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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Vídeo: 6 Horas de São Paulo (Classificação e Corrida)

Para quem não viu, aqui fica a classificação e a corrida que está divida em três partes.
Destaque no início da transmissão da classificação para a menção de Roberto Gómez Bolaños, falecido na sexta-feira, pelos narradores do Mundial de Endurance. O que mostra o quanto que grande ator mexicano era conhecido, e querido, nos quatro cantos do mundo pelos seus papéis em Chaves e Chapolin.

WEC: Susto e vitória para a Porsche em Interlagos

(Foto: Fernando Lima)
Para quem acompanhou a temporada de 2014 a “full time”, deve ter percebido a velocidade a qual a Porsche imprimiu nos treinos livres e classificatórios das oitos corridas disputadas. Em Interlagos, sem nenhuma contestação, os dois 919 Hybrid estavam com um passo muito à frente de suas rivais Audi e Toyota, e a pole era uma questão apenas em saber qual dos dois carros que iriam celebrar a tal marca. Coube ao #20 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard a honra de largar na pole, a primeira do trio neste ano e ao seu lado aparecia o #14 que já havia marcado três poles neste ano, mostrando bem o poderio da marca alemã. Na terceira posição, com uma boa dose de surpresa, o Toyota #8 da dupla campeã mundial Sebastien Buemi/ Anthony Davidson. Pode ser um pouco de desdém dizer que foi uma “surpresa” essa terceira colocação no grid, mas a verdade é que os dois TS040 Hybrid sofreram um bocado por não terem turbo e na altitude do circuito paulistano, o déficit de potência foi de consideráveis 50cv. Pode não ser nada, mas para uma pista como a de Interlagos que necessita de boa retomada de velocidade devido os aclives isso fazia uma boa diferença. Porém os Audis, que haviam feito bons treinos, principalmente na sexta-feira, não passaram de uma quarta e sexta colocações sem ser uma grande ameaça aos tempos das Porsches e do Toyota.
A corrida acabou por ser um caso normal no endurance: enquanto que o #20 disparava na frente, abrindo caminho como podia em meios aos carros das classes PRO e AM – fazendo o trabalho de “coelho” –, o #8 da Toyota travava um duelo espetacular contra o #14 da Porsche. Por várias vezes, principalmente no final da reta dos boxes e descida do S do Senna, o Porsche chegou a emparelhar, mas as suas chances eram rechaçadas de imediato pela pilotagem agressiva e brilhante de Sebastien Buemi – o que mostra o quanto que este TS040 Hybrid foi bem construído e desenvolvido, pois mesmo com uma desvantagem de potência devido à altitude, o carros #8 foi competitivo o bastante para dar combate aos dois Porsches e a condução de Buemi e Davidson ontem, valoriza ainda mais a qualidade destes dois pilotos. E é bem provável que, caso não houvesse o acidente no final da corrida, teríamos tido uma disputa memorável naqueles vinte e cinco minutos restantes contra o Porsche #14 . Apesar do #20 ter perdido rendimento durante o certame, a briga continuou polarizada entre o #14 e o #8 que revezavam no comando da corrida conforme iam acontecendo as paradas de box e nestes pits é que a Audi conseguia alguns brilharetes durante uma tarde pouco frutífera para a equipe das quatro argolas. Apesar das chances remotas de conquistar o campeonato de marcas – que acabou ficando naturalmente para a Toyota por causa da enorme vantagem – o carro #2 apresentou algum problema logo depois da largada, parando e voltando na entrada da reta oposta o que acabou atrapalhando todo o andamento para eles. Para o carro #1, que foi tripulado pelo trio Loic Duval/ Lucas Di Grassi/ Tom Kristensen, o ritmo foi até satisfatório o que contribuiu para que eles chegassem ao fim da corrida na terceira colocação. Infelizmente a última volta de Tom Kristensen nas provas de Endurance foi ofuscada pelo tremendo acidente entre o Porsche #20 de Mark Webber e o Ferrari 456 #90 da LMGTE-AM de Mateo Cressoni. Apesar da grande pancada dos dois na curva do café, ambos foram levados ao hospital por precaução e liberados nesta segunda.

