Mostrando postagens com marcador Michael Schumacher. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Michael Schumacher. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Foto 1042 - Uma imagem simbólica


Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedora Adelaide, foi um alívio que aquela temporada tenha chegado ao final. Era possível sentir que a carga de um ano tão complicado e traumático trazia um cansaço mental absurdo - se colocando no lugar daqueles que estiveram naqueles dias acompanhando a Fórmula-1 in loco, imagino que a cada final de semana de Grande Prêmio houvesse um questionamento clássico do "O que estou fazendo aqui?". Era um pensamento natural após tantos acontecimentos que trouxeram inúmeros dissabores e também lembranças não tão boas, das quais muitos carregariam as marcas para o resto de suas vidas. 

Olhando hoje, exatos 30 anos, é possível saborear aquele capítulo final em Adelaide onde dois novos contendores ao título de pilotos se preparavam para o último duelo que poderiam levá-los ao olimpo do esporte à motor: o jovem e espetacular Michael Schumacher, o expoente de uma nação que agora tinha por quem reverenciar após anos sendo apenas meros coadjuvantes num esporte onde haviam sido reis num passado bem distante. Do outro lado vinha Damon Hill, o cara que foi alçado de mero segundo piloto a primeiro da Williams após a perda de sua principal referência em Ímola, tornando-se um líder para enfrentar a potência que havia se tornado a Benetton Ford com Michael Schumacher no comando. Era a batalha do novo gênio da categoria vs a persistência daquele que poderia muito ter jogado tudo para o alto e seguido uma vida comum após a passagem de seu pai Graham Hill, que deixara a família numa pior. 

Aquela tarde de 13 de novembro de 1994 assistiu o embate entre estes dois contendores, onde Michael Schumacher liderava fortemente, mas sem nunca deixar de ver em seu retrovisor um esforçado Damon Hill que parecia querer repetir uma brilhante atuação como fizera semanas antes no dilúvio de Suzuka. A 36ª volta o controverso acidente entre os dois, selou a conquista à favor de Michael Schumacher abrindo, assim, o caminho para mais outros seis que viriam pelos próximos dez anos. Para Damon Hill, a coroação viria dois anos depois após uma disputa interna com Jacques Villeneuve.

Campeonato resolvido, mas não a corrida que agora estava entre dois veteranos de guerra: Nigel Mansell procurando a sua readaptação após ser chamado às pressas para ser um nome de peso no lugar de Ayrton Senna e ajudar Damon na cruzada pelo título, estava no encalço do seu antigo companheiro de Ferrari Gerhard Berger, que havia assumido a liderança - então com Mansell - após a parada de boxe de ambos. Reviveram as disputas de um passado recente, mas agora pela honra de vencer a derradeira do campeonato. Berger parecia ter as coisas sob controle quando errou na entrada da curva Stag e Nigel o passou para assumir a liderança e partir para a sua 33ª e derradeira conquista na Fórmula-1. Berger fechou em segundo e Martin Brundle acabou herdando uma improvável terceira após a punição de Stop & Go de Rubens Barrichello (quando este era terceiro) e o acidente de Mika Hakkinen quando, também, ocupava a terceira posição a três voltas do fim. 

A reunião destes três decanos no pódio foi uma bela festa, com Mansell chamando Berger e Brundle no ponto mais alto do pódio e depois "regendo" as entregas dos troféus para seus rivais. Foi um momento memorável e hoje, trinta anos depois, até mesmo emotivo se olharmos com atenção de que foi o fechamento de uma era muito boa para a categoria - ainda que os três tenham ficado por mais algum tempo, com Mansell saindo pelas portas dos fundos após a desastrosa passagem pela Mclaren em 1995; Brundle encerrando sua estadia pela Jordan em 1996; e Berger conseguindo um final mais digno, ao conquistar a vitória no GP da Alemanha de 1997 pela Benetton e fechando o campeonato na quinta colocação.

Apesar daquele final de campeonato ter sido um grande alívio para muitos, não se pode negar que, após trinta anos, o simbolismo de uma geração tão interessante acabou sendo representada por aqueles três que tiveram uma ligação quase que umbilical com os gigantes que habitaram a Fórmula-1 de 1980 até 1994. 

Era uma passagem de bastão até mesmo melancólica para a geração que tomava conta da categoria de forma feroz capitaneada por Michael Schumacher, mas que hoje é carregada de saudosismo. 

Foi uma bela época, sem dúvida.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Foto 906: Michael Schumacher, Interlagos 1992

 

(Foto: Professional Sport)


Michael Schumacher gastando a borracha do Benetton Ford na freada para o S do Senna, durante o GP do Brasil de 1992. Logo atrás Jean Alesi que terminou em quarto, mas durante a prova teve um enrosco com o Benetton de Martin Brundle na volta 31 que acabou forçando o abandono do inglês logo em seguida.
O piloto alemão travou uma boa disputa com Ayrton Senna pela terceira posição durante as primeiras 13 voltas, quando o brasileiro abandonou a corrida para selar um final de semana desastroso da McLaren que estreava no novo MP4/7 que ainda tinha uma série de problemas - tanto que Gerhard Berger teve problemas já no grid de largada, o que obrigou o austríaco sair do fundo e abandonar na volta 4. A McLaren levou sete carros para este GP, sendo três deles a versão B do MP4/6.
Michael Schumacher fechou em terceiro com uma volta de atraso para a dupla da Williams, que teve em Nigel Mansell o vencedor e Ricardo Patrese em segundo.
O GP do Brasil de 1992 completa exatos 29 anos hoje.

