Apesar de ter sido construída com dinheiro e apoio nazista, não pode-se negar que as "Silver Arrows" escreveram uma parte importante na história do automobilismo de competição na segunda metade do anos 30, suplantando a até então imbatível irmandade italiana comandada por Enzo Ferrari, Tazio Nuvolari, Achille Varzi e Alfa-Romeo.
Neste documentário, de quase 55 minutos, a história da Audi é contada desde a sua formação no início dos anos 30; a sua participação vitoriosa e dominante a ao lado da Mercedes; o desaparecimento durante a Segunda Guerra Mundial até os eu reaparecimento nas competições pelo Rally, com seu mítico Audi Quattro Turbo no insano Grupo B dos anos 80. O vídeo é de 1992.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Crash: Mini Cooper Cup e Fórmula Ford
Provas bem agitadas na Grã-Bretanha neste fim de semana passado. Começando pela largada caótica no campeonato Celta da Mini Cooper Cup, na pista de Knockhill, com o capotamento de um dos concorrentes após o contorno da primeira curva:
E na Fórmula Ford, disputado sob chuva no veloz circuito de Snetterton, um triplo acidente após a saída do Safety Car. Nos dois acidentes, do Cooper e dos F-Ford, todos os pilotos saíram sem ferimentos.
Os 20 anos da primeira vitória de Schumacher na F1
Schumacher comemorando a primeira das suas 91 vitórias, em Spa 1992 (Foto: Getty Images) |
Aquele alemão queixudo, de cabelo com corte típico dos anos oitenta
que pouca gente conhecia, a não ser alguns que acompanhavam o Mundial de Sport
Protótipos, estreou e fez algum barulho na F1 quando levou o Jordan ao sétimo
lugar do grid do GP da Bélgica de 1991. Um feito notável, uma vez que ele nunca
tinha corrido por lá e Willy Webber, seu empresário, jurou de pé junto que o seu
garoto conhecia a pista belga muito bem. Enganou direitinho e caso o câmbio não
quebrasse após virar a La Source depois da largada, Michael poderia muito bem
ter se dado ao luxo de tentar algo muito melhor naquela prova, pois o
desempenho do Jordan naquela pista foi tão bom que Andrea De Cesaris chegou a discutir
a vitória com Ayrton Senna. Passado um ano, ele voltou e venceu em Spa como se tivesse
marcado hora e lugar para que a sua primeira vitória acontecesse lá. Foi astuto
ao trocar os pneus na hora certa em que a pista secava e teve a sorte de as
Williams sofrerem problemas mecânicos. Venceu bem e convenceu toda a crítica
que já via nele um futuro vencedor de Grandes Prêmios. Para Flavio Briatore,
que tinha desalojado Pupo Moreno um ano antes para dar lugar a Michael, o
investimento estava dando resultado e para Schumacher a caminhada para algo
maior estava apenas começando.
Mas Michael, como disse antes, era o mais bem apanhado
tecnicamente. O seu talento floresceu ainda mais em 93, apesar de ter conquistado
apenas uma vitória e em 1994, com um carro melhor ou do mesmo nível que a Williams, ele apareceu forte nas primeiras etapas ao derrotar Senna e
tomar conta do resto do campeonato quando o brasileiro morreu. Michael, apesar
de todas as controvérsias ao redor do desempenho do seu Benetton B194 - e também das suspensões e desqualificações que tivera -, ganhou o
mundial daquele ano. O pupilo da Mercedes tinha chegado ao topo em dois anos e
meio e daí em diante não pararia mais e a figura de ídolo que ele construiu nos
anos 90 motivou os garotos alemães a começarem a competir e isso de ajuda muito
o automobilismo em qualquer parte do mundo.
