domingo, 30 de maio de 2010

Análise dos dez primeiros- GP da Turquia

Lewis Hamilton- Largou mal e depois recuperou a posição encima de Vettel ainda na primeira volta. Pressionou Webber antes do primeiro pit e quando voltou após sua única parada estava em terceiro atrás da dupla da Red Bull. Com o enrosco dos dois assumiu a liderança e teve um lance fantástico com Button pela liderança da prova, onde saiu vencedor. Com vitória, tira um peso das costas e entra na briga pelo título.


Jenson Button- Brigou com Schumi após a largada e recuperou a quarta posição na primeira volta. Fez uma corrida tranqüila, poupando pneus e quando se viu com chances de vencer, atacou Hamilton com força mostrando ao seu companheiro que também sabe ser agressivo quando quer. Depois poupou combustível e ficou em segundo.

Mark Webber- Ótima classificação e na corrida foi bem frente aos ataques de Hamilton. No acidente com Vettel, ele não moveu o volante um centímetro se quer, mas também não cedeu espaço e ai aconteceu à batida. Talvez vencesse a prova, mas o terceiro lugar ainda lhe saiu no lucro. Ainda é o líder do mundial.


Michael Schumacher- Boa largada, mas não pode luta contra a maior velocidade de reta da Mclaren de Button e acabou perdendo o quarto lugar. Não teve muito trabalho na prova inteira, onde correu praticamente sozinho. Parece que o carro da Mercedes tem melhorado e assim, em breve, Schumi pode tentar freqüentar o pódio algumas vezes esse ano.


Nico Rosberg- Saiu e chegou atrás de Schumi e sofreu pacas com o desgaste excessivo dos pneus traseiros, mas Michael tem melhorado sensivelmente e daí o jovem alemão pode perder mais espaço para o velho.


Robert Kubica- Outra boa prova, mas ficou atrás de Nico a corrida inteira. Bateu rodas com Massa após a largada, mas isso não interferiu no desempenho do seu carro.


Felipe Massa- O rei de Istambul teve uma corrida apagadissima e chegou apenas para completar a prova. O único lance foi a breve disputa com Kubica ainda na largada e mais nada.


Fernando Alonso- Saiu em 12º e como era de se esperar, teve muito trabalho e só conquistou algumas posições depois da sua parada nos boxes. Travou boa disputa com Petrov, superando-o já perto do fim da corrida na briga pela oitava posição. E assim como Massa não tinha mais nada a fazer com um carro tão ruim.


Adrian Sutil- Boa corrida do alemão que batalhou muito com Kobayashi, De La Rosa e Alonso pelas posições intermediárias, Fez bela ultrapassagem sobre o japonês da Sauber.


Kamui Kobayashi- A maré de azar do japonês lhe deu uma folga e ele pode, enfim, marcar seu primeiro ponto no ano. Boas disputas contra Sutil e Alonso e no final, suportou bem a pressão de De La Rosa no fim da prova.

Hamilton vence após enrosco das Red Bulls

A prova parecia estar definida. Webber estava em primeiro, acossado por Vettel e seguido de perto por Hamilton e Button. Na volta 40 Vettel tenta pegar Webber por fora na reta que antecede a curva 12. Com meio carro já na frente do australiano, Sebastian move para a direita e Mark não dá espaço e ambos se enroscam, com Vettel ficando de fora da prova com o carro danificado e Webber prosseguindo, em segundo, com a asa dianteira quebrada.
Assim foi o principal lance da corrida da Turquia e assim a primeira discórdia da Red Bull, em sua história de 5 anos de F1, parece ter se instalado no seio da equipe. E isso custou a equipe a perda do primeiro lugar na briga lugar na tabela do mundial de construtores para a Mclaren, que com a dobradinha Hamilton- Button somou 43 pontos e tem agora 172 pontos contra 171 da Red Bull. Christian Horner e Helmut Marko terão trabalho para apagar a fogueira que se iniciou em Istambul.
A Mclaren agradeceu a confusão dos pilotos da Red Bull e passou para avencer a prova, mas também gelaram a espinha quando Hamilton e Button travaram uma batalha idêntica pela liderança, que começou no mesmo ponto do acidente entre Webber e Vettel, terminando somente no “S” após a reta de largada, com os dois companheiros a trocar de posições várias e vezes. Nas dez últimas voltas, a Mclaren pediu aos seus pilotos para pouparem combustível, afinal tinha o risco de terem uma pane seca no fim da prova.
Webber ainda voltou para a prova e terminou em terceiro, seguido por Schumi . Rosbreg, sofrendo com os pneus traseiros desgastados, suportou a pressão exercida por Kubica (6º) e passou em quinto. Como se esperava, as Ferraris não foram competitivas em momento algum e Massa passou em sétimo com Alonso, após ótima batalha com Petrov, terminando em oitavo. Mesmo completando 800 GPs nesta prova, nada tiveram para comemorar numa das piores apresentações deles nos últimos tempos. Completando a zona de pontos, Sutil fechou em nono e Kobayashi, enfim, conseguiu completar uma prova e marcou seu primeiro ponto no ano.
Rubens Barrichello largou mal e caiu de 15º para vigésimo na largada, e fez o que pode terminando em 14º. Bruno Senna vinha bem, no que o carro da Hispania pode lhe oferecer, e chegou a andar na frente dos dois carros da Virgin e do seu companheiro Chandhok, mas abandonou perto do fim. Di Grassi completou a prova em último.
Mesmo com todos estes acontecimentos, a Red Bull se vê agora ameaçada pela Mclaren que evoluiu muito desde Mônaco. Mesmo assim os austríacos ainda têm o melhor carro num conjunto geral e em Montreal, próxima etapa, os testes serão para os freios que são exigidos ao máximo naquele circuito. Mas o principal teste será para os nervos de Webber e Vettel, que concerteza estarão aflorados ainda mais após este acontecimento.
As Ferraris batalhando contra as Renaults: para os carros amarelos uma prova normal, já para os vermelhos uma corrida para esquecer


A batida da discórdia: Webber e Vettel batem na disputa pela primeira posição e o alemão fica de fora. Para alguns culpa de Vettel, para outros culpa de Webber. Na verdade um acidente de prova.


