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domingo, 9 de maio de 2021

GP da Espanha - À risca

 

(Foto: Mercedes/ Twitter)


Simbiose é algo interessante: ou aparece de imediato e faz um estrago impressionante ou então é conquistada aos poucos e depois de um certo tempo torna-se uma fortaleza quase indestrutível, a ponto de não ser fácil de ser batida. Mercedes e Hamilton se encaixam bem nessa situação e a corrida da Espanha é um prova disso.

A princípio, quando Hamilton foi para os boxes de forma repentina, era difícil acreditar que ele chegasse em Verstappen a ponto de tentar assumir a liderança. Mas a Mercedes talvez tenha se lembrado do GP da Hungria de 2019 onde Lewis tirou uma grande diferença para Max com uma estratégia que deixou a Red Bull sem saída e forçou os rubro-taurinos a deixarem seu piloto na pista. Ficou e foi presa fácil para Lewis e Mercedes. E hoje na, Espanha, o cenário foi igual... e com resultado igual ao 2019.

Hamilton tirou uma diferença de 23 segundos para Max usando os mesmos pneus médios, porém com 12 ou 13 voltas mais novos que o do holandês. Isso fez uma enorme diferença. Por outro lado, faltou tato da Red Bull em não chamar Verstappen logo após a ida de Hamilton e isso complicou bastante a chance do jovem holandês em tentar, pelo menos, lutar de forma justa pela vitória contra uma eficiência já conhecida dessa simbiose Mercedes/ Hamilton. Assim como na Hungria, Max foi presa fácil para Hamilton que assumiu a liderança faltando cinco voltas para o final e não teve chances de defesa.

Apesar de ter sido mais uma vitória para Hamilton, é de sempre destacar que o inglês - mesmo quando não bota fé na estratégia da equipe - a cumpre de forma precisa e procura transformar uma situação duvidosa em vitória - que poderia ter sido até mais fácil não fosse o vacilo na largada. Ele chegou próximo de Max duas vezes na corrida, mas por destracionar na saída da chicane, perdia um pouco do ritmo e isso influenciava bastante na hora de tentar o uso da asa móvel. E isso foi possível nas voltas finais com uma borracha mais em dia para pegar o vácuo do Red Bull e assumir a liderança. Portanto, não basta ter uma equipe bem alinhada e um carro muito bom, é preciso saber utilizar todo este conjunto ao seu favor. E Hamilton soube fazer isso, através de uma estratégia arriscada e brilhante da Mercedes.

Essa briga de gato e rato entre Mercedes/ Hamilton e Red Bull/ Verstappen terá um próximo capítulo em Monte Carlo onde, em tese, a Red Bull tem o favoritismo.

Blog Volta Rápida - Centésima pole de Lewis Hamilton - GP da Espanha

 

 

 A minha opinião sobre mais este marco do piloto inglês, que alcançou a pole de número 100 na Fórmula 1.

Espero que gostem!

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Foto 895: Lancia, GP da Espanha 1954

 



Os novos Lancia D50 durante os preparativos para o GP da Espanha de 1954, realizado em Pedralbes.

O decorrer de 1954 foi bem problemático para a Lancia que demorou em estrear o D50, deixando o então bicampeão do mundo Alberto Ascari a deriva por todo mundial e tendo que fazer provas pela Maserati - onde não se adaptou ao 250F - e depois pela Ferrari no GP da Itália, desfilando a sua velocidade pura e discutindo a vitória com Juan Manuel Fangio e Stirling Moss.

A chegada da Lancia em Pedralbes foi regada de expectativa e isso foi aumentando quando Ascari fez a pole com 1 segundo de vantagem sobre a Mercedes de Fangio. Isso deixara uma grande impressão, uma vez que desde a estréia da equipe alemã em Reims jamais haviam perdido uma pole por uma diferença tão grande. 

Na corrida as dez primeiras voltas foram alucinantes por parte de Ascari, mas problemas na embreagem o fizeram abandonar na volta 10. Luigi Villoresi, com o Lancia #34, já havia abandonado na volta dois com os freios danificados. 

