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sábado, 11 de março de 2023

Foto 1023 - Arturo Merzario, GP da Áustria 1977

 

(Foto: IMAGO Images)

Arturo Merzario com o Shadow DN8 no final de semana do GP da Áustria de 1977. Foi a sua única aparição na equipe de Don Nichols naquela ocasião.

Aquele final de semana para equipe de Don Nichols foi dos mais movimentados: iniciando pela substituição de Riccardo Patrese que ficou de fora após que Ambrósio, que estampava a sua marca no carro americano, não ter pago parte do patrocínio a equipe. Dessa forma, o jovem Patrese estava de fora e daria lugar ao experiente Arturo Merzario que vinha fazendo a temporada com um March particular. De toda forma, haviam boas notícias: o retorno de Tony Southgate, após este ter trabalhado na Lotus de 1976 até parte de 1977, foi uma ajuda e tanto. A presença do projetista inglês foi de grande valia, uma vez que ele reformulou o DN8 com adição de um radiador de óleo no bico e também refazendo os sidepods, fora outras mudanças que deu ao carro um emagrecimento de 35 kg.

Como um passe de mágica, essa corrida tornaria-se inesquecível para eles: os desempenhos de Merzario e, principalmente, de Alan Jones, foram dos melhores possíveis, fosse na pista molhada (no início da corrida), fosse no seco (da metade da prova em diante). Jones fez o 14° e Merzario o 21° na qualificação, mas na corrida conseguiram escalar o pelotão até ficarem entre os dez primeiros.

Para Merzario a boa corrida terminou na volta 29 com problemas no câmbio. Para Alan Jones, a tarde no fabuloso Osterreichring foi de glória: a quebra do motor Ford Cosworth do Mclaren de James Hunt, que parecia intocável na liderança, parou de funcionar na volta 43 e deixou caminho para que Jones liderasse as últimas onze voltas para ele e Shadow chegassem à primeira vitória na Fórmula 1.

Na corrida seguinte, em Zandvoort, para a disputa do GP da Holanda, Patrese voltaria para a Shadow, assim como Merzario voltaria para o seu March.

Hoje o grande Arturo Merzario chega aos 80 anos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Foto 887: François Cevert e Jean Pierre Beltoise, Le Mans 1973


 

François Cevert no comando do Matra MS 670B da Matra-Simca durante um dos estágios das 24 Horas de Le Mans de 1973. Ele dividiu o carro #10 com Jean Pierre Beltoise, mas não completaram a prova depois que Beltoise teve um estouro num dos pneus e acabou batendo quando ocupavam a quinta colocação já na 12ª hora de prova. 
Além do carro de Cevert e Beltoise, a Matra inscreveu dois modelos MS 670B e um MS670: Henri Pescarolo/ Gerard Larousse (#11) e Jean Pierre Jabouille/ Jean Pierre Jassaud (#12) pilotaram os MS 670B e Patrick Depailler/ Bob Wollek (#14).
A corrida foi um verdadeiro duelo entre Matra e os três 312PB inscritos pela Ferrari, que foi pautado pelos problemas mecânicos dos dois lados. As coisas começaram a se resolver pela manhã, quando o Ferrari 312PB de Jacky Ickx/ Brian Redman apresentou problemas no escapamento e logo em seguida apareceu o Matra #11 de Pescarolo/ Larousse com os freios defeituosos. Ambas equipes consertaram os problemas, mas a Matra foi mais rápida na ação e entregou o carro #11 na liderança da prova. Finalmente, já perto do fim, o Ferrari de Ickx/ Redman abandonou com o motor avariado. Pescarolo e Larousse acabaram por vencer com seis voltas de vantagem sobre o Ferrari 312PB de Arturo Merzario e José Carlos Pace e com 24 voltas sobre o outro Matra de Jean Pierre Jabouille e Jean Pierre Jassaud. 
Para a Matra foi a segunda conquista consecutiva em Sarthe, após ter vencido em 72 com Henri Pescarolo e Graham Hill com o MS 670.
Na ocasião as 24 Horas de Le Mans completava 50 anos de existência. 

