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domingo, 26 de setembro de 2021

GP da Rússia: Decisões

 

Lando Norris esteve em grande forma neste GP da Rússia

Entendo perfeitamente Lando Norris. Quem nunca do alto de sua juventude desrespeitou uma ordem - ou pedido - por achar que estava certo? Porém existe uma via de duas mãos: você pode se dar muito bem e gabar-se por uma vida que aquele passo foi o certeiro e certamente colherá os louros da vitória. Mas... e quando as coisas saem errado? Esse é o grande problema... Dependendo de qual for a situação, você carregará um enorme fardo por não ter ouvido com mais atenção o pedido, conselho, e apenas ter se mantido fiel a sua idéia. 

O que aconteceu com Lando Norris neste GP da Rússia foi apenas um cenário onde a gana de vencer pode ter tirado do jovem inglês a oportunidade de vencer o seu primeiro GP, logo em seguida de seu companheiro Daniel Ricciardo ter vencido um magnifico GP da Itália. Mas Lando teve apenas um grande erro neste final de semana que parecia ser apenas dele no modorrento circuito de Sochi. 

A sua pole de sábado foi apenas uma amostra que o inglês pode fazer com pista molhada, algo que tinhamos visto em Spa-Francorchamps semanas atrás onde a pole position já deveria ter sido dele. Mas o acidente no complexo Eau Rouge/ Raidillion tirou dele essa oportunidade. Em Monza ele foi muito bem, mas esbarrou num inspiradíssimo Daniel Ricciardo que ressurgiu das cinzas para repor a Mclaren ao círculo dos vencedores quase nove anos depois. 

A hora de Lando parecia ter chegado em Sochi ao cravar a primeira pole na carreira numa pista úmida que fez até mesmo um dos mestres em pista molhada - Lewis Hamilton - errar duas vezes. E nem mesmo uma largada melhor de seu amigo Carlos Sainz parecia ter tirado dele a concentração em buscar o seu objetivo, ao superar seu antigo colega de Mclaren treze voltas depois e se mandar na liderança da corrida. Apenas algo muito sério é que poderia tirar de Norris esta conquista... 

O melhor ritmo de Lewis Hamilton após trocar dos médios para os duros, não pareceu abalar o ritmo de Lando que ainda continua a ter uma distância precisa contra o heptacampeão. Mas com a chuva se iniciando de modo fraco e em alguns pontos do circuito, trouxe uma variável dramática que aumentou conforme a prova ia entrando na sua reta final. 

É claro que houve muita gente pensando mais de duas vezes se valia ou não a pena trocar para os intermediários e com Norris e Hamilton não foi diferente, tanto que Lewis pensou em ficar na pista e depois acabou recuando quando viu a situação do asfalto piorar e foi para colocar os intermediários. Lando comprou a briga - de forma ríspida, diga-se - e manteve-se na sua idéia de que dava para aguentar com os médios numa pista que já parecia um sabão em quase todo traçado. Infelizmente a sua decisão não foi das mais corretas e sua autoconfiança acabou naufragando a sua possível primeira vitória. 

É claro que estando de fora as coisas são mais fáceis de se analisar, mas ao mesmo tempo, o nervosismo em tentar buscar a primeira vitória - a primeira real chance de conquistar a vitória que ele teve na Fórmula-1 - mais a dose cavalar de autoconfiança juvenil, atrapalhou bastante na hora de raciocinar. Faltou a experiência de entrar numa breve conversa com o engenheiro e procurar o melhor momento para trocar ou não os pneus. Hamilton teve a mesma dúvida, mas acabou aceitando a idéia de fazer a parada quando viu que, realmente, as condições do asfalto não eram as melhores. Para Lando faltou apenas ouvir mais e procurar saber como seriam as próximas voltas - apesar de que no momento que Lewis foi para a mudança de pneus a pista já estava numa condição não tão confortável assim. 

Mas sabemos que se caso ele tivesse conquistado a vitória, certamente estaríamos exaltando as qualidades de um futuro campeão do mundo, como muitos apontam. porém, sabemos que situações como a de hoje em Sochi ajudará - e muito - a moldar um futuro Lando Norris que talvez ouça mais e possa discutir com a equipe o que será melhor para o momento. 

