terça-feira, 31 de maio de 2011

Foto 17: O que estaria pensando De Cesaris?



Andrea De Cesaris é mais conhecido pelos seus acidentes espetaculares, do que qualquer outra coisa. Mas em Long Beach, 1982, ele conseguiu a sua única pole position em mais de 13 anos de F1. As fotos acima são daquele final de semana. E aí fica a pergunta: o que estaria pensando De Cesaris sentado sobre uma bolsa da Marlboro? 
Ele largou na pole, mas não completou a prova acidentando-se na volta 33. A vitória foi de Lauda, com Rosberg em segundo e Patrese em terceiro.

Sobre Lewis Hamilton

Nestes dois últimos dias após os acontecimentos de Mônaco, li bastante sobre a repercussão do que Hamilton fez dentro e fora da pista, com manobras desastradas e declarações infelizes. Vou redigir a minha opinião que tenho sobre ele formada já há algum tempo.
Primeiramente, gosto do seu estilo ousado de atacar os pilotos numa disputa de posição e o único piloto que se compara com ele no grid atualmente neste quesito, é Kobayashi. Eles não medem esforços para tentar uma posição e sempre conseguem de uma forma ou outra. Aí é que está. Desde que surgiu em 2007 como um furacão, Hamilton atraiu fás e detratores como uma voracidade tão maior quanto à sua vontade de vencer. Acredito que isso é pelo fato dele não ter passado por uma equipe menor e ter aprendido lá os macetes da F1, sofrido, comido o pão que o diabo amassou, para quando chegar numa equipe maior, estar totalmente preparado para enfrentar os outros pilotos. Não que ele estivesse preparado na época, até porque conseguiu tirar Alonso do sério fazendo-lhe cair a máscara de bom moço que ele carregava desde os tempos da Renault. Ele estava preparado, mas não como devia. Acho que um tempo em equipes medianas, como um Toro Rosso, por exemplo, ou até mesmo uma Williams, que não deixa de ser um time grande, poderia ter lhe dado mais quilometragem antes de assumir um papel de estrela como ele pegou na Mclaren. Ele perdeu o mundial de 2007 por erros primários e quase que o de 2008 foi pelo ralo por condições idênticas, que viriam a se repetir de modo grotesco em 2010. O outro fator de criticas pesadas, são dos acidentes exagerados. Pilotos como ele, que são arrojados ao extremo, está propenso a cometer erros infantis. Em 2010, como já citei aqui, ele deixou de disputar o título por duas manobras infelizes: uma em Monza, quando bateu na traseira da Ferrari do Massa e abandonou logo após a largada e a outra em Cingapura, quando enrroscou-se com Webber e também abandonou. Foram situações que poderiam ter sido evitadas, afinal ele tinha muito mais carro que estes dois contendores. Visto estas situações e agregando outras como sua atuação alucinada em Monza 2008, quando vinha recuperando posições e chegou a bater rodas com Alonso e Webber na reta dos boxes e depois jogando de modo agressivo o Glock para fora da pista, alguns o chama de perigoso. Realmente nessas ele exagerou um pouco e juntando com Mônaco este ano, os acidentes poderiam ter sido de proporções absurdas. Entendo a cabeça dele. É normal um piloto que tenha essa sede de vitória insaciável e que vê em qualquer brecha uma chance de ultrapassar e tentar a vitória a todo custo. Estas manobras me lembram muito as dos simuladores, onde você arrisca tudo e que o piloto da frente se dane. O problema é que nem ele, e muito menos os outros, estão numa pista virtual. Ele não deve e nem pode mudar o seu estilo de pilotagem, pois isso tiraria o brilho de suas manobras, mas ao menos deveriam ser mais calculadas. Isso evitaria punições e possíveis acidentes.
Por outro lado as declarações foram infelizes, e só fez as coisas piorarem. Acredito que após o rompimento que ele teve com seu pai Anthony e o afastamento de Ron Dennis para cuidar do carro de rua da Mclaren, Lewis ficou sem quem pudesse filtrar suas declarações. Digo isso, porque sempre achei superficial todos os comentários de Hamilton. Pareciam manipulados, frases feitas, sem sal. Mas pode ser um engano meu também, pois ele começou a descer o pau na equipe nos últimos meses chegando a cogitar que poderia sair da equipe caso eles não entregassem um bólido competitivo, ao dizer que toda a história de amor tem um fim. Mas também há o fato dele se comparar ao Senna em algumas situações, como ele comparou recentemente ao dizer que ele era o Ayrton e Alonso o Prost, quando os dois dividiram o espaço na Mclaren. Num modo ele até tinha razão. No domingo ele voltou a enfatizar isso, quando disse que todos estavam contra ele. Sinceramente, ele anda a ver muito este documentário e querer se espelhar no Ayrton. O fato de ter tomado três punições no fim de semana não quer dizer esteja sendo perseguido. Aliás ele próprio foi uma tanto protegido pela FIA entre 2007 e 08, ao cometer algumas infrações e sair ileso delas. Exemplos: a prova de Nurburgring, onde ele ficou encalhado na brita e voltou com auxilio de um trator e a outra, mais uma vez, foi em Monza 2008 quando ele pilotou feito um louco e só pela manobra sobre o Glock ele deveria ter sido punido. O Ayrton em 89-90 arrumou uma briga danada com o Balestre por ter descido a lenha na entidade, principalmente após os acontecimentos de Suzuka 89 e por todo o ano de 90. Hamilton, talvez esteja querendo arrumar uma encrenca onde não exista e sua declaração de tudo está acontecendo por ser negro, pegou muito mal. Está na hora dele parar de frescura e procurar ser mais responsável dentro da pista e focar tudo no próximo GP, em Montreal, onde ele consegue ser insuperável. E se der para proibi-lo de assistir a este documentário do Senna, será bom também. Está fazendo mal a cabeça dele.

