quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Agora sim!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Análise dos 8 primeiros- GP de Cingapura
domingo, 27 de setembro de 2009
02 Rubens Barrichello/ Brawn» 69pts
03 Sebastian Vettel/ Red Bull» 59pts
04 Mark Webber/ Red Bull» 51,5pts
05 Kimi Raikkonen/ Ferrari» 40pts
06 Lewis Hamilton/ McLaren Mercedes» 37pts
07 Nico Rosberg/ Williams» 30,5pts
08 Fernando Alonso/ Renault» 26pts
09 Timo Glock/ Toyota» 24pts
10 Jarno Trulli/ Toyota» 22,5pts
11 Felipe Massa/ Ferrari» 22pts
12 Heikki Kovalainen/ McLaren Mercedes» 22pts
13 Nick Heidfeld/ BMW Sauber» 12pts
14 Robert Kubica/ BMW Sauber» 9pts
15 Giancarlo Fisichella/ Ferrari» 8pts
16 Adrian Sutil/ Force India» 5pts
17 Sebastien Buemi/ Toro Rosso» 3pts
18 Sebastien Bourdais/ Toro Rosso» 2pts
MUNDIAL DE CONSTRUTORES
01 Brawn» 153
02 Red Bull» 110,5
03 Ferrari» 62
04 McLaren Mercedes» 59
05 Toyota» 46,5
06 Williams» 30,5
07 Renault» 26
08 BMW Sauber» 21
09 Force India» 13
10 Toro Rosso» 5
As equipes- GP de Cingapura 2009
FERRARI- Não foi um final de semana dos melhores. Raikkonen, que tinha conseguido ótimos resultados nas últiamas provas, não teve chances nessa apesar de estar sempre combativo. Fisichella ainda bate cabeça com o carro italiano e não conseguiu nada de bom nesta prova. Parece que o carro é muito complicado.
BMW SAUBER- Outra prova legal da equipe, pelo menos com Kubica que conseguiu andar num ritmo parecido com as Brawns e a Red Bull de Webber. Já Heidfeld abandonou a prova após se acidentar com Sutil. Mas sua prova já estva compliocada após a troca de motor e câmbio antes da corrida. O carro teve um melhora, o que pode ser um bom trativo para quem quiser comprar a equipe ou apoiá-la para o ano que vem.
RENAULT- Era melhor colocar só o carro de Alonso na pista. É apenas com ele que a equipe pode contar afinal Grosjean abandonou no inicio da prova. Ele foi a piada do final de semana ao rodar e bater, de leve, no mesmo local em que Nelsinho fez a batida do escandalo no ano passado.
Alonso, como de costume, levou a equipe nas costas e conquistou uma terceira posição inesperada. A equipe já começa a se despedir dele para o ano que vem.
TOYOTA- É estranho essa equipe. Ora andam em algumas corridas e em outras ficam se matando nas posições intermediárias. Nesta prova, Glock foi quem comandou a equipe e conseguiu andar quase no ritmo dosd ponteiros, mas no final da prova acabou chegando ao pódio. Trulli ficou encaixotado lá nas posições intermédias e terminou em 12º. A Toyota já pensa em destinar esforços para o projeto Le Mans, o que pode ser um indício de que a equipe pode realmente acabar no final deste ano.
TORO ROSSO- O carro parece ter melhorado pouca coisa, o que possibilitou Buemi e Alguersuari fazerem uma boa prova. Mas acabaram abandonado a corrida na mesma volta por problemas no no carro.
RED BULL- Parecia que tinha tudo para conquistar a vitória. Mas Webber teve problemas e caiu de quarto para sexto na largada e durante a prova caiu para nono. Abandonou com problemas nos freios. Vettel era o que tinha a melhor chance, mas acabou abusando da velocidade nos pits e tomou uma punição o que tirou dele a chance de vencer. Agora só um milagre para coloca-los de volta na briga pelo mundial.
WILLIAMS- A exemplo da Red Bull tinha chances de vencer com Rosberg, mas este acabaou jagando tudo por terra quando saiu da faixa limite que separa a saída dos boxes da pista. Com a punição caiu para 14º e as chances de vitória foram pro espaço. Nakajima mais uma vez nada fez de especial e terminou em nono.
FORCE INDIA- O sonho de uma noite de verão da equipe acabou. Depois de dua exibições maravilhosas em Spa e Monza, eles voltaram a realidade. Largaram com Sutil em 16º e Liuzzi em último. Na prova, Sutil abandonou após rodar e ter o bico do carro arrancado por Heidfeld e Liuzzi terminou em 14º e último. Mas quero vê-los em Suzuka, daqui uma semana. O circuito se assemelha um pouco com Spa que tem curvas de variadas velocidades e isto pode trazê-los de volta aos pontos.
BRAWNGP- A briga caseira teve como vencedor Button, mas Barrichello terminou próximo. A disputa entre eles está bem legal, sem apelações para parte alguma e isso vai até quando decidir o campeonato. Em Suzuka não teram grandes chances, até porque a temperatura pode estar baixa por lá. Mas acho que podem fazer um bom papel por lá, mesmo com essa adversidade.
Button chega em 5º e marca um ponto a mais que Barrichello. Hamilton vence com tranquilidade
Hamilton ainda teve em Alonso, que chegou a liderar, e Glock os adversários mais próximos, mas estes não ofereceram perigo algum e o inglês pode comemorar sua segunda vitória no ano e da Mclaren.