Muito erros ainda podem aparecer, mas talvez este vá doer por muito tempo para o sempre sorridente Lando Norris. 

sábado, 25 de setembro de 2021

Vídeo: Os comentários sobre a qualificação para o GP da Rússia



Hoje foi um daqueles dias históricos para a Fórmula-1: além da inédita pole de Lando Norris - recuperando algo que poderia ter sido dele em Spa-Francorchamps - a categoria voltou a ter a formação das três primeiras posições do grid com suas três clássicas equipes: a Mclaren voltando a largar da posição de honra com Lando, coisa que não acontecia desde o GP do Brasil de 2012 quando Lewis Hamilton fez a pole; Carlos Sainz conseguiu a sua melhor posição de largada até aqui ao ficar com a segunda colocação e a terceira para o George Russel, que cada vez mais demonstra o talento que lhe é reservado. 

Dessa forma Mclaren, Ferrari e Williams voltam a formar a trinca num grid de largada desde o GP do Brasil de 2004 - e com esta formação, desde o GP da Europa de 2003. 

No vídeo, as minhas impressões sobre a qualificação em Sochi.


domingo, 29 de setembro de 2019

GP da Rússia – De bandeja


As melhorias apresentadas pela Ferrari nestes três últimos GPs deram a equipe italiana a possiblidade de, enfim, enfrentar e até mesmo superar a Mercedes. Isso foi muito bem traduzido pelas poles de Charles Leclerc e suas vitórias, assim como a bela conquista de Sebastian Vettel em Singapura. Em Sochi o cenário estava pronto mais uma vez para que a conquista da Rossa fosse apenas uma questão de tempo, mas não foi bem assim.
É claro que a intromissão de Hamilton entre as duas Ferrari – num momento que a primeira fila italiana parecia certa – precisava de maiores cuidados exatamente pela longa reta do circuito russo, mesmo que o piloto inglês saísse de pneus médios que tem uma aderência menor que os macios usados pelo duo ferrarista. Um acordo feito antes da prova anular qualquer ataque de Lewis foi feito entre Charles e Sebastian e quando a largada foi dada, a saída de foguete de Vettel, ao pular de terceiro para primeiro, foi amplamente festejada e elogiada, porém – como boa parte das coisas que acontecem longe de microfones da imprensa e de ouvidos bem aguçados – soube-se mais tarde que aquilo era parte da estratégia de neutralizar o piloto britânico. Porém a outra parte do combinado era de Sebastian ceder a posição para Charles ainda nas primeiras voltas. Mesmo com os engenheiros discutindo isso a cada volta e indicando que Charles era o mais veloz, era Vettel quem estava de “jato ligado” ao cravar uma série de voltas velozes estando na liderança. Com uma diferença que chegou beirar os cinco segundos e com Leclerc não aproximando, a troca jamais foi feita e isso foi o estopim para mais um capitulo da pequena, mas intensa, guerra fria que deflagrou na equipe italiana. As posições foram alteradas quando Vettel parou nos boxes na volta 27, quatro voltas depois de Charles, ficando imediatamente atrás do piloto monegasco. O pior de tudo é que a estratégia da Mercedes passava a funcionar, pois largando de pneus médios a equipe alemã esperava deixar Hamilton mais tempo na pista para ter pneus macios mais frescos. A ideia começou a melhorar quando Sebastian estacionou na sua Ferrari com problemas na unidade de potência uma volta após sua parada de box. Com o Virtual Safety Car acionado, tudo ficou mais fácil para que Lewis parasse e voltasse ainda na liderança da corrida e, para completar a estratégia, Bottas também foi aos boxes na mesma volta (29) mudando para os macios. Ainda em regime de VSC, George Russel bateu a sua Williams forçand, assim, a entrada do Safety Car que acabou sendo importante para que a Ferrari chamasse Leclerc e mudasse os pneus médios para macios, dando ao piloto de Mônaco a oportunidade de duelar de igual para igual contra os dois Mercedes. A verdade é que após a relargada Charles não conseguiu chegar próximo o suficiente de Valtteri Bottas para tentar a ultrapassagem nos trechos mais, sendo que o último setor da equipe alemã era o melhor por conta do traçado mais sinuoso – e Bottas também conseguia uma melhor tração na saída da última curva do circuito, ajudando a anular qualquer tentativa de um uso mais eficaz da asa móvel de Leclerc. Alheio a tudo isso e fazendo a sua parte, Lewis fez as voltas velozes que precisava para abrir uma distância confortável para que pudesse se defender de Charles caso este conseguisse passar por Valtteri. A espera do SC que tanto a Mercedes almejava em Singapura, quando deixou Lewis por mais tempo na pista para tentar o pulo do gato e não aconteceu, acabou desta vez dando tudo certo. Apesar de uma grande melhoraria da Ferrari, especialmente nas classificações, o ritmo de prova destas duas equipes é bem parelha e isso dá a Mercedes a possibilidade de arriscar mais e tentar escapar de ficar encaixotado atrás dos vermelhos. Infelizmente não tivemos a chance de observar como seria essa estratégia com as duas Ferrari à frente, mas talvez a batalha fosse bem interessante com um Lewis tentando conquistar a vitória a fórceps. Mas, se na outra semana a estratégia “mercediana” foi um fiasco, essa correu tudo bem.
A corrida teve seu destaque, além do entrevero ferrarista, a ótima atuação de Alex Albon, que escalou o pelotão largando de 15º até a quinta posição – isso sem contar no belo duelo contra Pierre Gasly.
Enquanto que Mercedes festeja mais uma vitória, arrancada com uma bela estratégia e competência de seus pilotos que mantiveram por mais um ano o domínio das Silver Arrows neste circuito, a Ferrari terá que arrumar a casa até o GP do Japão para evitar que essa tempestade tome contornos mais devastadores para o ambiente que já não é tão calmo assim – até mesmo quando as coisas vão indo bem.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

