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sábado, 25 de outubro de 2014

Foto 406: Out

O passado da F1 já havia mostrado bem este cenário que está acontecendo atualmente na categoria. As confirmações das ausências de Caterham e Marussia, devido a problemas financeiros e outras situações nebulosas - como é o caso da Caterham -, mostram o quanto que estas equipes menores que entram na F1 precisam estar bem estruturadas - ou se aliar a uma grande montadora - para aguentar o tranco financeiro que a categoria oferece. Infelizmente a F1, já há um bom tempo, é um leão que necessita cada vez mais de dinheiro e quem acaba pagando o pato por isso são as equipes menores. Como diz o ditado popular, a corda arrebenta do lado mais fraco. 
Pelo jeito a "profecia" dita por Adam Parr em setembro, quando ele divulgou que a F1 teria apenas oito equipes em 2015, pode se concretizar.
Agora resta saber se a Sauber terá fôlego para continuar ano que vem... ou se as equipes terão que alinhar um terceiro carro.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Estaria a Fórmula-1 mais fácil?

Quando Hamilton disse na última quinta-feira que a atual F1 não o empolgava muito, por não dar aquele desafio de outrora, fomos de encontro ao anúncio de um dia antes de Max Verstappen pela Toro Rosso que a partir de 2015 ele passará a ser o piloto da equipe com apenas 17 anos. De fato isso mostra que os carros da F1 podem estar mais fáceis de pilotar - mas não entendo, também, a ênfase que os pilotos tanto deram ao desafio de controlar os carros em saídas de curvas, por estes estarem mais nervosos e também ao freá-los. Vai saber...
Hoje, nos dois primeiros treinos livres para o GP da Bélgica, podemos ver que o estreante André Lotterer, que tão bem conhecemos do Endurance, foi capaz de guiar no mesmo ritmo que Marcus Ericsson, seu companheiro de Caterham. No primeiro treino, Lotterer foi 0.091 centésimos melhor que Ericsson, que deu o troco no TL2 por 0.043 centésimos. De certa forma temos que dar a mão à palmatória de que Lotterer não é nenhum "Zé ninguém": a vaga foi lhe dada exatamente para que ele pudesse passar um melhor feedback das evoluções que foram levadas para Spa e também por ser reconhecidamente um dos melhores pilotos de testes atualmente. Por isso a sua vaga. Por outro lado, ele conhece bem circuito belga: além de ter corrido em outras épocas, este ano ele esteve presente naquela pista em três oportunidades (WEC, GT Francês e 24 Horas de Spa). Portanto a única adaptação que ele teria que se preocupar era com relação ao carro. De fato, ele chegando e já colocando-se à frente de Ericsson, dá entender que a coisa parece que está mais fácil que antes. Mas repito que ele conhece bem o circuito e isso ajuda. Michael Schumacher, por exemplo, não conhecia Spa e nem o carro da Jordan, e de cara já colocou tempo em Andrea De Cesaris.
Pode ser que tudo esteja mais fácil que antes, mas acredito que ainda exista o fator dom natural em conseguir se adaptar rapidamente a uma situação.

segunda-feira, 3 de março de 2014

F1 Pré-Temporada: Mercedes e Williams na frente



(Foto: Abril/Quatro Rodas)

Nestes quase cinco anos de blog foram poucas as vezes que dei alguma ênfase aos testes de pré-temporada – a não ser colocar os tempos obtidos em cada dia -, por imaginar que na maioria das vezes elas são ilusórias. Alguma equipe pode dominá-las totalmente, fazendo com que imprensa e fãs apontem-a como a grande favorita e quando esta alinhasse para as primeiras corridas do ano, poderia muito bem ser um grande fiasco. Enquanto isso, aquele time que passou todo inverno vagueando pelo meio do pelotão e em quase nenhum momento mostrou algo de concreto, simplesmente domina todo - ou boa parte – das corridas e torna-se a grande sensação. É claro que faz parte do jogo você acertar ou errar, mas preferi sempre ficar observando as ações durante essa época da F1. Porém, com essa mudança de regulamentos, achei conveniente expressar a minha opinião do que vi nestes doze dias de testes entre Jerez e a dupla bateria em Sakhir.