RESULTADO FINAL DO GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA-14ªETAPA
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 61 voltas em 1h56min06s337
2 - Timo Glock (ALE/Toyota) - a 9s634
3 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 16s624
4 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 20s261
5 - Jenson Button (ING/Brawn GP) - a 30s015
6 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - a 31s858
7 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 36s157
8 - Robert Kubica (POL/BMW) - a 55s054
9 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - a 56s054
10 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 58s892
11 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 59s777
12 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a 1min13s009
13 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - a 1min19s890
14 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 1min33s502
Não completaram:Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - na volta 48
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 48
Mark Webber (AUS/Red Bull) - 46
Adrian Sutil (ALE/Force India) - 24
Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 20
Romain Grosjean (FRA/Renault) - 4
sábado, 26 de setembro de 2009
E no escurinho de Cingapura, Barrichello bate e Hamilton conquista pole
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Cartaz do dia
Lutando pela supremacia
Desde a criação do campeonato mundial em 1950, 14 países ganharam o campeonato. Brasil e Inglaterra dividem o topo da lista com oito títulos cada, seguido de perto da Alemanha que tem sete.
A rivalidade começou nos anos 70, quando o Brasil conquistou seus dois primeiros campeonatos com Emerson Fittipaldi em 1972 e 74. Até aquele momento a Inglaterra tinha 4 campeonatos (Hawthorn 1958; Graham Hill 1962 e 1968; John Surtees 1964) mas em 1976 James Hunt conquistou o 5º título para os ingleses, empatando com Escócia e Argentina que tinham o mesmo número de campeonatos conquistados até ali.
Na década de 80 as coisas mudaram de rumo. O Brasil voltou a conquistar mais 4 campeonatos com Nélson Piquet 1981, 83 e 87 e Ayrton Senna 1988 somando assim seis campeonatos mundiais e passando a frente como país com maior números de títulos. Também foi uma década de azares para os ingleses que tiveram de amargar 2 vice-campeonatos de Mansell em 1986 e 87.
Nos anos 90, Senna conquistou mais outros dois campeonatos (1990 e 91) isolando de vez o Brasil na tabela de campeonatos. Mansell teve outro vice em 1991, mas em 92 ganhou seu tão sonhado título. Passaram mais 4 anos até Damon Hill, filho do único inglês Bi-campeão do mundo Graham Hill, ganhasse seu título em 1996 e levando a Inglaterra ao sétimo mundial.
Em 2008 Hamilton travou uma batalha histórica com Massa e acabou levando seu primeiro Mundial e também empatando a disputa Brasil vs Inglaterra no número de campeonatos mundiais em 8x8.
Agora é a vez do tira teima entre Button vs Barrichello e também de quem será a maior nação com títulos na F1.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Grandes Atuações: Gilles Villeneuve, Jarama 1981
posições. E Villeneuve? Bom, este fez a sétima colocação nos treinos e na corrida colocou em pratica sua "largada-foguete" pulando para a terceira posição após a largada. Na segunda volta Reutemann foi ultrapassado por Gilles, mas este ao assumir a segunda posição verificou que Jones estava longe e aumentava cada vez mais a distância. A conquista do primeiro lugar parecia pouco provável.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Análise dos oito primeiros do GP da Itália
RAIKKONEN- Ele sabia que não teria condições de briga pela vitória nesta prova. Teve uma boa batalha com Sutil, mas sempre deixando uma margem de 0,5 à 1,2 segundos de diferença para o alemão da Force Índia. Foi seu quarto pódio seguido desde o GP da Hungria.
SUTIL- Foi um final de semana dos sonhos para ele. Mais rápido na sexta, quase foi pole no sábado e na prova caiu de segundo para terceiro. Batalhou muito para ultrapassar Raikkonen, com quem brigou a prova inteira, mas foi recompensado ao marcar a volta mais rápida da prova, a primeira dele e da equipe indiana na F1.
ALONSO- Acabou se decepcionando com KERS que não teve resultado algum na prova. Mas mesmo assim lutou por posições contra Kovalainen e Liuzzi. Conseguiu a 5ª posição, mas seu carro é muito inferior aos outros e em circuitos mais velozes isso fica evidente.
KOVALAINEN- Pra quem disse que ultrapassaria à todos na largada foi muito mal. No final da segunda volta, tinha caído para 8º, ali ficando por quase toda a prova. Subiu de posição graças ao abandono de Liuzzi e o erro de Hamilton no final da prova. Seus dias na McLaren estão contados.
HEIDFELD- Tinha esperança de tentar levar o carro para a Q3, mas problemas no motor acabaram deixando-o na Q2. Na prova fico brigando por posições intermediárias e chegou aos pontos com os abandonos de Liuzzi e Hamilton.
VETTEL- Ainda saiu no lucro. Assim como Heidfeld marcou pontos na sorte. Seu carro está limitadíssimo por causa do motor e sua classificação em 9º revela isso. Em Singapura esperam uma melhora, mas na verdade um milagre será bem vindo. O título parece mais distante.
domingo, 13 de setembro de 2009
Análise das equipes
FERRARI- Conseguiu um bom terceiro lugar com Raikkonen após outra vez batalhar com a Force India. Mas andaram com apenas uma carro de novo entre os primeiros já que Fisichella está se adaptando ao carro. Mas o carro não foi veloz o suficiente para acompanhar o ritmo da Mclaren de Hamilton a prova toda. Contra os Brawns não tinha nada a fazer. O terceiro lugar foi um presente de Hamilton.
BMW SAUBER- Nos treinos de sexta conseguiram ser rápidos e esperavam resultados melhores no sábado, mas acabou tendo problemas nos motores dos carros de Heidfeld e Kubica. Na prova, Kubica se enroscou com Webber e teve problemas na asa dianteira e abandonou voltas depois de ter trocado o aerofólio dianteiro. Heidfeld passou a prova toda nas posições intermediárias e acabou fechando a prova em 7º. Não tem muito o que esperar, apesar de ter tido uma leve melhora na performance dos carros.
RENAULT- Teve apenas em Fernando Alonso a esperança de pontuar e conseguiu com mais uma boa atuação do piloto espanhol. Mas seu carro não teve ritmo para acompanhar o resto da turma como era esperado. Já Grosjean, ficou lutando da décima posição para baixo e fechou em 15º.
TOYOTA- Engraçado essa equipe. Eles oscilam de condição de uma ora para outra. Em Spa até que andaram bem, mas em Spa tiveram um final de semana apagadissimo. Na prova ficaram no pelotão intermediário, ora lutando contra os outros, ora entre si, com Glock e Trulli degladiar por posições. Glock fechou em 11º e Trulli ficou em 14º.
