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sábado, 22 de maio de 2021

Foto 936: Clay Regazzoni, Indy 500 1977

 


O valente Clay Regazzoni com o Mclaren M16 Offenhauser durante o mês de maio de 1977, onde ele conseguiu a qualificação para a edição daquele ano da Indy 500. 

Após algumas indecisões na sua carreira, onde ele esperava ficar na Ferrari para 1977 e que não concretizou - por conta dessa sua espera pela equipe italiana, ele acabou recusando um oferta de Bernie Ecclestone para que fosse integrar a equipe - Regazzoni acabou indo para a Ensign naquele ano. Isso abriu uma oportunidade interessante dele poder andar em Indianápolis após conversas com Teddy Yip, o grande empresário indonésio que tinha já suas ramificações bem consolidadas no automobilismo.

Junto de Bill Simpson, o dono da marca de capacetes e macacões Simpson, Teddy conseguiu dois Mclaren M16 que pertenciam a Penske e os entregou a Clay Regazzoni para aquele mês de maio. Regazzoni ainda tentou a qualificação em Mônaco, mas não obteve sucesso - a chuva no final do treino em Monte Carlo acabou atrapalhando bastante. 

As coisas não começaram da melhor forma possível para Regazzoni em Indianápolis, que teve um grande acidente após sair da curva dois e rodar para a parte gramada do circuito. Seu carro bateu de traseira na cerca, rodopiou algumas vezes no ar, capotou e parou com o cockpit em sua posição normal - segundo relatos, parte do que sobrou do Mclaren virou uma mesa de café que foi usada por Bill Simpson. Clay saiu do carro e não sofreu nenhuma escoriação e o que mais chamou atenção dos médicos que o atenderam é que seu batimento cardíaco era até mais baixo do que quando foi feito seu exame médico. Regazzoni ainda teria outro acidente, mas sem gravidade, quando bateu de traseira na curva 4 e danificando a asa e suspensão do Mclaren.

Após a sua não qualificação para Mônaco, Regazzoni voltou para os EUA para tentar um lugar entres os 33 que participariam da grande prova. No domingo, dia do Bump Day, ele alcançou a média de 186.047 mph (299.414 km/h) e ficou com a 29ª colocação saindo da 10ª fila, tendo ao seu lado Bill Puterbaugh (direita) e Dick Simon (esquerda). 

Essas qualificações para esta Indy 500 de 1977 deixaram duas notas para a história: Tom Sneva, a serviço da Penske, cravou a pole ao chegar a média de 198.884 mph (320.073 km/h) tornando-se o primeiro a quebrar essa barreira dos 320km/h em Indianápolis, estabelecendo o recorde de média em quatro voltas - ele ainda teria mais dois recordes para guardar, que foi o de volta única, ao atingir 200.401 mph na primeira passagem e 200.535 mph na segunda passagem. 

A outra marca aconteceu durante o Bump Day em 22 de maio, quando Janet Guthrie conseguiu qualificar-se para a prova na 26ª posição ao alcançar a média de 188.403 mph (303.205 Km/h). Isso deu a ela o status de ser a primeira mulher a largar numa edição da Indy 500, assim como a de mulher mais veloz em circuito fechado. Por conta da presença de Janet no grid, abriu uma polêmica em torno da famosa frase dita por Tony Hulman (Gentleman, Start Your Engines!) antes da largada, onde eles propuseram que fosse mudada com a adição de Ladies. A administração do circuito tentou reverter a situação, indicando que a frase era para os mecânicos que davam a partida nos carros e não para os pilotos. Prontamente a equipe de Janet contra-atacou: a esposa de George Bignotti, então chefe dos mecânicos, Kay Bignotti, foi relacionada para dar a partida no carro de Janet Guthrie. Dessa forma, eles mudaram a famosa frase dita por Tony Hulman para "In company with the first lady ever to qualify at Indianapolis, gentlemen, start your engines!". Outro percalço para a equipe de Janet Guthrie foi um vazamento de metanol descoberto pelos inspetores logo na manhã de domingo, onde a bomba de combustível pingava constantemente. A equipe conseguiu resolver o problema, mas por muito pouco ela não seria desqualificada da prova por isso. Janet Guthrie sofreu com inúmeros problemas durante a prova e abandonou na volta 27. 

Entre os que não conseguiram a qualificação estava o novato Rick Mears, que mais tarde tornaria-se um dos três maiores vencedores da clássica americana. 

A corrida foi uma boa disputa entre Gordon Johncock, Tom Sneva e A.J. Foyt, mas o calor atrapalhou bastante a vida de Johncock que precisava levar alguns "banhos" nas suas paradas de box para tentar refrescar-se e também hidratar-se. Mas o motor Offenhauser do WildCat de Johncock acabou pifando quando faltava 16 voltas para o final, num exato momento em que Foyt, a bordo de seu Coyote Foyt V8, se aproximava. As coisas ficaram mais fáceis para A.J, que levava trinta segundos de vantagem sobre Tom Sneva e uma volta sobre Al Unser, para conquistar a vitória e se tornar o primeiro a alcançar quatro vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis. Foi a última edição que contou com a presença de Tony Hulman, o do complexo de Indianápolis. Ele faleceu em outubro daquele ano após problemas cardíacos.