Quem levou a melhor? Para quem acompanhou os tempos, notícias e comentários, não é novidade que os carros com motores Mercedes foram os grandes nomes desta pré-temporada. Ao todo foram onze dias com os propulsores alemães na frente (McLaren, Mercedes e Force India 3 cada; Williams 2) o outro dia ficou por conta da Ferrari, em Jerez.
A confiabilidade passada pela Mercedes, tanto para a equipe de fábrica, quanto para os clientes, foi positiva e poucos problemas relacionados ao motor foram notificados. Isso traz um bom presságio para as quatro equipes que usam este motor. A Ferrari também pode comemorar, de certa forma, já que tiveram problemas, mas nada alarmante – apenas a Marussia e Sauber é que enfrentaram contratempos, mas que foram resolvidas e ambas pôde realizar a sua programação. Pelos menos não foi nada parecido com a Renault, que enfrentou vários problemas desde Jerez com as suas equipes clientes devido a refrigeração dos seus motores. O mais grave dos problemas ainda repousa sobre a Red Bull, devido – principalmente – a um carro concebido por Adrian Newey que, como todos sabem, privilegia a aerodinâmica em sua totalidade durante a concepção do carro. Devido a isso a falta de espaço para refrigerar o propulsor francês e daí o alto número de quebras. Toro Rosso e Caterham amenizaram um pouco estes contratempos, mas não o eliminaram. A Lotus, que optou em não testar em Jerez, aparecendo apenas na segunda sessão no Bahrein, também tem feito companhia para a Red Bull neste calvário. Mas ao menos poderão alegar que tudo isso é por conta da baixa quilometragem do E22 – a Lotus, nestas duas rodadas de testes em Sakhir, completou 196 voltas, cem a menos que a Red Bull (contando apenas estes testes no Bahrein).      