GP da Rússia - Ordens são ordens, mas...


Sabemos que existem as reuniões pré-corridas e nelas é que são traçadas todas as estratégias. Mas talvez algumas coisas mudem de direção conforme o andamento da corrida e aí que se instala as grandes polêmicas.
Olhando dessa forma, será difícil entender o real fato que levou a Mercedes a fazer o jogo de equipe em Sóchi, alijando Bottas de uma possível vitória para que Hamilton pudesse chegar a mais uma conquista. A verdade é que o modo que foi feito é que gerou toda indignação, assim como acontecera no episódio de Spielberg em 2002 entre Barrichello e Schumacher. Não foi o melhor momento da temporada, principalmente de uma equipe que foi elogiadíssima em 2017 quando inverteram as posições de Hamilton e Bottas quando o primeiro não conseguiu chegar nas Ferrari no GP da Hungria. Porém, desta vez, ficou o julgamento pelo momento em que esta atitude foi tomada, uma vez que Lewis estava com quarenta pontos de vantagem sobre Vettel e naquele momento ele estava terceiro (virtualmente segundo, já que Verstappen era líder e teria que parar logo mais para a sua troca de pneus). Com o segundo lugar ele iria para 43 pontos de vantagem sobre o piloto alemão. Com a vitória, subiu esta vantagem para cinquenta. Muito se falará (como já falaram) sobre a postura de Hamilton - assim como a do Schumacher na Áustria - em não ter abrido mão da vitória. Mas pilotos que estão nessa luta pelo título, por mais que se encontrem nessa situação do "entre a espada e a cruz", vão optar por vencer. Foi a vitória de número 70 de Lewis e sem dúvida a mais controversa.
Mas, o que levaria a Mercedes a tomar tal iniciativa justamente agora que parece ter resolvido alguns problemas em seu carro, recuperando o terreno que perdera para a Ferrari desde a prova de Baku? Por mais que o clima tenha sido bem ruim, podemos deduzir que a equipe não esteja tão segura para estas derradeiras etapas. Talvez tenham tomado como exemplo Fernando Alonso em 2012, quando abandonou duas provas por conta de acidentes e viu a sua diferença de quase 40 pontos virar fumaça e ter que lutar contra uma Red Bull de... Vettel que estava em grande crescente na ocasião. Ou até mesmo as famigeradas trocas de componentes, que pode jogar Lewis para o fundo do grid e fazê-lo correr certos riscos para escalar o pelotão. A verdade é que são várias hipóteses que possam ter levado Toto Wolff a fazer a tal cena, privando Bottas da sua primeira vitória no ano e jogando a equipe na boca dos leões.
Apesar das pessoas não gostarem dos jogos de equipe, infelizmente isso faz parte do campeonato e nesta altura é totalmente compreensível, por mais que haja ressalvas como este caso em Sóchi.
Caberá a Mercedes, Ferrari e qualquer outra equipe que venha a usar deste artifício, um modo mais sutil de fazê-lo para que não haja momentos constrangedores como o de ontem.


