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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Taça Gordon Bennett - 3ª Parte

1903- Quarta edição da Taça Gordon Bennett- Circuito de Athy (Irlanda) 

A vitória de Selwyn Edge no ano anterior na Taça Gordon Bennett deu aos britânicos a oportunidade de realizar a prova em seu país, mas a exemplo de outras nações as provas estavam proibidas. Mesmo com esse problema os britânicos, com o apoio popular, conseguiram junto do parlamento a autorização para a realização da corrida. O local escolhido para a disputa da Taça foi nas estradas de Athy, Irlanda, já que o povoamento daquela região era pequeno e assim não ofereceria riscos à população. A prova seguiria os moldes do já famoso circuito das Ardenas, na Bélgica, onde era disputado em estradas, mas com estas fechadas formando um "autódromo". A prova de Gordon Bennett fora realizada em junho, mas sob o clima negro da tragédia que tinha se abatido sobre as competições automobilísticas, após a realização da Paris-Madrid, organizada pelo ACF, onde vários acidentes aconteceram entre eles alguns mortais. Tanto que a prova nem chegou ao seu final sendo interrompida pelo Automóvel Clube da França e também pela polícia. A propaganda negativa que tudo isso gerou ecoou pelos quatro cantos da Europa, crucificando de vez o automobilismo de competição que tinha sua imagem mal vista de atividade perigosa e que tinha piorado ainda mais após estes acontecimentos. A prova foi realizada e contou com a participação de 4 países com 3 carros cada: 

GRÃ-BRETANHA- Selwyn Edge, Charles Jarrot e J. Stocks pilotando os Napier 50
FRANÇA- René de Knyff e Henri Farman com os Panhard 70 e Fernand Gabriel com o Mors Z
EUA- Alexander Winton e Percy Owens pilotando os Winton e Louis Mooers ao volante de um Peerless ALEMANHA- Barão Pierre de Caters, Camille Jenatzy e Foxhall Keene todos com os Mercedes
 Jenatzy caminhando para a primeira vitória internacional da Mercedes
 
Os alemães tiveram problemas antes de competirem. A Mercedes tinha três carros, de 90cv cada, preparados para a disputa desta corrida, mas um incêndio na fábrica destruiu-os. Assim outros três Mercedes de 60cv foram colocados para competir em Athy. A prova para os donos da casa foi um desastre. Selwyn Edge foi empurrado em sua partida e assim, desclassificado em seguida. Charles Jarrot escapou para fora da pista e neste acidente quebrou uma clavícula, sendo obrigado a abandonar e J. Stocks também escapara mas, sem gravidades. A briga ficou entre os carros alemães e franceses, pois os americanos não ofereciam nenhum tipo de ameaça e também seus três competidores não chegaram ao fim por problemas mecânicos. Os Mercedes tinham se revelado os melhores carros até então, com a melhor volta da prova ficando para Foxhall Keene e a liderança com Camille Jenatzy, desde a segunda volta. Os problemas nos Mercedes apareceram e eliminaram de Caters, com um quebra no eixo traseiro e Keene que abandonou devido a um estouro de um pneu. Jenatzy, no outro Mercedes, tinha uma vantagem de 12 minutos para de Knyff que puxava o trio francês. Mesmo com os esforços dos franceses em alcançá-lo, a vitória não escapou de Jenatzy que levou a Mercedes a sua primeira grande conquista no automobilismo.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...