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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Vídeo: Patrick Depailler, Jacarepaguá 1978

 


O vídeo de hoje é uma onboard lap regada com muito saudosismo: primeiramente por conta do inesquecível autódromo de Jacarepaguá, desativado em 2012 e em seguida demolido; segundo pela simpática equipe Tyrrell que ficou na Fórmula-1 até 1998 e por último Patrick Depailler, um dos grandes nomes do automobilismo francês e também da Fórmula-1 e detentor de duas vitórias na categoria.

O vídeo é do final de semana do GP do Brasil de 1978, que fora transferido de Interlagos para Jacarepaguá naquele ano. Depailler largou em 11º e abandonou a prova na oitava volta com problemas nos freios.

A corrida teve a vitória de Carlos Reutemann (Ferrari), mas a festa e todas as atenções ficaram para a histórica segunda posição de Emerson Fittipaldi com o Copersucar. A terceira posição foi de Niki Lauda com o Brabham.

Patrick Depailler completaria 77 anos hoje.


domingo, 8 de agosto de 2021

Vídeo: Nigel Mansell, Jacarepaguá 1989

 


O Grande Prêmio do Brasil de 1989 foi a prova de abertura daquele mundial.

Foi a corrida que marcou a estreia de um carro com câmbio semi-automatico, fato que foi oferecido pela Ferrari com seu modelo 640 conduzido por Nigel Mansell e Gerhard Berger naquele ano.

Esta prova acabaria por ser um dos melhores GPs do Brasil, iniciando pelo triplo acidente entre Berger, Ayrton Senna e Ricardo Patrese que tirou o piloto brasileiro da luta pela vitória – ele saía da pole position – e fez com que Berger abandonasse. Patrese ainda continuou no GP e com boa hipóteses de vitória, que acabaria na volta 51 quando o motor Renault de sua Williams falhou. Senna completou a corrida na 11ª posição com duas voltas de atraso para o vencedor.

Para a Ferrari foi um dia de calar os críticos de seu novo câmbio: o forte calor do verão carioca foi um teste e tanto para o novo sistema do Ferrari 640 que aguentou bem e deu a oportunidade de Mansell chegar a vitória logo na sua estreia pela equipe italiana. Foi algo surpreendente e que deixou os italianos esperançosos, já que em todos os testes feitos até ali o câmbio sempre apresentou algum problema – e por ironia do destino, foi a primeira vez que o carro aguentou uma distância completa de uma corrida. Foi o melhor momento para dar tudo certo.

Alain Prost tinha ritmo para alcançar a vitória, mas os pneus do Mclaren não aguentaram e ele ficou em segundo. Mauricio Gugelmin foi o grande nome daquele dia em Jacarepaguá ao levar o March Leyton House ao terceiro lugar, conquistando seu primeiro pódio.

Nigel Mansell completa 68 anos hoje.


terça-feira, 20 de julho de 2021

Foto 997: Bernd Schneider, Zakspeed 1989

 


O Zakspeed 891 Yamaha com Bernd Schneider ao volante na pista de Jacarepaguá em 1989, que abria a temporada daquele ano da Fórmula-1 com o GP do Brasil. 

Tanto 1988 quanto 1989, não foram os melhores anos da equipe de Erich Zakowski na categoria e Schneider, primeiramente ao lado de Piercarlo Ghinzani em 1988 e depois com Aguri Suzuki em 1989, passou maior parte do tempo tentando um lugar nas corridas ao batalharem fortemente desde as famosas pré-qualificações. Neste período, Bernd conseguiu qualificar-se para oito provas e terminando apenas duas: foi 12º na Alemanha e 13º na Bélgica, as duas em 1988. As outras seis provas que ele qualificou-se, mas não terminou, foi no México, França, Itália, Japão em 1988; Brasil e Japão em 1989. 