O evento
(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com/WEC)
A prova deste ano foi a melhor da três edições realizadas até aqui. Também temos que dizer que o público desta corrida foi a melhor – pelo menos foi a minha impressão, devido o tanto de pessoas na visitação. Lembro que ano passado você tinha até mais liberdade para andar no pit lane, mas neste era quase impossível se deslocar para conseguir ir de um box ao outro. O pouco que pude ver as atrações para o público foram bem menores que a do ano passado, voltando a um estágio parecido com o de 2012, ano da primeira prova. Mas esse bom público foi positivo e mostra que as pessoas estão começando a entender e pegar gosto pelas provas de endurance.
Infelizmente, ano que vem, não teremos a corrida devido as mudanças na pista de Interlagos justamente neste momento que o público parece ter se interessado pela categoria. Apesar da garantia de Emerson Fittipaldi de que a prova abrirá a temporada de 2016, Gerard Neveau, CEO do FIA WEC, mostrou certa preocupação com alguns aspectos em torno dos problemas extra pista, como a conexão de internet, a falta de cabeamento das câmeras, o alagamento do centro de mídia no início da semana e outros contratempos com relação a fornecedores que deixaram de prestar serviços este ano por questões relacionadas a vencimentos ainda de 2013. Com as novas instalações que deverão estar concluídas até o segundo semestre de 2015, espera-se que as coisas possam melhorar e uma reunião já está agendada para o primeiro semestre do ano que vem para discutir o futuro da corrida por aqui.
Para nós que tanto amamos esta categoria e que também tem atraído a atenção de fãs de outras categorias, seria uma pena que perdêssemos essa prova por aqui. Tivemos boas corridas até aqui e a deste ano foi de longe a melhor. A nossa torcida é que tudo se resolva e que o Mundial de Endurance volte em 2016 para cá ainda melhor do que está.  

(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com)

O belo Ligier JS P2 da G-Drive que acabou de fora da corrida após uma batida no final da reta dos boxes, quando Olivier Pla estava no volante

(Foto: DailySportscar)

Aliás, a classe LMP2 foi uma das mais problemáticas desta edição com apenas um dos quatro carros da categoria a completar a prova. Desse modo, a vitória ficou com o trio Richard Bradley/ Mathew Howson/ Alex Imperatori com o Oreca 03 Nissan #47 da KCMG. O título da classe, que estava em jogo entre os trios dos carros #26 e #27, acabou para estes últimos (Sergey Zlobin/ Nicolas Minassian/ Maurizio Mediani) que também sofreram com problemas no seu Oreca 03 Nissan da SMP.

(Foto: © John Rourke - AdrenalMedia.com)

A Aston Martin dominou as ações nas duas classe dos GTs: enquanto que Stefan Mücke/ Darren Turner garantiram a vitória na classe LMGTE-PRO...

(Foto: DailySportscar)

... Paul Dala Lana/ Pedro Lamy/ Chris Nygaard venceram na LMGTE-AM e ainda tiveram a companhia do outro trio da Aston Martin no pódio, com Kristian Poulsen/ David Heinemeier Hansson/ Nicki Thiim terminando em segundo.

(Foto: John Dagys/ Sportscar365)

O Ferrari #61 que foi conduzido por Emerson Fittipaldi/ Alessandro Pier Guidi/ Jeff Segal, teve problemas no câmbio. O trio fechou na penúltima posição da classe LMGTE-AM.



sábado, 29 de novembro de 2014

WEC: E mais uma pole para a conta da Porsche

E como era de se esperar, a pole ficou com a Porsche. Não apenas a pole como a primeira fila, onde os dois carros fizeram na casa de 1'17. Mark Webber, no comando do #20, fez a pole na marca de 1'17"676 sendo um décimo mais rápido que Marc Lieb no #14.
A Toyota, por conta do #8 de Buemi, ainda teve um brilharete quando ocupou a primeira posição, mas acabou fechando numa boa terceira colocação.
Os dois Audis não apresentaram a mesma performance dos dois treinos livres e cravaram a quarta e sexta colocações.
Para a corrida de amanhã espera-se uma batalha interessante entre as duas Porsches pela vitória. É uma boa oportunidade para que a montadora alemã vença em seu ano de retorno à classe principal. E seria, também, uma bela festa em Interlagos.