Você viu o que ele fez moço!!: É o que parece querer dizer Vettel sobre o acontecido.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Turquia- Circuito de Istambul Park
7ª Etapa


1º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1h28min47s620
2° Jenson Button (ING/McLaren) a 2s645
3º Mark Webber (AUS/Red Bull): a 24s283
4º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 31s110
5º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 32s266
6º Robert Kubica (POL/Renault): a 32s824
7º Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 36s635
8º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 46s544
9º Adrian Sutil (ALE/Force India): a 49s029
10° Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): a 65s550
11º Pedro de la Rosa (ESP/Sauber): a 65s944
12º Jaimes Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 67s800
13º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 1 volta
14° Rubens Barrichello (BRA/Williams): a 1 volta
15° Vitaly Petrov (RUS/Renault): a 1 volta
16º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 1 volta
17º Nico Hulkenberg (ALE/Williams): a 1 volta
18º Timo Glock (ALE/Virgin): a 3 voltas
19° Lucas Di Grassi (BRA/Virgin): a 3 voltas
20° Karun Chandhok (IND/Hispania): a 6 voltas

Não completaram:
21° Bruno Senna (BRA/Hispania)
22º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)
23° Heikki Kovalainen (FIN/Lotus)
24° Jarno Trulli (ITA/Lotus)

Melhor Volta: Vitaly Petrov (Renault) 1min29s165

sábado, 29 de maio de 2010

Webber mais uma vez é pole. Ferrari decepciona

Mais uma vez Webber colocou seu passo de gigante sobre os demais. Com outra volta perfeita ele cravou a sétima pole consecutiva da Red Bull na temporada e também a terceira dele, de modo idêntico.
De início pensei que Vettel poderia marcar a pole, mas o alemão errou na sua tentativa na Q3 e isso arruinou sua chance de tentar largar, pelo menos, ao lado do seu companheiro. Pra piorar, Hamilton mais uma vez se colocou no meio de ambos e se pular na frente de Mark (é o que todos estão torcendo), a corrida passa a ficar interessante. Mas de todo modo não acredito que Webber vá sumir na frente, afinal Hamilton tem mostrado uma velocidade incrível nas provas e isto pode ser um ponto à favor do inglês. Button sai em quarto, ao lado de Vettel, e isso para o jovem alemão também pode ser complicado. Se o atual campeão virar a primeira curva na sua frente será um trabalho duro ultrapassá-lo nas retas do Istambul Park. Só para lembrança, a dupla da Red Bull sai do lado limpo do grid de largada e isso pode ajudá-los.
A Mercedes tem uma esperança de conseguir bons resultados na Turquia. Schumi aparece bem na quinta posição com Rosberg ao seu lado. O multi campeão, assim como o duo da Red Bull, tem a vantagem de largar do lado limpo e nisso ele pode tentar um ataque a Button.
Nas posições seguintes aparecem Kubica, Massa, Petrov e Kobayashi fechando os dez primeiros.
A Ferrari esteve bem abaixo do que se esperava. Alonso ficou de fora do Q3 após um erro na sua ultima tentativa e Massa conseguiu o oitavo tempo. Fernando disse que mesmo se usasse dez jogos de pneus macios no Q2, não conseguiria melhorar além da 12ª posição. Massa também reforçou que os carros da Ferrari estão abaixo do esperado para essa prova. Acredito que será complicado para Alonso repetir as recuperações de provas passadas, onde largou do fundão ou então por erro próprio (GP da China e de Mônaco) e o carro correspondeu a altura. Desta vez ele poderá sofrer mais. Massa ainda tem a vantagem de largar quatro posições na sua frente, mas também está em situação parecida. Não vejo grande resultado para ambos amanhã.
Vida complicada para os outros brasileiros. Barrichello esperava alguma melhora nesse classificatório, mas ficou em 15º; Bruno Senna talvez tenha sido o único que saiu mais satisfeito, pois conseguiu superar Chandhok e o Di Grassi. Este último saiu decepcionado, afinal tinha conseguido andar na frente de Glock nas duas sessões da sexta e ficado próximo dele no sábado pela manhã. Na qualificação o carro não correspondeu e ele saíra em penúltimo.
Se nada de anormal acontecer, Webber levará seu terceiro triunfo no ano amanhã.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA TURQUIA- 7ª ETAPA

1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min26s295
2º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min26s433
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min26s760
4º Jenson Button (ING/McLaren): 1min26s781
5º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min26s857
6º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min26s952
7º Robert Kubica (POL/Renault): 1min27s039
8º Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min27s082
9º Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min27s430
10º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min27s434
11º Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min27s525
12º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min27s612
13º Pedro de la Rosa (ESP/Sauber): 1min27s879
14º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min28s273
15º Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min28s392
16º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min28s540
17º Nico Hulkenberg (ALE/Williams): 1min28s841
18º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): 1min28s958
19º Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min30s237
20º Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min30s519
21º Timo Glock (ALE/Virgin): 1min30s744
22º Bruno Senna (BRA/Hispania): 1min31s266
23º Lucas di Grassi (BRA/Virgin): 1min31s989
24º Karun Chandhok (IND/Hispania): 1min32s060

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Button coloca a Mclaren na frente em Istambul

As Mclarens estiveram em grande forma hoje em Istambul Park e foram as mais rápidas nas duas sessões: Hamilton foi o mais rápido pela manhã, mas foi Button quem conseguiu a melhor marca a tarde com o tempo de 1'28''280 ficando apenas 98 milésimos na frente de Mark Webber da Red Bull.
Os carros da empresa de bebidas energéticas estiveram no encalço dos Mclarens e Vettel terminou na terceira posição enquanto Hamiton fechou em 4º. Se nada mudar, a luta pela pole e vitória ficará entre as duas equipes.
Alonso, Rosberg, Schumi, Kubica, Petrov e Massa completaram os dez primeiros. Felipe chegou a errar numa curva e quase bateu na barreira de pneus e quando voltou à pista, a fez de forma perigosa tanto que Schumi, que passava naquele momento, reclamou do modo que Massa tinha retornado ao traçado.
Para os demais brasileiros nada de anormal: Barrichello fechou em 17º; Di Grassi em 20º e Senna em 23º.

RESULTADOS- TREINOS LIVRES PARA O GRANDE PRÊMIO DA TURQUIA- 7ª ETAPA

1. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min28s280
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min28s378
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min28s590
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min28s672
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min28s725
6. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min28s914
7. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min28s974
8. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min29s225
9. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min29s501
10. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min29s620
11. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min29s629
12. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min29s987
13. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min30s053
14. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min30s176
15. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min30s386
16. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min30s627
17. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - F1 1min30s766
18. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min30s933
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min31s610
20. Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - 1min33s013
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min33s081
22. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min33s312
23. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min33s420
24. Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min33s740

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Prognósticos para domingo

GP DA TURQUIA- F1


Acredito que a Red Bull ainda estará no topo e que Sebastian Vettel pode reverter as duas aulas de pilotagem que seu companheiro Webber mostrou a ele nas duas últimas etapas. Ele terá um novo carro na Turquia e isso pode favorecê-lo, afinal acredito que a boa fase de Webber está de passagem mas não o deixo de fora da briga. A equipe vai usar na sexta feira dos testes em Istambul o duto frontal.
Com relação as outras equipes (Ferrari, Mclaren e Mercedes) acho que estaram próximas da Red Bull e assim, tanto nos treinos como na corrida, poderão importunar o duo energético.