Numa entrevista para a Motor 24 em 2017, ele comenta sobre como era estar motivado com um carro de fundo de grid: "Não é muito fácil ganhar motivação, em especial em 1989, com o motor Yamaha que era um pesadelo. Sofri bastante ao longo da época toda. Mas tive a sorte de vencer as 24 horas de Spa-Francorchamps desse ano com um Ford Sierra Cosworth e isso deu-me motivação e mostrou-me que era um bom piloto e que tinha azar na F1. Quando se está num nível tão mau como eu estava com a Zakspeed, começa-se a duvidar das nossas capacidades e isso é mau. Temos sempre de ter confiança. A F1 chegou muito cedo para mim e foi muito difícil naquela altura. A equipa em que entrei estava em grandes dificuldades e foi muito complicado para mim. Mas não foi uma decisão minha… Tive a sorte de ter recebido a oferta e de ter participado na F1. Penso que tentei tirar sempre o máximo partido de todas as situações em que estive." O restante da entrevista pode ser conferida neste link. 

Schneider ainda retornou a Fórmula-1 em 1990 pela Arrows, onde conseguiu um 12º lugar na prova dos EUA e voltando apenas no Japão, onde não conseguiu qualificar-se. 

Mais tarde ele se dedicaria de forma integral ao endurance e ao DTM, onde viria a ganhar cinco títulos. 

Bernd Schneider, que tem seu nome em homenagem ao lendário piloto da Auto Union Bernd Rosemeyer, completa 57 anos hoje.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Foto 986: Alessandro Nannini, GP do Brasil 1988

 


Alessandro Nannini com o Benetton B188 Ford durante o final de semana do GP do Brasil de 1988, que abria a temporada da Fórmula-1. Para o piloto italiano, era a sua estréia na Benetton após duas temporadas a serviço da Minardi. 

Mas o final de semana de Nannini não foi dos mais tranquilos: ele teve problemas eletrônicos em seu carro e ficou apenas em 12º, enquanto que seu parceiro de equipe, Thierry Boutsen, ficava em sétimo. 

Na corrida, Alessandro ocupava a sétima posição após uma ótima largada que significava uma boa chance de marcar seus primeiros pontos na Fórmula-1, mas o motor Ford acabou deixando o italiano na mão na volta sete. Ele teria que esperar até a corrida seguinte, em San Marino, para marcar seu primeiro ponto ao terminar em sexto. 

Nannini teve uma boa carreira na equipe italiana ao marcar um total de 65 pontos nas três temporadas em que esteve na Benetton. Ele ainda venceria o controverso GP do Japão de 1989, nesta que foi o seu único triunfo na categoria. 

Infelizmente a carreira de Nannini para a Fórmula-1 foi interrompida num acidente de helicóptero já perto do fim da temporada de 1990, sendo substituído por Roberto Pupo Moreno. Porém, ele ainda teve uma boa carreira no DTM/ ITC competindo pelo esquadrão da Alfa Romeo com o mítico Alfa 155. 

Alessandro Nannini completa 62 anos hoje.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Foto 740: GP do Brasil, 1987




O GP do Brasil, que deu início a temporada de 1987. Foi um início promissor para a Williams com a dobradinha na qualificação, com Nigel Mansell a cravar a pole e Nelson Piquet fazer a segunda colocação e Ayrton Senna em terceiro com a Lotus.
Porém problemas acabaram alijando estes três: Nelson Piquet e Ayrton Senna tiveram os radiadores sujos com sacos plásticos que vieram das arquibancadas. Para Ayrton acabou sendo pior, que viera abandonar a prova com superaquecimento no motor Honda na volta 50. Piquet teve sorte melhor sorte ao conseguir escalar o pelotão após seus três pit-stops e fechar em segundo. Mansell perdeu a chance de pódio ao ter um pneu estourado e cair para sexto.
Alain Prost, que largou em quinto, fez uma corrida conservadora, mas eficaz: soube poupar bem os pneus e optou por duas paradas de box. E no final conseguiu imprimir um bom ritmo para assegurar a vitória. Piquet foi segundo e Stefan Johansson, que estreava na McLaren, foi o terceiro.
Este GP foi marcado por duas polêmicas: a primeira foi deflagrada ainda nas vésperas das atividades de pista por conta das variações de preços para renovação da Super Licença. Enquanto que pilotos top pagavam em torno de 12 mil dólares, outros pagavam uma taxa básica. Isso gerou certas críticas por conta dessa divisão tanto que até mesmo um boicote foi acenado, mas que foi logo rechaçado quando os valores foram pagos antes dos treinos de sexta.
A segunda polêmica veio por causa das válvulas pop-off que a FIA colocou nos motores Turbo naquele ano, limitando-os a 4 bar de pressão. Alguns pilotos reclamavam que está válvula estava funcionando em diferentes níveis, o que afetava o funcionamento dos motores. A McLaren, junto a Porsche, resolveram o problema ao regularem o turbo boost para 3.6 bar, o que acabou resolvendo o tal problema - e que certamente pode ter ajudado bastante a performance de Alain Prost no domingo.
Hoje completa 32 anos.

