Interessante observar a carreira de Christian Fittipaldi
fora dos monopostos. Os números são ótimos, se compararmos com pilotos de sua
geração que optaram por outros caminhos – que foi o seu caso – principalmente
no endurance.
Christian venceu em 1993 às 24 Horas de Spa-Francorchamps a
bordo de Porsche 911 RSR, carro que dividiu com o alemão Uwe Alzen e com o
velho de guerra Jean Pierre Jarier. Em 1994, nas Mil Milhas, conquistou uma
vitória pra lá de especial ao dividir o volante de um Porsche 911 NSR com seu
pai Wilson.
Após um período onde concentrou forças na F1 e Indycar,
aventurou-se na NASCAR e Stock Car para depois seguir caminho no endurance,
onde passou a obter resultados que o revelaram como um dos melhores pilotos de
longa duração do mundo. A dupla conquista em Daytona (2004-2014), é um exemplo
claro da sua habilidade neste tipo de competição onde, ao lado do português
João Barbosa, tem formado uma dupla fortíssima no certame do TUSC (Tudor
SportsCar). No ano passado veio o título nesta categoria, a serviço da Action
Express, onde conquistou, também, uma vitória inédita nas 6 Horas de Watkins
Glen.
A vitória de Christian Fittipaldi nas 12 Horas de Sebring,
junto de João Barbosa e Sébastian Boudais, é mais um triunfo para a história do
automobilismo brasileiro e também para o clã Fittipaldi, tão conhecido de todos
pelas conquistas pioneiras de Emerson na Europa e EUA. E para seu sobrinho
Christian, é mais um para o seu cartel de grandes conquistas no endurance.
Após essa grande marca alcançada, falta apenas as 24 Horas
de Le Mans, que é um nível acima, para fechar a marcas de grandes conquistas em provas de longa duração. Afinal de contas, para você vencê-la, terá
que estar a serviço de uma das grandes equipes de fábricas. Neste caso
abrem-se, mais uma vez, as chances de Lucas Di Grassi tentar alcançar este
feito histórico em junho com a Audi.
E ele está num lugar onde as pessoas entendem muito - e mais um pouco - sobre a arte de vencer em Sarthe.
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