TORO ROSSO- Não podiam esperar nada dessa prova. Com seus dois pilotos largando na última fila. Alguersuari trocou de câmbio e largou dos boxes e abandonou a prova e Buemi abandonou a prova na última volta.
RED BULL- Estão descendo ladeira abaixo. O carro é bom, mas o motor está sendo um pesadelo afinal os dois pilotos estão no sétimo motor. Webber acabou abandonando a prova logo ínicio após enrosco com Kubica e Vettel tentou fazer o que podia mas acabou garantindo 1 ponto no final da prova. As chances de título minguaram.
WILLIAMS- Foi um fim de semana péssimo. Classificaram seus carros nos últimos lugares e na prova Rosberg teve um pneu furado e caiu muito na classificação da prova terminando em 16º. Nakajima terminou em décimo. Os pilotos, em especial Rosberg, reclamaram muito da aerodinamica do carro que não esteve boa nesta prova. Talvez em Singapura voltem a ter dias melhores.
FORCE INDIA- Outro final de semana perfeito para eles. Largaram da segunda posição com Sutil e perderam para Raikkonen após a largada. Durante a prova teve bom ritmo e perseguiu o finlandês a prova toda. A quarta posição foi merecida e muito comemorada. Liuzzi abandonou a prova quando estava em 7º. A grande prova se realmente evoluiram tudo isso será em Singapura, dia 27 deste mês.
BRAWN GP- Outra aula de estratégia. Com carros mais pesados, fizeram Barrichello e Button pararem apenas uma vez para tentar conter os carros com KERS, o que acabou funcionando bem graças ao bom ritmo que eles tiveram a prova toda. Os dois títulos estão mais perto deles e a briga pelo mundial de pilotos está restrita aos seus dois pilotos. Voltaram ao topo.
Classificação dos Mundiais
1º - J. Button (ING)- 80 pts
2 º - R. Barrichello (BRA)- 66pts
3º - S. Vettel (ALE)- 54pts
4º - M. Webber (AUS)- 51,5pts
5º - K. Raikkonen (FIN)- 40pts
6º - N. Rosberg (ALE)- 30,5pts
7º - L. Hamilton (ING)- 27pts
8º - J. Trulli (ITA)- 22,5pts
9º - F. Massa (BRA)- 22pts
10º - H. Kovalainen (FIN)- 20pts
11º- F. Alonso (ESP)- 20pts
12º - T. Glock (ALE)- 16pts
13º - N. Heidfeld (ALE)- 12pts
14º - G. Fisichella (ITA)- 8pts
15º- R. Kubica (POL)- 8pts
16º - A. Sutil (ALE)- 5pts
17º - S.Buemi (SUI)- 3pts
18º - S. Bourdais (FRA)- 2pts
19º- K. Nakajima (JAP)- 0pts
20º- J. Alguersuari (ESP)- 0pts
21º- R. Grosjean (FRA)- 0pts
22º- L. Badoer (ITA)- 0pts
MUNDIAL DE CONSTRUTORES
1º - Brawn GP- 146pts
2º - Red Bull- 105,5pts
3º - Ferrari- 62pts
4º - McLaren- 47pts
5º - Toyota- 38,5pts
6º - Williams- 30,5pts
7º - BMW Sauber- 20pts
8º- Renault- 20pts
9º - Force India- 13pts
10º - Toro Rosso- 5pts
E o câmbio aguentou, sorte para Barrichello
Abandonaram:
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 23 voltas
sábado, 12 de setembro de 2009
Cartaz do dia...
Peso dos carros (a partir do mais leve)
Adrian Sutil (2º) - 655 kg
Kimi Raikkonen (3º) - 662 kg
Fernando Alonso (8º) - 677,5 kg
Vitantonio Liuzzi (7º) - 679,5 kg
Sebastian Vettel (9º) - 682,0 kg
Heikki Kovalainen (4º) - 683 kg
Mark Webber (10º) - 683 kg
Jenson Button (6º) - 687 kg
Rubens Barrichello (5º) - 688,5 kg
Giancarlo Fisichella (14) - 690.0 kg
Robert Kubica (13º) - 697,5 kg
Nick Heidfeld (15º) - 697,5 kg
Romain Grosjean (12º) - 699,8 kg
Jarno Trulli (11º) - 703,0 kg
Sebastién Buemi (19º) - 706 kg
Jaime Alguersuari (20º) - 706 kg
Kazuki Nakajima (17º) - 706,2 kg
Nico Rosberg (18º) - 708,6 kg
Timo Glock (16º) - 709,8 kg
Após este anuncio dos pesos, realmente a volta de Barrichello foi fantástica deixando carros mais leves como, por exemplo, o duo da Red Bull, Vettel e Webber, Liuzzi e Alonso para trás. Ele também deixou o Button em 6º tendo 1,5Kg à mais que seu rival. Mas poderá perder 5 posições se a equipe trocar o câmbio.