Fotos: Motorsport Images

domingo, 7 de abril de 2019

Foto 729: Alain Prost, Jacarepaguá 1985


Alain Prost com o seu McLaren TAG Porsche durante o GP do Brasil de 1985, que abriu a temporada da F1.
O piloto francês teve uma vitória tranquila em Jacarepaguá, apesar de ter tido alguma resistência por parte de Keke Rosberg - que liderou as primeiras voltas até abandonar por problemas no motor Honda Turbo do Williams - e com Michelle Alboreto da Ferrari. Fora isso, o futuro campeão do mundo esteve com a prova sob controle. Michelle Alboreto e Elio De Angelis completaram o pódio.
Para os brasileiros, uma pequena decepção: enquanto que Nelson Piquet abandonava a prova ainda no início (2a volta) com problemas na transmissão do Brabham. Ayrton Senna - estreando pela Lotus - teve hipóteses de pódio, mas problemas elétricos forçaram seu abandono na volta 48.
Hoje completa 34 anos.

terça-feira, 26 de março de 2019

Foto 712: Jacarepaguá, 30 anos atrás

Era um momento importante e único. Uma derradeira corrida num dos mais belos cenários que a Fórmula-1 já passou, estava prestes a se iniciar. Uma história bem bacana de uma década - praticamente - se encerraria e a partir de 1990 a categoria voltaria ao local que foi apresentada ao público brasileiro no distante 1972: Interlagos!
Onze dias antes do GP, o acidente de Phillippe Streiff acabou por encerrar a carreira do piloto francês quando o santantonio do AGS rompeu após capotar. Mas a corrida foi boa: apesar da largada atribulada pelo enrosco entre Berger, Senna e Patrese - que fez o austríaco abandonar e Senna perder duas voltas - Ricardo assumiu a ponta, mas não resistiria a um bravo Nigel Mansell que iniciava seus trabalhos na Ferrari, que estreava o cambio semi-automático. Mesmo que sofresse com problemas na direção, que o fez trocar de volante no seu derradeiro pit-stop, Nigel estava no seu dia e foi buscar Alain Prost para ultrapassá-lo e conquistar uma memorável vitória na última passagem da categoria por Jacarepaguá.
Mesmo sem Ayrton Senna fora de combate por conta do incidente da largada e Nelson Piquet que abandonara por problemas na bomba de combustivel de sua Lotus, a presença brasileira foi abrilhantada pela ótima forma de Mauricio Gugelmin que escalou o pelotão para chegar num grande terceiro lugar, mesmo que a ameaça de Ricardo Patrese tenha sido forte - e para sorte de Mauricio, o Williams de Patrese apresentou problemas no alternador fazendo o italiano abandonar quando era terceiro. Gugelmin ainda tentou alcançar Prost, mas não teve tempo. Mas a festa estava garantida e no pódio, Mansell acabou por cortar o dedo ao pegar na alça do troféu. Apenas mais uma cena para rico folclore do "Il Leone".