A corrida em si foi mediana. Mas tivemos a grande atuação de Max Verstappen - que reconheceu a facilidade em escalar o pelotão por conta do melhor carro - e liderar parte da prova com um ritmo muito bom. Quem sabe o que poderia ter feito se tivesse largado mais a frente.
Antes da polêmica manobra, tivemos um duelo fabuloso entre Lewis e Sebastian pela então terceira colocação, com o inglês consertando o erro de cálculo da Mercedes - que o deixou mais tempo na pista e perdendo a posição para Vettel quando retornava do pit-stop. A defesa de Vettel foi no limite, mas limpa - apesar de que qualquer manobra em falso poderia ter causado grande acidente no final da grande reta dos boxes. O ataque de Lewis no trecho seguinte foi uma das grandes manobras da corrida e da temporada, para a obtenção do terceiro lugar. Ficou bem claro nesta prova em principalmente em duas situações - largada e disputa da terceira colocação - o quanto que a Mercedes melhorou seu ritmo de prova, conseguindo suplantar a Ferrari desde os treinos.
As respostas virão daqui poucos dias, já que a etapa de Suzuka será no próximo final de semana.

domingo, 30 de abril de 2017

GP da Rússia: Uma vitória maiúscula

Sinceramente, eu era um dos que apontavam uma conquista fácil de Vettel hoje em Sochi. O grande domínio por parte dele e também de Raikkonen desde os treinos de sexta, indicavam uma conquista tranquila da Ferrari até mesmo por conta do desempenho que os carros vermelhos tem apresentado até aqui. Mas como bem sabemos, o que vale mesmo é o domingo quando as forças são colocadas em prova. Neste quesito, Valtteri Bottas guardou a melhor forma para o momento que valia.
A fabulosa largada do finlandês decidiu parte da prova para si, conseguindo resolver uma futura dificuldade num lance espetacular. A segunda parte do plano era tentar sustentar a dianteira prova e cuidar bem dos pneus e claro, tentar construir uma distância que desse a ele uma condição confortável para que pudesse fazer a sua parada de box e tentar voltar à frente de Vettel. Essa parte foi importante, pois a diferença entre ele e o piloto alemão chegou a bater na casa dos cinco segundos e meio num ritmo que, confesso, me surpreendeu bastante visto o quanto que a Mercedes sofreu com os compostos ultramacios nas etapas anteriores.
Mesmo após as trocas de pneus, com Vettel esticando ao máximo o seu stint, tentando repetir a manobra de Melbourne, Bottas conseguiu sustentar a primeira posição. Apesar dos erros que quase jogaram seu fabuloso trabalho pelo ralo, o finlandês teve sangue frio para abrir vantagem no primeiro setor e se sustentar nas demais partes para que Vettel não ganhasse terreno e tentasse fazer uso do DRS na grande reta.
A discussão se Felipe Massa foi fator decisivo para o desfecho - com Vettel se irritando com o brasileiro - é algo a parte, mas a verdade é que Bottas fez um trabalho acima da média neste fim de semana. Conseguir domar um tricampeão do mundo como foi feito por ele desde a sexta feira, e sempre com uma diferença considerável que variava entre dois e cinco décimos, é algo louvável e que merece todo tipo de elogios. Valtteri chegou a sua primeira vitória após 80 GPs e de uma forma imponente e importante para ele. Afinal, ele ainda precisa mostrar mais e mais as suas qualidades para que possa, quem sabe, esticar sua estadia na equipe alemã. E essa conquista veio em boa hora.
Ainda tem muito o que acontecer, mas o finlandês vai mostrando as suas qualidades. E o campeonato agradece

domingo, 1 de maio de 2016

GP da Rússia: Nenhuma novidade

Neste terceiro GP da Rússia a única possibilidade de haver alguma disputa, repousava na largada. Um grid interessante, diga-se, onde a punição de Vettel pela troca de câmbio e os problemas de motor de Hamilton no Q3 já deixaram as coisas bem interessantes. Dois caras dos bons partindo de trás e mais uma possibilidade de ver uma Williams tentar dar o bote numa Mercedes na largada e fazer as coisas embaralharem. Infelizmente as perspectivas se esvaíram quando Rosberg largou muito bem - mostrando que se adaptou bem a embreagem do carro - e Vettel foi batido - literalmente - duas vezes por Kvyat, culminando na saída precoce do tetra-campeão. Talvez os comissários tenham feito vistas grossas quando Lewis, para evitar o entrevero de Vettel e as duas Red Bulls, cortou caminho e saiu de uma possível décima posição - ou pior - para um quinto lugar. Um bom par de óculos para os comissários cairia bem na próxima etapa.
O que teve de emoção, ficou reservada por duas, três voltas lançadas - uma vez que o SC ficou na pista para que peças fossem retiradas - após a sua reinicialização. Lutas por posições intermediárias, como a de Magnussen, Grosjean, Perez, Button e Sainz, acabaram roubando a cena, pois da dianteira da prova até o sexto colocado, Fernando Alonso, a diferença era confortável. Mais uma vez a prova russa não foi grande coisa, mas serviu para confirmar a fase explêndida que vem passando Rosberg desde o ano passado, ao vencer sua quarta prova nesta ano (100% de aproveitamento) e a sétima seguida, que o coloca ao lado de gigantes como Michael Schumacher e Alberto Ascari neste quesito. De se destacar os grandes trabalhos de Fernando Alonso, que soube escapar bem da confusão e já se postar na sétima posição e que avançaria para sexto após o abandono de Verstappen. Magnussen foi outro que trabalhou bem e travou bons duelos até chegar num belo sétimo lugar. Jenson Button também teve seu ponto garantido ao terminar em décimo, fazendo assim a Mclaren ter dois carros na casa dos pontos, coisa que não acontecia desde o GP da Hungria de 2015.
Mesmo que a Ferrari tenha levado alguns upgrades para esta prova, a Mercedes pareceu ainda mais forte, sendo que apenas deram uma "repaginada" no motor. E mesmo que consumam mais pneus, ainda conseguem abrir uma distância que os deixam confortáveis para arriscar mais.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Vídeo: O teste da Red Bull com o novo Aeroscreen