Hamilton na pole
11- Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min23s611 12- Romain Grosjean (FRA/Renault) - 1min23s728 13- Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 1min23s866 14- Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 1min23s901 15- Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 1min24s275
16- Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min24s036 17- Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min24s074 18- Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min24s121 19- Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min24s220 20- Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min25s951
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Surpresinhas em Monza
2. Lewis Hamilton (McLaren) - 1min23s936
3. Romain Grosjean (Renault) - 1min24s163
4. Fernando Alonso (Renault) - 1min24s297
5. Heikki Kovalainen (McLaren) - 1min24s332
6. Robert Kubica (BMW) - 1min24s622
7. Timo Glock (Toyota) - 1min24s634
8. Nick Heidfeld (BMW) - 1min24s683
9. S. Buemi (Toro Rosso) - 1min24s703
10. Jenson Button (Brawn) - 1min24s706
11. G. Fisichella (Ferrari) - 1min24s732
12. Mark Webber (Red Bull) - 1min24s759
13. Kimi Raikkonen - 1min24s761
14. Kazuki Nakajima (Williams) - 1min24s799
15. R. Barrichello (Brawn) - 1min24s826
16. V. Liuzzi (Force India) - 1min24s921
17. Nico Rosberg (Williams) - 1min24s927
18. Jarno Trulli (Toyota) - 1min24s967
19. J. Alguersuari (T. Rosso) - 1min25s003
20. Sebastian Vettel (Red Bull) - 1min25s386
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
As 5 voltas mais rápidas da história da F1
3ºLUGAR- KEKE ROSBERG (WILLIAMS FW10/HONDA) Treinos para o GP da Inglaterra de 1985- Silverstone: 1m05s591; 259,005km/h
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Cartaz do dia
sábado, 5 de setembro de 2009
Grandes atuações: Tazio Nuvolari, Nurburgring 1935
Tazio Nuvolari num dos trechos do circuito de Nurburgring em 1935
Certa vez alguém falou que o piloto que conseguisse andar
bem em Spa-Francorchamps, teria sucesso nos demais circuitos do calendário da
Fórmula-1. De certa forma, tem seu fundo de verdade, mas em outros tempos
Nurburgring era o parâmetro para isso e quando quase todas as categorias
frequentavam o “Inferno Verde” ficava fácil distinguir quem tinha o real
talento para a coisa, e isso servia tanto para o automobilismo quanto para o
motociclismo. Independente se o Nordschleife fosse combinado com o Sudscheleife
ou apenas no seu formato original, o impressionate circuito de quase 23 km era
o grande desafio e domar aquele sinuoso traçado, ladeado por árvores e
barrancos, era o desafio supremo comparado apenas a enfrentar as estradas
empoeiradas e/ou lamacentas que faziam parte do percurso da Targa Florio. Rudolf
Caracciola e Bernd Rosemeyer eram os homens que conseguiam decifrar aquele
circuito e domá-lo nas mais variadas situações climáticas, mas houve outro
piloto que andava tão bem quanto eles naquele local, mas que até então não
havia conquistado uma vitória naquele solo: Tazio Nuvolari fez a corrida de uma
vida na edição de 1935 e para chegar nesta que foi a sua única conquista no
fabuloso Nordschleife, precisou desafiar a poderosa armada alemã que foi
representada por Mercedes e Auto Union.
Recuando no tempo, precisamente no ano de 1935, o
Campeonato Europeu de Pilotos estava de volta após dois anos de recesso e agora
sob a luz dos regulamentos que permitiam carros de até 750kg. Desta vez, ao
contrário do que foi visto em 1932 com Tazio Nuvolari dominando aquele
campeonato, as vedetes da vez eram os carros alemães que estavam representados
pela Mercedes-Benz e Auto Union que haviam entrado na competição já em 1934.
Sabia-se desde já que o favoritismo repousaria sobre eles e apenas
circunstâncias extremas é que poderiam contribuir para derrota destas equipes.
Do outro lado da moeda, apareciam os italianos que até o final de 1933 eram os
soberanos nas competições europeias: os até então poderosos Alfa Romeo P3 que
eram de propriedade da Scuderia Ferrari, agora estavam imensamente superados
pelos carros alemães, seja em potência, seja em mecânica – a defasagem de motor
entre eles chegava ultrapassar os 100cv de potência e isso fazia uma tremenda
diferença na maior parte dos circuitos europeus daquele tempo, que exigiam ao
máximo da velocidade – e isso, tanto
Mercedes quanto Auto Union, tinham de sobra. Portanto, se os Alfa Romeo P3 já
não eram páreo para os W25B da Mercedes e os Type B da Auto Union, outras
fabricantes como Maserati, Bugatti e ERA teriam suas chances reduzidas a zero.
Para Tazio Nuvolari, o grande piloto daquele tempo, o ano de 1935 foi de retomada. Sabe-se que a sua saída da Scuderia Ferrari em julho de 1933 devido a desavenças com Enzo Ferrari, significava que as portas estavam fechadas. Porém foi tentar a sorte na Maserati a partir da segunda metade de 1933 onde acabou por vencer três corridas das sete que conseguira naquela temporada, mas em 1934, já com a presença das fábricas alemãs, o máximo que conseguiu foram duas conquistas em Modena e Nápoles provas que não contaram com a presença dos alemães. A melhor qualidade dos carros da Mercedes e Auto Union abriu curiosidade de Nuvolari em tentar vagas numa dessas equipes, já que eram as únicas que poderiam lhe dar uma real chance de vitória. Apesar das tentativas, as duas recusaram a presença de mantuano com direito até de uma carta vinda da Auto Union onde os pilotos não teriam gostado da idéia de ter Tazio por lá – mas na verdade sabe-se que a relação entre Nuvolari e Achille Varzi, então piloto da equipe alemã em 1934, nunca foi das melhores e talvez, aí, é que tenha aparecido o tal empecilho. Com as portas de Mercedes e Auto Union fechadas, restou ao piloto nascido em Mântua a mirar seus esforços de voltar a equipe de Enzo Ferrari. Apesar de Ferrari ter negado a principio o retorno de Tazio para sua equipe, ele acabou cedendo quando a politica interveio: Benito Mussolini exigiu que Nuvolari fosse o principal piloto da Scuderia naquele ano, uma vez que a equipe já colocara René Dreyfus e Louis Chiron como principais líderes. A contragosto de Enzo, o “Mantuano Voador” estava de volta.