domingo, 11 de outubro de 2020

GP de Eifel - Estelar

 

(Foto: Mercedes/ Twitter)

Quando Michael Schumacher encerrou a sua primeira passagem na Fórmula-1 estabelecendo em Xangai o incônico recorde de 91 vitórias, era quando unânime que essa marca demoraria um bom tempo para ser igualada ou, até mesmo, jamais seria igualada. Realmente a imaginação daquele momento, com o melhor piloto dos últimos 12 anos da categoria estabelecendo tal marca e com todos sabendo de suas qualidades, era quase batata apostar que ninguém a médio prazo chegaria naquelas 91 vitórias. Alguns até apostavam que passaria algumas gerações para que isso acontecesse. 

A verdade é que nestes últimos 14 anos a categoria se transformou e viu até mesmo Schumacher retornar brevemente para integrar e ajudar a Mercedes a trabalhar naqueles primeiros anos que durou de 2010 até 2012, para ser substituído por Lewis Hamilton. O garoto pródigo da Inglaterra já era um campeão mundial, mas os anos difíceis na Mclaren sugeriam que ele pudesse mudar de ares para se reencontrar e lá foi Hamilton apostar numa jornada que tanto poderia dar certo quanto errado. 

Bom, a história de todo esse movimento foi visto por todos onde uma equipe passou a dominar a categoria a partir de 2014 e um piloto passou a mostrar do que era feito, conseguindo confirmar o talento que já muito bem conhecido, mas que levava a luz da dúvida após algumas temporadas complicadas com a Mclaren. 

Chegar a essa marca de 91 vitórias não apenas engrandece Lewis Hamilton como também faz lembrar de Michael Schumacher em seus melhores momentos. Schumacher e companhia foram importantes para a Mercedes naqueles primeiros anos e a chegada de Hamilton a partir de 2013, ao lado de Nico Rosberg, ajudaram a lapidar a pedra preciosa que estava em suas mãos. Nico saiu assim que conquistou seu título, mas Hamilton continuou para ampliar as suas marcas e chegar a essa que é a segunda estatística mais importante da categoria. Uma pena que Michael Schumacher não pode estar em condições de ver isso e passar o bastão para Hamilton, mas a imagem de Mick Schumacher ao levar o capacete de seu pai para Lewis foi sem dúvida um dos grandes momentos desta temporada, representando o grande respeito a este momento e também a Lewis. 

Por outro lado haverá sempre aqueles que destacaram que as marcas alcançadas por ambos foi por conta do grande carro que teve em mãos. Será sempre uma grande falta de respeito até mesmo para aqueles que estão por trás dos tapumes e nas fábricas, trabalhando 24 horas por dia e nem sempre com folgas para que tudo seja melhorado cada vez. E partir deles, passando pelos mecânicos presentes a cada corrida, engenheiros, chefes de equipe, equipe de pit-stop até chegar nos feedback valiosos que os pilotos dão, que transformam essas pequenas engrenagens na grandes conquistas. E claro: as melhores equipes vão atrás dos melhores pilotos, exatamente para extrair o melhor de tudo isso e contribuir ainda mais, com seu talento, conhecimento e experiência, para que todas as áreas sejam melhoradas.

Apesar de domínios serem chatos na maioria das vezes, são momentos como o de hoje que acabam valendo a pena e dando a entender que não é apenas o piloto que senta lá e conquista, mas cada personagem que faz o seu melhor em sua área para que isso se torne o melhor. Imagina isso por uma década completa. 

Lewis chegou a vitória 91 e sem dúvida alguma estará isolado no topo da tabela de maior vencedor da história da categoria. Um momento espetacular para o esporte, fãs e história.

(Foto: Mercedes/ Twitter)



quarta-feira, 29 de julho de 2020

Grandes Atuações: Rubens Barrichello, Hockenheim 2000

O grande dia de Rubens Barrichello em Hockenheim

Os anos 90 para Rubens Barrichello foi um carrossel de emoções: enquanto que ele foi a revelação da temporada de 1993, o ano de 1994 foi uma mistura agridoce lhe daria a oportunidade de subir ao pódio pela primeira vez (Aida); um acidente brutal e a perda de sua maior referência (Ímola) e uma espetacular Pole Position no chuvoso qualificatório em Spa-Francorchamps. O saldo daquela temporada de 1994 resumiu num brilhante sexto lugar na tabela de pilotos ao somar 19 pontos. Porém, os dois anos que se seguiram, 1995 e 1996, não marcaram a evolução que se esperava do jovem paulistano - o que também foi ajudado pela estagnação da Jordan neste mesmo período, que não entregou a ele e seus companheiros, carros competitivos que pudessem a boa escalada que a equipe aparentava ter em 1994. O término da sua trajetória com a Jordan no final de 1996 parecia ser o final melancólico de uma uma grande história, quando Barrichello se viu sem equipe para 1997 e até cogitou uma saída para a IndyCar, que florescia cada vez mais naqueles dias. O aparecimento de Jackie Stewart e sua equipe - a Stewart Grand Prix - foi a luz no fim do túnel que o brasileiro esperava. Como ele mesmo destacou na ocasião, "foi preciso dar dois passos atrás, para dar um a frente!".

