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domingo, 3 de abril de 2016

GP do Bahrein: Um cala a boca com classe

Grosjean prestes a ultrapassar Massa em Sakhir
Não é nenhuma novidade para quem acompanhou estas duas últimas corridas a agradável surpresa que tem sido a novata equipe Haas, que marcou pontos com Romain Grosjean com um sexto lugar na Austrália e hoje um quinto com o mesmo no Bahrein. Um início que talvez nem mesmo Gene Haas imaginasse para a sua equipe.
Porém, dias atrás, Pat Symonds, diretor técnico da Williams, questionou o modo como as coisas foram abordadas na novata equipe. Sabe-se desde que a Haas foi anunciada como equipe nova para este 2016, que eles teriam uma parceria técnica com a Ferrari onde a equipe italiana entraria com peças e autorizando o uso do túnel de vento. Por volta de 70% do carro da Haas leva peças da Ferrari, o que não caracteriza o uso 100% de um carro Ferrari, o que por regulamento é proibido. Mas mesmo assim, Symonds não gosta muito desta prática indicando que isto não é benéfico para a categoria.
O que se viu em Sakhir foi uma aula da equipe novata sobre a Williams, que - ao lado de Ferrari e Mclaren - constitui a trinca da velha guarda da categoria: Romain Grosjean deitou e rolou e ultrapassou como e quando quis os dois carros da Williams, conseguindo salvar um valente e convincente quinto lugar. Para a Williams, que conseguira se beneficiar da má largada de Hamilton e Raikkonen para subir para segundo e terceiro com Massa e Bottas, viu as coisas andarem para trás quando os pneus médios foram usados por boa parte da corrida e ver os dois carros perderem vertiginosamente rendimento e virar um "boi no rio de piranhas". Talvez Pat Symonds tenha procurado algum lugar para enfiar a cara a cada ultrapassagem que Grosjean efetuava sobre um dos carros brancos.
A atitude inteligente da Haas em se amarrar tecnicamente a uma equipe de ponta, ajuda muito para a sua sobrevivência numa categoria tão cruel com os estreantes. Apesar de eu ser um entusiasta da idéia de equipes venderem chassi para outras, essa nova proposta mostrada entre Haas e Ferrari é uma boa saída para que equipes futuras que pretendam entrar na categoria, possam tentar algo parecido. A verdade é que a Haas, apesar desse apoio técnico, que ajuda bastante, diga-se, tem conquistado esse sucesso instântaneo  por méritos próprios e tendo em Romain Grosjean uma referência, as coisas tendem a ser ainda melhores mesmo que Gene Haas tenha sinalizado que não mais trabalhará na evolução deste carro neste ano.
Mas de todo modo, o cala boca para muitos já começou.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Foto 517: Um erro, mil julgamentos

Max ainda vai levar muita paulada nesta sua estadia na F1, principalmente por causa da sua idade e qualquer coisa que faça, será motivo de julgamentos intermináveis.
O acidente de ontem, para mim, foi mais um caso de acontecimento de corrida do que imprudência. Se você é um piloto arrojado, certamente tentará passar por aquela brecha que se abrira. Verstappen talvez tenha sido pego de surpresa com a freada de Grosjean para a Saint Devote e por isso acabou acertando a traseira do Lotus que continuou no GP.
Mas acho que apoiar apenas na idade do garoto, acaba sendo apenas um pretexto para colocar a indignação por este ter chegado tão jovem à Fórmula-1. E mesmo que tivesse chegado com vinte, vinte cinco anos, teria que aprender da maneira mais dura que é errando.
Como já dizia Juan Manuel Fangio, "Ninguém nasce sabendo. Todos nós aprendemos com o tempo".

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Foto 305: Jody Scheckter e Andrea De Cesaris da Fórmula-1 moderna