FOTO: ITV.COM

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Garotas da F1- GP de Mônaco





 O verão europeu sempre colabora para belas imagens. E Mônaco, nesse quesito, não nos decepciona nunca. Jamais...

GP de Mônaco- Corrida- 6 ª Etapa

A estratégia inicial da Red Bull jogara Vettel de primeiro para segundo durante a corrida. Uma parada nos boxes duas voltas depois de Button, não havia sido uma boa e por isso a equipe preferiu manter Sebastian na pista para arriscar uma só parada de boxes, forçando seu astro a correr 63 voltas com o mesmo composto. Sim, hoje nesse dias de pneus que se desmancham facilmente, era uma insanidade, mas eles tinham que correr o risco. Button e Alonso eram os seus oponentes mais perigosos na busca pela vitória. Mas o inglês teve que parar mais duas vezes e o espanhol mais outra. Assim, Vettel retomou a ponta da corrida após um pequeno período de liderança do
piloto da Mclaren, com Fernando em segundo e Jenson voltando na terceira posição. Faltando 15 voltas para o término, os três primeiros estavam separados por menos de 1 segundo. Sebastian se defendia como podia dos ataques de Fernando, enquanto que e este se preocupava com Jenson que vinha mais rápido que os dois. Quando se aproximavam para dobrar um comboio de pilotos, um acidente nos Esses da piscina entre Petrov e Alguersuari, que estavam no meio deste bolo de carros, interrompeu a corrida quando faltava 6 voltas para seu término. O russo foi retirado do seu Renault e levado de ambulância para o centro médico. Mas nada demais foi constatado em Petrov, que está bem. Passaram-se alguns minutos e a relargada foi feita atrás do safety car. Com pneus novos, assim como a maioria, Vettel conseguiu completar a corrida com tranqüilidade para vencer seu quinto GP no ano.
Vettel venceria a prova de qualquer forma. A sua tocada mesmo com Fernando no seu cangote, não entregou nenhuma falha do alemão e quem estava mais propenso a isso era o próprio espanhol que além de atacar Sebastian, tinha que se preocupar com Button que estava bem mais rápido. A batalha dos três nas últimas voltas que antecederam a interrupção, era de cortar a respiração. E isso, mais as várias disputas que teve durante o GP, calou uma pouco os críticos que malhavam a pista se Monte Carlo todo ano por não dar chance de ultrapassagem à ninguém. Os pneus ajudaram bastante, mas a de se dizer que os pilotos estiveram corajosos também. Hamilton abusou em algumas manobras (farei um post sobre ele) que lhe renderam duas punições e uma baita polêmica pro suas declarações duras após a prova. Schumi também achou espaço em duas ultrapassagens na Lowes, assim como Barrichello que o ultrapassou na Mirabeau. Kobayashi, que terminou em quinto em mais uma bela exibição, também foi outro que conseguiu ultrapassar, quando pegou por dentro Sutil na Mirabeau. Após a prova o piloto da Sauber tomou uma dura dos comissários por causa dessa manobra, por entender que Kobayashi fora um tanto afoito.