De certa forma a chance de pilotar por uma nova equipe e ajudá-la a crescer no hostil terreno da Fórmula-1, foi o ponto alto: Rubens conseguiu brilhar em algumas oportunidades em 1997, como a ótima segunda colocação no molhado GP de Mônaco e no GP da Áustria, onde andou por algumas voltas entre os três primeiros; passou maus bocados com o baixo rendimento do SF02 e as quebras constantes do motor Ford Zetec, que lhe permitiram marcar magros quatro pontos no campeonato de 1998. A reformulação técnica na equipe para 1999, que trouxe para as pranchetas Gary Anderson, ajudou a melhorar e muito o rendimento do elegante SF03  que, mesmo com um motor Ford CR-1 que ainda tinha seus problemas - mas ainda melhor que o Zetec - deu a Barrichello e Johnny Herbert a oportunidade de conquistar os melhores resultados para a Stewart Grand Prix que incluíram uma pole (com Barrichello na França) e uma vitória (com Herbert em Nurburgring, no GP da Europa), ajudaram o time de Jackie a chegar a honrosos 36 pontos e ficar na quarta posição no Mundial de Construtores. Para Barrichello foi a grande oportunidade de confirmar seu grande talento, que lhe rendeu a oportunidade de chegar a uma equipe grande e logo naquela que é a maior ambição de boa parte dos pilotos que ingressam na categoria: a Ferrari.

Apesar de todos saberem que a Ferrari era o feudo de Michael Schumacher e a chance de conquistar algo grandioso era quase impossível, não se podia ignorar que as chances de vitória eram reais para Rubens Barrichello. No GP da Austrália ele terminou em segundo, com vitória de Michael Schumacher; abandonou no Brasil; 4º em San Marino; foi pole na Inglaterra, mas abandonou com problemas hidráulicos; foi 3º na Espanha; quarto na Europa; segundo em Mônaco; segundo no Canadá; terceiro na França e repetiu a mesma colocação na Áustria.

Quando a categoria chegou à Alemanha, Rubens Barrichello somava 36 pontos e estava em quarto na tabela de pilotos que era liderado por Michael Schumacher com 56, porém ele se aproveitara bem da gordura que havia feito naquelas primeiras etapas para ainda estar na liderança do campeonato mesmo tendo zerado as duas últimas etapas (França e Áustria) onde David Coulthard e Mika Hakkinen acabaram vencendo. Portanto, Hockenheim seria o palco perfeito para Schumacher retomar o caminho das vitórias e aumentar a diferença para seus contendores. Mas as coisas foram diferentes naquele final de semana.

Numa época onde o treino de qualificação era de uma hora e limite de doze voltas para cada piloto, qualquer instabilidade significava que que praticamente todos saíssem de imediato para tentar suas melhores voltas. Naquele treino em Hockenheim, onde o tempo estava chuvoso, não foi diferente: com o box aberto os pilotos foram tentar seus melhores tempos já num asfalto úmido e David Coulthard achou a melhor aderência quando cravou 1’45’’697 contra 1’47’’063 de Michael Schumacher para estabelecer uma importante pole. Rubens Barrichello teve problemas elétricos na Ferrari  assim que saiu dos boxes, antes marcasse algum tempo. Isso significou que ele teria de esperar um tempo para poder ir à pista e tentar a sorte usando o carro de Schumacher, uma vez que o alemão acidentara pela manhã e acabou pegando o único carro reserva. Com a pista molhada e em posse do carro de Schumacher, Barrichello conseguiu um lugar no grid quando fez a marca de 1’49’’544 e ficou com a 18ª posição. Isso significava que o brasileiro precisava realizar uma corrida de recuperação no domingo.

Apesar do tempo nublado, fazia calor quando a largada foi autorizada. David Coulthard fechou a passagem sobre Michael Schumacher que precisou mudar a trajetória para o lado esquerdo, o que culminou num toque com Giancarlo Fisichella. O incidente levou os dois pilotos a abandonarem e para Schumacher significava a terceira corrida seguida sem pontuar. Com a manobra de Coulthard sobre Schumacher, Hakkinen aproveitou-se para assumir a liderança. Mais atrás, Rubens realizava uma bela saída e completava a primeira volta em décimo.

Com um carro mais leve, justamente para aproveitar-se das longas retas de Hockenheim para efetuar as ultrapassagens, Barrichello foi escalando aos poucos o pelotão e na 10ª volta já era o quinto enquanto que na dianteira Hakkinen continuava líder, com Coulthard em segundo e Jarno Trulli em terceiro. Até a 15ª volta, Barrichello já se encontrava na terceira posição com 14 segundos de atraso para o duo da Mclaren. Uma boa parte do prejuízo adquirido no sábado tinha ficado para trás.