 
Uma dupla rápida, mas que pode render alguns prejuízos (ou lucros) para a Lotus neste 2014
(Foto: Lotus F1 Team)
Ao longo destes anos, mais precisamente destes três últimos, dois pilotos me vieram à mente quando via as confusões causadas por Romain Grosjean e Pastor Maldonado: Jody Scheckter e Andrea De Cesaris eram pilotos velozes, muitos velozes, mas ambos tiveram a marca dos acidentes (espetaculares) em suas carreiras.
Sobre Jody Scheckter não é preciso procurar muito. Basta uma pequena lida em sua biografia que tem aos montes espalhadas pela internet que ele foi um estreante dos mais velozes quando a McLaren lhe deu a primeira oportunidade em 1972, no GP dos EUA. O pódio lhe escapou por pouco exatamente por ter rodado e a nona colocação acabou como um consolo para ele. Mas Jody ficou conhecido pra valer em 1973 após o enrosco com Emerson Fittipaldi durante a disputa do GP da França, quando Scheckter estava liderando e fechou uma tentativa de ultrapassagem de Emerson ocasionando o incidente que eliminaria os dois da corrida mais tarde. Para completar, na corrida seguinte, o famoso acidente na reta dos boxes de Silverstone durante o GP da Grã-Bretanha quando ele rodou e ficou atravessado e uma leva de pilotos não conseguiu desviar, acarretando um engavetamento e a interrupção da prova. Jody ficou de fora de quatro corridas (Holanda, Alemanha, Áustria e Itália) voltando apenas no Canadá, onde se envolveu em outro acidente agora com Cevert. A sua ida para a Tyrrell em 1974 acabou sendo um belo divisor de águas na sua carreira e o amadurecimento numa equipe que estava órfã de Jackie Stewart e do seu sucessor natural, François Cevert, foi visto ao longo daquele ano quando ele chegou a discutir o título mundial contra Emerson e Clay Regazzoni.

Já Andrea De Cesaris era mais um daqueles pilotos ultra-velozes do final da década de 70 que almejava chegar à F1. O apoio gordo da Marlboro, facilitado pelo fato de seu pai ser representante da marca na Itália, viabilizou a sua estréia na categoria já em 1980 quando substituiu Vittorio Brambilla na Alfa Romeo nas duas corridas finais, no Canadá e EUA. De Cesaris voltaria à Alfa Romeo em 1982, depois de uma passagem não muito animadora pela McLaren, lugar onde conseguiu o recorde (negativo) de destruir 22 chassis ao decorrer da temporada. Por sorte a
Scheckter e seus acidentes com Emerson (acima) e em Silverstone
Marlboro arcou com gastos do seu piloto, mas Ron Dennis acabou por convidá-lo a se retirar da equipe ao final do ano. Foi aí que a alcunha de “De Crasheris” ganhou notoriedade e seria reforçado pelos anos seguintes devido o seu alto número de acidentes. Mas De Cesaris era rápido e isso ninguém podia negar. A sua pole em Long Beach, o pódio em Mônaco, as primeiras voltas seguras e velozes, desafiando pilotos como Prost e Tambay, em Spa-Francorchamps e mais a melhor volta nessa corrida – todas em 1983 –, foram notas importantes para que seus críticos vissem que o italiano era rápido e, com um pouco de paciência, ele poderia fazer boas apresentações. Uma pena que nem sempre ele sabia onde estava o seu limite e na maioria das vezes, ou quase, a sua corrida terminava no muro.
Mas, Grosjean e Maldonado lembram estes dois pilotos do passado? A meu ver sim. Grosjean seria um “novo Scheckter”, assim como Maldonado um “novo De Cesaris”. Sobre o venezuelano, há tempos, para ser mais preciso, quando foi confirmada a sua estréia pela Williams em 2011, que muitas pessoas faziam essa associação. De fato elas tinham razão: um forte apoio financeiro, velozes, mas extremamente estabanados. Se bem que o seu primeiro ano foi mais brando, com poucos acidentes, mas 2012 ele esteve envolvido em vários
De Cesaris destruindo tudo na Holanda 1981 (acima) e depois
na Áustria, em 1985
incidentes e acidentes principalmente após a sua primeira vitória conquistada no GP da Espanha. Certamente aquela conquista em Barcelona garantiu a ele uma sobrevida na Williams. O dinheiro da PDVSA também ajudou (e muito) nos gastos que o rápido venezuelano deu a equipe de Frank Williams.
Romain teve a sua primeira aparição na F1 ainda em 2009 pela Renault, altura em que disputava a GP2 e foi escalado para substituir Nelsinho Piquet na segunda parte da temporada. Apesar de seu notável talento na categoria de acesso, Grosjean foi jogado na fogueira e suas atuações foram bem pífias e um acidente ainda no início do GP da Bélgica, acabaria por complicar ainda mais uma possível chance de continuar para 2010. Ele voltaria em 2012 pela Lotus e alternaria ótimas atuações com acidentes, sendo que o da largada do GP da Bélgica (mais uma vez) tenha sido o pingo d’água para que a FIA lhe desse um gancho de uma prova, o que de certa forma mudou bastante o seu jeito em 2013 tornando-se em um dos destaques da temporada.
A Lotus está bem servida com eles? De certa forma, sim. São dois pilotos rápidos, mas que ainda podem cometer certos excessos principalmente vindos de Maldonado. Vale lembrar que ele teve uma péssima temporada em 2013 pela Williams e somando isso a lavada que tomou de Bottas, é de se esperar que agarre essa oportunidade para tentar reviver alguns dos bons momentos que teve em 2012, principalmente nas classificações. Grosjean também está numa fase interessante da sua vida: casou-se ano passado, já é pai – assim como seu parceiro Maldonado – e começará a temporada como líder de uma equipe que perdeu gente como Eric Boullier – que foi para a McLaren –, Kimi Raikkonen – que se mudou para a Ferrari – e uma série de técnicos que se espalharam por algumas equipes da F1. O seu amadurecimento nos GPs do ano passado foi animador e sem dúvida é algo que mantém a esperança dentro do time de Enstone.
Já para a Lotus, que tem enfrentado uma série crise financeira que parece nunca ter fim, o que importa mesmo é que todo pessimismo em volta dessa dupla se transforme em pontos e os prejuízos materiais sejam os menores possíveis.
Talvez o famoso mantra da Ferrari de “traga as crianças para casa” seja de grande valia para eles neste 2014.