Os alemães tiveram uma época de ouro com os resultados das
imbatíveis Mercedes e Auto Union na segunda metade dos anos trinta. Rudolf Caracciola,
Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Manfred Von Brauschitsch e Hermann Lang eram os
nomes que haviam elevado a Alemanha à potência automobilística de competição
que foi quase dizimada após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a volta da
Mercedes em alto estilo ao mundo das corridas, com títulos na F1 e nas
principais provas européias, ainda faltava-lhes um grande piloto e até a sua
saída em 1955, motivada pela tragédia de Le Mans, este não havia aparecido. Wolfgang
Von Trips, que parecia ser o piloto primeiro alemão a ser campeão do mundo,
acabou falecendo num acidente em Monza 1961, justamente quando decidia o título
contra seu companheiro de Ferrari Phil Hill. Os alemães esperariam por mais 23
anos até que Stefan Bellof, que tinha talento suficiente para tal conquista,
aparecesse e desaparecesse feito um raio ao morrer em Spa-Francorchamps num a
prova válida pelo Mundial de Sport Prototipos em 1985. Michael apareceria seis
anos depois, lá mesmo em Spa, como a mais nova esperança de um piloto alemão de
chegar ao olimpo. E este conseguiu.
Michael atingiu números inimagináveis e suas conquistas
motivaram os garotos. Da mesma forma que os títulos de Emerson, Nelson e Ayrton
influenciaram garotos que decidiram apostar no automobilismo e tentar a sorte
de um dia, quem sabe, chegar à F1, a “Schumachermania” também criou uma legião
de meninos que ingressaram no kart na segunda metade dos anos 90 e que agora
estão na F1: Vettel, Hulkenberg, Rosberg, Glock (que não é tão garoto assim) e
todos, ou quase todos, tiveram sucessos nas categorias por onde passaram. A
presença constante de Schumacher no topo da F1 foi vital para que o
automobilismo alemão voltasse a ser uma das forças do cenário em termos de
pilotos, e não apenas entres as fábricas. Aliás, aí está um fator interessante
para que o automobilismo de alguns países pegue pra valer: a falta de um piloto
vencedor, que motive os jovens também a competirem. Mas para isso as
Confederações precisam estar engajadas e aproveitar o momento para incentivar
ainda mais a prática do esporte motorizado, com parcerias para criações de
novas categorias – monopostos e turismo – com preços acessíveis para os novos
participantes e divulgação em massa para que o público possa lotar as pistas
para prestigiar e apoiar os novos valores que vão aparecer. O caminho traçado por Michael Schumacher está tendo
continuidade com Vettel, que ainda reinará por muito tempo como melhor piloto
alemão na categoria e com o passar do tempo, é bem provável que apareçam outros
pilotos alemães tão bons quanto o Sebastian e o velho Michael.
A história de
sucesso do automobilismo alemão, que deveria ter tido início pelas mãos de
Bellof durante os anos 80, foi abreviada em Spa e reaberta lá mesmo em 91, com
a estréia de Michael e confirmada pelo mesmo um ano depois no mesmo local. E de
quebra ele completará 300 GPs neste fim de semana em... Spa-Francorchamps.
De fato, um lugar especial para ele.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Gerhard Berger, 53 anos
O fiel escudeiro de Ayrton nos tempos de Mclaren e que anos depois tirou a Ferrari da fila de vitórias que duravam quatro anos (1990-94), completa hoje 53 anos. Ah, ele também foi o responsável pela primeira e a última vitória da Benetton na F1: GP do México de 1986 e GP da Alemanha de 1997.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
IndyCar Battles: Cleveland 1995
Talvez um dos melhores duelos da história da extinta CART, com cinco pilotos na luta pela vitória no circuito montado no Burke Lakefront em Cleveland.
Enquanto que Michael Andretti parecia tranquilo na liderança rumo à vitória, Scott Pruett, Gil De Ferran, Brian Herta e Jacques Villeneuve travavam duelos vicerais pelas 2ª e 4ª colocações. Faltando três voltas para o fim, De Ferran tentou uma ultrapassagem por dentro e teve a porta fechada por Pruett e ambos acabaram na grama. Momentos antes Jacques havia ganho a quarta colocação de Herta, mas a perderia logo em seguida após o enrrosco de Gil e Scott. Por algum motivo, Andretti perdeu rendimento na penúltima e tinha em seu encalço Herta, que já vinha com boa distância para Villeneuve que parecia conformado com os terceiro posto. Na tentativa de passar para a liderança Brian colocou o Reynard por dentro na última curva do circuito e efetuou a ultrapassagem, mas acabou errando a freada e permitindo com que Andretti voltasse para a liderança. O problema é que nenhum deles, e nem mesmo os que estavam presentes naquela tarde, acreditaram quando o Reynard azul claro da Forsythe de Villeneuve apareceu feito um raio no meio dos dois e subiu para a primeira posição na . Michael ainda tentou recuperar a ponta, mas tocou no pneu traseiro direito do carro de Jacques o que danificou a sua suspensão fazendo com que caísse na classificação. Herta ainda comboiou o canadense na tentativa de tentar uma última cartada, que nunca aconteceu e assim Jacques pôde conquistar a sua quarta vitória no ano e sua última na CART.