WEC: Outro domínio da Porsche

Terminou agora pouco o terceiro treino livre aqui em Interlagos e mais uma vez, por conta da Porsche, o recorde da pista caiu mais uma vez e o #14 foi quem teve a honra de estabelecer o rocorde na marca de 1'17"572, sendo quatro décimos melhor que o Porsche #20 que fechou em segundo.
Os Toyotas tiveram uma reação com o #8 e #7 ficando em terceiro e quarto, respectivamente e virando na casa de 1'18.
As posições seguintes foram ocupadas pelos dois Audis #2 e #1.

WEC: Pole para os germânicos?

Após os dois treinos livres de ontem, a única impressão que ficou é que a disputa pela pole ficará restrita ao duelo germânico entre a Porsche e a Audi. As marcas alcançadas por estas duas fábricas, sendo que em algumas oportunidades quebraram o recorde da pista para protótipos e a primazia para isso foi do Porsche #20 que estava sendo guiado por Mark Webber. Os tempos entre os dois Porsches e o Audi #2 foi de quatro décimos, o que nos faz pensar que o duelo será intenso pela pole.
Sobre Toyota, está sofrerá pelo fato de não ter turbo o que implicará numa perda considerável. Mas podem resolve isso, quem sabe, na força do seu motor aspirado.
Com relação ao tempo de volta, esta girou na marca de 1'18"349, a tendência é que caia para 1'17.
Mas de toda forma será uma bela disputa aqui em Interlagos.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

WEC: Um pouco sobre a segunda edição das 6 Horas de São Paulo


A largada das 6 Horas de São Paulo
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