Por mais que aquela apresentação em Pedralbes desse uma oportunidade de ver alguém desafiar de fato a Mercedes em 1955, aquele ano foi desastroso para a Lancia: apesar de boas apresentações em Buenos Aires e em Monte Carlo, a morte de Alberto Ascari acabou por jogar uma pá de cal nas pretensões da Lancia e os problemas financeiros vieram a tona, a ponto da equipe participar pela última vez em Spa-Francorchamps com Eugenio Castellotti - que fizera a pole e boa prova até abandonar com problemas no câmbio quando era quarto. 

Toda estrutura da Lancia foi repassada para a Ferrari e em 1956 o D50 acabou por dar a Juan Manuel Fangio a chance de conquistar o seu quarto título mundial.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Foto 890: GP da Espanha, 1935


A vitória que coroou Rudolf Caracciola como Campeão Europeu de 1935, no GP da Espanha realizado em Lasarte. Este foi a corrida final do Campeonato Europeu de Pilotos de 1935. 

A principio a corrida parecia desenhada a favor da Auto Union - que levara quatro Type B para Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Achille Varzi e Paul Piestch, que ficou de fora como piloto reserva - que conseguiu bons tempos nos testes, principalmente com Rosemeyer. Para a Mercedes - que levou três W25, sendo dois modelos B para Luigi Fagioli e Manfred Von Brauschitsch e um A para Rudolf Caracciola - os testes foram apenas para acerto. A classificação foi inexistente para esta etapa, onde usaram o sistema de sorteio e formaram um grid interessante com os 14 participantes onde a primeira fila foi feita com Jean Pierre Wimille (Bugatti T59) na pole, Bernd Rosemeyer em segundo e Achille Varzi em terceiro; Tazio Nuvolari, que estreava a nova Alfa Romeo 8C-35, em oitavo; na penúltima fila aparecia Manfred Brauschitsch, Marcel Lehoux (Maserati 6C-34) e Rudolf Caracciola .

A prova teve um dominio da Auto Union iniciado por Rosemeyer que ficou na liderança em parte da primeira volta, até que Hans Sutck assumiu o comando. Essa prova foi caótica devido as más condições do traçado espanhol que em vários pontos soltava pedras, e isso ocasionou várias quebras de para-brisas que levou os pilotos a substituírem as peças quebradas. Achille Varzi foi quem se deu pior com esta situação, uma vez que precisou parar no box com o rosto levemente cortado pelos estilhaços de vidro do seu para-brisa e acabou entregando o comando para Paul Piestch - que largaria em oitavo, mas acabou nem comparecendo ao grid. Varzi retornaria ao comando do Auto Union e até com boa velocidade, mas uma quebra de transmissão o fez abandonar na volta 23.

Hans Stuck liderou a prova até a 12ª volta com boa vantagem sobre Caracciola e mesmo com o piloto da Mercedes conseguindo em algumas situações descontar a vantagem, Stuck mantinha o controle da corrida. Porém, naquela mesma volta, o seu Auto Union apresentou problemas de embreagem o que obrigou a sua ida aos boxes. Perdeu a liderança para Caracciola e ainda retornou, para abandonar no final da volta 13 com a embreagem quebrada. 

Para Rudolf Caracciola, que havia escalado bem o pelotão na primeira volta ao ultrapassar sete carros, lhe restou apenas manter a liderança e vencer o GP espanhol com uma trinca da Mercedes no pódio, tendo Luigi Fagioli (que vencera a edição de 1934, escrita brevemente aqui no blog) em segundo e Manfred von Brauschitsch em terceiro. 

 Este GP foi o derradeiro da Espanha, que voltaria a sediar outra corrida apenas em 1951 quando fez parte do novo Campeonato Mundial de Pilotos da recém criada Fórmula-1.

Bernd Rosemeyer no Mercedes W25 no mesmo final de semana do GP da Espanha. Há quem diga que
Rudolf Caracciola tentou convencê-lo a ir para a Mercedes, mas Bernd acabou optando pela Auto Union onde ele estreou naquele ano de 1935. Ao seu lado na foto o lendário Alfred Neubauer, o grande chefe da Mercedes. 



quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Foto 880: Carlos Reutemann, GP da Espanha 1978