Um pequeno vídeo da volta do Red Bull com o seu novo experimento, o "Aeroscreen".
Não ficou mal, confesso, mas se caso for adotado, as equipes terão que trabalhar com cores para podermos identificar quem está ao volante.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Foto 567: Para-brisa

É claro que para os mais puristas isso é uma agressão a estética do carro e também saí um pouco daquela idéia romântica, onde o perigo faz parte da competição e que se for o caso, vá jogar bolinha de gude que é menos perigoso. A verdade é que os tempos são outros e acidentes passados como o de Felipe Massa e os mortais de Henry Surtees na F2 e de Justin Wilson na Indy, ano passado, forçou bastante a criação de uma idéia para que possa minimizar a incidência de acidentes causados por peças soltas. Inicialmente idéias vindas da Indy com o cockpit totalmente coberto, passando recentemente pelo "Halo" adotado pela Ferrari nos testes de pré-temporada este ano e por outros testados pela FIA, a Red Bull apresentou tempos atrás a sua versão. E esta, desde que foi apresentado através de desenhos, já agradava pela estética e apararente funcionalidade e a peça, enfim, será testada durantes os treinos livres para o GP da Rússia nesta sexta.
O maior desafio será trabalhar a aerodinâmica de uma peça que gerará um arrasto considerável. Mas vindo de onde vem, certamente eles já possuem a solução caso a peça seja aceita pelas demais equipes.
Para os demais puristas, também não gosto dessas idéias, o que descaracteriza bem os monopostos. Mas a verdade é que os tempos são outros e não se aceitam mais que pilotos morram por conta de peças soltas pela pista.
A vida segue e as coisas evoluem.

domingo, 12 de outubro de 2014

GP da Rússia: Chatin

Ultimamente tem me despertado uma certa preguiça em acompanhar a F1 quando ela estréia uma nova pista. Na verdade as pistas feitas por Hermann Tilke são chatas em sua maioria, mas acredito também que para a corrida se tornar chamativa vai muito da atitude dos pilotos. Se arriscam mais nas manobras, facilmente tornará a prova legal. Mas temos que admitir que as equipes limitam um pouco as coisas ao alertarem seus pilotos para conservarem o equipamento. Talvez isso influencie bastante na hora de dividir uma freada com outro piloto.
A pista de Sochi me fez lembrar bastante o de Valência em várias seções do circuito. Incrivelmente a prova tornou-se igualmente modorrenta. Devido os comentários animadores dos pilotos, que elogiaram o traçado e o asfalto, era de se pensar que a prova fosse mais disputada. E o que se viu em algumas situações, foram alguns pelotões se formarem e não darem nenhum tipo de chance para ultrapassagem.
Sobre o campeonato, a corrida de Hamilton podia ter sido mais trabalhosa caso Rosberg tivesse se mantido à frente após a largada, mas a fritada de pneus fez com que o alemão escapasse e devolvesse a posição mais à frente para depois entrar nos boxes e realizar a sua única troca de pneus. Foi arriscado, afinal tinha que atacar os oponentes e ainda se preocupar com os pneus macios para não desgastá-los, mas funcionou e ele terminou em segundo.
As Williams, especialmente com Bottas, foram bem. Valtteri teve uma primeira parte de corrida muito boa acompanhando o ritmo de Lewis, mas o desgaste dos pneus acabaram tirando a chance de até mesmo conseguir a segunda colocação. Massa seguiu a mesma linha de estratégia de Rosberg e até metade da corrida estava no encalço de Rosberg. Mas encontrou Pérez pelo caminho e lá ficou até o fim, terminando em 11o.
As demais equipes fizeram o que puderam: a Mclaren fez a sua melhor apresentação no ano com a quarta posição de Button e quinta de Magnussen, confirmando um bom fim de semana que se desenhava desde a sexta. Red Bull e Ferrari lutaram entre si para ser a melhor dos carros sem motores Mercedes, e Fernando Alonso pôde dar este resultado à Ferrari ao manter-se à frente de Ricciardo nas últimas 13 voltas, terminando em sexto.
Foi uma boa prova dos Toro Rosso, pena que foram caindo pelas tabelas no decorrer da corrida. Mas mostraram boas performances com seus dous pilotos.
E para a Mercedes restou confirmar algo que era o seu título de construtores, o primeiro da marca na história da categoria. Um resultado sensacional para a equipe que completou 60 anos neste 2014 do seu retorno ao mundo dos Grand Prix.
Faltam três etapas, mas no andar da carruagem o título começa a pender para Hamilton neste momento.