Clay Regazzoni chegou a ocupar a 16ª posição, mas sua prova durou apenas 25 voltas quando abandonou com problemas de vazamento de combustível.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1982

A 66ª Indy 500 foi disputada em 30 de maio e teve como vencedor Gordon Johncock após uma batalha contra Rick Mears, que durou pelas últimas 40 voltas e terminou com Johncock vencendo Mears por apenas um centésimo - até então a chegada mais apertada de Indianápolis, até 1992. O mês de maio foi marcado pelo acidente mortal de Gordon Smiley, num dos mais violentos acidentes no Brickyard, durante os treinos.
Foi marcante também o acidente na largada entre Kevin Coogan e Mario Andretti, quando este tentou fechar A.J Foyt que saía em terceiro e rodou com Mario acertando ele em cheio. Outros dois carros ficaram de fora devido este acidente.
A prova daquele ano não contou pontos para os pilotos que corriam da PPG/CART, já que as 500 Milhas de Indianápolis era da USAC.

sábado, 25 de maio de 2013

Vídeo: Indy 500, 1973

O acidente de Savage, em 1973
As 500 Milhas de Indianápolis de 1973 foi apelidada de "72 Horas de Indianápolis" numa brincadeira devido ao atraso causado pela chuva, que estendeu a corrida da segunda-feira até a quarta - a corrida era realizada no Memorial Day que era comemorado no dia 30 de maio, mas uma lei instituída naquele ano moveu a data para a última segunda-feira do mês de maio. Apesar da brincadeira, esta 57ª edição da prova foi marcada pela tragédia, começando pela morte do experiente Art Pollard no Pole Day.
Na segunda-feira a largada foi dada às 15:00 devido a chuva, mas na partida Salt Whalter acabou por decolar e bater no alambrado jogando todo combustível na multidão que estava na beira da cerca. Junto dele outros pilotos se envolveram no acidente, mas sem gravidade. Whalter e outros 11 espectadores sofreram queimaduras. Quando o resgate retirava os carros e a pista era limpa, a chuva voltou ao Indianápolis e ela foi transferida para a terça.
No dia seguinte 32 carros estavam no grid - menos o de Salt Whalter - e a corrida teria a sua partida às 10:15 da manhã. Na saída do Pace Car a chuva voltou a cair e foi dada a bandeira vermelha. A direção de prova esperou até às 14:00 para que a chuva cessasse, mas esta não deu trégua e a corrida foi transferida para a quarta.
Desta vez, já na quarta-feira, a largada foi dada mesmo com a ameaça inicial de chuva, mas o sol estava brilhando quando a prova começou. A corrida transcorreu normalmente até a 57ª volta quando Swede Savage bateu forte no muro interno da curva quatro, indo parar na entrada da reta principal. A bandeira vermelha foi acionada e para piorar, um dos integrantes da equipe de Savage, Armando Teran, foi atropelado por um caminhão do corpo de bombeiros que trafegava pela contra-mão dos boxes.
Apesar de tudo isso a pista foi limpa e a corrida reiniciada, mas ela não durou muito: na 129ª volta a chuva desabou em Indianápolis e o diretor de provas decidiu encerrar a prova e Gordon Johncock foi o vencedor.
Savage ainda resistiu aos ferimentos até o dia 2 de junho, quando veio a falecer decorrente a uma hepatite B contraída numa transfusão de sangue.
Os acidentes desta edição forçou a USAC a mudar muita coisa para 1974, como diminuir a potência dos motores turbo que estavam chegando a quase 1.000cv com a adição de válvulas pop-off; o tanque de combustível foi reduzido de 75 para 40 litros; as enormes asas traseiras usadas em 73, foram cortadas pela metade; muros, cercas, a entrada de box e o afastamento do público no circuito de Indianápolis, foram as mudanças feitas no Speedway tornando-o mais seguro para pilotos e espectadores.
Somente nove anos depois é que Indianápolis presenciou outra morte, no acidente de Gordon Smiley durante os treinos para a edição de 1982.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Crash: Salt Whalter, Indy 500 1973

É um vídeo que a maioria já deve ter visto, que é o do acidente de Salt Whalter na largada para as 500 Milhas de Indianápolis de 1973. Whalter acabou tocando rodas com outro carro e foi lançado contra o alambrando, onde o veio a bater enquanto dopiava no ar. O combustível foi jogado contra algumas pessoas que estavam próximas da cerca, causando queimaduras.
O carro de Salt caiu de ponta cabeça e continuou a rodopiar, enquanto era acertado por Mike Mosley (#98) e Lee Kunzman (#16). O carro de Salt parou no gramado da curva 1 e ele foi retirado ainda com vida, mas vários ferimentos.
Essa edição da Indy 500 foi uma das mais sangrentas da história: além desse acidente da largada, Art Pollard, veterano de Indianápolis, morreu durante os treinos e Swede Savage morreu dias depois do seu brutal acidente na parte interna da curva 4, onde seu carro acabou por desintegrar-se. Apesar do forte impacto e do incêndio, Savage faleceu no dia 2 de junho no hospital quando contraiu hepatite B durante uma transfusão de sangue. A outra morte foi de um integrante da equipe de Swede, Armando Teran, que foi atropelado por uma ambulância (!) dentro dos boxes, quando esta se deslocava rapidamente para o atendimento à Savage. A chuva também esteve presente nesta edição, tanto que a corrida só foi realizada, ainda que apenas 133 voltas foram realizadas, no dia 30 de maio (quarta-feira). A vitória foi de Gordon Johncock.
Quanto a Salt Whalter, este recuperou-se e conseguiu correr a Indy 500 de 74, 75, 76, 78 e 79. Em 1991 ele tentou uma vaga no grid pilotando um Penske Cosworth, mas falhou neste que foi a sua última aparição em Indianápolis. Teve uma vida muito atribulada devido a drogas e prisões.
Morreu em 27 de dezembro de 2012 aos 65 anos na cidade de Trotwood, em Ohio.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...