As fotos do impressionante acidente de Carlos Reutemann durante o GP da Espanha de 1978, realizado em Jarama. O piloto argentino, apesar de ter saído normalmente do carro, foi levado ao hospital do circuito apenas por precauções onde nada foi constatado.
Reutemann havia largado da terceira posição e ficado ali até a 29ª volta, quando precisou ir aos boxes para trocar os pneus - muitos pilotos sofreram com o desgaste de pneus naquela corrida - e quando o argentino ainda estava na sua recuperação - tinha voltado em décimo e estava em sétimo na volta 58 - acabou escapando numa das curvas, levando as telas de proteção e indo parar atrás do guard-rail.
Este acidente acabou causando um  mal estar na Ferrari, uma vez que o problema que ocasionou a saída repentina de Carlos foi a quebra do semi-eixo. Porém a equipe, junto de Mauro Forghieri, acreditavam em erro de Reutemann, enquanto o argentino apontava a falha mecânica como causadora de seu acidente.
Sobre a corrida, Mario Andretti venceu com Ronnie Peterson em segundo - fazendo a segunda dobradinha da Lotus no campeonato - e Jacques Laffite em terceiro com o Ligier.

domingo, 16 de agosto de 2020

GP da Espanha – Sem sustos

Hamilton durante o final de semana em Barcelona
(Foto: Mercedes/ Twitter)

É claro que a vitória de Max Verstappen no GP dos 70 anos da Fórmula 1 deu uma animada e automaticamente abriu uma possibilidade de que o GP da Espanha pudesse ter algo na mesma linha, principalmente quando foi verificado que a prova espanhola seria com forte calor. As simulações que foram feitas nos treinos livres de sexta-feira indicavam que Verstappen tinha uma ligeira vantagem sobre as Mercedes no uso dos pneus macios e médios, o que aumentava ainda mais a possibilidade de um desafio como o da corrida anterior. Apesar de toda essa expectativa, devemos lembrar que a Mercedes estará sempre pronta para um contra ataque após uma derrota como aquela em Silverstone.

O apagar das luzes vermelhas acabaram revelando um cenário já bem conhecido por todos, mas com o detalhe apresentado por Hamilton que procurou poupar os pneus macios e controlar qualquer ataque por parte de Max Verstappen, que fez um boa largada e pulou para segundo. Para Bottas, que não teve uma boa partida, lhe restou procurar lutar com Stroll para recuperar, ao menos, o terceiro lugar.

A estratégia pareceu funcionar bem quando a diferença, que estava em torno 1 segundo a 1 segundo e meio, começou aumentar um pouco antes da décima volta elevando a diferença até os seis segundos entre Hamilton e Max. Se a esperança era de que os Mercedes tivessem problemas de pneus, foi o holandês quem teve os primeiros sinais de desgaste e precisou parar nos boxes para colocar os pneus médios. Mesmo com Lewis parando algumas voltas depois, ele conseguiu voltar com quatro segundos de vantagem sobre Max, onde a diferença chegou descer paras os três segundos e meio e depois voltou aumentar. Esse aumento na diferença ficaria ainda maior mesmo após o segundo pit-stop, quando Hamilton passou para vencer com 24 segundos sobre Verstappen. Porém é preciso dizer que o holandês não teve incomodo por parte de Bottas, que passou toda a corrida em terceiro e mesmo quando parecia ter chances, após colocar pneus macios, não conseguiu se aproximar de Max. Para Hamilton, que venceu seu 88º GP, essa corrida lhe deu a liderança absoluta de pódios ao chegar a marca de 156 e passar Michael Schumacher. Uma bela volta por cima após o desastroso GP de 70º aniversário d categoria.

Como de costume, a corrida em Barcelona não nos deu grandes emoções. Alguns duelos no meio do pelotão, como o de Norris vs Leclerc e Sainz vs Albon, deu uma breve animada, mas não o suficiente para sair do normal marasmo que este circuito. Até mesmo uma possível chuva, que esteve nos arredores do circuito – e que chegou a chover há cerca de 1km do local do autódromo – não chegou, o que poderia ajudar bastante no ganho de alguma emoção.

Este GP foi mais um calvário na epopeia que tem sido a relação conturbada entre Vettel e Ferrari, onde o piloto alemão não conseguiu passar para o Q3, mas na corrida conseguiu maximizar o que teve em suas mãos para poder salvar um heroico sétimo lugar após a Ferrari deixá-lo na pista com pneus macios por 36 voltas – ele largou e fez o primeiro stint de 30 voltas com os médios. Apesar de tudo, foi uma ótima apresentação de Sebastian. Charles Leclerc acabou abandonando com problemas, após seu motor parar de funcionar na chicane e fazê-lo rodar. Conseguiu ir para os boxes, onde acabou sendo o único piloto a abandonar hoje.