Pela segunda vez estive presente no fim de semana do WEC em Interlagos, a primeira para acompanhar a corrida “in loco”, já que ano passado fui somente ao treino classificatório e a corrida acompanhei via streaming. Foi um ótimo evento.
Começando pela corrida, havia uma ansiosa espera por um duelo entre a Toyota e a Audi no solo paulistano, mas eu via essa possibilidade com algum ceticismo devido ao desempenho dos carros nipônicos nas três corridas anteriores: mesmo com um TS030 revisado, a fábrica japonesa não havia conseguido fazer frente aos alemães em Spa, Silverstone e Le Mans. O carro até que conseguiu importunar a Audi em Spa e Silverstone, mas foi por pouco tempo. As quebras nestas duas corridas e mais a surra que foi levada em Sarthe, deixou dúvidas de como as coisas seriam em Interlagos pista na qual eles derrotaram a Audi em 2012 conquistando uma bela vitória naquela ocasião e deixando a fábrica de Ingolstadt em alerta com a sua performance, principalmente quando repetiu o feito em Xangai e Fuji. Mas passado um ano daquela vitória, a Toyota não esteve em grande forma em São Paulo vindo a conquistar, apenas, um breve domínio no primeiro treino livre de sexta-feira. A Audi, com os seus dois e-trons, dominaram todas as ações desde a segunda prática até a bandeirada final. Nos 35 minutos em que esteve na pista, o Toyota estava em terceiro e via a sua diferença aumentar consideravelmente para os dois Audis, mas aposta dos japoneses repousava estritamente nas paradas de boxes que, segundo eles, deveria ser uma a menos que o dos Audis. Portanto era de se esperar uma briga boa no final da corrida se isso tivesse acontecido e se eles conseguissem manter uma distância aceitável para os carros alemães. Infelizmente as ambições nipônicas caíram por terra quando Stéphane Sarrazin foi dobrar o Lotus T128 #32 de Dominik Kraihamer e este, na tentativa de corrigir uma saída de traseira do carro, como ele disse após a prova, acabou acertando o Toyota na curva do Sol e indo de encontro nas barreiras de pneus. Apesar do esforço de Sarrazin em levar o carro de volta para os boxes, a frente ficou muito danificada e a corrida para Toyota terminou ali de forma prematura com um pouco mais de 35 minutos de corrida realizada. Um balde de água gelada em todos (o que não seria nada mal, devido ao forte calor que fez domingo) que acreditavam num possível duelo pela vitória na LMP1.
Com a ameaça mais forte de fora pela briga da vitória na LMP1, restou para a Audi fazer o seu passeio dominical na pista paulistana e nem mesmo um susto com a roda solta do #2 de Loïc Duval, que levou este preso no seu carro até os boxes, interferiu na dobradinha da casa das quatro argolas. Marcel Fässler/Andre Lotterer/Bénoit Tréluyer levaram o #1 à vitória após seis horas de corrida e 235 voltas, três a mais que o trio Allan McNish/Tom Kristensen/Loïc Duval. O abandono da Toyota acabou ajudando a Rebellion Racing, que pôde levar o seu Lola Toyota para a terceira posição com o trio Nicolas Prost/Mathias Beche/Nick Heidfeld.
Na LMP2 a G-Drive Racing, com o seu Oreca Nissan #26, venceu na categoria com um belo desempenho do trio formado por Roman Rusinov/Mike Conway/John Martin que colocaram uma volta sobre o segundo e terceiro colocados (#35 Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo Gonzalez e #49 Nicolas Minassian/Pierre Kaffer/Luis Perez-Companc).
Na LMGTE-PRO duelo dos bons entre a Ferrari da AF Corse #51 de Giancarlo Fisichella/ Gianmaria Bruni contra o Aston Martin #97 de Stefan Mücke/Darren Turner durante todo o certame da prova, com as duplas terminando com uma pífia vantagem de 1.4 segundos. A terceira colocação nessa classe pertenceu ao Porsche 911 #91 do Team Manthey, pilotado por Jörg Bergmeister/Patrick Pilet. Já na LMGTE-AM vitória ficou com o Aston Martin #96 de Stuart Hall/Jamie Campbell-Walter, após estes terem herdado a vitória que já era certa do trio da Aston Martin #95 Nicki Thiim/Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen, que tiveram um pneu solto quando estavam próximos da curva do Café e isso acabou forçando o abandono. O pódio dessa classe foi completado por Rui Águas/Enzo Potolicchio/Davide Rigon com a Ferrari #81 da 8Star Motorsports e por  Paolo Ruberti/Gianluca Roda/Christian Ried com o Porsche 911 #76.
Para os pilotos brasileiros, a tarde não foi das melhores: Bruno Senna vinha bem até se envolver num incidente que danificou a suspensão do seu Aston Martin #99 na segunda hora de prova, forçando o seu abandono. Fernando Rees, que comando o Corvete #50 ao lado de Julien Canal e Patrick Bornhauser, enfrentou problemas mecânicos que custou ao trio a perda de 11 voltas parado nos boxes. Eles voltaram para corrida, concluindo-a na sexta posição da classe, 19º no geral.
O único susto nessa corrida ficou por conta do fogo no Ferrari #71 de Kamui Kobayashi/ Toni Vilander, exatamente quando o finlandês estava ao volante. O fogo começou na parte traseira do carro ainda no miolo do circuito, e o piloto só encostou a Ferrari já na subida para a curva do Café. A traseira do carro ficou bem destruída.
A próxima etapa do WEC acontecerá em Austin, nos dias 20, 21 e 22 de setembro.
 