A corrida foi ótima. Muito mais do que poderia imaginar. Mesmo com esses pneus que se desgastam rapidamente, não acreditava que a prova seria tão movimentada assim. Nas posições intermediárias o pau sempre comeu à solta, mas na dianteira do GP sempre foi muito morna ou gélida. Ninguém queria se arriscar ficar espetado numa barreira de pneus ou nos guard-rails. Com essa alternativa inserida pela Pirelli nos GPs, é uma tanto impossível achar que tudo estará resolvido quando algum piloto desaparecer na frente. Se alguém for corajoso e meter pneus moles nas últimas 15 voltas de uma corrida, pode tirar, até, 3 segundos por volta caso o cara da frente tenha a sua borracha quase na lona. Sim, pode a até tornado as coisas mais artificiais, mas em vista que os pilotos estavam mais acomodados esperando uma estratégia de pit stops para resolver suas vidas, esta artimanha da Pirelli surtiu efeito e agora obriga o cara poupar pneus ou talvez se arriscar a levar uma pressão danada e se sair bem, como Vettel nos mostrou nestes dois últimos GPs. E Mônaco, que sempre foi detestada pelo seu pouco espaço, agradece pela prova de ontem. E eu, que gosto pacas desta prova, também.
 Sebastian seguido por Button e Alonso: ao final da prova era o espanhol que pressionava o piloto da Red Bull, mas sem obter sucesso
 Hamilton ataca Schumi: foi a única manobra bem sucedida do inglês, que..
 ... bateria rodas com Massa mais tarde numa tentativa de ultrapassagem na Lowes.
 Massa abandona após bater dentro do túnel ao pegar a parte suja
O início do acidente que definiu a corrida: Petrov trava tudo para não acertar Alguersuari, mas seu Renault acaba acertando a Toro Rosso do espanhol e depois vai direto no guard-rail machucando o piloto russo.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Mônaco- Circuito de Monte Carlo
78 voltas- 29/05/2011

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 78 voltas em 2h09min38s373
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 1s138
3. Jenson Button (INGL/McLaren): a 2s378
4. Mark Weber (AUS/Red Bull): a 23s100
5. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari): a 26s900
6. Lewis Hamilton (INGL/McLaren): a 27s200
7. Adrian Sutil (ALE/Force India): a uma volta
8. Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): a uma volta
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams): a uma volta
10. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a uma volta
11. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a uma volta
12. Paul di Resta (ESC/Force India): a duas voltas
13. Jarno Trulli (ITA/Lotus): a duas voltas
14. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): a duas voltas
15. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin): a duas voltas
16. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania): a três voltas
17. Narain Karthikeyan (IND/Hispania): a três voltas
18. Pastor Maldonado (VEN/Williams): a cinco voltas

Não completaram:
Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault)
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Timo Glock (ALE/Virgin)

FOTOS: REUTERS; AP; ITV.COM

sábado, 28 de maio de 2011

F1 Battles- Jean Alesi vs Damon Hill- GP do Japão, 1995


Precisa de muita coragem para atacar um piloto usando pneus slick numa pista ainda muito húmida. E Jean Alesi tinha de sobra, como comprova essa magnífica ultrapassagem sobre Damon Hill durante o GP do Japão pegando o inglês por fora, na entrada da chicane.Infelizmente Jean abandonaria a prova com o motor do seu Ferrari estourado, numa altura que estava alcançado Michael Schumacher na liderança do GP.