A Fórmula-1 voltará no GP da Bélgica, que será realizado no dia 30 de agosto, com a esperança de que seja bem melhor do que este GP espanhol.


sábado, 5 de outubro de 2019

45 anos do Bicampeonato - Emerson, O Grande - Parte 2

Continuação...
45 Anos do Bicampeonato - 1ª Parte


O forte equilíbrio na primeira parte da fase européia
Os festejos de Lauda e Montezemolo, naquela que foi a primeira vitória do austríaco na F1 e, claro, pela Ferrari




A Ferrari continuou a mostrar a sua força naquela temporada. Em Jarama, para o GP da Espanha, Lauda conquistou mais um pole e desta vez tinha Peterson ao seu lado na primeira fila. Regazzoni era o terceiro, Emerson o quarto, Ickx o quinto e Reutemann o sexto. Pace se colocara em 14º. Esta prova marcou o retorno da Shadow, após ter ficado de fora do GP sul-africano devido a morte de Revson. Para o seu lugar, a equipe recrutou Brian Redman.
A corrida teve o seu início com chuva e Ronnie tomou o comando da prova, com as duas Ferraris em seu encalço. Isso durou até a volta vinte, quando iniciou as trocas para pneus slick devido a secagem da pista, foi o momento que a Ferrari brilhou em seus pit-stops fazendo-os de modo seguro e rápido, entregando Lauda e Regazzoni nas duas primeiras posições da corrida. Se a equipe italiana foi bem, o mesmo não pode dizer da Lotus que até aparecia com boas hipóteses nessa corrida: Ickx saiu dos boxes com uma chave presa em uma das rodas e Peterson perdeu um bom tempo em sua parada. Para completar o calvário, os dois Lotus abandonariam por problemas mecânicos. Ah, e é bom lembrar que este era o segundo GP do Lotus 76...
Stuck continuava a impressionar: tinha se beneficiado das paradas nos boxes, para saltar de nono para terceiro entre as voltas 18 e 26 e mantendo-se lá até a volta 59, quando foi ultrapassado por Emerson. A quinta colocação foi de Jody Scheckter, que estreava o novo Tyrrell 007, e a sexta de Denny Hulme.

Na Bélgica o duelo entre Emerson Fittipaldi e as duas Ferrari foi o ponto alto do final de semana. A pista de Nivelles recebeu o GP belga pela segunda vez - a primeira foi em 1972 - e que por muito pouco acabou por não ser realizado devido as dificuldades financeiras. Patrick Depailler passou a ter a sua disposição o Tyrrell 007, assim como já acontecera com com Jody Scheckter desde a prova anterior na Espanha.
Clay Regazzoni conseguiu a pole com a marca de 1'09"82, deslocando Jody Scheckter para o segundo lugar. Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Arturo Merzario, num grande trabalho com o Iso-Marlboro, aparecendo num ótimo sexto lugar. O grid contou com 31 carros, contra os 25 regulamentar da CSI.
Emerson vencendo em Nivelles

Apesar de um desempenho forte de Regazzoni, Emerson e Niki Lauda não deixaram o piloto suíço escapar na dianteira. Ao se aproximar dos retardatários Clay se atrapalhou com o BRM de François Migault e ficando encaixotado no carro do piloto francês, foi presa fácil para Fittipaldi e Lauda que subiram para as duas primeiras posições. Regazzoni ainda conseguiu se livrar a tempo de Migault para sustentar a terceira posição. Mas a sorte abandonaria o piloto suíço na última volta, quando quebrou um duto de combustível do Ferrari fazendo-o perder o terceiro lugar para Scheckter.
Mais a frente Fittipaldi não teve vida fácil com Lauda que o pressionava volta a volta, mas Emerson consegui manter-se calmo para vencer o segundo - e último - GP realizado em Nivelles. Scheckter, Regazzoni, Jean Pierre Beltoise e Denny Hulme completaram os seis primeiros.
Esta corrida marcou algumas estreias como as da equipe Token e dos pilotos Tom Pryce (Token); Gerard Larousse (Brabham da Scuderia Finotto) e Teddy Pilette (Brabham).