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

Helio Castroneves sairá na pole e mais uma vez é favorito para a vitória. Destaco que além dele, outros 4 estarão no páreo para vencer a prova: a dupla da Ganassi (Dario Franchitti e Scott Dixon) e seus companheiros de Penske (Ryan Briscoe e Will Power).
Além de Helinho, outros sete pilotos brasileiros participaram da prova: Raphael Matos, Mario Moraes, Bia Figueiredo, Bruno Junqueira, Vitor Meira, Mario Romancini e Tony Kanaan. Aliás este último teve vários problemas. Bateu duas nas classificações e só conseguiu um lugar nos 33 que disputaram a corrida no Bump Day. Largaria em 32°, mas ele e a equipe Andretti optaram por largar com o carro títular e assim vai largar em 33° e útimo. Indianápolis é um lugar mitíco e não será surpresa ver o baiano se recuperando na prova e, quem sabe, até tentando uma vitória.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

GP da Turquia, 2006


Michael Schumacher e Fernando Alonso lutavam freneticamente pelo mundial de 2006 quando desembarcaram em Istanbul para a disputa do GP da Turquia, 14ª etapa daquele mundial. Um resultado ruim para um dos dois significaria dar quase um adeus a chance de título. Assim os dois iniciaram a batalha no circuito turco, mas Felipe Massa acabou por roubar a cena daquele final de semana.
O piloto brasileiro marcou a pole position e deixou Schumi e Alonso em segundo e terceiro respectivamente. Inicialmente pensava-se que haveria troca de posições entre Massa e Michael, mas como Alonso estava próximo da dupla ferrarista era arriscado tentar essa troca na pista. Os boxes seria a solução correta, mas Felipe manteve-se a frente de Michael aumentando a diferença entre eles.
Schumi não abria tanto com relação à Alonso e o espanhol soube usar a velha tática do heptacampeão e com voltas mais rápidas, conseguiu voltar na frente de Michael após seu pit stop. Com Schumacher errando na curva oito durante a perseguição à Alonso, Massa ficava mais confortável para a conquista de sua vitória.
Mesmo com toda pressão exercida sobre Alonso até o final da corrida, Schumi terminou em terceiro e Massa passou para conquistar a sua primeira vitória na F1.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

GP do Canadá de 1999 também terminou em Safety Car


Quando terminou o GP de Mônaco e sabendo que a ultrapassagem de Schumi sobre Alonso ia dar o maior rebuliço, fui até os meus arquivos pesquisar. Acabei achando o GP do Canadá de 1999.
Como todos lembram, foi uma prova movimentada com vários acidentes principalmente no famigerado muro externo da reta dos boxes onde acabou ficando Zonta, Hill, Michael Schumacher e Villeneuve forçaram a entrada do Safety-Car várias vezes.
Faltando 4 voltas para o fim Frentzen acabou rodando e batendo forte na saída da curva quatro e assim, mais uma vez, o Safety entrou em cena.
O carro de segurança ficou na pista por três voltas e quando o pelotão se aproximava para completar a última volta, o Safety sai de cena deixando caminho livre para o vencedor da prova, Mika Hakkinen, receber a quadriculada livremente. Mas notem a ação dos bandeirinhas: nenhum deles mostram, em momento algum, a bandeira verde indicando que prova tinha reiniciado e assim as ultrapassagens estariam liberadas. Em Mônaco as coisas foram bem diferentes, com as bandeiras e luzes verdes sendo mostradas logo após a saída do Safety, o que caracteriza, pelo menos no meu entender, que as ultrapassagens já estão liberadas.
Nessa o velho Schumi tinha razão.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Análise dos dez primeiros- GP de Mônaco

Mark Webber- Com a pole garantida no final do treino, restava-lhe apenas largar bem e foi o que fez. E ainda, andou muito sem dar chances ao seu companheiro Vettel. Já é um nome forte ao título e a renovação de contrato junto a Red Bull deve sair em breve.


Sebastian Vettel- Não teve o mesmo passo de Webber nos treinos e nem na corrida, mas largou bem ao pular na frente de Kubica. Webber já é uma realidade e agora  é ver como se comporta a esperança alemã daqui pra frente.


Robert Kubica- Genial. Uma pena que Mônaco seja tão cruel com ultrapassagens, pois teria sido magnifico vê-lo atacar Vettel durante a prova. Mas sem dúvida, ao lado de Webber, tem sido uma das grandes sensações deste campeonato.


Felipe Massa- Quarto lugar na largada, quarto na chegada. O carro se adaptou bem em Mônaco e ele voltou a ter um bom final de semana. Um alívio após os problemas da última prova na Espanha.


Lewis Hamilton- Ficou tolhido atrás de Massa a corrida toda e não pode mostrar todo seu virtuosismo como em outras provas. Chegou a tentar, mas desistiu em seguida.


Fernando Alonso- Burrada no sábado e bela corrida no domingo mesmo largando em último, pilotou com garra e inteligência. Depois não conseguiu mais seguir o ritmo de Hamilton, talvez poupando pneus. Durmiu no ponto com Schumi no final da prova, mas acabou recuperando a posição quando o alemão foi punido. Tivesse largado na frente, podia ter discutido a vitória com as Red Bull.


Nico Rosberg- Largou na frente de Schumi, mas perdeu-a na largada para o mesmo. Fim de semana bem normal, mas exaltou a competitividade do carro.

Adrian Sutil- Saiu em 12° e foi subindo de posições conforme as coisas iam acontecendo a sua frente. Com isso chegou em oitavo, na frente de seu companheiro Liuzzi que saiu em décimo.

Vitantonio Liuzzi- Prova normal, mas acabou chegando atrás de seu companheiro que largou duas posições abaixo da dele.