O desempenho: Interessante observar a tabela dos tempos de cada dia e depois a somatória geral ao final dos quatro dias. Em Jerez, por exemplo, os pilotos estiveram impedidos de usar a potência dos motores em sua totalidade, daí o fato da melhor marca ter ficado em torno de cinco segundos mais lenta que a alcançada por Massa durante os testes de 2013 (Massa fez na casa de 1’18 contra 1’23 de Magnussen neste ano). Porém, já em pista barenita, com os pilotos podendo explorar o máximo de seus carros, a marca de Nico Rosberg foi de 1’33’’283 ficando a 0’’953 acima da pole que foi estabelecida por ele ano passado. Uma boa volta que ele mesmo admitiu ter conseguido devido a pouca gasolina no tanque. Felipe Massa, no penúltimo dia da última bateria de testes, bateria a marca de Rosberg ao fazer 1’33’’258 (0’’928 acima da pole de 2013), mostrando que os carros com motores V6 Turbo parecem não ser a catástrofe que aparentavam... Ao menos pelos lados da Mercedes.
A Ferrari ficou sempre em colocações próximas aos dos carros com motores Mercedes. Tomando em conta apenas os testes em Sakhir, a média dos tempos da “Rossa” oscilou entre 1’34 e 1’36 o que faz crer que a equipe tenha optado por trabalhar o carro para o GPs. Isso me faz imaginar as caras de poucos amigos que Alonso e Raikkonen poderão mostrar ao fim das classificações... a média de tempo entre ela e a Mercedes e Williams neste ficou na casa de um a dois segundos de desvantagem. As outras duas equipes impulsionadas pelos Ferrari, Sauber e Marussia, tiveram desempenhos quase parelhos: se em Jerez eles estiveram bem próximos nos tempos, a Sauber teve uma boa vantagem sobre a equipe russa na segunda bateria. Porém, na terceira parte dos testes, a Marussia voltou a incomodar os suíços. Numa análise fria, a equipe russa pode fazer um bom papel nestas primeiras corridas enquanto que a Sauber deve demorar a se acertar.
No panorama das equipes Renault, a coisa andou bem nebulosa nos primeiros testes, mas que aparentemente clareou uma parte nesta última rodada de testes: a Toro Rosso terminou com a melhor marca entre os Renaults e num geral, computando os resultados desde Jerez, pode-se dizer que foi a melhor das clientes – principalmente nestes últimos dias com Vergne ficando próximo do tempo de Hulkenberg e Kvyat a dois décimos de Magnussen. A Caterham conseguiu apresentar um bom ritmo até a segunda parte do programa, que veio a despencar neste último. Mas foi a equipe que mais andou com o Renault, completando 626 voltas nestes doze dias. Com relação à Red Bull talvez foi a que mais tenha sofrido com os motores franceses devido ao superaquecimento, que já dito aqui. Mas a construção do carro ajuda bastante nesta falta de refrigeração. Tão pior, ou igual a eles, a Lotus, que preferiu participar dos testes a partir da segunda rodada, enfrentou problemas a rodo em Sakhir com o motor e também na parte mecânica do carro.
Partindo para os difamados motores V6 Turbo, estes apresentaram boas performances na pista barenita, principalmente em reta. Fernando Alonso, em um destes oitos dias, chegou a cravar a marca de 336 Km/h no final de uma das retas do circuito, levando Nico Rosberg a acreditar que eles possam chegar aos 360 Km/h em Monza... seria nada mal para um motor que tem sido tão criticado. O barulho também não está todo mal: o ronco abafado e o barulho da turbina nas retomadas de velocidade são bem agradáveis – pelo menos para mim –, mas para quem gostava do barulho estridente dos saudosos V10 e V8, a crítica continuará por um bom tempo. A digiribilidade dos carros também mudou devido à baixa carga aerodinâmica, fazendo com que saia mais de traseira na saída de curva. Pelo menos a Pirelli caprichou nos pneus deste ano e talvez não vejamos aquela “farofeira” no canto das pistas e nem os pilotos andou cinco, seis voltas e correndo para trocá-los.
(Arte: Caio Signorelli)

(Arte: Caio Signorelli)



Resultado Geral
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada- Terceira parte

Fórmula-1 – Soma dos tempos



1.  Felipe Massa   (BRA/Williams-Mercedes)      1m33.258
2.  Lewis Hamilton     (ING/Mercedes)           1m33.278
3.  Nico Rosberg       (ALE/Mercedes)           1m33.484
4.  Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes)     1m33.987
5.  Fernando Alonso    (ESP/Ferrari)            1m34.280
6.  Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes)     1m35.290
7.  Kimi Raikkonen     (FIN/Ferrari)            1m35.426
8.  Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes)  1m35.577
9.  Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso-Renault)   1m35.701
10.Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault)       1m35.743
11.Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes)   1m35.894
12.Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso-Renault)    1m36.113
13.Adrian Sutil   (ALE/Sauber-Ferrari)      1m36.467
14.Max Chilton    (ING/Marussia-Ferrari)    1m36.835
15.Jenson Button  (ING/McLaren-Mercedes)    1m36.901
16.Jules Bianchi  (FRA/Marussia-Ferrari)    1m37.087
17.Esteban Gutierrez (MEX/Sauber-Ferrari)   1m37.303
18.Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault)  1m37.468
19.Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault)   1m38.083
20.Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault)   1m38.391
21.Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault)      1m39.302
22.Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault)     1m40.599

Com relação às marcas alcançadas por cada piloto e destacando a ótima performance dos clientes da Mercedes, a única dúvida que fica nestas “Flying Laps” é se eles conseguiram elas em poucas voltas ou tiveram uma longa sequência no mesmo segundo. Isso indicaria, por exemplo, se de fato o carro é forte suficiente até mesmo durante a corrida ou se apenas essas marcas podem ser alcançadas em classificações. Mas baseando-se no que disse Rosberg sobre a sua melhor marca na segunda bateria de testes, é bem provável que seja desempenho para classificação.
 

