Calendário da Temporada de 1998 do FIA GT
1
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ALE Oschersleben
500
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Motopark
Oschersleben
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12 Abril
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2
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ING British Empire
Trophy
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Silverstone Circuit
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17 Maio
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3
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ALE Hockenheim
500
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Hockenheimring
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28 Junho
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4
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FRA 500 km
de Dijon
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Dijon-Prenois
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12 Julho
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5
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HUN Hungaroring
500
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Hungaroring
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19 Julho
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6
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JAP Suzuka 1000 km
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Suzuka Circuit
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23 Agosto
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7
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ING Donington
500
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Donington Park
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6 Setembro
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8
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AUS 500 km Zeltweg
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A1-Ring
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20 Setembro
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9
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EUA Homestead
500
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Homestead-Miami
Speedway
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18 Outubro
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10
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EUA Visa Sports Car Championships
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Laguna Seca
Raceway
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25 Outubro
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Mercedes – Sem chances para os rivais
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O Team Mercedes: Mark Webber, Klaus Ludwig, Bernd Schneider e Ricardo Zonta. Atrás: Christophe Bouchut, Bernd Maylander, Marcel Tiemann e Jean-Marc Gounon, que estavam a serviço do Team Persson. (Foto: Media Daimler) |
Apesar de um possível duelo contra a Porsche, o que se viu
naquele mundial de 1998 foi um passeio da Mercedes na mais literal concepção da
palavra. Se inicialmente a Porsche mostrou algum ritmo, principalmente nas duas
primeiras etapas, os problemas mecânicos acabaram assolando a fábrica francesa –
especialmente na primeira corrida, os 500km de Oschersleben – a Mercedes tinha
a confiabilidade ao seu lado com o já veterano CLK-GTR, que durou as duas
primeiras etapas – Oschersleben e Silverstone – para depois estrear o
avassalador CLK-LM em Le Mans (que não contou pontos para o mundial) e fazer o
restante da temporada com o mesmo, resultando num domínio absoluto.
É verdade que as chances das demais fábricas – especialmente
Porsche e Panoz – se repousaram nas duas corridas inciais. A Porsche fez a pole
na prova de Oschersleben e tinha ritmo suficiente para conseguir a conquistam,
mas problemas mecânicos acabaram tirando essa chance – sem contar com o
incidente entre Ricardo Zonta (Mercedes #2) e Allan McNish (Porsche #7) que
resultou em mais problemas para o 911 GT1. Em Silverstone o Porsche #8 estava
na disputa direta com o Panoz Esperante #3, mas a afobação de Uwe Alzen acabou
tirando a chance dele e de David Brabham – que
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Apesar dos inúmeros problemas no FIA GT, a vitória em Le Mans foi o grande momento da Porsche em 1998. |
liderava com o Panoz – a
oportunidade de conquistar um resultado melhor. O Porsche #7, pilotado por
McNish no início da prova, estava liderando quando apresentou problemas e
perdeu várias voltas após a sua ida aos boxes, para depois abandonar
definitivamente. As duas provas foram ganhas pela Mercedes: em Oschersleben com
a dupla Zonta/Ludwig no Mercedes #2 e em Silverstone com a dupla Schneider/
Webber. Duas corridas que foram, de fato, a grande chance para que a
concorrência pudesse vencer com tranquilidade.
Em Le Mans, prova qual não fazia parte do calendário, mas
sempre com a sua grande importância entre as montadoras, a Mercedes estreou o
seu CLK-LM. Mas nesta, por uma questão de confiabilidade, preferiram utilizar o
motor V8 – que fora utilizado no mítico Sauber C9 – em vez do V12 habitual para
uma prova de 24 Horas. Apesar do seu favoritismo, compartilhado com o elegante
e imponente Toyota GT-One, os carros alemães acabaram ficando pelo caminho com
exatas duas horas de prova, curiosamente com problemas de... motor. Os três
GT-One tiveram seus percalços, sendo que dois ficaram de fora por avarias (#28
por acidente e o #29 com problemas no câmbio). O terceiro GT-One #27 terminou
em nono no geral. A Porsche, que enfrentara problemas nas provas oficiais do
FIA GT, acabou por driblá-los em Sarthe e vencer a sua 16º edição na geral com
o Porsche 911 GT1 #26 e com o #25 em segundo. Ao menos uma alegria para fábrica
de Weissach, que não teria grandes chances no decorrer da temporada.
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Se não tinham o ritmo necessário para incomodar os Mercedes oficiais, a Panoz conseguiu fazer bom papel contra os demais e conseguindo até dois pódios em Hockenheim e Dijon |
Retornando ao mundial, a superioridade da Mercedes ficou
ainda mais latente: até o final da temporada as poles foram cravadas pelos seus
dois carros, mesmo que houvesse algumas raras intromissões da Porsche na
primeira fila. Talvez uma outra rara oportunidade de tentar bater os carros
prateados tenha surgido nos 500 Kms de A1-Ring quando a corrida foi
extremamente disputada e até mesmo os dois velhos CLK-GTR da Team Persson deram
o ar da graça, tentando beliscar um bom resultado na pista austríaca. A Panoz
também esteve em grande forma nesta corrida, conseguindo andar no encalço dos
Mercedes, mas problemas mecânicos acabaram por tirá-lo da corrida.
Provas com o a de Hockenheim, Dijon-Prenois, Suzuka, Homestead
e Laguna Seca, foram palcos de um duelo particular entres os AMG Mercedes.