segunda-feira, 25 de março de 2019

Foto 708: Jacarepaguá, 1984





É sempre bom rever fotos do velho Jacarepaguá, principalmente com a Fórmula-1 usando e abusando do saudoso circuito nas suas costumeiras aberturas de campeonatos - isso sem contar dos testes de pré-temporada que aconteciam semanas antes - dos anos 80, que tornou-se uma marca registrada.
Nas fotos que acompanham o post, são da abertura do Mundial de 1984 no já distante dia de 25 de março. Uma torcida depositando confiança em Nelson Piquet e saudando o novo recruta Ayrton Senna; a largada que teve Alboreto (Ferrari) e De Angelis (Lotus) comando a primeira fila italiana, mas apenas com o ferrarista segurando a posição; o duelo dos novatos Stefan Bellof (Tyrrell), Senna (Toleman) e Martin Brundle (Tyrrell), com este último tendo melhor sorte ao completar a prova em sexto; um esfuziante Alain Prost vencendo seu primeiro GP pela McLaren no seu retorno a equipe e o pódio com o francês, De Angelis e Keke Rosberg ao fundo.
Hoje completa exatos 35 anos.

Fotos: Motorsport Images

sábado, 23 de março de 2019

Foto 705: Jacarepaguá, 33 anos



Quando éramos reis...
Uma pole canhão de Ayrton; duelo visceral com Mansell; um astuto Piquet; dobradinha brasileira.
A tarde do já distante 23 de março de 1986, no escaldante calor de Jacarepaguá, foi palco d'uma das maiores festas do automobilismo nacional ao ver seus dois melhores pilotos daquele momento no pódio. Piquet e Senna levaram a torcida brasileira ao delírio com o pódio daquele GP do Brasil, que abria a temporada de 1986. Uma imagem que resume bem o que foram aqueles dias de Brasil na Fórmula-1.
Hoje completa exatos 33 anos de tal feito.
Grandes dias aqueles.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Foto 548: Na praia

Os pilotos se divertiam bastante quando o Rio de Janeiro recebia a Fórmula-1, nos anos 80.
Na foto Michelle Alboreto disputando a jogada com Andrea De Cesaris, enquanto que Elio De Angelis apenas observa o desfecho do lance. A foto é de 1985.
A prova foi vencida por Alain Prost, Alboreto e De Angelis foram ao pódio terminando em segundo e terceiro enquanto que De Cesaris abandonou após... um acidente.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Paulo Roberto Giglio Alves

O Paulo Roberto foi uma das primeiras pessoas com quem fiz amizade nestes treze anos envolvido com automobilismo. Começamos juntos na Speed Fever e após dois anos, ele saiu da equipe para retornar pela Interlagos Sinalização e Resgate.
De imedato ele aceitou o convite de escrever aqui para o blog, e tratou de relembrar um dos capítulos mais legais da história do GP brasileiro.

Grande Prêmio do Brasil, 1978


"Quando meu amigo e xará Paulo Abreu pediu que eu escrevesse um texto sobre o GP do Brasil de F1 que mais me marcou, eu poderia citar a vitória de Emerson em 1973 com seu Lotus ou a de 1974 com a McLaren. Pensei na vitória de José Carlos Pace, o eterno Moco com seu Brabham, e tendo Emerson em segundo, em 1975. E as vitórias de Piquet em 1983 com o Brabham ou a de 1986 com o Williams, com Senna em segundo com o Lotus? Teria ainda as brilhantes vitórias de Senna em 1991 e 1993, ambas com o McLaren . E mesmo as vitórias de Massa em 2006 e 2008, ambas com a Ferrari. Mas seria meio óbvio escolher qualquer uma destas vitórias brasileiras. Mas, na minha opinião, o GP mais emblemático aconteceu em 29 de Janeiro de 1978, em Jacarepaguá. 