O que esperar nestas primeiras corridas? Acredito que Mercedes e Williams serão as mais fortes nas classificações e os tempos delas nas tabelas das três sessões de testes mostram bem isso. Talvez eu possa inserir a McLaren nessa batalha também, mas a última bateria de testes mostrou uma equipe mais apática devido, quem sabe, por estarem trabalhando em ritmo de corrida. A Ferrari está em pé de igualdade com a Force India neste quesito de velocidade pura. Portanto é provável que sejam estas as cinco equipes presentes no Q3 destas primeiras corridas. O restante deve sair nos tapas para quem sobe até o Q2...
Olhando para as corridas, já acho que essa vantagem de Mercedes e Williams não será tão latente. McLaren, Force India e até a Ferrari pode embolar a briga pela dianteira tornando a corrida totalmente imprevisível. E ficarei atento a Ferrari, principalmente neste quesito...
A verdade é que a Formula-1, com todas essas mudanças, trouxe de volta a categoria o fator da imprevisibilidade que ficou cravada nos anos 90. Não estranhem se houver muitas quebras em Melbourne, no dia 16 de março. E muito menos se o vencedor da corrida seja aquele ninguém apostava um centavo furado...



sábado, 1 de fevereiro de 2014

Foto 294: Boost

Claro que as coisas ainda estão nebulosas após estes primeiros testes realizados em Jerez De La Frontera, mas se você puder abanar um pouco a névoa conseguirá ver que a Mercedes é quem parte na frente desta nova F1, seguida de perto pela Ferrari. Não falo das equipes, mas sim dos motores e enquanto estas duas já deram passos importantes na pista espanhola, a Renault quebra a cabeça para tentar solucionar os problemas enfrentado pelas sua clientes Red Bull (a Master), Toro Rosso e Caterham. Com esta série de contratempos durante os quatro dias, a atual rainha do grid foi a mais prejudicada tendo dado apenas 21 voltas com Vettel e Ricciardo. Por outro lado as declarações de Christian Horner ao dizer que a equipe gastará entre 25-30% a mais que nas temporadas anteriores, soa como um presságio de que nem tudo estará fácil para a equipe dos energéticos. Mas com a equipe técnica que tem e com um piloto do calibre de Vettel, que já demonstrou conseguir sair de situações complicadas, não duvide que estarã no páreo no final do ano. Mas ainda sim o motor Renault Turbo é quem ditará o ritmo dela e das outras duas equipes.
Tenho visto reclamações com relação ao ritmo dos carros nestes, com os pilotos a andarem com o "freio de mão puxado", mas na verdade a velocidade não foi tão forte assim devido a imposição dos engenheiros das equipes, que estão mais preocupados em colher máximo possível de informações. Talvez no Bahrein os pilotos possam dar um "gás" nas voltas durante os testes na pista barenita. Mas confesso estar ansioso para ver como se comportarão estas novas unidades debaixo daquele calor...
Outra coisa que reparei foram os comentários sobre os freios, que podem mudar um pouco o jeito dos pilotos atacarem as entradas de curvas. Será que eles podem antecipar as frenagens? Isso poderia gerar um pouco mais de ultrapassagens...
O que nos resta é apenas observar e jogar conversa fora.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Foto 175: Mclaren MP4-5 nas cores dos Teams de 2013

O Mclaren MP4-5 de 1989, que levou o título de pilotos com Alain Prost e o de Construtores, recebeu um novo layout que imita as cores dos carros que correrão a temporada deste ano na F1. Antony Butler postou as fotos no seu Tumblr. Ele se inspirou no fato da Caterham e Williams reproduzirem cores que já foram usadas no passado (o verde e amarelo da Lotus dos anos 60 e o azul e branco dos cigarros Rothmans, utilizados pela Williams entre 1994 e 1997).
Claro que os carros são todos virtuais, mas Antony trabalhou bem no photoshop e o resultado ficou sensacional. E de quebra vocês poderão ver outros trabalhos do cara aqui no seu Tumblr, o Antony Butler - Video and SFX.
Quantos às fotos, elas estão aí:











Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...