quarta-feira, 11 de março de 2020

Foto 839: Arturo Merzario, 400km de Barcelona 1972


O pequeno Art. Na foto, Arturo Merzario com o Abarth Osella SE021 da Scuderia Brescia Corse durante os 400km de Barcelona disputado em Montjuic Park, etapa válida pelo Campeonato Europeu de 2 Litros de 1972.
Arturo é daquela leva de pilotos que tentaram o sucesso na Fórmula 1, mas foi no mundo dos carros esporte e protótipos que encontrou o sucesso. Conquistou por duas vezes a Targa Florio (1972 com a Ferrari ao lado de Sandro Munari em 1975 com a Alfa Romeo) e venceu os 1000km de Spa Francorchamps de 1972.
Além dessas conquistas em 1972, Merzario terminaria o ano coroado com o título do Campeonato Europeu de 2 Litros com o Abarth Osella ao vencer três corridas (Dijon, Silverstone e Enna-Pergusa) e marcar 71 pontos, contra os 50 pontos de John Burton que pilotou um Chevron B21.
Hoje Merzario completa 77 anos.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Foto 816: Ferrari, Targa Florio 1972


Arturo Merzario em ação com a Ferrari 312PB durante a 56a Edição da Targa Florio de 1972, na qual ele dividiu o comando da protótipo com Sandro Munari.
Foi a ocasião em que a Ferrari levou apenas este protótipo para a clássica corrida em Madonie, enfrentando uma horda de Alfa Romeo T33 (Ninno Vaccarella/ Rolf Stommelen; Vic Elford/ Gijs Van Lennep; Andrea De Adamich/ Tony Hezemans; Nanni Gali/ Helmut Marko). O ponto alto foi a perseguição de Marko a Merzario na última volta, conseguindo descontar uma desvantagem de mais de um minuto para dezoito segundos nos quilômetros finais. Mas Arturo conseguiu administrar a vantagem e vencer aquela edição em parceria com Munari. Para consolo de Marko, este conseguiu fazer a melhor volta da prova em 33min41s000 exatamente na derradeira volta que realizou essa caçada ao Ferrari de Merzario/ Munari.
Foi a última vitória da Ferrari na Targa Florio.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Foto 378: 1000Km de Spa, 1972

Foi um belo caos essa largada para os 1000 Km de Spa Francorchamps dew 1972. O péssimo arranque de Arturo Merzario (Ferrari 312PB #3) ocasionou quase um engavetamento. Além de Jacky Ickx, que escapara da confusão por estar largando da pole com a Ferrari #1 e que foi seguido pela outra Ferrari #2 de Tim Schenken, o restante tentou escapar como pôde: o Chevron B19 #10 da dupla John Lepp/ John Gray; o Mirage M6 #7 de Derek Bell/  Gijs van Lennep logo atrás de um Lola T28 de Gérard Larousse/ Hughes de Fierlant; ao lado um De Tomaso Pantera de Herbert Müller/ Guy Chausseuil que está sendo ultrapassado pelo Chevron B21 de John Hine/ John Bridges. Atrás das duas Ferraris, aparece o Porsche 908/03 de Reinhold Jöest/ Willy Kauhsen.
Apesar do péssimo arranque, Merzario ajudou Brian Redman a conquistar a vitória em Spa. A segunda posição ficou com Jacky Ickx/ Clay Regazzoni e a terceira com o Chevron de Hine/ Bridges.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Foto 313: Ímola 500

Os 500 Km de Ímola de 1969. Na foto o Gulf Mirage Ford de Jacky Ickx liderando o pelotão durante a volta de apresentação, seguido por Andrea De Adamich no Alfa Romeo T33/3 da Autodelta, Arturo Merzario no FIAT Abarth 3000 e pelo Porsche 908/02 do Team Salzburg Porsche conduzido por Kurt Ahreins Jr.
A prova, que fechou o campeonato italiano para carros sport naquele ano, foi vencida por Ickx que teve a companhia de Ignazio Giunti (Alfa Romeo T33/3) e de Gijs Van Lennep/ Johannes Ortner (FIAT Abarth Cuneo) no pódio.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Foto 260: Lado a lado