sábado, 11 de outubro de 2014

GP da Rússia - Classificação - 16ª Etapa

Apesar da força apresentada por Mclaren e Williams, a pole mais uma vez ficou por conta da Mercedes. Hamilton apresentou uma forma sensacional nesta pista de Sochi até aqui e seus dois décimos cravados sobre Rosberg, dá a ele uma ligeira vantagem nesta corrida de estréia da Rússia.
De se destacar o ótimo treino de Bottas, que por muito pouco não desmanchou a primeira fila da Mercedes. Kvyat também esteve num grande dia e correndo frente a sua torcida, pode fazer um bom GP. As Mclarens continuaram o bom passo que tiveram ontem, conseguindo uma quarta posição com Button e uma sexta com Magnussen. Pode ser uma melhora considerável dos Mclarens, mas também pode ser pela característica da pista.
A Red Bull não tem tido uma grande jornada em Sochi, tanto que Vettel nem conseguiu passar para o Q3. Ricciardo arrancou um sétimo tempo a fórceps, mas terá que se valer bastante da estratégia da equipe para conseguir algo de bom amanhã e isso vale também para Vettel.
As Ferraris voltaram ao seu desempenho normal, ao conseguirem bons tempos na sexta, se colocando entre os cinco melhores,  e depois caindo de rendimento no Q3, tanto que Alonso sairá em oitavo e Raikkonen em nono.
Massa teve problemas com a pressão do combustível ainda no Q1 e largará em 18°.

O que esperar da corrida?
Apesar dos elogios dos pilotos para com a pista, eles também alertaram para os problemas de ultrapassagem. Sendo assim, poderemos ter uma corrida modorrenta, bem ao estilo das "irmãs" tilkodromos de Sochi.
Talvez a única coisa que não diferenciará, será uma vitória da Mercedes. E Hamilton tem boa vantagem já.

Grid de largada para o Grande Prêmio da Rússia - 16ª Etapa


PosPilotoCarroTempoDif
1Lewis HamiltonMercedes1m38.513s -
2Nico RosbergMercedes1m38.713s 0.200s
3Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m38.920s 0.407s
4Jenson ButtonMcLaren/Mercedes1m39.121s 0.608s
5Daniil KvyatToro Rosso/Renault1m39.277s 0.764s
6Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m39.635s 1.122s
7Fernando AlonsoFerrari1m39.709s 1.196s
8Kimi RaikkonenFerrari1m39.771s 1.258s
9Jean-Eric VergneToro Rosso/Renault1m40.020s 1.507s
10Sebastian VettelRed Bull/Renault1m40.052s -
11Kevin MagnussenMcLaren/Mercedes1m39.629s -
12Sergio PerezForce India/Mercedes1m40.163s -
13Esteban GutierrezSauber/Ferrari1m40.536s -
14Adrian SutilSauber/Ferrari1m40.984s -
15Romain GrosjeanLotus/Renault1m41.397s -
16Marcus EricssonCaterham/Renault1m42.648s -
17Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m40.058s -
18Felipe MassaWilliams/Mercedes1m43.064s -
19Kamui KobayashiCaterham/Renault1m43.166s -
20Pastor MaldonadoLotus/Renault1m43.205s -
21Max ChiltonMarussia/Ferrari1m43.649s -    
 
