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sexta-feira, 17 de março de 2023

1000 Milhas de Sebring - A espera de uma grande disputa

 

50 anos depois, uma Ferrari na pole da classe principal do Mundial de Endurance 

Foi apenas um primeiro passo, mas importante para esta era que, agora, ganha notoriedade. A pole da Ferrari com o seu 499P, vinda pelas mãos de Antonio Fuoco, causou uma belíssima festa nos boxes da equipe italiana e isso não era para menos: a última conquista neste sentido remonta a pole de Arturo Merzario/ José Carlos Pace com a Ferrari 312PB para as 24 Horas de Le Mans de 1973. Na ocasião, Merzario cravou 3'37"500 e na corrida terminaram em segundo, perdendo para o Matra MS670B conduzido por Henri Pescarolo e Gérard Larousse. 


A volta de Fuoco para a obtenção da pole para estas 1000 Milhas de Sebring foi de 1'45"067, 0"214 mais veloz que o do Toyota GR010 #8 que teve Brandon Hartley no comando. Aliás, as duas equipes monopolizaram as duas primeiras filas, com o Toyota #7 em terceiro e o Ferrari #51 em quarto. Estes resultados foram o cenário que se desenhou desde os treinos livres, onde as duas estiveram muito próximas e sugere que a batalha pode ser entre elas e com uma intromissão vindo do Cadillac #02.


Em relação as demais classes, pole para o #23 da United Autosport na LMP2  após uma boa disputa com Pietro Fittipaldi que esteve na direção do #28 da JOTA Sport e sairá em segundo.

Sarah Bovy garantiu uma ótima pole para o trio da Iron Dames com o Porsche 911

A outra pole que foi muito bem recebida foi por conta do Porsche #85 da Iron Dames, com Sarah Bovy cravando a marca de 1'58"949, 0"396  a frente do Corvette #3 que foi pilotado por Ben Keating na qualificação. É um início muito promissor para este trio formado pela Sarah Bovy,  Michelle Gatting e Rahel Frey.


A largada para as 1000 Milhas de Sebring será a partir das 13:00 horas, mas a transmissão será aberta meia hora antes pelo canal oficial do WEC que terá os comentários de Rodrigo Mattar e Sérgio Milani.

Link: https://www.youtube.com/live/cS7RHBQoC9M?feature=share


segunda-feira, 25 de março de 2019

Foto 709: Fritz d'Orey, Sebring 1959

Sinceramente, é bem difícil achar fotos desse momento. Talvez seja o único registro, realmente.
Aqui um então jovem brasileiro e promissor Fritz d'Orey pilotando um Tec Mec F415 Maserati desenvolvido por Valerio Colotti a partir ultraconfiavel Maserati 250F. O nome Tec Mec vinha de "Studio Tecnica Mecanica", fundado pelo próprio Colotti. Porém, o carro foi inscrito pela Comoradi no GP dos EUA de 1959, em Sebring.
Fritz largou em 17o e estava na décima colocação quando um vazamento de óleo pôs fim a sua corrida na sétima volta. Foi a única aparição do Tec Mec F415 na Fórmula-1. A prova de Sebring, que encerrou a temporada de 1959, foi histórica para o Oceania: enquanto que um jovem Bruce McLaren (Cooper-Climax) chegava a sua primeira vitória, Jack Brabham - também com um Cooper-Climax - conquistava seu primeiro mundial na categoria. Nada menos que dois grandes nomes que viriam a fazer parte da história da categoria com mais intensidade, ao fundarem duas equipes de grande sucesso: McLaren e Brabham.
Para Fritz d'Orey foi a derradeira corrida na F1 - já havia andado na França (onde foi décimo) e na Inglaterra (onde abandonou). Em ambas as provas correu com o Maserati 250F da Scuderia Centro Sud. Depois disso, Fritz se enveredou nas provas de Endurance, correndo pela Ferrari com destaque para as 12 Horas de Sebring de 1960, quando fechou na sexta colocação no geral e primeiro na categoria destinada a carros de 3.000cc). A sua carreira foi interrompida no final de semana das 24 Horas de Le Mans do mesmo ano, quando sofreu grave acidente ao acertar uma árvore e ficou 8 meses em recuperação. Fritz não voltou mais a pilotar.
Hoje o grande piloto completa 81 anos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

WEC: O novo Porsche 991 GTE revelado em Sebring

E nos testes coletivos que acontece hoje em Sebring, onde várias equipes do ALMS estão a testar, a Porsche colocou na pista do famoso aeródromo a sua nova estrela: O Porsche 991 GTE.
Segundo fontes o carro foi para a pista ainda pela manhã, por volta das 9 horas, onde realizou primeiramente 5 voltas e depois voltou para os boxes. Mas para esta tarde o carro passaria por uma intensa bateria de voltas pela pista com o intuito dar durabilidade ao novo carro, que será usado pela Porsche AG Team Manthey durante o certame 2013 do WEC como parte do programa de desenvolvimento. Patrick Pilet e Richard Lietz são pilotos responsáveis por conduzir o carro neste teste.
Com relação à ALMS, ainda não existe um plano para que ele corra toda a temporada, ou uma prova inteira, até 2014.
Algumas fotos do novo Porsche 991 GTE:

(Fotos: Nick Busato/Lendurance.co.uk)
Fonte: auto-racing.speedtv.com

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ignazio Giunti, 40 anos atrás


Trigésima oitava volta dos 1000 Km de Buenos Aires, válidos pelo Mundial de Marcas. Na entrada da reta dos boxes do circuito Oscar Gálvez, Jean Pierre Beltoise empurra seu Matra pelo meio da pista, tentando colocá-lo na grama. Um tanto estranho essa manobra de Beltoise, afinal ele poderia ter levado o carro até os boxes.
Mais atrás, tentando colocar volta em um retardatário ou disputando posição, vinha Ignazio Giunti à bordo da Ferrari 312P. Giunti era uma estrela em ascenção no automobilismo italiano e era uma promessa, que já havia conquistado vitória de grande importância como as 12 Horas de Sebring (1970) e ótimos resultados em outras tantas provas de endurance. Estreou na F1 no GP da Bélgica de 1970, pela Ferrari, chegando em quarto. Era uma aposta que Enzo Ferrari acreditava muito. Mas assim como Bandini, a tragédia interveio.
Quando Giunti entrou na reta não viu Beltoise, que estava empurrando seu carro. O piloto italiano estava lado a lado com outro carro. O da frente passou por centímetros, quase acertando o Matra, mas Ignazio não teve a mesma sorte e encheu a traseira do carro francês. De imediato, o Ferrari virou uma bola de fogo que foi deslizando em alta velocidade de reta. Quando parou, os bombeiros e comissários foram apagar o fogo. A corrida foi interrompida e Giunti retirado do carro e levado rapidamente para a ambulância.
Giunti morreu horas mais tarde no Hospital de Buenos Aires com 70 por cento do corpo queimado. Beltoise foi culpado pelo acidente e sua licensa de piloto foi suspensa por 6 meses.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...