro que foi de Hermann zu Leiningen na etapa da Espanha realizada uma semana antes e para aquela prova em Brno era o carro reserva - em Lasarte Leiningen utilizou o #22, enquanto que para a etapa de Brno o piloto alemão utilizou o #32. O tempo de volta alcançado por Tazio naquele teste em Brno foi de 14min 15s, que foi baixado pelo mesmo no sábado quando fez a volta em 14 minutos. A exemplo de Nuvolari, Hans Stuck também testou um carro diferente: o piloto da Auto Union testou um Mercedes Benz W25, alacançando a marca de 14min 05s. Tazio já conhecia bem o carro, uma vez que fez o primeiro teste com Auto Union no circuito de Lasarte uma semana antes, utilizando o mesmo #22.

Desde que as fábricas alemãs invadiram o cenário dos Grand Prix em 1934, Tazio Nuvolari sempre mostrou o seu desejo em pilotar para uma das duas grandes fábricas.
Ao final de 1934, após ter brigado com Enzo Ferrari por causa do baixo rendimento das Alfa Romeo P3, flertou com as duas fábricas, mas recebera uma carta da Auto Union dizendo que seus pilotos não o queriam por lá - principalmente por conta de Achille Varzi, seu grande rival da época da Alfa Romeo e com quem teve grandes desavenças no período em que foram companheiros. Sem equipe para a temporada de 1935, voltou-se para a equipe de Enzo que relutou a não recebê-lo novamente. Mussolini interveio nas negociações e fez com que Ferrari, a contra gosto deste, recontratasse Tazio.

Após dois anos e meio de decepções Tazio viu uma oportunidade de pilotar uma das Auto Union no GP da Suíça de 1937, disputada no circuito de Bremgartem. A Alfa havia retirado seus carros após o grande fracasso na Copa Acerbo e sendo assim, Tazio ficou livre para pilotar os carros alemães.
Nuvolari, acostumado com carros de motor dianteiro, não adaptou-se com Type-C da Auto Union, naturalmente com motor central, e acabou marcando o quarto tempo. As demais equipes protestaram porque disseram que a marca havia sido feita por Bernd Rosemeyer, e não pelo piloto italiano - naquela ocasião Luigi Fagioli, Bernd Rosemeyer e Tazio Nuvolari se revezaram nos três carros durante os treinos e foi onde o piloto alemão acabou por fazer a melhor marca. Após as discussões, Nuvolari foi relegado à 7ª posição no grid.

O resultado final daquele GP mostra que Tazio terminou a prova na 5ª e 7ª posições. Nuvolari tinha começado com o carro #6, mas por estar pouco à vontade naquela máquina, a equipe o chamou para os boxes na oitava volta (quando ocupava a oitava posição) e entregou o carro para Rosemeyer que abandonara logo no início com o carro #8. Bernd terminou a corrida na quinta posição. Tazio voltou para a corrida na volta 22 quando substituiu Luigi Fagioli no carro #4, que abandonara a prova prova por estar sentindo dores nos quadris. Terminaram a corrida em sétimo.

O piloto mantuano voltou para a Alfa Romeo e no início de 1938, após testes com o novo Alfa Type C, este pegara fogo e ele decidira sair de vez da equipe. Na mesma época a Auto Union encontrava-se sem um piloto de referência para o desenvolvimento de seu novo Type-D após a morte de Bernd Rosemeyer que falecera em janeiro durante uma tentativa de quebra de velocidade em Darmstadt. Nuvolari, enfim, pode realizar a sua vontade de ser piloto oficial da Auto Union e isso duraria até o final da temporada de 1939, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial.


Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...