(Foto: Motori News) |
Sabemos bem que a aposta é alta e arriscada. Sabemos também
que tanto a Renault quanto Alonso sabem onde estão amarrando seus respectivos
burros e que a chance de não dar em nada esse “terceiro casamento” é grande – e
sem dúvida essa é a maior aposta da opinião automobilística no momento, que
prevê abalos sísmicos já para a primeira parte do campeonato da Fórmula-1 em
2021. Mas, por outro lado, isso é parte de um pacote que tem tudo para ser dos
mais interessantes, independente de qual seja o resultado dessa terceira união.
Apesar das comparações do retorno de Fernando Alonso com o
de Michael Schumacher ter sido levantado nestas últimas horas, vale lembrar que
o retorno de Schumacher em 2010 tinha uma grande diferença e essa repousava
sobre o regulamento bem diferente daquele que o heptacampeão cravou suas bases
para se tornar o maior da categoria, ao arrasar todos na primeira metade dos
anos 2000. Apesar do jogo psicológico que ele imprimiu sobre Nico Rosberg, o
filho de Keke não deu tempo para que Michael se readaptasse ao novo momento da
categoria e triturou o multicampeão sem piedade. Fernando voltará com após dois
anos de ausência onde o regulamento ainda será bem parecido com o que ele
experimentou até a sua última estadia em 2018, porém, a exemplo do mesmo
Schumacher, estará ao lado de um jovem sedento para mostrar a todos que pode
andar igual o mais do que um piloto que acabou de voltar de uma “aposentadoria”.
Esteban Ocon, que voltou neste ano como piloto da Renault, terá 24 anos contra
os 40 de Alonso e certamente terá a sua grande chance de mostrar que é um dos
jovens promissores dessa geração que vem se renovando desde a estreia de Max
Verstappen e Carlos Sainz em 2015. Apesar de não ser mais um jovem, para Alonso
restará a sua vasta experiência e também o fato de não ter ficado inativo – o que
talvez tenha contribuído bastante para Michael Schumacher tenha voltado fora de
ritmo – e voltar um ano antes da troca de regulamento é uma boa ajuda.
Tanto a Renault quanto
Alonso procuram um lugar ao sol novamente e a visão deles se apegam ao
regulamento que está para começar em 2022, com um teto orçamentário que dá a
equipe francesa um melhor conforto para poder trabalhar e tentar beliscar uma
parte do bolo e voltar ao grupo da frente. Portanto, o ano de 2021 é será de
muita paciência e os dois lados sabem bem disso e precisarão se ajudar
mutuamente para que tudo chegue corretamente no seu momento. Certamente será
uma guerra de nervos que todos estarão de olho esperando que a primeiras bombas
no QG da Renault sejam detonadas para apontarem o dedo e gritarem “Eu lhes
avisei!”.
Por mais que acredite que Alonso não chegará ao seu
objetivo, é uma grande oportunidade para ele mostre que está disposto a ajudar
de todas as formas aquela que deu a ele a oportunidade de ser duas vezes
campeão do mundo. Para a Renault também será a oportunidade de se inspirar no
passado e montar uma base vencedora e voltar aos seus dias de glória, seja com
Alonso, seja com Ocon ou com quem quer que seja.
A verdade é que as cartas estão na mesa e mais um desafio
estará em jogo. Se eles voltarão a reviver seus dias de glória de quase vinte
anos atrás ou amargarão mais uma decepção, os próximos anos nos darão as
devidas respostas.
Sou da opinião que o regresso do Alonso à F1 não é benéfico nem para ele nem para a Renault.
ResponderExcluirIsso não que dizer que eu não deseje que tenha toda a sorte e que consiga levar a Renault a lutar pelas vitórias. Também é sempre de saudar ter mais um campeão mundial entre os pilotos de F1.
Abraço
visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/