Na 16ª volta, Barrichello fez a sua parada e voltou na sexta colocação logo atrás de Heinz Harald Frentzen e Pedro De La Rosa que vinha em grande jornada naquele final de semana após assinalar um ótimo quinto lugar na classificação com a Arrows, e que agora ocupava a quarta posição. As coisas começavam a mudar na 25ª volta quando um manifestante, ex-funcionário da fábrica da Mercedes na França, entrou na primeira grande reta do circuito alemão e começou a andar em direção aos carros. De imediato foi acionado a entrada do Safety Car e isso implicou em alguns pit stops, como foram os casos de Trulli e De La Rosa, Hakkinen e Barrichello na volta seguinte. David Coulthard acabou sendo o mais prejudicado, sendo que precisou ficar na pista por mais uma volta e quando fez sua parada acabou voltando em sexto.  Dessa forma Hakkinen era o líder, Trulli o segundo, Barrichello o terceiro, De La Rosa em quarto, Frentzen em quinto e Coulthard em sexto.
A relargada foi dada na 29ª volta e a presença de Trulli na segunda posição foi interessante para Hakkinen, que agora abria boa vantagem para Jarno que segurava Barrichello e os demais formando um grande pelotão. Na última chicane, quando estava para ser completada a 30ª volta, Pedro Paulo Diniz e Jean Alesi se tocaram na freada para a tomada da curva com Prost de Jean indo direto para o guard-rail. Isso forçou uma nova entrada do Safety Car, que durou apenas uma volta e tendo a retomada da prova na 32ª passagem.

Com aprova transcorrendo normalmente, Hakkinen continuou a abrir vantagem sobre Trulli e os demais, porém a chuva começou de forma tímida na área dos boxes e foi aumentando gradativamente até que na 35ª volta a chuva aumentou naquele local. Isso obrigou a ida de Hakkinen, Trulli e De La Rosa aos boxes, deixando o caminho aberto para Barrichello assumir a liderança do GP.

Por algumas voltas Barrichello e Ross Brawn discutiram a hipótese de parar nos boxes se era válida, uma vez que a chuva estava concentrada na parte do Stadium e reta dos boxes e seca no restante. O fato do pneu de chuva ter um alto desgaste em pista seca, levou os dois lados a não trocar e isso foi crucial para as voltas que viriam a seguir: Rubens conseguia fazer voltas melhores ou iguais a de Hakkinen que vinha em segundo com pneus biscoito e isso foi ajudando a manter uma diferença confortável de dez segundos que foi caindo de forma branda pelas voltas seguintes.

O fato de conseguir tempos melhores na segunda parcial dois, onde estava mais seco, e na primeira parte perder menos tempo, deu a Barrichello todo conforto para seguir a frente e perder o mínimo de tempo possível. Quando a última volta foi feita, a chuva estava forte na parte do estádio quando Rubens chegou naquele ponto para contorná-la de forma imaculada para vencer seu primeiro Grande Prêmio na carreira. A decisão de ficar na pista foi comentada por Rubens após a corrida: “O Ross (Brawn) deu-me a chance de ficar na pista (sem trocar para pneus de chuva) porque ainda havia algumas partes da pista ainda seca. Eu queria ficar mais duas voltas para ver que tempos o Mika (Hakkinen) fazia na primeira volta. Então o Ross falou: ‘Se você continuar fazendo esses tempos e conseguir manter o carro na pista vai ganhar a corrida.’. Essas palavras dele foram o melhor momento da minha vida. Ele até estava emocionado.”

No pódio, quando o Hino Brasileiro foi tocado, Barrichello foi ao choro compulsivo. Esta cena no
(Foto: The Race)
pódio – onde ele foi levantado por Hakkinen e Coulthard – e mais os inúmeros cumprimentos que recebera de várias pessoas, mostravam que até eles esperavam por aquele momento onde o talento de um piloto que estava no mundo da Fórmula 1 há sete anos não tinha sido recompensado, mas que era reconhecido por todos quase que de forma unanima.

Apesar de ter demorado por tanto tempo, ela veio. E em grande estilo.   

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Foto 813: Michael Schumacher - DTM 1991



Antes que o Kaiser se aventurasse na Fórmula-1, ele teve passagens na DTM sempre a serviço da Mercedes. Em 1990 teve a famigerada prova de Hockenheim, onde acabou acertando o azarado do Johnny Cecotto que estava na disputa do título daquele ano contra Hans Joachim Stuck, que acabou por venceu o campeonato. Mas em 1991, pouco antes de estrear na F1, Schumacher ainda teve outras duas oportunidades no DTM.
Tomando partido do Mercedes 190E EVO II da Zakspeed Racing, Schumacher esteve presente na sexta etapa do DTM disputado em Norisring. Na corrida de classificação, destinada para definição das posições restantes a partir do 17º colocado, Michael terminou na 3ª colocação. A prova foi vencida por Altrid Heger com o BMW M3 Sport EVO da equipe Linder M Team. Na corrida 1, Schumacher enfrentou alguns problemas e terminou apenas na 25ª posição com três voltas de desvantagem para o vencedor Kurt Thiim (que estava a bordo do Mercedes 190E EVO II da equipe AMG Motorenbau GmbH). A sorte de Michael na corrida dois foi ainda menor, ao abandonar a corrida na volta 18 por problemas no motor. A vitória nesta segunda corrida ficou para o Audi V8 Quattro de Hans Stuck (SMS Schmidt Motorsport). Apesar desses maus resultados nas corridas oficiais, tem que se registrar que Schumacher precisou correr com um lastro de 50kg, que era a regra da época para pilotos que estreassem com o campeonato em andamento.
No aeródromo de Diepholz, disputado em agosto, Schumacher voltou alinhar com o Mercedes da Zakspeed. A exemplo da prova em Norisring, ele participou da corrida de classificação onde terminou em quinto com vitória de Steve Soper (BMW M3 Sport EVO do Team Bigazzi). Na corrida 1, não teve melhor sorte ao abandonar com problemas no motor – como acontecera na corrida dois de Norisring. Stuck acabou por vencer essa primeira corrida. Michael terminou em 14º na corrida dois, ficando uma volta atrás do vencedor Steve Soper. Foi a sua última aparição no DTM e no final daquele mês de agosto ele estava pronto para fazer a sua estréia na Fórmula-1 pela equipe Jordan, ao substituir o encarcerado Bertrand Gachot. Bom, o resto da história todos conhecem bem...
Hoje o grande Michael Schumacher completa 51 anos.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Foto 758: GP de San Marino, 1995