O Audi e-tron quattro de Marcel Fässler/Andre Lotterer/Bénoit Tréluyer, que venceu o duelo contra o seu
"irmão gêmeo" pilotado por

Allan McNish/Tom Kristensen/Loïc Duval na LMP1(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Oreca Nissan da G-Drive, pilotado por Roman Rusinov/Mike Conway/John Martin, vencedores na LMP2(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Ferrari da AF Corse, conduzido por Giancarlo Fisichella/ Gianmaria Bruni, venceram na LMGTE-PRO após
um belo duelo contra o Aston Martin de Stefan Mücke/ Darren Turner
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

E na LMGTE-AM, a vitória escapou de um Aston, mas caiu no colo de outro: Stuart Hall/Jamie Campbell-Walter herdaram a vitória do trio
Nicki Thiim/Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)
 


O evento

Ano passado estive presente apenas na sexta-feira para acompanhar os treinos – livre e classificatório - a corrida acompanhei via internet. Mas visível a melhora do evento: ano passado apenas a roda-gigante era a grande atração para a molecada (e porque não dizer, dos adultos também) e algumas lojas (poucas, por sinal) estavam instaladas para a venda de souvenires. Este ano todo o estacionamento, que fica no antigo trecho da curva do sol, foi tomado por lojinhas, barracas de alimentação, um parque de diversão com mais brinquedos do que ano passado, tendas com simuladores, autorama, um telão para acompanhar a prova... este ano a coisa estava mais completa e pôde deixar o público entretido, afinal não é todo mundo que aguenta ficar vendo seis horas de corrida direto. A não ser que você seja um doente por corridas, assim como este que vos escreve...
A criançada, além do parque, simuladores e do cineminha da Disney, tiveram uma aula de trânsito numa “pista” improvisada na parte de cima de onde havia uma exposição de carros antigos. Nesta exposição, alguns carros que fizeram história do automobilismo nacional e mundial, com destaque para o Kharman Ghia que pertenceu a José Carlos Pace e Wilson Fittipaldi; o Opala que foi campeão da Stock Car de 1983, com Paulo Gomes ao volante e outro Opala, que foi conduzido por Wilson Fittipaldi nos anos 90. E claro, a presença do Penske com o qual Emerson Fittipaldi venceu a Indy 500 de 1993, mais o Pace Car da prova de 1989, que o “Rato” também venceu. Só achei que esta exposição ficou mais “largada” que a do ano passado.
Bom, por outro lado, o mais legal de tudo é facilidade com que você tem para se locomover pelas dependências do autódromo, principalmente por causa dos eventos extra que ela proporcionou ao espectadores. Sim, eu aproveitei bastante essa facilidade em andar de um local para o outro sem ter aquela preocupação em ser barrado. Rendeu boas fotos essa andança por Interlagos, principalmente no domingo.

A visitação dos boxes durou 50 minutos. Foi bem aproveitável, mas no box da Aston Martin a muvuca era maior, só
comparável ao da Audi e Toyota. Pra tirar essa foto de Bruno Senna e Rob Bell, tive arranjar um canto rapidamente, caso
contrário, não teria conseguido.
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O homem que comanda a poderosa Audi: Dr. Wolfgang Ulrich esteve pela primeira vez em solo paulistano e pôde
comandar mais uma conquista dos "Auto Unions"
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)


Allan McNisch, Loïc Duval e o senhor Le Mans, Tom Kristensen, durante os autográfos. Ao fundo, a estrela maior
esperando o momento de entrar na pista de Interlagos
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Corvete de Fernando Rees e de seus parceiros Julien Canal e Patrick Bornhauser, enfrentaram problemas com o
motor, que passou a trabalhar com apenas 6 cilindros devido falhas com as velas. Mas enquanto esteve firme, o "Trovão" V8 gritou forte
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O solitário Toyota TS030 foi entregue para Stéphane Sarrazin, Sebastien Buemi e Anthony Davidson. Infelizmente estes
dois últimos não tiveram o gosto de pilotar o carro durante a corrida, devido o enrosco de Sarrazin com a Lotus de Dominik Kraihamer antes dos 40 minutos de prova. Desaire para a equipe vencedora em 2012
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Copersucar FD04 com o qual Emerson Fittipaldi disputou o mundial de 1977 da Fórmula-1. Olhando bem o carro, vi o quanto que as dimensões deste bólido dos anos 70 era menor do que os atuais e a sua fragilidade. Mas em questão de beleza, dá um banho nos F1 de hoje
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Morgan Nissan da OAK Racing, o "Art Car" como foi apelidado. Um dos mais belos layouts da competição automobilística da atualidade...
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