Sebastian Buemi- Não esperava nada desta prova, mas foi agraciado com a punição de Schumi e com isso marcou um ponto para ele e Toro Rosso

Webber imparável em Mônaco

Normalmente o piloto que larga de uma pole position em Mônaco tem, pelo menos em minha humilde opinião, 80 por cento de vitória garantida. Para Mark Webber isso foi importante, claro, mas será que conseguiriam parar o australiano hoje no principado mesmo se alguém estivesse à sua frente?
O ritmo imprimido por Webber desde a largada e após as relargadas foi de tal domínio que mesmo se tivesse ficado para trás na largada, conseguiria passar seu oponente na parada de box ou até mesmo na pista. Vettel, que conseguiu largar bem e pular à frente de Kubica, não teve braço para acompanhar seu companheiro. Seu sorriso ao receber o troféu no pódio foi apenas pura formalidade, pois ele sabe que agora o seu companheiro é a grande ameaça para o seu reinado dentro da equipe e também para a disputa do título. Num todo foi um final de semana perfeito para a Red Bull, que parece ter resolvido seus problemas de confiabilidade e com isso passa a caminhar firme rumo aos seus dois primeiros títulos, os de pilotos e construtores.
Ao restante dos competidores só lhe restaram brigar pelo o que tinha a disposição. Alonso mostrou como ultrapassar em Mônaco e fez várias. Button abandonou no início por erro imperdoável da Mclaren ao deixar tampada as entradas de ar do seu carro. O motor superaqueceu e o inglês abandonou sua primeira prova no ano. A Williams teve um prejuízo e dos grandes, com seus dois pilotos a destruirem os carros. Hulkenberg bateu dentro do túnel ainda na primeira volta e Barrichello teve uma quebra na suspensão traseira esquerda, quando fazia a subida do cassino. Seu carro escapou e bateu de traseira nos guard-rails. Senna e Di Grassi abandonaram numa altura que faziam boa prova.E por último Chandhok e Trulli se enroscaram na Rascasse, quando o italiano forçou por dentro e escorreu e acabou subindo no carro do indiano. Por mais que assustasse, Chandhok saiu ileso. Webber que vinha logo atrás, por pouco não foi pego pela bagunça dos dois.
Massa foi bem e terminou onde largou, em quarto. Hamilton ainda tentou algo mas desistiu de atacar Felipe quando viu que não teria menor chance de ultrapassá-lo e preferiu ficar com sua quinta posição. Alonso e Schumi se encontraram na pista e o espanhol se manteve à frente de Michael após a única parada deste para a troca de pneus. Na última volta, após a saída do Safety, Alonso escorrega e Schumi o passa por dentro quando se encaminhavam para a derradeira curva do circuito. Mais tarde Schumi foi punido. A descrição do artigo 40.13 diz que a saída do safety car da frente do pelotão é apenas estética e isso é feito para que o pilotos recebam a quadriculada normalmente, sem a presença deste, mas estão proibidas as ultrapassagens. Nisso Schumi tomou 20 segundos de punição e caiu para 12°, abrindo assim a décima posição para Buemi marcar ponto.
Mônaco viu a superioridade da Red Bull que eu acreditava não ser tão grande no principado, mas o alerta para as demais equipes já foi dado.

O clássico trenzinho de Mônaco formado por Webber, Vettel, Kubica e Massa


No braço e com a cabeça: Alonso fez belas ultrapassagens e decidiu seu futuro na prova logo no início, quando trocou de pneus. Di Grassi foi quem não aliviou para o espanhol e Fernando reclamou aos montes


Segura ai!!!!: Comissários seguram o Williams destruido de Hulkenberg após sua batida dentro do túnel. Fazer aquela decida do túnel segurando um carro com mais de 600kg sobre as rodinhas, não deve ser nada interessante


Quem disse que não dá pra passar em Mônaco?: Trulli tentou por cima de Chandhok mas acabou eliminando ambos da prova, e por pouco não levou Webber junto

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Mônaco- Monte Carlo- 16/5/2010
6ª Etapa


1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1h50min13s355
2º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): a 0s448
3º Robert Kubica (POL/Renault): a 1s675
4º Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 2s666
5º Lewis Hamilton (ING/McLaren): a 4s363
6º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 6s341
7º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 6s651
8º Adrian Sutil (ALE/Force India): a 6s970
9º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 7s305
10º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 8s199
11º Jaimes Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 9s135
12º Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 25s712*

Não completaram:
13° Vitaly Petrov (RUS/Renault)
14° Jarno Trulli (ITA/Lotus)
15° Karun Chandhok (IND/Hispania)
16° Heikki Kovalainen (FIN/Lotus)
17°Bruno Senna (BRA/Hispania)
18° Rubens Barrichello (BRA/Williams)
19° Kamui Kobayashi (JAP/Sauber):
20° Lucas Di Grassi (BRA/Virgin)
21º Timo Glock (ALE/Virgin)
22º Pedro de la Rosa (ESP/Sauber)
23° Jenson Button (ING/McLaren)
24º Nico Hulkenberg (ALE/Williams)

*: Schumacher cruzou a linha em sexto lugar, mas foi punido com a perda de 20 segundos por ultrapassagem irregular sobre Alonso

Melhor Volta: Sebastian Vettel (Red Bull) 1min15s192

sábado, 15 de maio de 2010

Webber é pole pela segunda vez, Massa sai em quarto e Alonso é último

Como não assisti a este treino classificatório de Mônaco (estava trabalhando na quinta etapa do GT Brasil em Interlagos) serei breve.
Webber mais uma vez foi perfeito em sua condução e garantiu sua segunda pole no ano, a sexta da Red Bull nos seis classificatórios até aqui disputados. Isso coloca sob pressão o até intocável Vettel, que errou e largará em terceiro.
Fantástico mesmo foi Kubica, que levou o bom carro da Renault ao segundo lugar e assim tem alguma chance na corrida. Claro, se passar Webber na largada ou então o australiano tiver algum problema. Massa colocou a sua Ferrari em quarto e vê uma boa chance de se aproximar de Alonso no mundial. O espanhol bateu seu carro na entrada do cassino e não pode treinar na parte da tarde. Com isso teve que trocar todo o chassi e com isso câmbio, motor. Vai largar dos boxes.
As Mclarens se colocaram em quinto com Hamilton e Button sai em oitavo. Bom trabalho para Barrichello que conseguiu levar seu Williams ao nono tempo. Na briga caseira da Mercedes, Rosberg sai em sexto e Schumi em sétimo. Di Grassi sai em 21° e Senna em 22°.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6 ETAPA

1° Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min13s826
2° Robert Kubica (POL/Renault): 1min14s120
3° Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min14s227
4° Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min14s283
5° Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min14s432
6° Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min14s544
7° Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min14s590
8° Jenson Button (ING/McLaren): 1min14s637
9° Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min14s901
10° Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): 1min15s170
11° Nico Hulkenberg (ALE/Williams): 1min15s317
12° Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min15s318
13° Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min15s413
14° Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min14s576
15° Pedro de la Rosa (ESP/Sauber): 1min15s692
16° Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min15s992
17° Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min16s176
18° Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min17s094
19° Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min17s134
20° Timo Glock (ALE/Virgin): 1min17s377
21° Lucas Di Grassi (BRA/Virgin): 1min17s864
22° Bruno Senna (BRA/Hispania): 1min18s509
23° Karun Chandhok (IND/Hispania): 1min19s559
24º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): sem tempo

quinta-feira, 13 de maio de 2010

60 anos de Fórmula-1

Em 13 de maio de 1950 um grupo de 22 pilotos, com carros de antes da segunda guerra mundial, iniciavam em no velho aeródromo de Silverstone, Inglaterra, o campeonato mundial de Fórmula-1.
Os carros dominantes daquela corrida, e também do campeonato, foram as Alfas 158 pilotadas por Juan Manuel Fangio, Giuseppe Farina, Luigi Fagioli e Reg Parnell.
Farina marcou a pole, melhor volta e venceu a corrida seguido pelos seus companheiros Fagioli e Parnell. Fangio abandonou a prova com problemas no seu Alfa quando faltavam 8 voltas para o fim.