Um ano após os acontecimentos que tornaram o GP de San Marino de 1994 um dos mais traumáticos da história da categoria, a F1 voltava ao circuito de Ímola para a realização da terceira etapa do campeonato de 1995.
O remodelamento da pista, com adição de “S” na Tamburello e na curva Villeneuve e mais alterações na Acqua Mineralli e Rivazza, deixava a pista com boa média de velocidade. O tempo da pole obtida por Michael Schumacher naquele ano (1’27’’274) foi  5.7 segundos mais lento que a marca alcançada por Ayrton Senna em 1994 (1’21’’548), mostrando que os trabalhos para que pista e carros de 1995 ficassem mais lentos – até 2006, ano que a pista de Ímola fez parte do calendário, a marca da pole ainda não havia atingindo a marca de 1’21, ao ficar na casa de 1’22 quando Michael Schumacher cravou a última pole.
A corrida acabou por ser uma batalha particular entre Ferrari e Williams, com a equipe inglesa a levar a melhor no final. Michael Schumacher acabou se acidentando ainda no inicio da prova, abandonando na quinta passagem e deixando caminho aberto para que Berger assumisse a liderança, com Damon Hill em segundo, Coulthard em terceiro e Alesi na quarta colocação. Para Coulthard a prova acabou sendo um grande azar: não bastasse exceder a velocidade no pit-lane durante o seu pit-stop, a asa dianteira estava avariada. Com isso, ele precisou ir aos boxes para pagar a punição e voltar em seguida para trocar o bico. Acabou por terminar em quarto. Hill conseguiu superar a Ferrari de Berger no pit-stop e abriu grande vantagem – mesmo que tivesse um contratempo em sua parada de box – para vencer o seu segundo GP na temporada. Alesi e Berger fecharam o pódio.

Fotos: Motorsport Images

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Foto 745: GP do Pacífico, 1994







Enquanto que a Fórmula-1 visitava pela primeira vez o circuito de Aida, localizado em Okayama, para a disputa do primeiro GP do Pacifico (segunda etapa do mundial), Ayrton Senna tratava de iniciar a sua recuperação ao marcar a pole para o Grande Prêmio com a marca de 1’10’’218 sendo dois décimos mais veloz que Michael Schumacher que mais uma vez largava ao seu lado.
A tentativa de marcar seus primeiros pontos no mundial, após o desaire no GP do Brasil, acabou logo na primeira curva: ao largar mal e perder a liderança para Schumacher, Senna acabou sendo abalroado por Mika Hakkinen (Mclaren) e quando estava na brita foi acertado na lateral pelo Ferrari de Nicola Larini. Fim de prova para os dois e Ayrton zerava o seu segundo GP consecutivo.
Para Michael Schumacher, sem ter quem o desafiasse, a prova foi um verdadeiro passeio ao vencer tranquilamente. Damon Hill poderia ser um rival a considerar, mas não foi nem sombra e veio abandonar na volta 49 com problemas de câmbio. A segunda posição ficou para Gerhard Berger (Ferrari) e Rubens Barrichello (Jordan) chegou ao terceiro lugar, conquistando o seu primeiro pódio. Christian Fittipaldi (Footwork) também fez grande prova e fechou em quarto.
Essa prova marcou o inicio das desconfianças da FIA em torno de possíveis trapaças de algumas equipes, que estariam usando dispositivos eletrônicos. Nicola Larini vacilou ao falar para a imprensa que estava fazendo uso de controle de tração em sua Ferrari, o que causou enorme rebuliço. E Ayrton Senna, quando estava voltando para o box, percebeu que a Benetton também poderia estar fazendo uso do controle de tração.
Foi apenas o start de uma das temporadas mais controversas e traumáticas da Fórmula-1.