Antes que o Campeonato Europeu tivesse seu inicio, a Scuderia Ferrari venceu a primeira prova do ano realizado no circuito de rua em Pau, onde Tazio Nuvolari e Rene Dreyfus, com os dois únicos Alfa Tipo B/P3 inscritos pela equipe, dominaram o Grand Prix de Pau. Tazio acabou por vencer a prova com Dreyfus em segundo e Luigi Soffietti (Maserati) em terceiro. Apesar do inicio animador, sabia-se que resultado desta ordem seria bem difícil de se repetir quando Mercedes e Auto Union estivessem presentes – e isso ficou bem claro em provas como Trípoli e Avus, onde a Scuderia Ferrari desafiou os alemães e perdeu justamente quando colocou seu Alfa Romeo P3 Bimotore que debitava 540cv, mas que sofria com o alto peso que ficava em cerca de 1000kg por conta dos dois motores Isso prejudicava e muito o consumo dos pneus – e também dos freios, que eram menores –, como ficou visto em Tripoli onde Nuvolari parou duas vezes nas sete primeiras voltas para trocar um dos pneus traseiros que havia se desgastado. Mesmo com estes problemas e contando com uma prova bem variável, a Scuderia Ferrari ainda colocou três carros entre os dez melhores, com os dois Bimotores de Nuvolari e Louis Chiron em quarto e quinto e em sexto Dreyfus com um P3 tradicional em prova que foi vencida por Rudolf Caracciola (Mercedes). Em Avus, Louis Chiron garantiu um segundo lugar na prova final, mas problemas extra-pista acabaram prejudicando o andamento da Scuderia Ferrari já que peças importantes do carro – como as engrenagens do câmbio, por exemplo – foram perdidas quando a equipe voltava de Trípoli. Luigi Fagioli, com Mercedes, garantiu a vitória em Avus.
O Campeonato Europeu, era constituído por sete GPs, teve seu início em Mônaco onde a Mercedes acabou por vencer com Luigi Fagioli e a Scuderia Ferrari tendo em Rene Dreyfus seu melhor piloto, ao terminar em segundo com 31 segundos de atraso para Fagioli. A equipe de Enzo Ferrari ainda teve Antonio Brivio em terceiro e Louis Chiron em quinto. Tazio Nuvolari, que dividiu o carro com Carlo Felice Trossi, deixando para este a condução do Alfa P3 após detectar problemas de freios na 39ª volta, acabou abandonando na volta 53 devido a este problema. Em Linàs Montlhery, para o tradicional GP do Automovel Clube da França, os dois Alfa P3 conduzidos por Nuvolari e Chiron conseguiram dar combate aos Mercedes e Auto Union até a volta 14, quando Tazio, que havia liderado parte da prova e com ritmo muito bom , abandonou com problemas no diferencial – o mesmo que afetara Chiron na volta 8. Rudolf Caracciola venceu pela Mercedes e Manfred Von Brauchitsch, também com Mercedes, ficou em segundo. No GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, a vitória foi mais um vez da Mercedes com Caracciola em primeiro e Fagioli/ Brauchitsch em segundo com a outra Mercedes. Os dois Alfa P3 presentes da Scuderia Ferrari foram conduzidos por Louis Chiron e Rene Dreyfus – este último em conjunto com Attilio Marinoni – ficaram em terceiro e quarto, com Chiron ocupando o pódio. O próximo GP era o mais esperado pelos alemães, onde o imponente – e temível – Nurburgring seria o palco do GP da Alemanha.
Para Nurburgring, 22 carros foram inscritos: a Mercedes levou cinco carros para esta provas, sendo que dois eram o W25B que ficaram para Rudolf Caracciola e Manfred Von Brauchitsch, enquanto que Luigi Fagioli, Hanns Geier e Hermann Lang ficaram com o W24A de 1934 totalmente reformulados. A Auto Union levou quatro Type B para Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Achille Varzi e Paul Pietsch. Este foi o retorno da equipe alemã após duas provas de ausência, onde procuraram melhorar o motor V16 do Type B que apresentara muitos problemas ali mesmo em Nurburgring quando foi realizada a Eifelrennen e no GP francês em Montlhéry, os dois no mês de junho. Para isso, a equipe trabalhou incansavelmente e tiveram uma semana completa de testes em Nurburgring para solucionar estes contratempos.
A Alfa Romeo colocou três Alfa P3B para Tazio Nuvolari, Louis Chiron e Rene Dreyfus, mas este último teve problemas de saúde e acabou sendo substituído por Antonio Brivio. Durante as práticas para o GP, a Alfa Romeo resolveu problemas de freio em seus carros e teve uma boa impressão ao verificar que seus carros conseguiam ir mais rápidos que os carros alemães na parte sinuosa do Nordschleife, apesar de, na volta total, ainda perdesse um bocado para os anfitriões.
A Scuderia Subalpina levaria três dos novos Maserati V8-RI de 4,8 litros, mas acabou desistindo e inscreveu três dos já conhecidos 6C-34 de seis cilindros para Goffredo Zehender, Philippe Etancelin e Eugenio Siena e um 8CM para Pietro Ghersi – este último acabou substituindo Eugenio, o que reduziu contingente da Scuderia para três carros. O Maserati V8 haviam estreado na em Reims, onde foi realizado o GP de Marne no inicio de julho.
A ERA de Raymond Mays também se fez presente para essa etapa com dois modelos ERA B, sendo um para ele outro para Ernest Von Delius. A Bugatti inscreveu um T59 para Piero Taruffi e as demais inscrições consistiam em pilotos particulares: Renato Balestrero com Maserati 8C3000; László Hartmann e Hans Rüesch com Maserati 8CM que cada um inscreveu por conta própria.
Apesar da lista apresentar 22 inscrições, apenas vinte carros largaram já que a Scuderia Subalpina competiu com três Maserati e o ERA de Von Delius que ficou de fora após o acidente e o piloto alemão acabou dividindo o outro ERA com Raymond Mays.
Este GP da Alemanha foi o quarto do calendário tornou-se um dos mais importantes do ano, partindo com a sua polpuda premiação que girava na cas dos 43.000 Reichmarks que foram distribuídos do vencedor até o sexto colocado (divisão dos prêmio: 20 mil para o primeiro; 10 mil para o segundo; 6 mil para o terceiro; 4 mil para o quarto; 2 mil para o quinto; e 1 mil para o sexto). A prova teve o envolvimento de três entidades: a ONS (Oberste Nationale Sportbehörde) esteve na organização da corrida, mas toda a execução desportiva ficou a cargo da DDAC (Der Deutsche Automobil-Club) e da NSKK (National-Sozialistiche Kraftfahr-Korps).