GP de Mônaco, 1997

Michael Schumacher iniciava sua segunda temporada pela Ferrari. Ele sabia que tinha um carro que poderia lhe levar ao terceiro mundial, mas o ínicio da temporada tinha sido dominado pela dupla da Williams com duas vitórias para Jacques Villeneuve e uma para Frentzen. Sem contar, claro, com a vitória de Coulthard pela Mclaren em Melbourne. Schumi se encontrava em segundo no mundial com 14 pontos, 6 a menos que Villeneuve quando chegaram em Monte Carlo. Mas lá as coisas foram diferentes.
Com a pole ficando para Frentzen e Schumi se metendo no meio das duas Williams (Villeneuve saia em 3º), ele tinha a chance que precisava, pois ele sabia e muito bem que passar em Mônaco é quase impossível.
No domingo chovia e com a pista molhada Frentzen patinou e Schumi saiu como um tiro para a liderança, virando a St. Devote em primeiro e não saindo de lá até o final da prova. Villeneuve fez péssima prova e abandonou após um acidente, fato que ocorreu vários outros entre eles Frentzen, Hakkinen, Hill, Ralf Schumacher e por ai vai.
Outro que fez uma prova soberba foi Barrichello que com sua Stewart-Ford, largou em décimo e foi ganhando posições com ulrapassagens ou por abandonos dos outros até chegar em segundo, 53 segundos atrás de Schumi.
Dos 22 carros que largaram, dez completaram a prova com apenas quatro chegando na mesma volta do vencedor. A corrida terminou no limite de duas horas.
E o Michael Schumacher? Além de vencer sua primeira prova no ano (quarta pela Ferrari) assumiu a liderança do campeonato com 24 pontos.

Alonso dá as cartas em Mônaco no primeiro dia de treinos

Por mais que Rosberg com sua Mercedes importunasse em alguns momentos do treino, Alonso foi absoluto e marcou o melhor tempo dos dois testes em Monte Carlo. O espanhol dominou as duas sessões e fez a marca de 1'14''904 cerca de 0''109 mais veloz que Rosberg. A terceira posição ficou com Vettel, seguido por Massa, Schumi, Kubica, Hamilton, Sutil, Button e Webber completando os dez primeiros.
Os outros brasileiros: Barrichello foi o 14º; Di Grassi terminou em 20º e Senna, com mais problemas em seu Hispania, fechou em 24º.
No final da última parte do segundo treino, caiu uma garoa que impossibilitou a melhora dos tempos.

TREINOS LIVRES- GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6ª ETAPA

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min14s904
2. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min15s013
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min15s099
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min15s120
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min15s143
6. Robert Kubica (POL/Renault) - 1min15s192
7. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min15s249
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min15s460
9. Jenson Button (ING/McLaren) - 1min15s619
10. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min15s620
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min15s746
12. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min16s276
13. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min16s348
14. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min16s522
15. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min16s528
16. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min16s599
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min16s818
18. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min17s023
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min18s184
20. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - 1min18s478
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min18s667
22. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min18s721
23. Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min20s313
24. Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min21s688

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Interlagos, 70 anos




“Não existe outro circuito no mundo como Interlagos. É o segundo mais comprido, menor apenas que Nurburgring, e os seus 7.9 km de retas e curvas são compreendidos numa área relativamente pequena. Para os espectadores, portanto, é o circuito ideal. Já para os pilotos, ele parece uma combinação de três outros circuitos: Kyalami, Silverstone e Watkins Glen Mas uma coisa é certa: não há a menor possibilidade de a corrida ser monótona”.
Essas foram as palavras de Jody Scheckter após o GP do Brasil de 1977. E ele tinha razão. O velho Interlagos era fantástico, desafiador e dava aos pilotos a chance de mostrar o quanto eles eram bons nos quase 8 km de subidas e descidas, curvas velozes e travadas do autódromo paulistano.
Louis Romero Sanson, engenheiro britânico, construiu o autódromo de Interlagos durante os anos trinta no mesmo tempo que fez, também, o projeto de urbanização daquela região. O nome de Interlagos, que significa “entre - lagos” (ele foi construído entre as represas Billings e Guarapiranga) foi escolhido pela filha de Sanson. A pista foi entregue em 1940, mas já em 1939, Manoel de Teffé e outros pilotos fizeram uma pequena corrida no futuro autódromo. Foram gastos naquela construção 7.200 m3 de pedras, 135 km de arame farpado e 470 m3 de madeira para fazer os camarotes. Até então um empreendimento gigantesco.
Dr. Euzébio de Queiroz Matoso, então diretor da Auto Estradas de Interlagos e seu fundador Louis Romero Sanson, realizaram seus sonhos em 12 de maio de 1940 quando o GP Cidade de São Paulo inaugurou a nova casa do automobilismo paulista e nacional. Os portões foram abertos e pagava quem quisesse, afinal com o redor do terreno do autódromo ladeado de arame, ficava difícil de coibir a entrada de pessoas. A arrecadação foi de 5.000 contos de réis, uma fortuna na época. Na corrida inaugural, a vitória ficou com Arthur Nascimento Jr com Alfa-Romeo, seguido por Chico Landi pilotando uma Maserati.
Dez anos depois de sua inauguração, Dr. Sanson vendeu a área do autódromo de Interlagos, que era de 1,600.000 m2, para o grupo organizador que cuidaria dos festejos do IV Centenário da Cidade de São Paulo e assim esperava-se que para 1954, ano do 4º centenário, a pista recebesse melhorias. Isso não veio e controle do autódromo passou para o governo municipal.
Antes da grande reforma de 1966, Interlagos foi o celeiro para o grande desenvolvimento do automobilismo nacional nos anos 60 tanto no âmbito de competição quanto no de carros de rua. Todas as melhorias que eram encontradas nas pistas eram repassadas para os carros populares. Isso foi importante para erguer lendas automobilísticas como DKV-Vemag, Willys, Volkswagen, Ford entre outros. Ases do volante como Camilo Christofáro, Bird Clemente, Christian Heins, Fritz D’orey, os irmãos Fittipaldi, Luis Pereira Bueno, José Carlos Pace, foram uns dos que se formaram em Interlagos e fizeram história.
Interlagos 1973