Fotos: Motorsport Images

terça-feira, 9 de abril de 2019

Foto 735: GP da Argentina, 1995



O retorno da F1 ao circuito de Oscar Gálvez para sediar o GP da Argentina, após um hiato de 14 anos.
Carlos Reutemann teve a oportunidade de guiar o Ferrari 412 T1 de 1994 na quinta-feira, antes das atividades extra para que os pilotos fizessem melhor reconhecimento do traçado argentino.
Esta prova foi a oportunidade para que David Coulthard marcasse a sua primeira pole na categoria, ao cravar a marca de 1'53"241 e fazer a primeira fila com seu companheiro de Williams Damon Hill.
A corrida teve duas largadas, já que a primeira teve o enrosco de oito carros nas primeiras curvas do circuito forçando a bandeira vermelha. A segunda largada ainda teve outro enrosco entre Wendlinger e as outras duas Pacific, mas sem nenhuma interferência no decorrer da prova.
Nas duas largadas Coulthard havia conseguido boa partida sustentando bem a liderança, porém a sua performance não iria muito longe já que na sexta volta um problema no acelerador - que voltaria a aparecer mais adiante, forçando seu abandono na volta 16.
Michael Schumacher e Damon Hill passaram a ser os favoritos pela vitória, mas um melhor ritmo do piloto inglês possibilitou-o manter-se na liderança após os pit-stops e vencer a corrida. Jean Alesi, que foi o causador dos enroscos na primeira largada, ao rodar na primeira curva, fez um bom trabalho e terminou em segundo. Michael Schumacher foi o terceiro. Destaque para Jos Verstappen, que chegou a estar na sexta colocação com a Simtek e abandonou na volta 24 por problemas no câmbio.
Hoje completa 24 anos do retorno da F1 à Argentina.

sábado, 6 de abril de 2019

Foto 726: O GP 700, Interlagos 2003








Chuva, muita chuva, rodadas, batidas, dramas e um punhado de histórias para contar. Aquele GP do Brasil de 2003 - que sediava a corrida 700 da história da F1 - foi dos mais caóticos da década passada. Mas que é sempre bom relembrar, principalmente para quem estava "in loco".
Uma torcida imensa por Rubens Barrichello; um festival de rodadas na saída da curva do Sol, incluindo a que Michael Schumacher sofreu e quase acertou o trator que resgatava os carros de Montoya (Williams) e Pizzonia (Jaguar). A torcida vibrando o abandono do então pentacampeão mais parecia uma comemoração de um gol; toda aquela expectativa sobre Rubens se esvaiu quando ele encostou seu Ferrari antes do Laranjinha por conta de uma pane seca; o impressionante acidente de Mark Webber na curva do Café e depois a forte colisão de Fernando Alonso antes a reta dos boxes, ao acertar os destroços da batida de Webber ocasionando, assim, a bandeira vermelha. E para completar, a confusão feita pela direção de prova ao dar a vitória para Kimi Raikkonen ao invés de Giancarlo Fisichella, que superara o finlandês no Mergulho do Lago na volta 54 (alguns instantes antes do acidente de Webber e uma volta antes da batida de Alonso).
Para que vos escreve, que estava trabalhando pela primeira vez num GP do Brasil, foram dias para lá de especiais.
Hoje completa exatos 16 anos daquele GP 700 da Fórmula-1.

Fotos: Motorsports Images

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Foto 725: Nigel Mansell, Interlagos 1992





Algumas imagens do que foi aquele GP do Brasil de 1992, vencido por Nigel Mansell. Foi a primeira vez que público teve a impressão do que era o poderio daquele Williams FW14 B Renault que já vinha sendo desenvolvido desde 1991 com a sua primeira versão, que esteve com boas chances de ganhar o título daquele ano com Mansell.
Naquele GP de 1992, Nigel cravou a pole com a marca de 1'15''703 sendo mais de um segundo veloz do que Ricardo Patrese (seu companheiro de Williams) e mais e dois segundos do que o terceiro colocado, Ayrton Senna. Uma diferença abismal frente aos demais.
Na corrida o passeio foi ainda maior, com Mansell confirmando o favoritismo ao vencer e chegar 29 segundos à frente de Patrese e com uma volta de vantagem sobre Michael Schumacher. Ayrton acabou abandonando na volta 17.
Hoje completa 27 anos deste GP.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Foto 715: Interlagos, 25 anos atrás




Se havia uma grande expectativa era aquele GP do Brasil de 1994. Com Ayrton Senna ao volante do Williams Renault, as apostas eram grandes sobre o brasileiro. Pelo menos duas delas eram as mais corriqueiras: quantas provas ele venceria e em qual ele encerraria o campeonato a seu favor.
Mas as coisas se revelaram bem diferentes quando eles alinharam para o GP: mesmo com uma pole soberba de Senna, o brasileiro não conseguia abrir distância para um impressionante Michael Schumacher que estava em grande forma com a Benetton, que ficaria ainda mais evidente quando o alemão assumiu a liderança e teve um stint perfeito ao abrir boa vantagem sobre Ayrton.
Para o brasileiro restou apenas tentar tirar a diferença no braço e quando parecia que poderia alcançar Schumacher, acabou rodando na subida da Junção. Uma tarde frustrante para a torcida, que esperava uma vitória do grande ídolo. Porém, foram poucos que viram a ótima quarta colocação que Rubens Barrichello conquistara.
Hoje completa exatos 25 anos do GP do Brasil.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Foto 704: Schumacher, Hermanos Rodriguez 1992


O início da saga...
Michael Schumacher e sua Benetton Ford durante o GP do México de 1992, que resultaria no seu primeiro pódio na F-1 ao terminar em terceiro.
Hoje completa exatos 27 anos desta marca que deu início aos recordes do piloto alemão na categoria.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Foto 700: Michael Schumacher, 50 anos

