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Brooks e Moss em Nurburgring, 1958: vitória para Tony, após a desistência de Stirling por problemas elétricos em seu Vanwall (Foto: beatlesandhuxley.com) |
"Eu nunca tive tantas oportunidades de treinos como eu queria, porque se eu fosse mais rápido do que ele (Stirling Moss), a equipe o deixava sair novamente. Ele podia querer meu chassi e o motor dele, ou vice-versa, o que significava mais trabalho para os mecânicos. Para David Yorke, chefe da equipe, fazia sentido manter o número dois por alguns décimos mais lento. Stirling tinha a certeza de que ele teria sempre o melhor carro. Se não tivesse, ele misturaria tudo! Dito isso, sempre fomos os melhores amigos e ainda somos."
As palavras são de Tony Brooks, que foi companheiro de Stirling Moss e Stewart Lewis-Evans na temporada de 1958 na Vanwall, ano que a equipe de Tony Vandervell tornou-se a primeira campeã de construtores da F1 e por muito pouco não fez de Moss o primeiro campeão inglês da categoria, primazia qual que ficou por conta de outro inglês, Mike Hawthorn, que estava na Ferrari.
Como acontece nos dias de hoje, a vida de Brooks não foi tão fácil e mesmo que estivesse no
"fim de semana dele", certamente Moss teria algum porém para freá-lo. Portanto ele precisaria da ausência de Stirling para conseguir algo de interessante, como aconteceu em sua três vitórias naquela temporada (Spa, Nurburgring e Monza) onde Moss abandonou por problemas mecânicos. Caso contrário, a história para o simpático piloto inglês poderia ter sido amarga.
E certamente você pensava que a moda de "tratamento vip" era exclusividade dos Sennas, Schumachers e Alonsos da vida. Isso vem de muito, mas muito tempo...
*A fala de Tony Brooks foi retirada da Revista "F1 Racing" de 2008, da sua edição de Nº12