GP de Mônaco- Classificação- 6ª Etapa

Nico Rosberg havia levado um susto pela manhã, quando seu Mercedes escapaou e bateu após a saída do túnel indo parar logo após a chicane do Porto. O acidente já havia impressionado pelo modo de como o carro perdeu a frente e por pouco não indo bater na barreira de pneus de uma bifrcação, onde Wendlinger, 17 anos atrás, quase perdera a vida. O problema é que a cena se repetiu hoje, quando Pérez também perdeu o controle de sua Sauber e foi bater neste mesmo local. Sem mexer a cabeça por alguns instantes, assombrou a comunidade automobilística.Mas os primeiros socorros vieram rápido e logo após um silêncio inquietante, veio a noticía de que Pérez estava consciente, mas que estava queixando-se de dor em uma das pernas.
O treino ficou paralisado por vários minutos e antes disso, Vettel havia feito um tempo inalcançavel pelos demais. Hamilton estava numa sétima posição e tinha sido prejudicado pela bandeira vermelha, quando vinha numa volta veloz. Ele voltou após a paralisação, mas abortou e assim como Button, Webber e Alonso, não pode tirar a quinta pole de Vettel em seis treinos oficiais neste ano e assim sairá em sétimo. Pérez ao lado de Maldonado, era uma das estrelas do treino ao conseguir levar sua Sauber ao Q3 com um bom ritmo de treino. Pastor também fez ótimo treino e mais uma vez, seguidamente, levou sua Williams ao Q3 e sai em nono amanhã. Alonso, que havia dominado dois treinos livres, ficou apenas em quarto e mostrou desapontamento. Mas o vejo numa briga interessante com Webber pela terceira posição na corrida e com uma pouco mais de sorte, pode conquistar uma segunda posição. Button também teve um bom treino ao marcar a segunda posição. Caso faça uma prova de econômia de pneus como fez em Barcelona, é um perigo para a supremacia de Vettel. Massa ficou em sexto, enaquanto que Barrichello marcou apenas o 12º tempo do dia.
Como sempre a largada será chave e com Vettel saindo bem, não haverá muita chance para os demais. Mas mesmo assim, ainda acho que Button poderá surpreendê-lo durante a prova.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min13s556
2. Jenson Button (INGL/McLaren): 1min13s997
3. Mark Weber (AUS/Red Bull): 1min14s019
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min14s483
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min14s682
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min14s877
7. Lewis Hamilton (INGL/McLaren): 1min15s280
8. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min15s766
9. Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min16s528
10. Sergio Pérez (MEX/Sauber): sem tempo
11. Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault): 1min15s815
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min15s826
13. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari): 1min15s973
14. Paul di Resta (ESC/Force India): 1min16s118
15. Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min16s121
16. Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): 1min16s214
17. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min16s300
18. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min17s343
19. Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min17s381
20. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min17s820
21. Timo Glock (ALE/Virgin): 1min17s914
22. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin): 1min18s736
23. Narain Karthikeyan (IND/Hispania): sem tempo
24. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania): sem tempo

FOTO: AP

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Foto 16: Lotus, Indianápolis, 1965

 Dan Gurney? Alguém confirma?




Estas são algumas das imagens da Lotus de Jim Clark nas 500 Milhas de Indianápolis de 1965, ano que ele venceu a prova e desbancou a supremacia dos motores dianteiros. No ano anterior eles já haviam incomodado a concorrência com a pole, mas a desistência na volta 47 após uma quebra na suspensão traseira, adiou o sonho. Em 65, além do carro de Clark, o Team Lotus alinhou mais um carro que foi para Bob Jonhs (7ª colocação) e forneceu o chassi Lotus para Parnelli Jones (2º colocado), Al Miller (4º colocado), A.J.Foyt (abandonou na volta 115 com problemas de câmbio) e Dan Gurney (abandonou na volta 42 com problemas de câmbio). Todos usavam motores Ford, que conquistavam também sua primeira vitória na Indy 500.  

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...