Interlagos após a última revisão, em 2007


Comparação entre o velho e o atual traçado

A pista passou por reformas de 1966 até março de 1970, quando foi reaberta com a prova do campeonato Internacional de Fórmula Ford. Para atrair a F1, Interlagos voltou a sofrer mudanças para em 1972, numa prova extra-campeonato , a categoria máxima fizesse sua primeira aparição em solo brasileiro. Emerson Fittipaldi, com sua Lotus JPS preta, marcou a pole, liderou a prova inteira e perto do fim uma avaria o deixou a pé e o caminho aberto para o argentino Carlos Reutemann, com Brabham, vencer a corrida. Em 73 Emerson venceu com Lotus, repetindo a dose em 74 já na Mclaren, e Pace mantendo a invencibilidade brasileira no nosso GP, venceu com Brabham seguido por Emerson com Mclaren.
O GP do Brasil foi sediado em Interlagos até 1980, com uma interrupção em 78 quando a F1 foi para Jacarepaguá para realizar a prova. Com a pista já em estado crítico e com a prefeitura não querendo colocar dinheiro para mais uma reforma, o GP do Brasil mudou de endereço indo para o Rio de Janeiro a partir de 1981, onde a prova ficou até 1989. Foi uma década difícil para o belo autódromo, que ficou mal cuidado neste período.
Durante o ano de 1989 Interlagos ganhou a chance de sediar novamente o GP do Brasil, mas para isso tinha que adequar a pista à nova realidade da F1. Com obras feitas em quatro meses e sob a supervisão de Ayrton Senna, o velho traçado deu lugar a um menor. As curvas 1,2 retão oposto, curva 3, ferradura, Sargento e Laranja, deixaram de existir. A reta dos boxes foi ligada por um “S” em descida á curva do Sol, e todo esse traçado, passando pela antiga subida do lago até a saída da antiga ferradura, passaram a ser feitas na “contramão”, e assim a curva do Laranja passou a se chamar Laranjinha. O miolo se manteve quase o mesmo e a curva a junção foi recuada alguns metros. Naquele mesmo ano o circuito passou a se chamar José Carlos Pace, em homenagem ao grande piloto e busto foi colocado na entrada do autódromo.
Por mais que alguns entusiastas reclamem até hoje desta mudança, Interlagos foi elogiado ao máximo pela FIA e pilotos.
Sem mais nenhuma interrupção, Interlagos tem sediado grandes provas da F1, como as vitórias de Senna em 91 e 93; de Massa em 2006 e 2008; as decisões de títulos de 2005, 2006, 2007,2008 e 2009, todas com grande dose de suspense e emoção.
Por mais que Interlagos ainda tenha problemas na sua infra-estrutura, como infiltrações na torre de controle, alguns buracos em telas, pequenas rachaduras no asfalto, a drenagem que tem sido péssima entre outros, o autódromo recebe anualmente pequenas alterações por pedidos de Charlie Whiting, inspetor e diretor de provas da FIA, tornam a pista utilizável para a F1 e outras categorias internacionais.
Em época de circuitos insossos que se espalham ano a ano pelo mundo, Interlagos contínua sendo uma das grande maravilhas do calendário da F1.



Wilson e Emerson Fittipaldi com seus Fitti-Vê em Interlagos, nos meados dos anos 60

O circuito ainda com traçado em terra batida

Alonso e Schumacher em 2005: O piloto espanhol ganhou seu primeiro campeonato do mundo em Interlagos naquele ano, quando disputou o título contra Raikkonen.

domingo, 9 de maio de 2010

Análise dos dez primeiros- GP da Espanha

Mark Webber- Teve um fim de semana sensacional ao marcar a pole e vencer com total folga o GP. Domou Vettel e mostrou que o carro da Red Bull realmente era imbatível em Barcelona. Redimiu-se dos fracassos nas últimas provas.


Fernando Alonso- Foi o piloto mais cerebral da corrida. Manteve-se em quarto a corrida toda, não sendo importunado por ninguém. Na parte final da prova, passou a virar voltas cada vez mais velozes, aproximando-se de Vettel. Herdou duas posições com os problemas de Sebastian e Hamilton e assim pode chegar ao pódio. O carro não esteve ao seu gosto, mas foi brigador no final de semana.


Sebastian Vettel- Com um carro desequilibrado e com problemas de freios na parte final da corrida, deixaram o jovem alemão em condições adversas tanto que escapou para fora da pista quando faltavam dez voltas para o término. Não repetiu o bom desempneho dos treinos e a vitória de Webber deve ter acendido a luz amarela para o jovem astro na Red Bull.


Michael Schumacher- As melhorias do Mercedes para esta prova deixou o heptacampeão mais avontade e assim ele conseguiu fazer sua melhor prova após seu retorno. Travou um bom duelo com Button, no qual saiu vencedor. Mas o mais importante foi ter deixado Rosberg para trás nesta prova, sendo mais rápido que ele em todo fim de semana.


Jenson Button- Tinha um carro muito mais veloz que Schumi, mas não conseguiu ultrapassá-lo e assim desistiu tentando poupar motor para a próxima etapa. Ficou atrás de Hamilton desde os treinos, mas a sorte o ajudou quando seu companheiro abandonou a prova, afinal as coisas poderiam igualar dentro da equipe. Ainda mantém a liderança do mundial.


Felipe Massa- Péssimo final de semana para ele. Não achou o acerto em momento algum e tomou na classificação mais de cinco décimos de Alonso. A sua boa largada pulando de nono para sétimo o ajudou e no final da prova subiu para sexto, mas tudo anda difícil para ele na Ferrari.


Adrian Sutil- Saiu em 11º e mostrou habilidade ao escapar do entrevero entre Kubica e Kobayashi no início, assim conquistando duas posições. Manteve-se nas posições intermediarias a prova toda e subiu para sétimo no fim.


Robert Kubica- O enrosco com Kobayashi após a largada, arruinou qualquer chance sua. Teve que lutar contra Rosberg e Sutil na prova, mas está em ótima fase e terminou em 8º.


Rubens Barrichello- Saiu em 17º e sua largada foi fundamental para tentar algo durante a prova, quando pulou para 13º. Por mais que tenha terminado em nono, o carro ainda precisa e muito de evoluir.


Jaime Alguersuari- Outra bela prova do espanhol, com boas disputas e até batendo rodas com retardatários como ficou demonstrado quando tentou passar Chandhok arrancando-lhe a asa dianteira. Tomou um Drive & Trough por isso e voltou forte para garantir, no final, a décima posição.