Emerson Fittipaldi pilotou o Copersucar (Fitti é o nome oficial) FD5A, de forma soberba. Aliás, este foi o melhor carro da linhagem Fitti. Emerson bateu na pista apenas nomes e carros como Niki Lauda (Brabham Alfa Romeo), Mário Andretti (Lotus Ford), Regazzoni (Shadow Ford) e Didier Pironi (Tyrrell Ford) , e chegou em 2° lugar, sendo batido apenas por Carlos Reutemann (Ferrari). Lembro que a cada passagem do argentino, o público nas arquibancadas gritava "quebra, quebra, quebra"... Este foi o primeiro de dois pódios obtidos pela equipe Fitti. O outro seria em em 1980 com o terceiro lugar em Long Beach, na primeira vitória de Nelson Piquet. Na bandeirada final, a pista estava tomada de ambos os lados no melhor estilo Monza. 

Este foi o GP Brasil de F1 que mais me marcou ... Espero que tenha gostado !!! Forte abraço !!!"

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vídeo: O final do GP do Brasil, 1978

Foi a corrida onde o saudoso circuito de Jacarepaguá recebeu a F1 pela primeira vez, sediando o GP do Brasil de 1978. E assim com em 1972, quando Interlagos teve a sua corrida extra-campeonato, Carlos Reutemann, com Ferrari, a venceu.
Mas a grande festa foi o segundo lugar de Emerson Fittipaldi com o Copersucar F5A, que subia ao pódio pela primeira vez com o carro brasileiro. A terceira posição foi de Niki Lauda com a Brabham.
Legal ter encontrado essas belas imagens, com o autódromo carioca lotado e a reta dos boxes quase tomada pelo público para festejar aquele segundo lugar do Bi-Campeão mundial com o belo F5A. Bons tempos.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vídeo: O especial da Fórmula-1 no Esporte Espetacular de 1989

Uma matéria de mais 14 minutos no Esporte Espetacular de 1989, que mostrava as pistas, carros, pilotos, mudanças no regulamento entre outras coisas sobre o Mundial de Fórmula-1 que estava prestes à começar em Jacarepaguá.
Este vídeo é bom para o mais novos, que começaram a acompanhar a F1 de alguns anos para cá, como a categoria tinha outro tratamento por estas bandas.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O novato Ayrton Senna, por Brian Hart

Início de 1984, testes coletivos das equipes de Fórmula-1. O local? Jacarepaguá. Sim, o velho circuito carioca, que hoje se encontra em fase de demolição por conta das mentes brilhantes que regem a nossa política social e esportiva, teve dias de ouro. Era normal as equipes de F1 deslocarem-se da Europa fugindo do rigoroso inverno, para aproveitar o calor da cidade maravilhosa para por em testes os novos equipamentos que seriam usados no início de cada temporada. Foi algo muito normal na década de 80.
Voltando ao ano de 1984, Ayrton Senna era o mais novo piloto brasileiro a tentar a sorte na cruel arena que é a F1. Ele participou daqueles dias de testes em Jacarepaguá a serviço da equipe que estrearia dali alguns dias, naquele mesmo circuito: a Toleman. Brian Hart, preparador do Hart Turbo que equipava os carros do times inglês, escreveu um texto sobre as impressões que teve do jovem Senna após aqueles dias na pista carioca: “Até o momento, Senna tem sido muito bom e analítico, mas ainda lhe faltam experiência e resistência física. Na terça-feira, após algumas voltas de aquecimento, foi muito rápido já na quarta ou quinta volta.”
Brian havia tocado num ponto muito importante: a preparação física de Ayrton era precária e isso pôde ser comprovado na sua segunda prova o GP da África do Sul em Kyalami: “Em Kyalami, uma combinação de altitude e alta temperatura o deixaram completamente exausto. Tivemos de levá-lo para o centro médico depois da corrida. Subitamente, percebemos quão jovem e fisicamente fraco Senna era.” Depois deste “apagão” que ele teve em Kyalami, Ayrton procurou o preparador físico Nuno Cobra, que transformou o brasileiro em um atleta de alta performance.
Mas fora este problema, que seria resolvido no decorrer do ano, Hart sabia bem das potencialidades que Senna possuía e por isso ele defendia que o novo carro da Toleman teria que ser muito bom, caso a equipe quisesse contar com seus serviços durante aquele ano: “Senna é brilhante e, se quisermos mantê-lo, teremos de fazer o modelo 184 (novo carro da Toleman, que não estava pronto) melhor e mais potente. Quando começar a fase européia do campeonato, o talento de Ayrton será aparente e as demais equipes não encontrarão dificuldades para arrumar dinheiro e pagar a multa de quebra de contrato dele conosco.”
E Hart estava certo: Senna mostrou suas credenciais no chuvoso GP de Mônaco, ao terminar em segundo e foi ao pódio mais outras duas vezes em Brands Hatch e Estoril. Fechou em décimo com 13 pontos. Mas o brasileiro cumpriu o seu contrato com a Toleman (apesar de ter assinado com a Lotus por debaixo dos panos, o que causou um mal-estar na equipe de Alex Hawkdridge que o suspendeu do GP da Itália) e em 1985 seguiu seu caminho, indo correr pela Lotus.
Senna, à caminho dos primeiros pontos em Kyalami e de um apagão físico pós-prova