Foto: Dani Carmona/ Reuters


Deveriamos ficar maravilhados e lisonjeados por termos acompanhado a carreira de Michael Schumacher no seu mais alto nível. Imagino o quanto que deve ter sido legal para os mais antigos que tiveram a oportunidade de ter visto Rocky Marciano, George Foreman, Muhammad Ali, grandes lendas do boxe. Ou então terem acompanhado a carreira de gigantes do futebol como Alfredo Di Stéfano, Pelé, Garrincha, Franz Beckenbauer... E até do tênis, como Maria Ester Bueno, Jonh McEnroe, Bjorn Borg, Martina Navratilova, Steffi Graf, Monica Seles... apenas para citar alguns dos grandes nomes do esporte.  Michael Schumacher conseguiu seu lugar ao sol numa era onde a Fórmula-1 começava a sofrer a sua metamorfose dos resquícios do automobilismo romântico, de improvisos, aventureiros e de desafios para uma Formula-1 de alta tecnologia, precisão, profissionalismo que beira uma chatice às vezes que reflete exatamente no andamento da categoria, a deixando um tanto distante das eras mais humanas de onde a categoria surgiu. Os passos de Schumacher, com a sua frieza e poder de organização que ajudou a Ferrari a se reerguer do caos que ela enfrentava até a sua chegada, foi um protótipo do que vemos hoje na atual Fórmula-1.
Olhar a carreira de Schumacher após as suas duas passagens, sendo a primeira, de longe, muito mais vitoriosa, chega ser difícil quantificar a magnitude de seus feitos que transformaram os números da categoria em grandes objetos de desejo, mesmo que os superstars do momento não admitam querer bater seus feitos. Mas a verdade é que suas conquistas extrapolaram todos os prognósticos de uma categoria que havia tido alguns recordes emblemáticos até inicio da década passada como inalcançáveis. Falar que o recorde de títulos de Fangio (5), os de vitória de Prost (51) e os de pole de Senna (65) fossem batidos, as discussões e até mesmo alguma ironia seria proferida. Michael não apenas as bateu como deu um novo sentido a estas marcas, deixando categoria, fãs, jornalistas e até mesmo quem acompanhava de longe a F-1, abismados com números dilatados que o piloto alemão havia os transformado. Mas para isso ele montou um “bunker” em Maranello e orquestrou tudo junto de outros grandes nomes como Jean Todd, Ross Brawn, Rory Byrne – isso sem contar a cabeça pensante Luca Di Montezemolo, que já havia começado a reformulação na Ferrari quando assumiu a presidência da marca e trouxe Todd para comandar a equipe a partir de 1993. As frustrações passadas entre 1996 e 1999 transformaram num período frutífero que elevou o nome de Schumacher além da estratosfera. Vencer aquele número de campeonato, sendo dois deles praticamente um passeio sobre os rivais (2002 e 2004), mostrou que o alemão estava muito acima dos demais – e até mesmo de outros pilotos do passado. Se algum outro piloto quiser a receita do sucesso, os passos de Michael Schumacher estão aí para serem dissecados ao máximo.
Costumo dizer que Michael Schumacher estava dois degraus acima dos demais. Não é um desprezo ou desmerecer a carreira e os esforços daqueles que o enfrentaram entre 1994 até 2006, longe disso. Schumacher estava num nível absurdamente tão a frente dos demais, que os títulos que ele perdeu em 97, 98 e 99 - especialmente 97 e 98, já que 99 ele fez meia temporada por conta do seu acidente em Silverstone - foram mais para os carros de seus oponentes do que exclusivamente para o talento destes - ok, Mika Hakkinen foi o melhor deles naquele período 19942000, mas mesmo assim o ótimo finlandês estava um degrau abaixo do talento voraz de Michael Schumacher.
Isso faz uma diferença impressionante e no decorrer dos anos que se seguiram foi ainda mais absurdo, com um Schumacher implacável e destruidor a ponto de fazer seus rivais errarem facilmente quando viam o capacete vermelho no retrovisor. O pobre Kimi Raikkonen, ainda jovem, sofreu isso quando estava prestes a vencer seu primeiro GP na F1 quando escorregou no óleo do Toyota de Allan McNish em Magny-Cours, no ano de 2002 na exata prova que Schummy garantiu seu quinto mundial. Mas podemos dizer, também, que ele teve rivais que puderam desafiar o seu reinado e até com certo sucesso, como foi o caso de Fernando Alonso – que chegou bater o alemão em 2006, numa das melhores temporadas dos anos 2000 – os mais os desafios lançados por caras como Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya, que lhe deram um calor no ano de 2003. Mesmo assim, ele estava no topo do restante dos pilotos ao fazer a sua derradeira temporada de forma esplendorosa – corridas como a da Hungria, China e Brasil comprovam isso. Porém, apesar de parecer infalível na maior parte de sua história, Michael tinha seus dias ruins: os erros em Mônaco 1996, Canadá 1999, Austrália 2005 são alguns do que podemos citar.
Nunca fui um grande fã de Schumacher, mas uma coisa que tem de ser dito é saber reconhecer o grande piloto que ele foi. Dominar a F1 como ele fez desde o inicio de 1994 até o final de 2006, mesmo quando não tinha o melhor carro entre as equipes de ponta, mostrou o quanto que alemão estava muito a frente dos demais. O seu retorno em 2010, numa forma de gratidão ao que Mercedes fez por ele no inicio de carreira, foi mais um desfile apoteótico e curtição do que uma busca por ampliar suas já incríveis marcas. Mas ele ainda teve tempo de mostrar que ainda poderia render algo com a sua pole fenomenal em Monte Carlo 2012, que acabou não dando em nada já que teria de pagar cinco lugares de penalização após causar um acidente no GP da Espanha. De toda forma, para quem não havia o visto pilotar, foi uma boa a sua segunda passagem para que os mais jovens pudessem ver um pouco da sua finesse – mesmo que ele não tenha sido aquele Schumacher de outrora.
Não dá para saber se terá acesso a todos os tributos que serão feitos a ele neste dia que completa 50 anos, mas a verdade é que terá sempre uma grande torcida, mesmo daqueles que não torciam por ele nas pistas. De toda forma, as homenagens ao cara que transformou a F-1 serão imensas. E ele merece.
#KeepFighting Michael Schumacher!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Foto 677: Michael Schumacher, 49