(Foto: Motorsport Golden Age/ Facebook)
O início de um dos grandes duelos do esporte a motor: os lendários Porsche 917K nas cores da petrolífera Gulf e comandada por John Wyer contra as Ferrari 512S da Ferrari estreando nas 24 Horas de Daytona, primeira etapa do Mundial de Marcas de 1970.
Na foto que encabeça o post, o Porsche #1 de Jo Siffert/ Brian Redman dividindo uma das curvas do oval de Daytona com a Ferrari #26 pilotada por Mario Andretti/ Arturo Merzario/ Jacky Ickx. A prova foi vencida pelo outro Porsche 917 #2 de Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen/ Brian Redman, seguidos pelo Porsche #1 e pela Ferrari #26.

sábado, 30 de março de 2013

Foto 186: Reclame

E o que estaria reclamando Jo Siffert?
E mais uma vez o glorioso circuito de Nurburgring é retratado aqui no blog com os mítticos 1000Km, que eram realizados no traçado de 22Km. A foto mostra a Ferrari 512S Spyder #57 de Ignazio Giunti/ Arturo Merzario sendo acossada pelo Porsche 908/03 #20 de Jo Siffert/ Brian Redman. Mais atrás a outra Ferrari 512S Spyder, comandada pela dupla John Surtees/ Nino Vaccarella sendo perseguida pelo Porsche 908/03 de Vic Elford/ Kurt Ahrens Jr. e ao fundo, a Alfa Romeo T33/3 de Rolf Stommelen/ Piers Courage.
Pelo que mostra a foto, ela foi tirada no início dos 1000Km de 1970 e nos treinos os Porsches 908/03 da J.W.Automotive Engineering e da Porsche Konstruktionen Salzburg dominaram as quatro primeiras colocações, com pole ficando para a dupla Siffert/ Redman.
A prova foi vencida pela dupla Elford/ Ahrens no Porsche #22 e a segunda posição ficou com o outro Porsche 908/03 #15 de Hans Hermann e Richard Attwood, garantindo assim a dobradinha para a Porsche Konstruktionen Salzburg. Em terceiro fechou a Ferrari #55 de Surtees/ Vaccarella com uma volta de atraso.


quinta-feira, 28 de março de 2013

Foto 184: Vizinhança

A linha de frente para os 1000Km de Nurburgring, quarta etapa do Mundial de Marcas de 1972. A Ferrari 312PB de Ronnie Peterson/ Tim Schenken saindo da pole e ao seu lado o Mirage M6 Ford de Derek Bell/ Gijs Van Lennep; em seguida a Alfa Romeo T33 #4 de Rolf Stommelen/ Vic Elford e a outra Alfa #6 conduzida por Helmut Marko/ Andrea De Adamich; e na terceira fila o Porsche 908/3 #9 de Reinhold Jöst / Mario Casoni / Wilhelm Bartels e a Ferrari 312PB de Arturo Merzario / Brian Redman.
A prova foi dominada pelos carros italianos: Peterson e Schenken venceram a corrida, seguidos pela Ferrari #2 de Merzario/ Redman e pelo Alfa Romeo #6 de Marko/ Adamich.
Ao fundo as casas, bem ao lado do belo circuito de Nurburgring.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Foto 181: 1000Km de Monza, 1970

O duelo que monopolizava as atenções no Mundial de Marcas do início dos anos 70. Aqui a Ferrari 512 S Spyder #3 (Spa Ferrari SEFAC) do trio Ignazio Giunti/ Nino Vaccarella/ Chris Amon na cola do Porsche 917K #7 (J.W. Automotive Engineering) de Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen durante os 1000Km de Monza, quarta etapa do Mundial de Marcas de 1970.
A dupla da Porsche venceu o desafio frente ao trio Ferrarista, com uma vantagem de 1min e 26s após 174 voltas completadas. Na terceira colocação ficou a outra Ferrari 512 S #2 da dupla John Surtees/ Peter Schetty.
Chris Amon ainda fez turno numa outra Ferrari 512 S de #1, onde formou dupla com Arturo Merzario e veio a terminar na quarta colocação.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Foto 180: Monferrato