Uma qualificação confusa e uma corrida histórica
Houve um belo problema envolto da qualificação para esta prova: com o intuito de eliminar qualquer chance dos carros mais lentos atrapalhassem os mais velozes durante a largada e a idéia que foi colocada era de determinar as posições através de uma pequena prova de arrancada, onde os pilotos partiriam da linha de largada e teriam seu tempo fechado assim que passassem no ponto determinado na reta de trás dos boxes, o que dava em torno de 1,4km de distância utilizando parte do ciruito “Betonschleife”. A idéia parecia boa, mas o pilotos rechaçaram a idéia por conta da linha final onde o tempo seria marcado ficar próximo da curva Nordkurve e isso poderia resultar em acidentes e/ou capotamentos caso algum piloto perdesse o controle após a freada. Levando em conta os protestos, a ideia da classificação foi deixada de lado e partiram para o sorteio.
O grid ficou com Hans Stuck, Tazio Nuvolari e Renato Balestrero na primeira fila; Goffredo Zehender e Manfred Von Brauchitsch em segundo; Philipe Etancelin, Rudolf Caracciola e Louis Chiron na terceira; Hann Rüesch e Raymmond Mays na quarta; Achille Varzi, Bernd Rosemeyer e Luigi Fagioli na quinta; László Hartmann e Paul Piestch na sexta; Pietro Ghresi, Hermann Lang e Piero Taruffi na sétima; Hanns Geier e Antonio Brivio fechando a oitava fila.
Tazio Nuvolari contra o resto
A largada para o Grande Prêmio da Alemanha de 1935, que estava em sua oitava edição |
Após o retorno dos alemães para as competições de Grand Prix no ano de 1934, vencer os eventos realizados em solo alemão passou a ser uma obrigação principalmente por conta de todo investimento que o governo nazista depositava na Mercedes e Auto Union. E para aquele “Grosser Preis Von Deutschland” não era diferente: os nove carros alinhados pelas duas representantes alemãs tinha a tarefa de sair de lá com a vitória e no mínimo, com os três lugares do pódio completos sem dar chance para os adversários. Apenas a Scuderia Ferrari com seus três Alfa Romeo P3B é que ainda tinha possibilidade, remota, mas tinha em tentar sair daquele fabuloso circuito com um resultado que desse ao menos a chance de furar a bolha das duas equipes. Com um publico de 250.000 mil e mais a presença de Adolf Hitler, eles presenciariam que as 22 voltas previstas para aquele GP entrariam para a história do motorsport alemão e mundial.
A chuva forte que caíra desde a noite, parou horas antes da largada o que significou com que a prova seria disputada com a pista molhada em sua grande parte, aumentando ainda mais a dificuldade num circuito daquele porte. A grande novidade para aquele GP era a adoção de faróis para a largada, abdicando do tradicional aceno da bandeira alemã para a partida. Como é usado em sinais de transito, a luz vermelha foi acesa primeiro para depois a amarela indicar que em poucos segundos a largada seria dada. Com a luza verde sendo acesa os 20 carros saíram para prova, mas apenas 18 contornaram a Südkurve: Hans Stcuk e Paul Piestch não conseguiram sair de suas posições e as coisas pioraram quando o mecânico do carro de Stuck, Rudolf Friederich, pulou o muro para tentar ajudar o piloto – o cambio não engatou e o motor apagou em seguida – e no momento que ele corria por detrás do carro de Stuck, Varzi acabou acertando o mecânico com uma das rodas de seu Auto Union. Friederich caiu inconsciente e foi lavado ao hospital onde passou cerca de um mês internado em Adenau e recuperou-se, porém perdendo a memória dos momentos que antecederam o acidente.
Com toda essa confusão na linha de largada a corrida transcorria já com Tazio Nuvolari liderando os primeiros metros, mas sendo superado por Caracciola que completou a primeira volta na liderança com Tazio em segundo e Fagioli em terceiro. O mantuano era o único carro da Scuderia Ferrari entre quatro carros alemães, sendo três Mercedes e um Auto Union. Com o circuito ainda bem molhado – e em partes até encharcado – Nuvolari continuava com uma tocada forte para manter-se o mais próximo possível de Caracciola e também para se se afastar de possíveis investidas de seu compatriota Fagioli, mas na segunda volta o piloto da Scuderia acabou exagerando e rodando na curva Bergwerk. Essa rodada custou caro para Tazio, uma vez que a sua diferença para Fagioli naquele momento chegava aos dez segundos de vantagem e agora o piloto italiano despencava para sexto na classificação.
Sem a presença de Nuvolari por perto a prova parecia estar mais tranquila para Caracciola, mas o emergente Bernd Rosemeyer com seu Auto Union era o piloto a ser temido: durante a terceira volta a pista passou a secar e com isso Rosemeyer conseguiu diminuir a diferença para a Mercedes de Rudolf para sete segundos, indicando que em breve podia ter uma luta pela liderança. A perseguição de Bernd para Rudolf continuou na quarta volta quando o piloto da Auto Union diminuiu a diferença ainda mais, baixando para quatro segundos. Uma luta entre o grande ídolo e o futuro ídolo do automobilismo alemão era quase certa. Mais atrás, Louis Chiron mostrava boa velocidade ao ultrapassar o Mercedes de Brauchitsch pelo quarto lugar.
Rudolf Caracciola sabia muito bem domar a situação e com a crescente do jovem Rosemeyer, Rudolf acelerou e recuperou uma parte dessa vantagem ao subir dos quatro segundos para quase seis e se manter na liderança, mas na sexta volta é que as coisas pioraram para Bernd: o piloto da Auto Union exagerou em sua condução e acabou escapando para fora da pista no trecho da Breidscheid. Uma das rodas traseiras danificou e para complicar ainda mais, a lama e grama acabou entrando no motor e prejudicou até mesmo o acelerador. Um pequeno desastre que privou o público de uma grande disputa e também tirou de Rosemeyer a chance de vencer, uma vez que este problema no motor acabou perseguindo ele pelo restante da corrida.