...e Emerson Fittipaldi não resistiu e deu algumas voltas com ele em Interlagos
(Foto: Fernando Lima)
No meio de tantas fotos "repetidas", devido ao ângulo em que elas foram feitas, fiz uma arte no Audi #2 no finzinho da tarde de domingo
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

O Lola Toyota da Rebellion Racing foi preferido da galera, pelo jeito. E as cores em preto, dourado e vermelho, casaram bem. A foto foi feita minutos antes da bandeirada quadriculada. Gostei do resultado
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)

Bom, até que a foto ficou decente,  já que eu estava longe. Foi um belo fim de semana em Interlagos, enfim. Agora é esperar por 2014
(Foto: Paulo Abreu/ Volta Rápida)



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Revista Speed, Edição 4

A quarta edição da Revista Speed trás este mês 80 páginas dedicadas a F1 e ao Endurance. Paulo Alexandre Teixeira, com a sua coluna "O Grande Circo", fala sobre o momento de baixa audiência das corridas de F1 aqui no Brasil. Além da desta coluna, ele fala também sobre os 35 anos da chegada de Gilles Villeneuve na F1 e os relatos do GP do Canadá de 1977, disputado em Mosport, onde também ele reservou um texto sobre James Hunt que resolveu dar um soco num fiscal de pista exatamente nesta corrida.
O mundial 2012 de F1 tem o seu espaço, onde Daniel Machado disseca as corridas da fase asiática que deu ao campeonato uma reviravolta à favor de Sebastian Vettel e Red Bull.
Bruno Mendonça e Patricia Sayuri escreveram sobre a etapa brasileira do WEC, que foi disputada em setembro. Enquanto que Bruno falou sobre a magistral primeira vitória dos japoneses no campeonato, Patricia esteve por dentro do evento trazendo a sua visão sobre esta primeira corrida do Mundial de Endurance sob a chancela da FIA. E o Bruno ainda escreveu sobre a carreira de Wurz, dos seus tempos de F1 até os atuais, onde ele divide o belo Toyota TS30 Hybrid com Nicolas Lapierre.
Não esquecemos, claro, de Alessandro Zanardi e Sid Watkins. O italiano emocionou e fez história em Brands Hatch, aos levar 3 medalhas paralímpicas nas provas de Handycycling da Paralímpiada de Londres. Bruno Mendonça escreveu sobre Sid Watkins, que faleceu no dia 12 de setembro.
Além do texto de Zanardi, eu também assinei o texto que conta a trajetória do primeiro e único título de Raul Boesel no Mundial de Marcas, a bordo do belo Jaguar XJR-8, que completou 25 anos no mês passado.
Pois bem, com essa apresentação, deixo com vocês o link da revista e desejo-lhe boa leitura!

http://speedrevista.wordpress.com/

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

6 Horas de São Paulo – A primeira da Toyota no WEC



A já lendária largada do WEC em Interlagos
Foto: fiawec.com
Desde a sua estréia nas 24 Horas de Le Mans deste ano, que a Toyota tem se mostrado perto da Audi. Em Sarthe os contratempos por causa de acidentes, limaram os dois carros da fábrica dentro das cinco primeiras horas de prova, mas isso foi o suficiente para mostrar que estavam em boa forma e poderiam, sim, fazer frente aos carros de Ingostaldt. Dois meses depois, em Silverstone, eles voltaram, agora com um carro, e deram trabalho aos Audis e só não venceram porque tiveram que fazer um reabastecimento perto do fim da corrida. A corrida de Interlagos, a primeira do WEC no Brasil, seria mais uma chance para a equipe japonesa tentar tirar a supremacia dos carros alemães nessa temporada. E de fato, foi muito proveitoso.
Os treinos livres de quinta tiveram um empate, com a Audi sendo a mais rápida pela manhã e a Toyota respondendo com o melhor tempo pela tarde que foi, também, o melhor do dia. Na sexta, no terceiro treino, a Audi voltou a ficar na frente, mas ainda faltava o treino classificatório. À tarde, com a temperatura despencando, os carros da LMP1 e LMP2 foram para o classificatório e a Audi tratou de colocar seus dois carros na ponta da tabela de tempos. Normal, ora! Mas ainda tinha a Toyota que pareceu reservar alguma coisa para aquele treino. Alexander Wurz entrou na pista paulistana e fez algumas voltas, poucas por sinal, mas que foram suficientes para cravar o tempo da pole e deixar os carros das quatro argolas em segundo plano. Sem a Audi mandar nenhum de seus carros mais para a pista, ficou fácil para a Toyota assinalar a sua primeira pole no ano. O tempo de 1’22’’363 foi 0’’784 mais rápido que o de Lucas Di Grassi, que conduziu o Audi #2 R18 Ultra na classificação. Mesmo com uma diferença larga, era de se esperar um duelo pelas 6 Horas de prova do dia seguinte.