A vista da reta de largada e boxes da pista de Monferrato.
(Foto: Arturo Merzario Internacional Club/ Facebook)
E também existe o esquecimento para com os autódromos lá pelos lados do velho continente. A foto acima retrata a antiga reta do circuito de Monferrato, localizado na região de Piemonte, província de Alessandria, ao norte da Itália. A pista tinha 2.460m de extensão e um projeto de expansão, que teria um aumento entre 3.500m e 4.400m, nunca saiu do papel devido a reclamação da vizinhança por causa do barulho. Deste modo a pista foi fechada ao final de 1976 e teve uma breve possibilidade de reabertura em 1981, que nunca foi concretizada.
A pista foi inaugurada em 19 de março de 1973 quando a pista recebeu provas da F3 italiana e uma prova de Escort. Mas antes desses eventos, Arturo Merzario, com uma Ferrari 312B, deu algumas voltas estabelecendo o recorde de 1'01''1 numa média de 144,950Km/h.
(Foto: Google Maps)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Foto 129: Nurburg

Arturo Merzario em algum ponto do glorioso Nurburgring, pilotando sua Ferrari 312B2 durante o GP da Alemanha de 1972. Ao fundo, um parte da cidade de Nurburg e o seu famoso Castelo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Foto 118: A quase vitória de Mcqueen/ Revson em Sebring, 1970

Andretti ultrapassando o Porsche de Mcqueen/ Revson em um momento das 12 Horas de Sebring.
(Foto: Louis Galanos)


A maioria que entende um pouco sobre corridas e conhece, também, a carreira de Steve Mcqueen, sabe o quanto que o falecido ator/diretor de filmes era apaixonado por corridas de carros. Tanto que ele produziu a obra prima "Le Mans" em 1971 e esteve no comando de uma produção que não vingou de um filme sobre corridas na metade dos anos sessenta, que retratei aqui.

E a sua paixão não era limitada apenas em ter belos e poderosos carros de corrida, mas sim em competir também. Em 1970, nas 12 Horas de Sebring, ele esteve bem perto de uma vitória.

Ele havia comprado uma Porsche 908 e dicidiu competir na famosa prova do estado da Flórida. Naquela ocasião ele dividiu o volante do carro com seu conterrâneo Peter Revson, mas, naturalmente por ser uma equipe particular, eles sabiam que não tinham chance alguma de vencer a corrida pelo fato de enfrentarem equipes de fábrica como a Ferrari, Ford e Porsche, com seus míticos 917K.

O grid de largada mostrava o Porsche 908 #48 numa boa 15ª colocação. A pole tinha ficado com a dupla Arturo Merzario/ Mario Andretti na bela Ferrari 512S Spyder #19, seguido pelas Porsches 917K da J.W. Engineering (Jo Siffert/ Brian Redman/ Leo Kinnunen) e Porsche Audi (Vic Elford/ Kurt Ahrens Jr.).

Enquanto a prova foi se desenrolando, os carros foram quebrando ou tendo problemas e com isso, Mcqueen/ Revson foram subindo de posições até se encontrarem numa bela segunda posição. Isso já era um lucro por tratar-se de uma equipe privada. Mas faltando 21 voltas para o fim, a Ferrari #19 de Merzario/ Andretti, com Mario no volante, apresentou problemas de câmbio e foi forçada a abandonar. Desse modo, o Porsche branco de Mcqueen/ Revson assumiu a liderança.

A Porsche triunfaria a corrida de Sebring, mas Ferrari virou o jogo. Minutos depois de Andretti encostar seu carro nos boxes, eles ordenaram para que o ítalo-americano voltasse para pista. O Ferrari #21, conduzido por Ignazio Giunti/ Ninno Vaccarella estava em segundo, não tão longe da Porsche, e vendo que eles tinham muito mais potência que o carro de Stuttgart ( a Ferrari tinha um V12 de 4.998cc contra o V8 de 2.997cc) entregaram o carro para Mario e ordenaram para que pilotasse tudo que podia. E assim foi feito, com Andretti a fazer uma corrida brilhante e ultrapassando uma indefesa Porsche faltando duas voltas para o fim. A diferença no final foi de mais de 22 segundos da Ferrari para o Porsche.