Caracciola manteve a sua liderança e agora com uma diferença acima dos trinta segundos sobre Fagioli e isso indicava que o piloto alemão podia passar a administrar a seu gosto. A pista secava ainda mais e isso proporcionava aos pilotos a oportunidade de baixar seus tempos de voltas e foi aí que Tazio ressurgiu na corrida ao descontar a diferença para Brauchitsch e ultrapassar o piloto da Mercedes no meio do circuito para assumir a terceira posição. Vale lembrar que Nuvolari tinha subido para quarto beneficiado com os problemas enfrentado por Louis Chiron – que teve um pistão quebrado e também com a parada de box de Rosemeyer para reparos em seu Auto Union após a escapada. Outro fato ainda envolvendo Nuvolari era de ser o único piloto da Scuderia Ferrari na pista com os abandonos de seus companheiros Chiron e Brivio – este na primeira volta por problemas no diferencial. Mas a terceira posição de Tazio duraria apenas uma volta, quando Brauchitsch recuperou a posição no complemento da oitava volta.
A pista estava bem seca na altura da nona volta quando Luigi Fagioli caiu de segundo para quinto de forma inexplicável. A batalha entre Nuvolari e Brauchitsch pelo terceiro lugar premiou o italiano acabou subindo para segundo de imediato após a queda na classificação de Fagioli. A condução de Tazio mais o rendimento do Alfa Romeo P3B naquela corrida, deixava os adversários impressionados. Era de se esperar um bom andamento dos carros italianos naquela prova devido a sua melhor velocidade na parte sinuosa, já detectado nos treinos livres, mas aquela apresentação de Nuvolari enfrentando os carros alemães fora algo impressionante, principalmente quando anotou uma volta abaixo dos dez minutos (10’57’’8) enquanto que os pilotos da Mercedes e Auto Union marcavam suas voltas na casa dos 11 minutos.
A grande condução de Nuvolari acabou lhe rendendo a liderança quando a prova estava na décima volta. Ele aproximou rapidamente de Caracciola e fez a ultrapassagem e tratou logo de abrir boa vantagem. Rudolf não estava em seu grande momento e no embalo de Tazio, apareceu Rosemeyer que também vinha em grande recuperação após os problemas adquiridos em voltas anteriores, levando os dois a andarem lado a lado por alguns metros. Brauchitsch também estava próximo de seus dois compatriotas, mas apenas comboiando-os. Tazio estava com boa folga na liderança colocando nove segundos sobre a trinca alemã, quando foi para os boxes após completar a 11ª volta. Neste instante, Rosemeyer havia subido para segundo e Brauchitsch para terceiro, relegando um irreconhecível Caracciola para quarto e os três acabariam indo aos boxes também. Os trabalhos de box de Mercedes e Auto Union foram relativamente rápidos, sendo o de Brauchitsch o mais veloz (47 segundos) o que deu a ele a oportunidade de voltar na frente de Caracciola e Rosemeyer. Tazio Nuvolari, que havia parado bem antes quando estava na liderança, teve uma parada totalmente desastrosa quando os mecânicos quebraram a alavanca da bomba de combustível e tiram que colocar a gasolina por via de um funil, o que fez demorar de forma considerável a sua parada. Para quem havia entrado nos boxes como líder e com quase dez segundos de vantagem, saiu de lá com quase 1 minuto e 30 segundos de atraso e na sexta colocação.
Com a parada de box dos líderes, Fagioli assumiu a liderança por toda volta de número 12, mas acabou fazendo sua parada de box ao final desta e deixando a liderança para Brauchitsch que agora tinha uma confortável diferença de 40 segundos para Rosemeyer e Caracciola. Nuvolari subiu de sexto para quarto com as paradas de box de Fagioli e Stuck que iam a sua frente, mas a sua distância para o trio alemão ainda era bem grande. Com pista livre, Manfred Von Brauchitsch abriu ainda mais vantagem sobre Rosemeyer e Caracciola na volta 13 quando a marca subiu para 1 minuto e 9 segundos. Por outro lado, Nuvolari continuava com a sua recuperação e agora estava apenas nove segundos de Rosemeyer que ia em segundo, mostrando que o seu ritmo não tinha sido abalado pela péssima parada de box. Nessa volta era a vez de outro italiano sofrer problemas durante a parada de box: Fagioli perdeu mais de três minutos nos boxes para que a os amortecedores fossem apertado. Uma volta depois, quando a 14ª foi aberta, Rosemeyer precisou ir aos boxes para arrumar o cabo do acelerador que voltou apresentar problemas ainda em decorrência da sua escapada na sexta volta. Perdendo quatro minutos para que o cabo fosse arrumado, Rosemeyer voltou em quinto e sem chances de disputar a vitória. Brauchitsch estava em grande forma ao elevar a diferença para Caracciola em 1 minuto e 30 segundos, enquanto que Nuvolari, agora em terceiro, estava apenas seis segundos de Rudolf – e a ultrapassagem do mantuano sobre Caracciola se deu na volta 15, numa altura que a distância feita por Manfred tinha chegado até 1 minuto e 37 segundos.
Não havia nenhuma dúvida que agora os dois melhores pilotos do GP alemão tinham sido postos a uma prova de gato e rato: Brauchitsch tinha feito as primeiras voltas da corrida de forma discreta, batalhando apenas contra o próprio Tazio nas voltas seis, sete e oito pela terceira posição, onde o italiano acabou levando a melhor. Já Nuvolari, mostrara que a velocidade do seu Alfa P3 estava em excelente forma enquanto que a sua condução dispensava comentários. E o italiano continuou a forçar o ritmo quando completou a volta 16 descontando dez segundos para Brauchitsch, caindo a diferença para 1 minuto e 26 segundos. E essa diferença desceria para 1 minuto e 13 segundos na volta 17, mostrando o quanto que Nuvolari estava determinado a ponto de pilotar com extrema agressividade por todo circuito transformando até mesmo a grama em pista. Mas tem que ser dito, também que a Mercedes estava preocupada com os pneus do carro de Brauchitsch, tanto que Alfred Neubauer passou a pedir para que seu piloto abrandasse o ritmo para preservar a borracha e o equipamento.