Foi a primeira vitória da Toyota em um competição a nível mundial desde a conquista
da marca no WRC, no Rali da China de 1999.
(Foto: Toyota)
O sol forte, que andou escondido entre as nuvens carrancudas dos últimos dois dias, apareceu e passou a ser um fator a ser considerado naquela tarde, afinal eles não haviam treinado nada debaixo daquele calor. A largada foi dada meio dia em ponto e o Toyota, pilotado por Nicolas Lapierre defendeu-se bem do ataque maciço que os dois Audis impuseram até a freada para o “Esse”, com um de cada lado e o carro japonês na frente. Ao chegar na reta oposta, Lapierre já havia aberto uma diferença que o deixaria mais tranqüilo para colocar em prática a estratégia da equipe que era andar forte. Desse modo, a Audi só encontraria o Toyota em duas situações na tarde de sábado: quando Wurz ou Lapierre estavam para colocar voltas em um dos dois carros e quando chegaram no parque fechado, após a corrida que o japoneses venceram sem ter nenhum incomodo por parte da oposição de Ingostaldt. A Audi teve que contentar-se com a segunda e terceira colocações na prova, naquela que foi a sua primeira derrota no ano que parecia ser de um domínio absoluto. Mas ao menos tiveram uma luta interessante, onde os dois carros travaram um bom duelo no início da prova pelo segundo lugar e no final da corrida, Di Grassi ainda fez a melhor volta da corrida (1’23’’070) quando tentava chegar no Audi R18-etron de Andre Lotterer.   
As melhores batalhas aconteceram nas outras categorias. Até a quarta hora de corrida, os duelos pela liderança na LMP2 estiveram restritos a OAK Racing (Bertrand Baguette/Dominik Kraihamer/Alex Brundle) e a Starworks (Vicente Potolichio/Ryan Dalziel/Stéphane Sarrazin). Mas após o abandono do trio da OAK Racing, na quarta hora de corrida, as coisas ficaram fáceis para a Staworks que chegou com três voltas de vantagem sobre o trio da Oreca formado por Luis Perez Companc/Nicolas Minassian/Pierre Kaffer. Na LMGTE-PRO, a equipe da AF Corse, com a Ferrari 458 #51 da dupla Giancarlo Fisichella/Gianmaria Bruni, até que teve certo trabalho com o assédio do Aston Martin comandado por Darren Turner/Stefan Mücke nas duas primeiras horas de prova, tanto em que alguns momentos, quando os Audis R18 tiveram alguns problemas ao tentar colocar volta na Ferrari de Fisichella: Tom rodou no “esse” do Senna, após um leve toque na traseira do carro italiano e mais tarde Marcel Fassler seria espremido para fora da pista no Mergulho por Fisichella. Apesar disso, nada demais nem para os alemães e nem para italianos.