O que esperar dessa dupla? Acredito que o grande embate entre Grosjean e Maldonado aconteça nas classificações e se o carro for bom, serão figurinhas fáceis nas Q3. Isso também trará certo divertimento para as corridas com os dois se metendo no meio dos favoritos e embaralhando um pouco as coisas. Nas corridas coloco mais fé na regularidade de Romain. Pastor é veloz nos treinos, mas na provas, onde que de fato vale, ele não consegue repetir o êxito.
Mas de toda a forma será interessante – e divertido – acompanhar a Lotus e seus dois pilotos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

F1 - Os tempos dos quatro dias de testes em Jerez



Fórmula-1 2013 - Testes de Pré-Temporada

Jerez De La Frontera – Dias 5, 6, 7 e 8 de Fevereiro


Dia  5
(Foto: EFE)
1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m18s861 (37 voltas)
2 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m19s709 - a 0s848 (73)
3 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m19s796 - a 0s935 (54)
4 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m20s343 - a 1s482 (89)
5 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m20s401 - a 1s540 (70)
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s536 - a 1s675 (64)
7 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) - 1m20s699 - a 1s838 (79)
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m20s846 - a 1s985 (11)
9 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m20s864 - a 2s003 (84)
10 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) - 1m21s915 - a 3s054 (64)
11 - Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) - 1m24s176 - a 5s315 (29)

Dia  6
(Foto: AFP)
1 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s218 (95 voltas)
2 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m19s003 (95)
3 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m19s134 (83)
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m19s338 (101)
5 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m19s502 ( 99)
6 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m19s519 (15)
7 - Sergio Pérez (MAX/McLaren) - 1m19s572 (81)
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m19s914 (78)
9 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m20s693 (71)
10 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham) - 1m21s311 (88)
11 - James Rossiter (ING/Force India) - 1m23s139
12 - Luiz Razia (BRA/Marussia) - 1m23s537 (31)

Dia 7
(Foto: Getty Images)
1 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1m17s879 (85 voltas)
2 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1m18s766, +0.887 (148)
3 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m19s052, +1.173 (102)
4 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m19s200, +1.321 (40)
5 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m19s247, +1.368 (85)
6 – James Rossiter (ING/Force India) – 1m19s303, +1.424 (42)
7 – Jenson Button (ING/McLaren) – 1m19s603, +1.724 (83)
8 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m19s934, +2.055 (110)
9 – Max Chilton (ING/Marussia) – 1m21s269, +3.390 (78)
10 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m21s575, +3.696 (86)
11 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m22s352, +4.473 (57)
12 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s729, +5.850 (7)

Dia 8
(Foto: Getty Images)
1 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m18s148
2 – Jules Bianchi (FRA/Force India) – 1m18s175, +0.027
3 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m18s565, + 0.417
4 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m18s669, +0.521
5 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m18s760, +0.
612
6 – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – 1m18s905, +0.757)
7 – Sergio Perez (MEX/McLaren) – 1m18s944, +0. 796
8 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m19s851, +1.703
9 – Pedro de la Rosa (ESP/Ferrari) – 1m20s316, +2s168
10 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m21s105, +2.975
11 – Luiz Razia (BRA/Marussia) – 1m21s226, +3.078
12 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s435, +5.287

Soma geral dos tempos:

1 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1m17s879 (85 voltas)
2 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m18s148
3 – Jules Bianchi (FRA/Force India) – 1m18s175
4 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s218 (95 voltas)
5 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m18s565
6 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m18s669
7 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m18s760
8 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – 1m18s766
9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m18s861
10 – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – 1m18s905
11 – Sergio Perez (MEX/McLaren) – 1m18s944
12 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m19s003
13 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – 1m19s052
14 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m19s134
15 – Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) – 1m19s200
16 – Jean-Eric Vergne (FRA/STR) – 1m19s247
17 – James Rossiter (ING/Force India) – 1m19s303
18 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m19s338
19 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m19s502
20 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m19s519
21 - Sergio Pérez (MAX/McLaren) - 1m19s572
22 – Jenson Button (ING/McLaren) – 1m19s603
23 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m19s709
24 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1m19s796
25 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m19s851
26 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m19s914
27 – Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) – 1m19s934
28 – Pedro de la Rosa (ESP/Ferrari) – 1m20s316
29 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m20s343
30 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m20s401
31 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s536
32 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m20s693
33 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari) - 1m20s699
34 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m20s846
35 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1m20s864
36 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m21s105
37 – Luiz Razia (BRA/Marussia) – 1m21s226
38 – Max Chilton (ING/Marussia) – 1m21s269
39 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham) - 1m21s311
40 – Valtteri Bottas (FIN/Williams) – 1m21s575
41 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) - 1m21s915
42 – Charles Pic (FRA/Caterham) – 1m22s352
43 - James Rossiter (ING/Force India) - 1m23s139
44 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s435
45 - Luiz Razia (BRA/Marussia) - 1m23s537
46 – Paul di Resta (ESC/Force India) – 1m23s729
47 - Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth) - 1m24s176

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Análise dos dez primeiros - GP da China - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg - Fez uma pole numa volta impecável que dificilmente seria batida por alguém, mas não era favorito para a prova justamente por causa do alto desgaste dos pneus. Esse problema não apareceu de forma tão latente como se esperava, e quem teve esse azar foram seus concorrentes diretos. Manteve uma boa distância de Schumi no início e mais tarde sobre Button, que era o seu oponente mais perigoso. Foi uma merecida vitória.

2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.

3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.

4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.

5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.

6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.

7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.

8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.

9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.

10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Foto 47: A volta do campeão de gelo

Uma comemoração tímida, mas suada. A foto em questão neste post foi tirada por este que vos escreve em 2007, na corrida que consagrou Kimi Raikkonen como o mais novo campeão da F1, naquele momento. Eu trabalhei nos boxes naquele fim de semana, mas precisamente no posto de sinalização e direção de provas, mais conhecido por nós comissários de pista como PSDP, e digo que tirei esta foto, e outras mais, a base de cotoveladas e espremido no meio de uma multidão que queria um instantâneo daquele momento. E digo que, como reles bandeirinha, nem deveria estar ali no meio da imprensa tirando fotos porque somos “proibidos” de fotografar durante todo o evento. Coloco entre parênteses porque sempre conseguimos tirar umas fotinhas às escondidas, sem que ninguém perceba.
A foto em si é apenas uma deixa para falar um pouco do Kimi, que voltará ano que vem para a F1 pela ex-Renault Lotus que se chamará apenas Lotus em 2012. Confesso que fiquei surpreso, mas no meio de tanta fumaça feita desde o ano passado sobre a sua volta uma hora o fogo tinha que aparecer. A sua incursão nos Ralis e, rapidamente no mundo da NASCAR, não foi tão satisfatória assim e creio que ele volta para F1 como um garoto rebelde que saiu da casa dos pais e quebrou a cara no mundo lá fora. Como ele voltará ano que vem? Não sei, mas torço para que não seja uma chicane ambulante, ou onde todos queiram tirar uma casquinha como fazem com o Schumacher hoje. Para o marketing da F1, é uma volta louvável, pois a categoria contará com 6 campeões mundiais na ativa. Algo inédito na categoria. Por outro lado a presença do Ice Man impede que pilotos mais jovens, sedentos por oportunidades, cheguem à F1. Petrov, Senna e Grosjean, se estapearam num leilão para ver quem dá mais para ser o segundo piloto do time. No meu ver, Petrov sai com vantagem e não apenas pela grana (que é gorda), mas pelo fato de ter feito um bom trabalho neste ano – dentro da suas possibilidades – numa altura que a equipe ficou sem sua referencia maior que é o Kubica. Grosjean, caso perca, acredito que ainda ficará como “piloto de testes” e Bruno, apesar do trabalho decente que fez nestes oito GPs em que esteve na equipe, não o vejo muito forte por lá. Tenho a impressão que a sua popularidade lá dentro não anda tão em alta quanto foi em Spa e Monza, apesar de possuir um apoio financeiro muito forte também.
Independentemente de qual seja os seus resultados, que o regresso de Kimi Mathias Raikkonen seja, pelo menos, satisfatório. 

FOTO: Arquivo Pessoal

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...