Quando a Fórmula 1 chegou ao principado um velho de guerra estava presente: a Lotus havia deixado de lado o problemático Lotus 76 e trouxe de volta seu bom e velho cavalo de guerra, o Lotus 72. Seria uma forma de, ao menos, colocar a equipe de volta aos trilhos. Esta corrida também contou com a estréia dos pneus traseiros de 29 polegadas da Firestone.
O grid de largada teve a pole de Niki Lauda, com Regazzoni em segundo mostrando a força da Ferrari nos treinos classificatórios. Ronnie Peterson cravou um belo terceiro lugar, tendo ao seu lado Patrick Depailler e em seguida Jody Scheckter e Jean Pierre Jarier, fechando os seis primeiros. Emerson Fittipaldi, que contraiu uma forte gripe naquele final de semana, fez apenas o 13o tempo e tratando-se de uma corrida no ultra-travado circuito de Monte Carlo, precisaria de uma dose extra de sorte para salvar alguns pontos.
A grande vitória de Peterson em Monte Carlo
A corrida foi um show a parte de Ronnie Peterson: apesar de uma rodada na sexta volta que o fez cair para quinto, o sueco recobrou a concentração e foi escalando as primeiras posições para conseguir uma sensacional vitória em Monte Carlo, mostrando que o Lotus 72 ainda tinha algo para ser extraído. Para a Ferrari, numa tarde que poderia ser de grande sucesso, foi desanimadora: Lauda enfrentou problemas elétricos na volta 32 e Regazzoni caiu de rendimento ainda quando estava na liderança, permitindo a aproximação e ultrapassagem de Peterson. O piloto suíço terminou em quarto. Jody Scheckter também esteve em grande dia ao terminar num ótimo segundo lugar, enquanto que Jarier manteve o terceiro lugar que já havia conseguido desde o início da prova. Emerson Fittipaldi fez uma corrida paciente, escapando das armadilhas e sendo beneficiado pelos que iam ficando pelo caminho - inclusive por conta do grande acidente da largada que envolveu Beltoise, Hulme, Merzario, Redman, Pace, Brambilla e Schenken. Para Brian Redman foi a última aparição na Fórmula 1, sendo substituído pelo jovem galês Tom Pryce pelo restante da temporada.
Pontuação: Emerson Fittipaldi 24 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda 21; Jody Scheckter 12; Denny Hulme 11.