O Audi R18 Ultra, de Mcnish/Kristensen/Di Grassi, terminou em terceiro e fez a melhor
volta da corrida nos minutos finais pelas mãos do piloto brasileiro.
(Foto: Tazio/ Jorge Sá)
Na LMGTE-AM, a liderança da corrida esteve nas mãos do trio da Felbermayr (Christian Ried/Gianluca Roda/Paolo Ruberti) até a segunda hora de corrida, quando foram superados pelo Corvete da Larbre Competition do trio Patrick Borhauser/Julien Canal/Fernando Rees. Mas a vitória deste trio, que conta a presença do brasileiro Fernando Rees, foi retirada horas depois por alguma irregularidade técnica, como tinha sido, também, na etapa de Silverstone. Desse modo a vitória ficou para o Porsche da Felbermayr. O trio brasileiro formado por Enrique Bernoldi/Chico Longo/Xandy Negrão, que correram com a Ferrari 458 #61 da AF Corse, largou da pole nesta categoria, mas envolveu-se num acidente na curva Chico Landi que arruinou a prova deles e da Gulf Racing Middle East. Eles ainda voltaram para a corrida e fecharam em quarto. O Lola da Gulf também voltou para a corrida e fechou em nono na categoria LMP2.


O evento   

Pouco público nas arquibancadas de Interlagos para acompanhar as 6 Horas de prova.
(Foto: Tazio/ Lucas Santochi)
Pelo que foi divulgado, 25 mil pessoas estiveram presentes no dia da prova. Foi um bom público, diga-se. Eu acreditava que talvez tivesse menos ainda, afinal a divulgação foi pouca e quem fez isso foram as pessoas que compartilhavam fotos, informações, promoções para ganhar ingressos e brindes e por aí vai.
O preço dos ingressos ajudou bastante, mas poderia ter sido melhor ainda. Por ser a primeira vez que a categoria, neste formato de Campeonato Mundial, correu por aqui, a cobrança das entradas podia ter ficado mais popular do que já estava. Seria um modo legal de chamar mais o público e mostrar a eles o quanto que a categoria é interessante e disputada. Fato de ter vários carros, de potências diferentes, aguçaria bastante o público que é sedento por ultrapassagens.
Apesar de ter sido bom o número de pessoas, as arquibancadas estavam vazias. Se realmente tinham 25 mil pessoas por ali, elas estavam espalhadas pelos cantos do autódromo que oferecia algumas atrações para o público, como exposições de carros atuais e antigos (principalmente de competição, onde você podia ver os dois Penskes que Emerson pilotou nas suas duas vitórias na Indy 500 de 1989 e 1993), três Pace Cars e motos da Kawasaki. Para as crianças, que deliraram com os carros do WEC, uma roda gigante, cama elástica e outros brinquedos (não muitos) estavam à disposição. Acredito que um pouco mais de atrações teria distraído as pessoas que não tiveram paciência para ficar às seis horas de corrida sentadas, ou pé, para ver o final. Quando a corrida encerrou, as arquibancadas já estavam às moscas. As pessoas reclamaram um pouco pela falta de informações durante a corrida. Era difícil saber quem estava na liderança das categorias, principalmente as das LMP2, LMGTE-PRO e AM.
A visitação foi outro ponto legal do evento, mas acho que um tempo maior para o público deveria ter sido disponibilizado. Foi apenas 30 minutos na sexta e 40 no sábado e eu estive na sexta-feira e mal deu tempo de tirar fotos (apesar de os carros, em sua maioria, estarem desmontados), ou conversar com algum integrante das equipes. Em 2007, quando a Le Mans Series veio para cá, foi bem mais sossegado e visitação no sábado teve um tempo muito maior. Mas dá para entender que, pelo fato de ter categorias suporte como pré-liminares da corrida deste ano, o tempo ficou escasso. Cinco anos atrás o tempo foi bem maior exatamente pela ausência de uma categoria de apoio.
Apesar de tudo, foi um belo trabalho de Emerson Fittipaldi que apostou forte e trouxe para cá esta bela categoria. E apesar das reclamações, que foram poucas e construtivas, espero que a organização acate e melhore ainda mais para 2013. E repetindo as palavras que escrevi na sexta à noite no Facebook: foi muito bom ver os carros do WEC na pista de Interlagos e mostrar ao público, que é mais ligado na F1, que não é apenas ela que possui alta tecnologia e carros fora de série. E em 2013 terá mais: no dia 31 de agosto eles estarão por aqui novamente.



Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...