*Penalizados com a perda de cinco posições, devido a troca de câmbio









 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

GP da Rússia - Treinos livres - 16ª Etapa

Lewis Hamilton: “Eles (Mclaren) fizeram uma grande corrida na última corrida, o ritmo estava muito bom, especialmente com Jenson. Não sei se eles deram um passo à frente neste fim de semana, mas estão parecendo bem. Vamos ver como será amanhã.
Eu geralmente me sinto confortável em circuitos novos, apenas aprendendo, crescendo, é uma habilidade que você precisa aprender rapidamente. O carro está se comportando muito bem hoje. A pista estava ficando mais e mais aderente e emborrachando bastante. Dá para pegar uma tocada legal aqui, estou gostando"

Kevin Magnussen: "Foi um dia bem decente para nós, e o carro parece bom. É uma pista nova, então é difícil estar certo de onde estamos, porque estávamos trabalhando mais no ajuste do que no ritmo.
De qualquer forma, posso confirmar que é um circuito legal, tem bastante aderência, o traçado é bom, e parece que os pneus ficam bem aqui, então é bem legal de guiar. Além disso, os pneus macios parecem durar bastante, então talvez não tenhamos muitos pit-stops na corrida. Por fim, a pista é diferente do simulador e das impressões de quando andei por lá ontem. É melhor, para ser honesto.
Mas, como eu digo, ainda é cedo para cravar algo, porque não sabemos se o resultado de hoje é a realidade, então precisaremos esperar e ver o que acontece amanhã"

Fernando Alonso: "A pista é incomum. Também foi surpreendente hoje ver o nível de aderência do asfalto, o que realmente é muito raro para circuitos tão novos. Deste ponto de vista, eu me senti muito confortável na pista desde a primeira volta, e isso ajudou muito no trabalho mais importante de hoje, que foi o de aprender o traçado.
Nós trabalhamos no acerto do carro e também dos pneus. Os dois compostos tiveram desempenhos bem semelhantes e foram melhorando volta a volta.
A pista é muito dura com os freios, mas isso é uma coisa específica que teremos de trabalhar de hoje para amanhã, para estarmos totalmente preparados para a classificação"

Nico Rosberg: "Foi um dia bem produtivo hoje. A equipe decidiu por acertos diferentes. Eu fiquei com o ajuste mais criativo no meu carro na segunda sessão de treinos, mas isso não funcionou. Então, para amanhã, vamos voltar para a configuração mais conservadora, porque vimos que Lewis andou muito rápido com esse acerto.
A pista é muito legal e muito agradável de pilotar. A curva 3 é realmente muito especial e o asfalto é muito bom, por isso acho que os pneus vão durar bastante. Acredito que não veremos muitos pit-stops no domingo. E isso é um pouco surpreendente para mim.

Valtteri Bottas: “Estou positivamente surpreso pelo traçado, pois é mais desafiador do que eu esperava, com algumas seções técnicas, especialmente no último setor, e achei divertido de guiar.
O asfalto é bem liso e, com os compostos duros, vimos pouca degradação hoje, mas isso tem desafios correspondentes, pois torna mais difícil fazer os pneus funcionarem nas primeiras voltas.
Portanto, temos trabalho para fazer para garantir que vamos tirar o máximo dos pneus para a classificação amanhã, mas, no geral, foi um bom começo para nós e essa pista parece casar com o nosso carro”

Jenson Button: "As coisas foram bem desde o começo. Estávamos rápidos com os pneus médios, e os macios pareceram bem com bastante combustível. Com pouco combustível, não pude acertar o equilíbrio, mas espero crescer para amanhã. O circuito parece ser bom para nós no momento, mas a pista inevitavelmente vai mudar amanhã, e temos que estar atentos. No simulador, porém, não foi divertido de guiar. Mas é divertido, então posso dizer com confiança que estou feliz com o que os designers e organizadores fizeram.
 

Em alguns lugares é um pouco irregular, mas isso soma ao desafio. A Curva 13 é irregular na entrada, e sua asa esquerda fronteira não está com o peso certo, então é fácil travar seu pneu na freada. É complicada, então teremos de nos certificar que tenhamos o equilíbrio correto dos freios.

 
Além disso, algumas curvas são difíceis de acertar na saída, porque são cambagem negativa, então é fácil sair de traseira. Finalmente, como Kevin diz, nossos pensamentos e orações estão com Jules, de quem estamos todos sentindo falta."