Enquanto que Michael Andretti parecia tranquilo na liderança rumo à vitória, Scott Pruett, Gil De Ferran, Brian Herta e Jacques Villeneuve travavam duelos vicerais pelas 2ª e 4ª colocações. Faltando três voltas para o fim, De Ferran tentou uma ultrapassagem por dentro e teve a porta fechada por Pruett e ambos acabaram na grama. Momentos antes Jacques havia ganho a quarta colocação de Herta, mas a perderia logo em seguida após o enrrosco de Gil e Scott. Por algum motivo, Andretti perdeu rendimento na penúltima e tinha em seu encalço Herta, que já vinha com boa distância para Villeneuve que parecia conformado com os terceiro posto. Na tentativa de passar para a liderança Brian colocou o Reynard por dentro na última curva do circuito e efetuou a ultrapassagem, mas acabou errando a freada e permitindo com que Andretti voltasse para a liderança. O problema é que nenhum deles, e nem mesmo os que estavam presentes naquela tarde, acreditaram quando o Reynard azul claro da Forsythe de Villeneuve apareceu feito um raio no meio dos dois e subiu para a primeira posição na . Michael ainda tentou recuperar a ponta, mas tocou no pneu traseiro direito do carro de Jacques o que danificou a sua suspensão fazendo com que caísse na classificação. Herta ainda comboiou o canadense na tentativa de tentar uma última cartada, que nunca aconteceu e assim Jacques pôde conquistar a sua quarta vitória no ano e sua última na CART.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Foto 112: Um ano antes...
Gilles e Didier lado a lado na saída de box do circuito de Ímola, em 1981. Ambos terminaram aquela corrida, com Pironi ficando à frente de Villeneuve ao chegar em quinto e o canadense terminar em sétimo. Nelson Piquet venceu aquela prova, com Patrese em segundo e Reutemann em terceiro.
domingo, 19 de agosto de 2012
Vídeo: A épica chegada da ALMS em Road America
Foi apenas 0''083 centésimos que separaram os vencedores Chris Dyson/ Guy Smith (Dyson Racing - Lola B12/60 Mazda) do duo Klaus Graf/Lucas Luhr (Muscle Milk Racing - HPD-ARX 03a) do final da sétima etapa do campeonato do American Le Mans Series disputado no circuito de Road America.
As últimas voltas foram de batalha total pela vitória entre as duas equipes, sempre com Smith à frente de Luhr usando o tráfego intenso das últimas voltas para se defender dos ataques do piloto da Muscle Milk. Apesar do ataque final de Luhr, na entrada da última curva que lhe valeu momentaneamente a liderança, Smith conseguiu emparelhar e fechar na frente do rival com a miníma diferença da história da categoria. Ano passado, lá mesmo em Road America, as mesmas equipes já haviam travado um ótimo duelo com a vitória ficando por conta da Muscle Milk.
O detalhe é que as duas duplas tiveram contratempos: enquanto que a Muscle Milk teve um vazamento de água, que fez a dupla perder quatro voltas nos boxes - e que foram recuperadas, o duo da Dyson Racing partiu do fundão para uma espetacular vitória.
As últimas voltas foram de batalha total pela vitória entre as duas equipes, sempre com Smith à frente de Luhr usando o tráfego intenso das últimas voltas para se defender dos ataques do piloto da Muscle Milk. Apesar do ataque final de Luhr, na entrada da última curva que lhe valeu momentaneamente a liderança, Smith conseguiu emparelhar e fechar na frente do rival com a miníma diferença da história da categoria. Ano passado, lá mesmo em Road America, as mesmas equipes já haviam travado um ótimo duelo com a vitória ficando por conta da Muscle Milk.
O detalhe é que as duas duplas tiveram contratempos: enquanto que a Muscle Milk teve um vazamento de água, que fez a dupla perder quatro voltas nos boxes - e que foram recuperadas, o duo da Dyson Racing partiu do fundão para uma espetacular vitória.
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