Quando se corre em equipes históricas, sempre existe aquela chance de pilotar um carro histórico. Michael Schumacher teve esta oportunidade - e talvez outras - quando na sua passagem pra lá de vitoriosa na "Rossa" de experimentar um carro histórico: o 126-CB2 foi utilizado por Tambay e Arnoux na temporada de 1983, que marcou a última conquista da Ferrari no Mundial de Construtores até que eles retomassem a taça em 1999. Dezesseis anos depois Schumacher foi a pista de Fiorano com este carro, tirar uma "casquinha". O teste foi em comemoração a vitória do piloto alemão em San Marino, local onde a Ferrari não vencia desde 1983. Na ocasião, Tambay venceu a prova com este carro.
Hoje o grande piloto alemão completa 49 anos.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Foto 674: Splash

Nos dias de hoje, nem rolaria treino...
Michael Schumacher enfrentando a piscina que se formou no pit lane de Interlagos durante os treinos de sexta-feira para o GP do Brasil de 1994.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Foto 636: Mick e a Benetton

O flagra de Mick Schumacher testando o Benetton B194 que foi usado pelo seu pai Michael, na temporada de 1994 que ele acabaria por conquistar.
O jovem alemão conduzirá o Benetton uma hora antes do GP belga, numa homenagem aos 25 anos da primeira vitória de Michael Schumacher na F1 exatamente em Spa-Francorchamps.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Foto 607: Schumacher, 48

Vai uma 7Up? Michael Schumacher no seu início na F1, com as cores da Jordan e da 7Up numa provável campanha publicitária da marca de refrigerantes.
Hoje o grande piloto alemão completa 48 anos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Foto 598: Damon Hill, há vinte anos

Foi uma bela temporada aquela de 1996. Talvez uma das melhores daquela década, exatamente por coroar um piloto que poucos colocavam fé em seus primeiros anos de Fórmula-1: o sobrenome Hill soava com tom de nostalgia quando o nome de Damon era pronunciado na TV. Seu pai, o grande Graham Hill, tinha sido um dos melhores da década de 60 na F1, época que ele cravou seu nome nos livros de história da categoria ao vencer duas vezes o mundial e escrever sua marca por cinco vezes em Monte Carlo. Damon talvez não fosse da mesma finesse do pai, mas havia um esforço por parte daquele rapaz de trinta e poucos anos quando ganhou a chance de correr ao lado de Alain Prost em 1993 pela Williams. No ano seguinte, teve a breve e trágica passagem de Ayrton Senna pela equipe britânica. Com estes dois, Damon Hill deve ter elevado ao máximo o que aprendeu com estes dois pilotos.
Ter encontrado Michael Schumacher pela frente talvez tenha sido o maior desafio de Hill: a velocidade, agressividade e habilidade de mudar as coisas dentro dos pouco mais de 300km de Schumacher numa prova de F1, deixou o inglês e a equipe Williams atordoados em vários momentos, mas Damon não baixou a cabeça. A sua atuação no dilúvio que desabou em Suzuka 1994, foi um ponto importante: se as coisas complicassem, talvez Hill estivesse pronto para reverter. Ele estava no encalço de Michael em Adelaide, quando o alemão escapou em uma das curvas e bateu. O último recurso foi jogar o carro contra a Williams de Damon. Michael fora, uma suspensão entortada... e lá se foi a chance de ser campeão. A campanha de 1995 nem tem o que falar: Schumacher tinha sido impecável e soube dominar bem o seu rival. Damon Hill era apenas um bom piloto a bordo de um carro sensacional. E como seria a sua vida em 1996?
Aquela temporada de 20 anos atrás foi mágica: assistimos a entrada de Jacques Villeneuve e com atuações tão boas - Melbourne e Estoril - o filho de Gilles estava no encalço de Hill. Mas talvez ele tenha lembrado bem das estadias que teve com Prost e Senna e trabalhou pesado para que os erros das duas últimas temporadas (especialmente a de 1995), não deixasse aquela chance escapar. Damon conseguiu o seu título mundial há exatos 20 anos, em Suzuka, local onde tinha feito, até então, a sua melhor exibição na categoria.
Damon, talvez, tenha mostrado que apesar de não ser um gênio da raça, tinha fibra a gana para ir atrás do que mais queria.
No ano seguinte ele estaria a serviço da Arrows e pode ser que, caso tivesse perdido o campeonato de 96, ficasse um tanto amargo com as chances que teve de ser campeão e não as aproveitou.
Damon pode não ter sido o melhor, mas ao menos foi um dos mais batalhadores.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...