Webber domina e vence em Barcelona


O largo sorriso de Mark Webber após a sua pole ontem em Barcelona era justificável. Ele sabia que, para conter seu companheiro de equipe, tinha que largar a sua frente e sustentar qualquer que fosse o ataque de Vettel durante a prova. Lembram-se: ambos tinham ficado separados por mísero 1 décimo, não só na disputa da pole, mas nos treinos em geral. Isso indicava um domínio absoluto do time austro-inglês.
Mark Webber largou bem, seguido por Vettel, Hamilton, Alonso e o restante. Basicamente um destes quatro sairia vencedor. Se bem que Hamilton e Alonso teriam que torcer e muito para haver algum problema com um dos dois carros da Red Bull para que isso acontecesse.
Nas dez voltas iniciais Webber mostrou estar mais rápido que Vettel e abriu boa vantagem, cerca de quase oito segundos, além claro de marcar sucessivamente a melhor volta da prova. Sebastian parecia estar em outra corrida ao não conseguir igualar o mesmo ritmo de Webber, tanto que Hamilton, antes das paradas para troca de pneus, estava atrás por apenas 1.5s. Isso saiu caro para ele, pois na volta de número 18, quando já havia feito sua parada, ele dividiu a primeira curva com Hamilton que acabava de sair dos pits. Por dentro se encontrava um retardatário que atrapalharam ambos e Sebastian teve que escapar para não colidir com Lewis e assim caiu para terceiro.
Webber tinha parado na mesma volta que Lewis e sustentado a primeira posição, assim ele ficaria até o final da corrida sem incomodo algum.
Lewis estava seguro a frente de Vettel e tinha até esboçado alguma reação para Webber, ao cravar por duas vezes a melhor volta da prova que era batida, em seguida, pelo australiano da Red Bull. Hamilton poderia ter ficado mais tranquilo na prova, principalmente quando Vettel, que estava no seu encalço, teve problemas nos freios e escapou na volta 54 e parou nos boxes em seguida, mas faltando uma volta para o fim, o desgaste excessivo dos pneus para se manter na frente de Vettel e tentar se aproximar de Webber, fez com que o pneu dianteiro esquerdo estousasse na rápida curva de raio longo após o ''S'' jogando o piloto da Mclaren para a brita acertando a barreira de pneus.
Isso foi ótimo para Alonso que poupou pneus após sua única parada (estratégia que foi adotada pela maioria dos pilotos) e herdou duas posições nas últimas dez voltas da corrida para passar em segundo. Vettel terminou em terceiro, sofrendo com problemas nos freios.
Boa prova para Schumi que largou em sexto e por ali ficou até herdar a quinta posição de Button após a parada deste. Foi um duelo que levantou a torcida, com Michael a denfender-se dos ataques de Jenson que tinha um carro muito mais rápido que o Mercedes. Mas ficou por isso mesmo, sem Button conseguir a ultrapassagem e sossegar na quinta posição.
Para os brasileiros o fim de semana foi mediano. Massa largou bem ao assumir a sétima posição e terminar em sexto, atrás de Schumi e Button. Barrichello foi outro a fazer ótima largada, pulando de 17º para 13º e garantiu dois pontos mais para ele e equipe Williams com a nona posição. Senna abandonou no início da prova e Di Grassi fechou em 19º e último, 4 voltas atrás do líder.



O que sobrou do Mclaren de Hamilton: o desgaste excessivo dos pneus de seu carro lhe saiu caro e o pneu dianteiro esquerdo arrebentou na parte mais veloz do circuito.


A melhor batalha da corrida: Schumi segurou os ataques de Button por mais de dez voltas e assegurou, no fina da corrida, o quarto lugar. O inglês reclamou aos montes depois.


Ainda saiu no lucro: após uma classificação sofrível, Massa saiu bem da nona posição para virar a primeira curva em sétimo após a largada, mas mostra não estar satisfeito com o seu Ferrari e espera melhoras em Mônaco, próxima etapa

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Espanha- Circuito de Montmeló- Barcelona
5ª Etapa


1. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 66 voltas em 1h35min44s101
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 24s065
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 51s338
4. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1min02s195
5. Jenson Button (ING/McLaren) - a 1min03s728
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min05s767
7. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1min12s941
8. Robert Kubica (POL/Renault) - a 1min13s677
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
10. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
12. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 1 volta
13. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
14. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 2 voltas
15. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 2 voltas
16. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 2 voltas
17. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 3 voltas
18. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth) - a 3 voltas
19. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth) - a 4 voltas

Não completaram:
Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari) - a 24 voltas
Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth) - a 39 voltas
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 48 voltas
Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 66 voltas
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 66 voltas

Melhor Volta: Lewis Hamilton (Mclaren) 1min24s357

sábado, 8 de maio de 2010

Webber e Vettel marcam a primeira fila da Red Bull na Espanha com folga

Foi um domínio absoluto. Webber e Vettel mostraram a total força dos Red Bull ao colocar no terceiro colocado, Hamilton, mais de oito décimos mostrando que se a prova for disputada com pista seca à vitória ficará com um dos dois.
Para os demais, Hamilton, Alonso e Button que são teoricamente favoritos nessa prova, vão ter que depender da possível chuva que pode cair durante a prova de amanhã. Em condições normais não terão chance alguma.
Schumi, enfim, largará na frente de Rosberg pela primeira vez nesta temporada mostrando que o Mercedes melhorou e o trabalho da equipe para adaptar o bólido ao estilo de pilotagem do heptacampeão foi, por enquanto, perfeito.
Massa sai em nono reclamando e muito da falta de aquecimento dos pneus de seu Ferrari. Kamui Kobayashi, da Sauber, sai em décimo repetindo os bons desempenhos da equipe na pré-temporada e quem sabe, agora, completar a primeira prova dele na temporada.
Barrichello caiu na Q1 e sai em 17°, quatro posições atrás de Hulkenberg. Bruno Senna se benefeciou das punições de Di Grassi, Glock e Chandhok e vai largar em 21°.
A previsão do tempo para a prova, mais uma vez, é de chuva.