 Fonte: F1 Racing (Junho de 1999)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Vídeo: CART Indycar Rio 400, 1996

Segunda etapa do campeonato da CART em 1996, a categoria desembarcava pela primeira vez no Brasil para realizar uma corrida no novo "oval" construído na pista de Jacarepaguá.
A pole position foi de Alessandro Zanardi (Chip Ganassi) com a marca de 40''162 e a vitória ficou com André Ribeiro (Tasman) após 2 horas de corrida. Al Unser Jr. (Team Penske) foi o segundo e Scott Pruett (Patrick Racing) fechou em terceiro.
Abaixo fica o vídeo, com o resumo da prova, e o resultado final:


 (Clique para ampliar)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vídeo: GP do Brasil, 1982

Um vídeo para relembrar como foi o GP do Brasil disputado em Jacarepaguá, em 21 de março de 1982. A prova foi vencida por Alain Prost após a desclassificação de Nelson Piquet (Brabham) e Keke Rosberg (Williams) por estarem abaixo do peso limite. Essa corrida marcou, também, a despedida de Carlos Reutemann (Williams) da F1. Ele abandonou a prova após um acidente com René Arnoux (Renault) e Elio De Angelis (Lotus) na 21ª volta.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Inauguração de Jacarepaguá, 1977

Vídeo raro onde conta um pouco da inauguração daquilo que já foi um dos mais belos autódromos do Brasil e que hoje não passa de uma sobra quase inexistente: Jacarepaguá.
A dica do vídeo é do camarada Dú Cardim:

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O acidente de Streiff

Por um longo tempo apenas tinha visto fotos do acidente que acabou com carreira do piloto Phillippe Streiff, ocorrido durante testes particulares em Jacarepaguá. Hoje pude ver o vídeo, curto, onde pode-se ver sua AGS escapando na rápida curva do "Cheirinho" e seu carro sendo jogado ao ar após pegar uma zebra. Com isso o AGS passou por cima do guard-rail caindo de ponta cabeça. O problema é que com impacto, o santantonio acabou por quebrar e Streiff ficando com o peso do carro sober sua cabeça. O piloto francês ainda conseguiu sair andando, mas por um corte em uma das pernas ele acabou por ser levado para o centro médico onde ficou constatado fraturas na clavícula direita e suspeitas de lesões na coluna.
Mesmo sendo levado para uma clinica, onde foi confirmado a suspeita da lesão na coluna entre a 4ª e 5ª vértebras, não pode ser operado de imediato pela falta de um aparelho. Foi levado para São Paulo, mas acabou por perder a coordenação motora durante a viagem.
Um dos principais erros, que foram apontados pelos críticos para o agravamento do estado do piloto, foi o fato de Streiff não ter saído da pista imobilizado numa maca.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...