O Grande Prêmio da Suécia, em Anderstorp, contou com algumas novidades nas inscrições: o piloto local Bertil Roos foi escalado para pilotar pela Shadow, em substituição ao recém aposentado da Fórmula-1 Brian Redman, e Leo Kinnunen, a bordo do Surtees, conseguiu a sua primeira qualificação para o GP depois de ter falhado nos treinos para o GP da Bélgica. Com isso, Kinnunen tornou-se o primeiro finlandês a largar num Grande Prêmio. E equipe de Frank Williams não teve a sua dupla de pilotos titulares nessa etapa: enquanto que Richard Robarts substituiu Arturo Merzario que estava doente, Tom Belso assumiu o lugar de Gijs Van Lennep. A BRM também levou novidades para esta corrida, ao disponibilizar uma nova P201 para Henri Pescarolo que vinha utilizada a já defasada P160.
O final de semana foi inteiro para a Tyrrell, que voltou a desfrutar de um domínio amplo com seus
As Tyrrell comandaram as ações em Anderstorp
dois jovens pilotos. Patrick Depailler cravou a pole, com Jody Scheckter logo em segundo. Lauda, Regazzoni, Peterson e Hunt fecharam as seis primeiras colocações. Emerson Fittipaldi aparecia em sétimo, com Reutemann logo ao seu lado.
A corrida foj uma extensão do domínio apresentado pela Tyrrell: Scheckter conseguiu uma melhor partida que Depailler, que se viu em terceiro após presenciar uma bela largada de Ronnie Peterson que pulou de quinto para segundo. Infelizmente o herói local não conseguiu dar combate as Tyrrells, já que eixo do Lotus 72 acabou quebrando. Com a vida facilitada, tanto Scheckter quanto Depailler tiveram apenas o trabalho de manterem suas posições – se bem que ainda tivesse algumas intervenções por pare de Ken Tyrrell, que lhes pediu para que abrandassem o forte ritmo. Enquanto que os dois Tyrrell desfilavam pelo circuito, Niki Lauda travou grande duelo contra um surpreendente James Hunt, que enfim teve um bom final de semana com a sua Hesketh. Hunt venceu a disputa com Lauda, que mais uma vez sofreu com problemas na Ferrari (câmbio), tendo que abandonar na volta 70. Regazzoni já saíra antes, na volta 23, por conta do mesmo problema. James Hunt passou a ter alguma chance de vencer ao conseguir descontar a desvantagem para o duo da Tyrrell em até dois segundos por volta, mas isso foi logo respondido pelos “Tyrrell Boys’, que tinham a prova sob controle. Jody Scheckter venceu o GP sueco tornando-se o primeiro sul-africano a conquistar uma vitória na categoria; Patrick Depailler fechou em segundo com apenas três décimos de atraso, enquanto que Hunt ficou a três segundos em terceiro, fechando um pódio jovem e promissor. Emerson Fittipaldi, em mais uma corrida feita com total paciência, terminou em quarto; Jean Pierre Jarier foi o quinto e Graham Hill, que não conquistava pontos desde 1972, fechou em sexto com o Lola da sua equipe Embassy Racing. Foi o seu derradeiro ponto na categoria.
A classificação do campeonato mostrava Emerson Fittipaldi com 27 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda e Jody Scheckter 21; Denny Hulme11.
Como preparação para o GP holandês,  a Lotus levou o 76 para Zandvoort para que Ronnie Peterson pudesse testar. Infelizmente uma falha nos freios acabou por causar um grave acidente do piloto sueco, que teve a suspeita de traumatismo craniano que logo foi rechaçada. Com isso, o piloto foi liberado para o GP e a Lotus optou por continuar com o modelo 72, já que Jacky Ickx também testou o modelo 76 sem grande sucesso.
José Carlos Pace se desligou da equipe Surtees após divergências com John Surtees. Com isso apenas Jochen Mass alinharia com o carro da Surtees, porém um acidente nos treinos impossibilitou a sua participação - e consequentemente a da equipe. Sobre as equipes, esta prova marcou a estréia de Tom Pryce na Shadow.
A Ferrari dominou os treinos, com Lauda a fazer a pole e Regazzoni em segundo. Emerson aparecia em terceiro, com Mike Hailwood em terceiro e Scheckter e Hunt logo em seguida.
A corrida foi uma passeio da Ferrari, apesar de uma rápida intromissão de Hailwood que foi logo superada por Regazzoni, que recuperou a segunda posição na segunda volta. Houve alguma disputa da terceira colocação para baixo, entre os dois Tyrrell e os dois McLaren. Niki Lauda não teve nenhum incômodo na sua liderança, terminando oito segundos a frente de Clay. Emerson Fittipaldi conseguiu superar Depailler e Hailwood para terminar em terceiro, trinta segundos atrás de Lauda. Mike Hailwood (para o piloto inglês acabou por ser os seus últimos pontos), Jody Scheckter e Patrick Depailler fecharam os seis primeiros.
Emerson Fittipaldi seguiu como líder agora com 31 pontos, um a mais que Niki Lauda; Clay Regazzoni aparecia em terceiro com 28; Jody Scheckter em quarto com 23 e Mike Hailwood em quinto com 12 pontos.

Niki Lauda dominou amplamente o GP holandês
Continua... 

45 Anos do Bicampeonato - Parte Final

segunda-feira, 13 de maio de 2019

GP da Espanha 2019 - Resultados


Resultados – Grande Prêmio da Espanha – Circuito da Catalunha – Dias 10, 11 e 12 de Maio – 5ª Etapa – Treinos Livres/ Classificação/ Resultado Final



1º Treino Livre

Tempo: 22.2-22.8°C Sol e Seco
Asfalto: 32.7-39.4°C Seco
Humidade: 46.9%
Vento: 1.0 m//s
Pressão do ar: 998.6 bar

Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.951

 19
Soft
2
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:18.066
+0.115s
 20
Soft
3
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:18.172
+0.221s
 20
Soft
4
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:18.575
+0.624s
 22
Soft
5
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.943
+0.992s
 25
Soft
6
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:19.155
+1.204s
 31
Soft
7
20
Kevin Magnussen
Haas
1:19.180
+1.229s
 27
Soft
8
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:19.285
+1.334s
 30
Medium
9
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:19.364
+1.413s
 34
Soft
10
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:19.450
+1.499s
 25
Soft
11
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:19.511
+1.560s
 24
Soft
12
33
Max Verstappen
Red Bull
1:19.844
+1.893s
 14
Hard
13
18
Lance Stroll
Racing Point
1:19.855
+1.904s
 28
Medium
14
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:20.021
+2.070s
 28
Soft
15
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:20.030
+2.079s
 25
Soft
16
4
Lando Norris
McLaren
1:20.066
+2.115s
 33
Soft
17
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:20.459
+2.508s
 26
Medium
18
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:20.591
+2.640s
 22
Soft
19
88
Robert Kubica
Williams
1:20.889
+2.938s
 27
Medium
20
63
George Russell
Williams
1:20.990
+3.039s
 23
Medium

2º Treino Livre

Tempo: 24.0°C Sol e Seco
Asfalto: 42.7-41.8°C Seco
Humidade: 44.1%
Vento: 1.4 m//s
Pressão do ar: 998.8 bar


Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.284

 35
Soft
2
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:17.333
+0.049s
 35
Soft
3
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.585
+0.301s
 42
Soft
4
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.673
+0.389s
 41
Soft
5
33
Max Verstappen
Red Bull
1:18.035
+0.751s
 30
Soft
6
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.153
+0.869s
 42
Soft
7
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:18.238
+0.954s
 34
Soft
8
20
Kevin Magnussen
Haas
1:18.355
+1.071s
 40
Soft
9
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:18.658
+1.374s
 45
Soft
10
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:18.722
+1.438s
 40
Soft
11
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:18.727
+1.443s
 30
Soft
12
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:18.779
+1.495s
 44
Soft
13
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.839
+1.555s
 33
Soft
14
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.861
+1.577s
 43
Soft
15
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.934
+1.650s
 40
Soft
16
4
Lando Norris
McLaren
1:19.041
+1.757s
 43
Soft
17
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:19.427
+2.143s
 37
Soft
18
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:19.448
+2.164s
 40
Soft
19
63
George Russell
Williams
1:20.191
+2.907s
 38
Soft
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.781
+3.497s
 23
Soft

3º Treino Livre

Tempo: 21.0-19.8°C Nublado e Seco
Asfalto: 29.0-26.1°C Seco
Humidade: 65.1%
Vento: 1.0 m//s
Pressão do ar: 1024.9 bar

Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:16.568

 14
Soft
2
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.099
+0.531s
 16
Soft
3
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:17.123
+0.555s
 9
Soft
4
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.172
+0.604s
 15
Soft
5
8
Romain Grosjean
Haas
1:17.192
+0.624s
 15
Soft
6
20
Kevin Magnussen
Haas
1:17.530
+0.962s
 15
Soft
7
33
Max Verstappen
Red Bull
1:17.558
+0.990s
 12
Soft
8
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:17.864
+1.296s
 16
Soft
9
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:17.969
+1.401s
 17
Soft
10
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:18.003
+1.435s
 17
Soft
11
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:18.105
+1.537s
 17
Soft
12
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.350
+1.782s
 17
Soft
13
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:18.656
+2.088s
 12
Soft
14
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:18.693
+2.125s
 12
Medium
15
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.734
+2.166s
 16
Soft
16
99
Antonio Giovinazzi
Alfa Romeo
1:18.740
+2.172s
 14
Soft
17
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.974
+2.406s
 14
Medium
18
4
Lando Norris
McLaren
1:19.007
+2.439s
 14
Medium
19
63
George Russell
Williams
1:19.421
+2.853s
 16
Soft
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.570
+4.002s
 18
Soft

Classificação

Tempo: 20.8-21.6°C Sol e Seco
Asfalto: 33.5-36.2°C Seco
Humidade: 61.4%
Vento: 3.0 m//s
Pressão: 1004.6 bar