GRID DE LARGARDA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- 5ª ETAPA

1º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - 1min19s995
2º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - 1min20s101
3º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - 1min20s829
4º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1min20s937
5º - Jenson Button (ING) McLaren-Mercedes - 1min20s991
6º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - 1min21s294
7º - Robert Kubica (POL) Renault - 1min21s353
8º - Nico Rosberg (ALE) Mercedes - 1min21s408
9º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1min21s585
10º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - 1min21s984
11º - Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - 1min21s985
12º - Pedro de la Rosa (ESP) Sauber-Ferrari - 1min22s086
13º - Nico Hulkenberg (ALE) Williams-Cosworth - 1min22s131
14º - Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - 1min22s191
15º - Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso-Ferrari - 1min22s207
16º - Vitantonio Liuzzi (ITA) Force India-Mercedes - 1min22s854
17º - Rubens Barrichello (BRA) Williams-Cosworth - 1min23s125
18º - Jarno Trulli (ITA) Lotus-Cosworth - 1min24s674
19º - Vitaly Petrov (RUS) Renault - 1min22s139*
20º - Heikki Kovalainen (FIN) Lotus-Cosworth - 1min24s748
21º - Bruno Senna (BRA) Hispania-Cosworth - 1min27s122
22º - Timo Glock (ALE) Virgin-Cosworth - 1min25s475*
23º - Lucas di Grassi (BRA) Virgin-Cosworth - 1min25s556*
24º - Karun Chandhok (IND) Hispania-Cosworth - 1min26s750*

* Punidos com a perda de cindo posições no grid de largada

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vettel é o mais rápido na sexta em Barcelona


Sebastian Vettel mostrou mais uma vez que o carro da Red Bull ainda é o mais rápido da atual F1. Nos treinos livres de hoje em Barcelona ele marcou o melhor tempo com a marca de 1'19''965, sendo 0''210 mais rápido de seu companheiro de equipe Mark Webber que fechou em segundo.
Schumi apareceu em terceiro mostrando uma boa reação as melhorias feitas nos Mercedes e ficou nas duas sessões de treinos atrás, apenas, da dupla da Red Bull.
Alonso fechou o dia em quarto; Hamilton em quinto; Kubica em sexto; Rosberg em sétimo; Massa em oitavo; Button em nono; Sutil em décimo completaram a lista dos dez melhores da sexta.
Barrichello, estreando novo capacete, ficou em 15°; Di Grassi terminou em 22° e Bruno Senna fechou em 24°.

TREINOS LIVRES- GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- 5ª ETAPA

1: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min19s965
2: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min20s175
3: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min20s757
4: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min20s819
5: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min21s191
6: Robert Kubica (POL/Renault) - 1min21s202
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min21s271
8: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min21s302
9: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min21s364
10: Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min21s518
11: Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min21s672
12: Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min21s904
13: Kamui Kobayashi (JPN/Sauber) - 1min21s931
14: Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min22s184
15: Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min22s192
16: Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min22s397
17: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min22s449
18: Paul di Resta (ESC/Force India) - 1min23s030*
19: Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - 1min23s471
20: Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min24s209
21: Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min24s894
22: Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - 1min25s066
23: Karun Chandhok (IND/Hispania) - 1min25s972
24: Bruno Senna (BRA/Hispania) - 1min26s152
25: Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min26s340
26: Christian Klien (AUT/Hispania) - 1min27s250*

* Pilotos reservas

terça-feira, 4 de maio de 2010

GP da Espanha, 1980

As fagulhas lançadas da guerra FISA x FOCA no início dos anos 80, deixaram a F1 a beira de um colapso quase irreversível e o GP da Espanha, disputado em Jarama a 1º de junho, foi um capitulo triste deste confronto.
Sabe-se que a causa principal deste conflito entre as duas entidades iniciou-se ainda em 1979 quando Jean Marie Balestre, presidente da FISA (que era um braço esportivo da FIA, no qual o próprio Balestre também presidia), quis proibir de imediato o uso do efeito-solo nos carros já para o próximo ano. As equipes inglesas bateram pé e a FISA teve que ceder, mas a briga estava apenas começando. Em 1980 Balestre anunciou que para a temporada de 81 as minissaias móveis estariam proibidas e o peso dos carros aumentaria de 575kg para 585kg, o que favorecia os carros de motores turbo (Renault, Ferrari e Alfa Romeo) que necessitariam de mais potência e assim igualaria forças com as equipes de motores Cosworth e efeito-solo.
Ok, vamos embora: Renault, Ferrari e Alfa Romeo fizeram as malas e deixaram Jarama

Mesmo com essas regras que funcionariam a partir de 81, o que azedou de vez o já conturbado clima naquele ano foi outra coisa. A FISA tinha criado uma reunião obrigatória para todos os pilotos antes de cada GP, e aquele que não comparecesse nestas levaria uma multa de mais de 2.000 dólares e podia ter a sua super-licensa cassada. Mesmo assim alguns não estiveram presentes nas reuniões dos GPs da Bélgica e Mônaco e não pagaram as multas. Em Jarama tudo piorou com a não ida dos pilotos dos times que apoiavam a FOCA (liderados por Bernie Eclestone, presidente da entidade) e assim, antes da prova começar, uma reunião as portas fechadas foi feita entre FISA e FOCA. Após algumas horas nada foi definido e a FISA decidiu que a prova não se realizaria. Ela colocou em prática a ameaça inicial de que se nenhum piloto participasse da reunião, estaria automaticamente sem habilitação para correr o GP espanhol. Renault, Ferrari e Alfa Romeo, equipes que apoiavam os ideais da FISA se retiram do autódromo madrileño. A FOCA discordou e mesmo assim deu início a corrida apenas com suas equipes.
Na prova a batalha deu-se entre os Williams de Jones e Reuteman, a Ligier de Laffite e a Brabham de Piquet. Laffite, que tinha largado na pole, perdeu a posição para os Williams de Reutemann e Jones e ficou em terceiro. Com a corrida se desenvolvendo normalmente, Jones teve problemas de câmbio e caiu algumas posições e Laffite foi à caça de Reutemann. Piquet, que estava em terceiro, ficou de longe acompanhando a batalha dos dois. Faltando 45 voltas para o fim, os dois líderes foram colocar uma volta no retardatário Emilio de Villota. Reutemann passou-o por fora e Laffite, na tentativa de passar rapidamente e não perder contato com o líder, tentou por dentro mas acabou acertando o carro de Villota. O Ligier atravessou a curva e acertou o Williams. Os dois abandonaram e Piquet assumiu a liderança por oito voltas, mas o câmboi quebrou. Caminho aberto para Pironi com sua Ligier, mas este acabou perdendo o pneu dianteiro direito e também a prova.
A vitória ficou com Alan Jones da Williams, seguido por Jochen Mass da Arrows e Elio de Angelis da Lotus.

No dia seguinte a corrida, FISA manteve seu ponto de vista e a prova não contou pontos para aquele mundial de 1980.




O Ligier de Laffite e a Williams de Reutemann após o acidente que eliminou ambos da prova. O argentino teve um corte na perna

Que tal um joguinho?: Foi o que fizeram os mecânicos da Brabham e Williams para passar o tempo enquanto os poderosos decidiam o futuro da prova.



Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...