Sergey Sirotkin: “Foi uma sessão positiva. Gosto da pista e foi legal pilotar o C33. Fui com calma no começo para ganhar confiança, pois eu não guiava o carro há meio ano, mas hoje eu pude rapidamente senti-lo. Durante minha volta rápida no fim da sessão, tive azar com o tráfego e os pneus não chegaram à temperatura ideal. As condições não eram as ideais, o que me custou tempo durante minha volta rápida. Vejo muito potencial para melhorar, pois fui com calma, não estava forçando até o limite. A pista é bem legal, mas também é traiçoeira. A curva 1 parece ser fácil e que pode ser feita de pé embaixo. Contudo, fui surpreendido na minha primeira volta, quando passei ali e estava bem ondulado. De qualquer forma, depois de algumas voltas você se acostuma com as características da pista.”

Resultado dos dois treinos livres para o Grande Prêmio da Rússia



FP1
Pos
Piloto
Carro
Tempo
Dif
Voltas
1
Nico Rosberg
Mercedes
1m42.311s
 -
 29
2
Lewis Hamilton
Mercedes
1m42.376s
 0.065s
 25
3
Jenson Button
McLaren/Mercedes
1m42.507s
 0.196s
 28
4
Fernando Alonso
Ferrari
1m42.720s
 0.409s
 27
5
Kevin Magnussen
McLaren/Mercedes
1m43.026s
 0.715s
 28
6
Sergio Perez
Force India/Mercedes
1m43.129s
 0.818s
 26
7
Daniil Kvyat
Toro Rosso/Renault
1m43.164s
 0.853s
 29
8
Kimi Raikkonen
Ferrari
1m43.212s
 0.901s
 23
9
Jean-Eric Vergne
Toro Rosso/Renault
1m43.327s
 1.016s
 24
10
Valtteri Bottas
Williams/Mercedes
1m43.542s
 1.231s
  9
11
Felipe Massa
Williams/Mercedes
1m43.741s
 1.430s
 22
12
Daniel Ricciardo
Red Bull/Renault
1m43.821s
 1.510s
 25
13
Nico Hulkenberg
Force India/Mercedes
1m43.976s
 1.665s
 21
14
Sebastian Vettel
Red Bull/Renault
1m44.506s
 2.195s
 30
15
Adrian Sutil
Sauber/Ferrari
1m44.625s
 2.314s
 26
16
Pastor Maldonado
Lotus/Renault
1m44.876s
 2.565s
 26
17
Sergey Sirotkin
Sauber/Ferrari
1m45.032s
 2.721s
 22
18
Romain Grosjean
Lotus/Renault
1m45.190s
 2.879s
 25
19
Roberto Merhi
Caterham/Renault
1m46.782s
 4.471s
 18
20
Marcus Ericsson
Caterham/Renault
1m46.922s
 4.611s
 18
21
Max Chilton
Marussia/Ferrari
1m47.284s
 4.973s
 26


FP2
Pos
Piloto
Carro
Tempo
Dif
Voltas
1
Lewis Hamilton
Mercedes
1m39.630s
 -
 27
2
Kevin Magnussen
McLaren/Mercedes
1m40.494s
 0.864s
 32
3
Fernando Alonso
Ferrari
1m40.504s
 0.874s
 32
4
Nico Rosberg
Mercedes
1m40.542s
 0.912s
 30
5
Valtteri Bottas
Williams/Mercedes
1m40.573s
 0.943s
 33
6
Jenson Button
McLaren/Mercedes
1m40.718s
 1.088s
 32
7
Felipe Massa
Williams/Mercedes
1m40.731s
 1.101s
 30
8
Daniil Kvyat
Toro Rosso/Renault
1m41.108s
 1.478s
 32
9
Sebastian Vettel
Red Bull/Renault
1m41.396s
 1.766s
 30
10
Jean-Eric Vergne
Toro Rosso/Renault
1m41.531s
 1.901s
 33
11
Kimi Raikkonen
Ferrari
1m41.630s
 2.000s
 24
12
Nico Hulkenberg
Force India/Mercedes
1m41.677s
 2.047s
 27
13
Daniel Ricciardo
Red Bull/Renault
1m42.061s
 2.431s
 25
14
Sergio Perez
Force India/Mercedes
1m42.090s
 2.460s
 29
15
Adrian Sutil
Sauber/Ferrari
1m42.233s
 2.603s
 31
16
Romain Grosjean
Lotus/Renault
1m42.892s
 3.262s
 30
17
Pastor Maldonado
Lotus/Renault
1m42.905s
 3.275s
 33
18
Esteban Gutierrez
Sauber/Ferrari
1m43.055s
 3.425s
 33
19
Marcus Ericsson
Caterham/Renault
1m44.135s
 4.505s
 22
20
Max Chilton
Marussia/Ferrari
1m44.530s
 4.900s
 29
21
Kamui Kobayashi
Caterham/Renault
1m44.952s
 5.322s
 27

 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...