Algum tempo depois, Andretti explicou de onde tirou fôlego para aquela perseguição: "Eu me lembro que estavam anunciando' Steven McQueen! Steve McQueen! Steve McQueen! ". " Eles nunca mencionaram Revson, Revson. E foi ele quem fez a maior parte da corrida, porque Steve tinha um pé quebrado. Revson estava fazendo um trabalho fenomenal, obviamente, mas ele nunca foi mencionado. Então, aquilo me motivou um pouco."

Como bem disse Mario Andretti, Mcqueen não pôde fazer a corrida em grande parte por ter um pé quebrado devido um acidente de moto. E o Porsche 908 que quase venceu as 12 Horas de Sebring, foi usado como camera-car nas 24 Horas de Le Mans daquele ano.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A rejeitada de Maranello


Após uma disputa de título que ficou nas mãos de Emerson Fittipaldi e da Lotus em 1972, a Ferrari voltou-se para o ano de 73 disposta a recuperar o trono de campeã do mundo que lhe fugia desde 1964. Para isso encomendou ao seu projetista, Mauro Forghieri a construção do novo bólido para a próxima temporada.
O projetista italiano desenhou um carro bastante diferente das suas últimas criações. Seguindo a tendência dos carros cunha introduzido por Colin Chapman na Lotus 72, Forghieri passou os radiadores para as laterais do carro melhorando assim a distribuição de peso do carro, mas conservou a tomada de ar na dianteira que era larga e com uma leve curvatura para dentro.
Um novo jogo de suspensão com triângulos duplos, molas helicoidais e amortecedores Koni foram montados transversalmente atrás do motor Flat-12, que acabou sendo a única coisa remanescente do bom Ferrari 312B2, vice-campeão do mundo com Ickx em 72.
Jack Ickx em um dos vários testes da Spazzeneve em 1972/73: fracasso e piadinhas
O carro foi apresentado ao final daquela temporada. Mesmo com seu design um tanto quadradão, o carro não chamou tanta atenção. E as coisas pioraram quando seus pilotos, Jack Ickx e Arturo Merzario, testaram a nova 312B3 exaustivamente nos circuitos de Monza, Paul Ricard e Fiorano e os resultados ali alcançados foram desastrosos, levando Ickx a soltar uma piada sobre a nova criação: "É ótima para tosar os cabelos!" se referindo a dianteira do carro. Por causa desta frente envolvente, a imprensa italiana apelidou o carro de "Spazzaneve", o que em italiano significa Limpa neve.
Seguindo este fracasso, Forghieri saiu do comando técnico da Ferrari e sua criação foi tirada de cena, sem nunca ter corrido um só GP. Coincidiu também com a famosa crise técnica que assolou a Ferrari naquele ano de 73, fazendo com que a equipe ficasse de fora de alguns GPs para melhorar seu carro. Sandro Colombo e John Thompson assumiram o projeto da nova B3, mas que também acabou agravando ainda mais as coisas na Ferrari durante a temporada. Com isso, Forghieri foi trazido do seu exilio e modificou muito a B3 que voltou às corridas no GP da Áustria de 1973 conseguindo bons resultados.
O conceito da Spazzaneve foi usado por Forghieri, ironicamente, nas Ferraris seguintes: Ferrari B3 de 1974, e as Ferraris 312 T campeãs do mundo em 75 e 77 com Lauda.
A original foi vendida e passou por dois donos até ir parar na casa de leilões Bonham's, em Gstaad, Suiça.
O carro reapareceu no Historic Grand Prix Mônaco disputado em 2006. É normal ver este carro nos festivais de Goodwood, na Inglaterra.
O Ferrari Spazzaneve durante o Historic Grand Prix de Mônaco de 2006


Arturo Merzario, piloto da Ferrari em 72/73, matando as "saudades" da Spazzaneve durante o Goodwood Speed Festival de 2008

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...