A segunda etapa do mundial de 1985 foi disputada em Estoril,
no segundo GP de Portugal disputado em exatos seis meses, onde o tempo fora bem diferente
daquele ensolarado GP português que decidiu o mundial de 1984 à favor de Niki
Lauda.
Num aguaceiro digno da versão biblica, Ayrton Senna chegou a
sua primeira vitória na categoria após ter feito a pole pole position e com
direito a fazer a melhor volta e liderar todas as voltas, isso sem contar na enorme
vantagem que chegou para Michele Alboreto (Ferrari) com mais de um minuto de
vantagem e para os demais com mais uma volta de vantagem. Foi de arrancar
elogios e comparações com Jim Clark. Stefan Bellof foi outro que mais uma vez
mostrou – ou confirmou apenas – a suas qualidades em pista molhada ao levar a
Tyrrell Cosworth ao sexto lugar ao fazer praticamente toda corrida sem as asas
dianteiras, que foram arrancadas num enrosco com Manfred Winkelhock na quinta
volta. Eddie Cheever (Alfa Romeo), foi outro que teve uma grande apresentação
em Estoril ao largar dos boxes e chegar ao oitavo lugar após nove voltas.
Acabou abandonando na volta 36 (motor) quando estava em oitavo depois que
fizera outra corrida de recupeção, já que teve de trocar uma vela.
Essa vitória de Senna representou a primeira de um Lotus
projetado por Gerard Ducarouge, uma vez que o projetista francês assumira a
prancheta da equipe inglesa em 1983; esse GP marcou a estréia de Stefan
Johansson na Ferrari em substituição a René Arnoux, que foi despedido no
intervalo do GP do Brasil e de Portugal.
Hoje completa 34 anos.