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terça-feira, 16 de maio de 2023

Foto 1027 - Jules Goux e Emil Begin, Indy 500 1913

 


Ainda em sua juventude, as 500 Milhas de Indianápolis tinha já despertava o interesse do outro lado do Atlântico. O desafio de percorrer as 500 Milhas no já famoso oval, despertou o interesse da Peugeot e esta enviou para lá o que tinha de melhor: dois L76, que vinham monopolizando as competições na Europa desde 1912, foram destinados à Jules Goux/ Emil Begin e Paolo Zuccarelli.

Ao contrário do que acontece nos dias atuais, os inscritos passavam por uma qualificação onde deveriam atingir a média de 75 Mph (120,7 Km/h) para que pudessem ingressar na corrida. Neste "vestibular" a melhor marca ficou para Jack Tower que atingiu 88,230 Mph com um Duesenberg - aqui rebatizado de Mason, inscrito pela Mason Motor Company. No total, 27 carros conseguiram a qualificação para aquela terceira edição.

Para a formação do grid, um sorteio foi feito na noite anterior e a pole ficou para Calleb Bragg com um Mercer. Os Peugeot apareciam em posições bem distantes: Goux sairia em sétimo e Zucarelli em 26°. Curiosamente, o detentor da melhor volta na qualificação, Jack Tower, ficou apenas na 25ª posição no sorteio.

A corrida foi vencida por Jules Goux e Emil Begin, mas antes disso tiveram que contar com problemas de Bob Burmann - que teve problemas em seu Keeton, após este pegar fogo quando ele liderava a prova. Conseguiu voltar e terminar em 11°. Jack Tower teria sérios problemas na corrida, já que ele teria uma perna quebrada e seu mecânico três costelas fraturadas após o capotamento de seu carro na volta 51.

Goux teve em Bob Evans seu grande rival ao duelarem por um bom tempo pela liderança. Mas Evans acabaria abandonando na volta 158 após a quebra da embreagem de seu Mason. 

Goux e Begin venceram a corrida após seis horas e receberam um prêmio de 20 mil dólares (que convertidos em 2021 valeriam 548,350 mil dólares), foram seguidos por Spencer Wishart (Mercer) e Charlie Stutz (Stutz) - este último chegou com o carro pegando fogo e com o mecânico Harry Martin tentando abrir a tampa do motor para que o fogo fosse apagado rapidamente. Infelizmente, Martin faleceria alguns meses depois durante um teste. O outro Peugeot, pilotado por Zuccarelli, abandonou na volta 18 com problemas no rolamento.

Os treinos livres mostraram a Peugeot que eles teriam problemas com os pneus no piso de tijolos do Speedway, tendo destruído alguns jogos durante as práticas. Eles recorreram a Johnny Aitken, piloto local que conhecia bem os segredos do circuito, que os aconselhou a andarem num ritmo mais brando que ainda assim os dariam uma boa velocidade. Isso foi vital para a conquista da equipe francesa - e essa lembrança seria reforçada à Goux durante a prova, quando foi visto que ele estaria com grandes chances

Sobre Goux, o que marcou a sua conquista foi o fato de ter entornado - ou não - seis garrafas de champanhe durante as paradas de box. Porém, alguns registros marcam que ele teria consumido quatro garrafas em conjunto com Begin. Isso teria sido usado como um enxaguante bucal e também para aliviar o forte calor daquele dia. "O calor estava terrível. Sofri e, se não fosse pelo vinho, não teria conseguido fazer esta corrida." , afirmou Jules Goux após a prova. Esse fato levou o AAA (American Automobile Association) a proibir o uso de bebida alcoólica durante a prova. 

terça-feira, 7 de março de 2023

Foto 1022 - René Thomas, Indy 500 1914




As duas fotos acima tem uma diferença de 59 anos, porém com a mesma personagem em questão.

Na primeira foto, um jovem René Thomas que estava a bordo do Delage com que ele estava prestes a correr as 500 Milhas de Indianápolis de 1914. Na segunda o mesmo René Thomas, agora do alto de seus 87 anos, reencontrava com seu Delage para uma volta comemorativa um pouco antes das 500 Milhas de Indianápolis de 1973, mas desta vez no banco que era destinado ao mecânico que os pilotos eram obrigados a levar durante as provas de cinco décadas atrás.

Com a não ida da equipe oficial da Delage para Indianápolis, René Thomas e seu colega de equipe Albert Guyot conseguiram junto de Louis Delage dois modelos Type Y para formarem uma equipe particular e se inscreverem na edição de 1914 da Indy 500. Essa edição pode ser chamada de a "Invasão Francesa" à Indianápolis, uma vez que a conquista de Jules Goux e Emile Begin em 1913, a bordo do Peugeot L-76, havia tido bastante repercussão.

Além dessas inscrições de Thomas e Guyot, a Peugeot enviou o atual vencedor Jules Goux e Georges Boillot - um outro Peugeot foi inscrito de forma particular pelo belga Arthur Duray. Outros dois franceses estiveram na pista: Jean Chassagne pilotou um Sunbeam e Ernst Friderich um Bugatti.

Essa edição foi dominada amplamente pelos franceses, principalmente pela Peugeot que parecia estar a caminho de vencer pela segunda vez em Indianápolis quando uma série de problemas de pneus apareceram nos carros de Goux e Boillot - este último abandonou na volta 141 por conta do estouro de um dos pneus. Goux resistiu na prova, chegando inclusive na mesma volta do vencedor, mas com a chances de vencer muito reduzidas ao fechar em quarto.

René Thomas conquistou a vitória, seguido por Arthur Duray e Albert Guyot. Foi a primeira conquista de Thomas em Indianápolis, local que ele ainda visitaria outras três vezes: foi pole na edição de 1919 e terminou em 11°; terminou em segundo em 1920; e abandonou em 1921 após um rompimento da mangueira de água. Em 1919 e 1920 ele pilotou um Ballot e em 1921 um Sunbeam.

Hoje completa 137 anos do nascimento de René Thomas. 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...