Pos
No
Driver
Team
Q1
Q2
Q3
Laps
1
77
Valtteri Bottas
Mercedes
1:16.979
 1:15.924
 1:15.406
 18
2
44
Lewis Hamilton
Mercedes
1:17.292
 1:16.038
 1:16.040
 17
3
5
Sebastian Vettel
Ferrari
1:17.425
 1:16.667
 1:16.272
 18
4
33
Max Verstappen
Red Bull
1:17.244
 1:16.726
 1:16.357
 12
5
16
Charles Leclerc
Ferrari
1:17.388
 1:16.714
 1:16.588
 19
6
10
Pierre Gasly
Red Bull
1:17.862
 1:16.932
 1:16.708
 17
7
8
Romain Grosjean
Haas
1:18.042
 1:17.066
 1:16.911
 16
8
20
Kevin Magnussen
Haas
1:17.669
 1:17.272
 1:16.922
 15
9
26
Daniil Kvyat
Toro Rosso
1:17.914
 1:17.243
 1:17.573
 20
10
3
Daniel Ricciardo
Renault
1:18.385
 1:17.299

 19
11
4
Lando Norris
McLaren
1:17.611
 1:17.338

 14
12
23
Alexander Albon
Toro Rosso
1:17.796
 1:17.445

 14
13
55
Carlos Sainz Jr.
McLaren
1:17.760
 1:17.599

 12
14
7
Kimi Räikkönen
Alfa Romeo
1:18.132
 1:17.788

 14
15
11
Sergio Pérez
Racing Point
1:18.286


 12
16
27
Nico Hülkenberg
Renault
1:18.404


 7
17
18
Lance Stroll
Racing Point
1:18.471


 9
18
99
Robert Kubica
Williams
1:18.664


 8
19
63
George Russell
Williams
1:19.072


 8
20
88
Robert Kubica
Williams
1:20.254


 9
Nota:
  • Daniel Ricciardo (Renault) perde três posições por conta do incidente na prova do Azerbajão
  • George Russell (Willaims) perde cinco posições por trocar o câmbio.

  • Resultado Final

    Tempo: 19.7-19.8°C Sol e Seco
    Asfalto: 41.8-38.8°C Seco
    Humidade: 58.5%
    Vento: 1.9 m//s
    Pressão do ar: 1007.1 bar

    Pos
    No
    Driver
    Team
    Time
    Laps
    Grid
    Pts
    1
    44
    Lewis Hamilton
    Mercedes
    01:35:50.443
    66
    2
    26
    2
    77
    Valtteri Bottas
    Mercedes
    01:35:54.517
    66
    1
    18
    3
    33
    Max Verstappen
    Red Bull
    01:35:58.122
    66
    4
    15
    4
    5
    Sebastian Vettel
    Ferrari
    01:35:59.610
    66
    3
    12
    5
    16
    Charles Leclerc
    Ferrari
    01:36:03.804
    66
    5
    10
    6
    10
    Pierre Gasly
    Red Bull
    01:36:10.019
    66
    6
    8
    7
    20
    Kevin Magnussen
    Haas
    01:36:18.602
    66
    8
    6
    8
    55
    Carlos Sainz Jr.
    McLaren
    01:36:22.785
    66
    12
    4
    9
    26
    Daniil Kvyat
    Toro Rosso
    01:36:23.499
    66
    9
    2
    10
    8
    Romain Grosjean
    Haas
    01:36:25.084
    66
    7
    1
    11
    23
    Alexander Albon
    Toro Rosso
    01:36:25.888
    66
    11
    0
    12
    3
    Daniel Ricciardo
    Renault
    01:36:27.201
    66
    13
    0
    13
    27
    Nico Hülkenberg
    Renault
    01:36:29.684
    66
    20
    0
    14
    7
    Kimi Räikkönen
    Alfa Romeo
    01:36:32.246
    66
    14
    0
    15
    11
    Sergio Pérez
    Racing Point
    01:36:37.320
    66
    15
    0
    16
    99
    Antonio Giovinazzi
    Alfa Romeo
    01:36:38.134
    66
    18
    0
    17
    63
    George Russell
    Williams
    01:36:50.228
    65
    19
    0
    18
    88
    Robert Kubica
    Williams
    01:36:57.514
    65
    17
    0
    Ret
    18
    Lance Stroll
    Racing Point
    Acidente
    44
    16
    0
    Ret
    4
    Lando Norris
    McLaren
    Acidente
    44
    10
    0

    Fastest lap: 1:18.492 - Lewis Hamilton (Mercedes) na volta 54 (213.499 km/h)
    Speed Trap: 338.2 km/h - Lando Norris (McLaren)

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...