Os cuidados de Brauchitsch com os pneus resultaram ainda mais na diminuição da diferença por conta de Tazio, que conseguira baixar para 47 segundos na 18ª volta. Manfred decidiu aumentar o ritmo na 19ª volta ao conseguir elevar para 53 segundos para o piloto italiano. Apesar dos aparentes problemas nos pneus, Brauchitsch parecia que ainda tinha algumas reservas para contra-atacar as investidas de Nuvolari. Na 20ª volta é que as coisas começaram a entrar num drama quando Manfred verificou que seus pneus traseiros estavam bem gastos e ele sinalizou para os boxes sobre isso, indicando para as rodas de trás. De imediato Alfred Neubauer tratou de organizar os boxes para que Brauchitsch fizesse a sua parada na próxima passagem. Neste momento a diferença do alemão para Tazio Nuvolari tinha caído para 42 segundos, já que o piloto italiano tinha feito uma volta onze segundos mais veloz que Manfred – 10’47 de Tazio contra 10’58 de Brauchitsch. Quando a 21ª volta foi completada, Brauchitsch não parou nos boxes, deixando a equipe Mercedes sem entender nada, já que ele sinalizara na volta anterior. O piloto alemão aumentou o ritmo naquela volta 21 sendo três segundos mais veloz que Nuvolari e subindo a diferença para 45 segundos. Faltando apenas uma volta para o final, ao passo que Manfred Von Brauchitsch caminhava para um grande conquista em Nuburgring, a preocupação da Mercedes aumentava ainda mais quando eles avistaram os pneus do carro de Manfred bem deteriorados. Aquela derradeira volta nos 22,810km de Nurburgring era de pura tensão e mais nada. Seria difícil saber se os pneus do Mercedes W25B de Manfred Von Brauchitsch resistiriam mais volta, mas ele fez a sua escolha e entregou o seu destino a sorte. Mais atrás, Tazio Nuvolari continuava a sua caçada e mesmo que os pneus de Alfa Romeo P3B estivesse gastos, o italiano ainda conseguia tirar o máximo do carro.
Os dois pilotos continuaram a toda naquela volta final sem aliviar seus carros, mas as coisas passaram a mudar quando Nuvolari começou a reduzir de forma drástica a diferença de 45 segundos que o separava de Brauchitsch por aquele percurso sinuoso. Ficava claro que o Mercedes de Manfred estava perdendo rendimento de forma absurda e as coisas pioraram quando o pneu do traseiro esquerdo estourou no momento que ele contornava o Karussell, Brauchitsch ainda conseguiu controlar o carro e andar alguns metros em três rodas, mas seria inevitável fazer algo contra o espetacular Tazio Nuvolari que ultrapassou o Mercedes para assumir a liderança. O surgir do Alfa Romeo de Nuvolari para receber a quadriculada foi uma tremenda surpresa negativa para todos que estavam presentes ali no circuito, mesmo sabendo que a prova feita pelo piloto italiano tinha sido fora de série. Enquanto que Tazio vencia do Grosser Preiss, Brauchitsch tentava ainda ficar com o segundo lugar, mas o estourou do pneu traseiro direito o deixou sem nenhuma chance de conseguir o pódio ao ser superado por Hans Stuck, Rudolf Caracciola e Bernd Rosemeyer. O quinto lugar de Manfred deixou um gosto para lá de amargo, onde o piloto não conseguiu disfarçar a decepção e chorou.
Independentemente do que tenha acontecido com as duas equipes alemãs – sendo que a Mercedes acabou não levando a sério as recomendações da Continental sobre os pneus traseiros que estavam se desgastando de forma absurda, principalmente no carro de Brauchitsch – a conquista de Tazio Nuvolari foi a amostra do talento e esperteza do experiente mantuano que percebeu, ainda nos treinos livres, que o carro de Antonio Brivio era bem mais rápido que o dele e com isso ele pediu que os carros fossem mudados – o que acabou por ser uma grande cartada de Nuvolari, uma vez que ele acabou sendo o único carro da Scuderia Ferrari a completar a prova. E isso surtiu efeito na corrida, com ele conseguindo manter no ritmo dos principais carros alemães, queira na pista molhada, queira na pista seca e com tempos de voltas parelhos aos de Brauchitsch com quem duelava desde as primeiras voltas. O melhor trato com os pneus, também auxiliado por um carro com potência menor que ajudava, também, na conservação dos mesmos, foi primordial para toda a construção para chegar a uma vitória espetacular frente a um público que acreditava fortemente que um carro alemão, especialmente pilotado por um piloto da casa, fosse o vencedor. Isso foi muito bem visto no pódio quando os organizadores não tinham o hino italiano e Nuvolari consertou esta situação ao pegar seu disco, que ele levava em todas as competições, e emprestar para que a Marcia Reale fosse tocada.
Numa temporada que foi dominada e vencida pela Mercedes, com Rudolf Caracciola tornando-se o grande campeão europeu, foi a conquista de Tazio Nuvolari com um Alfa Romeo P3 já superado em todos os aspectos pelos alemães que chamou atenção e ajudou – e ainda ajuda – a coroar o já espetacular mantuano como um dos melhores pilotos de todos os tempos.
O encerramento de um grande momento: Tazio Nuvolari recebendo a quadriculada na sua grande vitória. Sem dúvida, a mais brilhante da carreira de um dos melhores pilotos do Século XX. |
Foto 1042 - Uma imagem simbólica
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