Desta lista, apenas em Suzuka é que a Porsche conseguiu se meter no duelo por
um breve período até que – novamente – Zonta e McNish se encontrassem na pista
e proporcionassem um acidente parecido com o que ocorrera em Oschersleben. O
Mercedes do brasileiro foi punido com um stop & go de 3 minutos, mas ainda
sim terminou em segundo na geral. A outra intromissão da Porsche se deu em
Donington, quando a uma genial largada de McNish deu a chance dele e do outro
Porsche suplantarem o duo da Mercedes. Porém a alegria de McNish/ Dalmas não
duraria muito, pois a sua espetacular largada foi por conta de uma queima de largada.
A essa altura do mundial as vitórias estavam divididas entre
a Mercedes: até a corrida de Zeltweg, a dupla Schneider/ Webber contabilizava
cinco vitórias contra três de Ludwig/ Zonta. O que pesava a favor da dupla do
carro #2 era a maior regularidade: Ludwig e Zonta conseguiram até a prova de
Zeltweg pontuar em todas as provas, tendo como pior resultado um quarto lugar
em Silverstone, enquanto que do lado da dupla do Mercedes #1 o pior resultado
tinha sido em Dijon-Prenois, quando
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O Team Persson fechou em treceiro entre os construtores, alongando a vida útil do CLK-GTR. E claro, teve uma das liveries mais bonitas do ano no motorsport. |
Mark Webber bateu quando liderava
ocasionando o abandono. Quando a prova de Zeltweg – vencida por Ludwig/ Zonta –
a pontuação estava apertadíssima: Schneider/ Webber computavam 60 pontos, três
a mais que Ludwig/ Zonta. A decisão ficaria para Homestead e Laguna Seca.
Em Homestead o duelo entre os dois carros prateados foi
visceral, mas até antes da chuva as coisas pareciam pender para o lado de
Schneider/ Webber que lideravam com folga. Mas a pesada chuva que caíra no
circuito ocasionou a entrada do SC, assim como a mudança dos pneus slick para
os biscoito. Mas o sol logo apareceu e a pista passou a secar-se rapidamente e
foi neste momento que os pilotos começaram a arriscar-se para voltar aos slick
e Webber acabaria na caixa brita, perdendo voltas para o seu rival #2, agora
conduzido por Zonta – até Zeltweg a linha de entrada nas corridas colocavam
Schneider para enfrentar Zonta e depois Webber é quem conduziria o carro #1, enquanto
que Ludwig assumia o #2. Ricardo, apesar de um breve erro, conseguiu manter-se
na pista e encaminhar para mais uma vitória que deu a ele e Ludwig a liderança
do mundial na penúltima etapa. O erro de Mark Webber saiu caro e acabou
terminando em quarto. A pontuação agora era de 67 para Ludwig/ Zonta contra 63
de Schneider/ Webber.
Na ensolarada Laguna Seca o campeonato seria decidido. Para
levar o título, Ludwig/ Zonta bastava chegar – logicamente - à frente de
Schneider/ Webber ou logo atrás deles – desde que estes não vencessem, pois no
critério de desempate a dupla do Mercedes #1 levaria o titulo caso empatassem
em pontos.
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A Zakspeed teve os 911 GT1 novos, mas pouco pôde fazer durante o campeonato. |
A briga se iniciou desde a largada com Ludwig à frente, mas
o que Schneider não contava era com uma grande performance do Porsche #7 com
McNish ao volante dando trabalho. O escocês até ultrapassou o Mercedes,
chegando ocupar a segunda posição por algum tempo. Infelizmente problemas
mecânicos o tirariam da prova mais tarde. Mas Schneider ainda teria mais dores
de cabeça com a Porsche, quando encontrou o #8 pelo caminho e ficando
encaixotado na terceira colocação por algumas voltas, atrasando-o ainda mais em
relação ao Mercedes #2 que ia muito bem na dianteira.
O Mercedes #2 ainda passaria por dois sustos: um quando o
carro apagou ainda nos pits, quando Zonta estava no volante, e depois com o
brasileiro escapando forte na terceira curva do circuito e quase acertando a
barreira de pneus. Fora isso, a corrida estava sob controle e com o Mercedes #1
– agora conduzido por Webber na parte final do stint, que ainda tocaria no
Porsche #8 na disputa pela segunda colocação – fora de alcance, o jeito era
abrandar o ritmo e curtir as derradeiras voltas até a que a bandeira
quadriculada fosse mostrada, dando a vitória e titulo para a dupla Ludwig/
Zonta. A dupla fechou o mundial com 77 pontos, contra 69 de Schneider/ Webber.
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Dominantes: um passeio por conta de Pedro Lamy e Olivier Beretta no Viper do Team Oreca. |
Na GT2 o passeio dos Chrysler Viper GTS-R do Team Oreca foi quase igual ao da Mercedes,
mas com algumas oposições vinda do Marcos LM 600 e dom Porsche da Roock Racing,
que foi a única a derrotar os Viper em Hungaroring.
A dupla formada por Pedro Lamy/ Olivier Beretta no Viper #51
beirou a perfeição: além desta derrota para o Porsche da Roock Racing em
Hungaroring, perdeu também em Zeltweg quando a vitória foi para os seus
companheiros de equipe Karl Wendlinger/ Justin Bell. Foram oito vitórias e duas
segundas colocações por parte de Lamy/ Beretta, marcando 92 pontos contra 38 de
Wendlinger, que fechou em terceiro. Uma lavada.
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Os campeãoes: Ricardo Zonta e Klaus Ludwig (Foto: Racing14) |