Mostrando postagens com marcador GP da Itália. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GP da Itália. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de julho de 2013

Foto 228: Brasil

A primeira fila para a largada do GP da Itália de 1953: Alberto Ascari na Ferrari 500 #4 largando da pole; Juan Manuel Fangio com a Maserati A6GCM-53 #60 em segundo e Giuseppe Farina com a outra Ferrari 500 #6 na terceira posição.
Na 21ª posição a presença brasileira nessa prova: Chico Landi, ao volante de uma Maserati A6GCM, marcara o tempo de 2'12''800 largando na frente de gente boa como Príncipe Bira, Louis Chiron e Hans Stuck Sr. (estes dois últimos pilotando carros construídos por eles mesmos). Era a quinta prova de Landi - as outras quatros tinham sido em Monza 1951; Zandvoort e Monza 1952 e Bremgarten 1953. Na pista italiana, ele conseguira um oitavo lugar em 1952, até então o seu melhor resultado na categoria. Naquela edição de 1953 Chico acabou por abandonar com problemas no motor, numa prova que foi vencida por Fangio, seguido por Farina e Luigi Villoresi.
A última participação de Chico Landi na F1 remonta a 1956, quando disputou o GP da Argentina com uma Maserari 250F e chegou em quarto.
Na foto, do lado esquerdo, a bandeira brasileira logo após a dos EUA.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Foto 161: Ciano

O sensacional Mercedes W154 de Rudolf Caracciola em uma das vielas do circuito de Montenero (Livorno) na Itália, durante a Coppa Ciano de 1938.
(Foto: Günther Molter)


Foram 20 edições dessa prova, sendo que sete foram realizadas sob o nome de Circuito de Montenero. Em 1927 a prova foi feita em conjunto com a Coppa Ciano, que era nada mais que um troféu - idealizado pelo político local Constanzo Ciano - entregue ao piloto vencedor do Circuito de Montenero. A partir de 1928 a prova passou a chamar-se Coppa Ciano. O maior vencedor dessa prova foi Tazio Nuvolari com cinco conquistas - 1931, 32, 33, 35 e 36 quando venceu em parceria com Carlo Pintacuda. Antes disso, Emilio Materassi havia vencido quatro vezes em seguidamente nos anos 20 (1925, 26, 27 e 28). O GP da Itália, que era realizado de forma ininterrupta em Monza desde 1922, foi transferido para este circuito em 1937 devido ao grande desempenho de Nuvolari no ano anterior, que conseguira derrotar os carros alemães quando estava ao volante da Alfa Romeo 8C-35. Mas desta vez não teve papo e Caracciola com a Mercedes W125 venceu com folga.
Como foi dito, a última edição da Coppa Ciano foi realizada em 1939 e teve como vencedor Giuseppe Farina com a Alfa Romeo 158.
A prova voltou a ser a realizada, com o nome de Circuito de Montenero, em 1947 quando Franco Venturi, com uma Cisitalia D46-FIAT, foi o vencedor.

domingo, 30 de setembro de 2012

Vídeo: GP da Itália, 1989

Décima segunda etapa do campeonato de 1989, o Autódromo Nacional de Monza abrigava mais uma vez o GP da Itália. Ayrton foi o pole (1'23''720), seguido por Gerhard Berger, Nigel Mansell e Alain Prost, que venceria a corrida. Berger e Boutsen completaram o pódio.
Senna abandonou na volta 44 com motor estourado; Piquet saiu na volta 23; Gugelmin abandonou na 14ª passagem e Roberto Pupo Moreno não passou da pré-qualificação.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O início de algo grandioso


Emerson comemorando o título de 1972, conquistado em Monza.
(Foto: Sutton Images)
Um país que tem cultura monoesportiva como o Brasil, é quase que impossível fazer com que o público goste de outro esporte que não seja aquele a qual estão acostumadas. O futebol sempre foi o esporte mais difundido, discutido, praticado e o título da seleção na Copa do México de 1970, só reforçou essa paixão. Algo mais do que normal. Na mesma época, um rapaz de costeletas longas e cheias, começava a traçar seu caminho numa categoria quase que desconhecida por aqui. Emerson Fittipaldi fez sua estréia na F1 em Brands Hatch; pontuou na corrida seguinte em Hockenheim; presenciou a morte de Jochen Rindt na Itália e conquistou a vitória que rendeu o título póstumo ao austríaco em Watkins Glen. No ano seguinte os problemas na Lotus o privaram de conseguir algo melhor, mas sempre esteve entre os primeiros. Em 1972 tudo parecia melhor: carro confiável, quatro vitórias e a chance de conquistar o mundial na Itália. Mas os azares de dias antes do GP italiano foram aos montes: carro destruído num acidente; mecânico ferido; combustível vazando horas antes de largar... Emerson conseguiu ir para a corrida e vencer a prova e o receio de algum outro problema que viesse acontecer. Emerson Fittipaldi, do alto dos seus 25 anos, era campeão mundial de F1.
O feito de Emerson se alastrou pelo país e era normal naquela altura ver pessoas, ainda que com alguma dificuldade, falar sobre a categoria tentar pronunciar nomes difíceis como Ronnie Peterson, Jackie Stewart, Colin Chapman, Clay Regazzoni, Jacky Ickx e outros. Os garotos se entusiasmaram e as pistas de kart passaram a ficar mais freqüentadas, cheias. A aparição de José Carlos Pace pouco tempo depois, só ajudou a colocar o Brasil no mapa do automobilismo mundial e ajudar a popularizar a F1 por aqui. As disputas com Stewart foram o ponto alto daqueles dias seguintes; o carro negro e dourado da Lotus era sinônimo de vitória e Emerson era um dos pilotos mais respeitados e temidos do grid. Um esforço que se iniciou em 1969 e agora estava sendo recompensado. 
Uma vez com o caminho aberto, foi fácil presenciar a ida de um piloto brasileiro para a F1: Ingo Hoffman, Alex Dias Ribeiro, Nelson Piquet, Roberto Pupo Moreno, Ayrton Senna, Mauricio Gugelmin e outros tantos até chegar aos dias de Massa e Bruno. O resultado subseqüente de tudo isso, após o segundo título de Emerson em 1974, foram mais outros seis mundiais e 87 vitórias.
E aquela última volta do GP da Itália de 1972 representou algo muito além do título de Emerson Fittipaldi: o Brasil também poderia fabricar pilotos tão bons quanto os de qualquer outra parte do mundo.

 

GP da Itália: Hamilton, o novo desafiante


Hamilton a caminho da pole, no sábado: a vitória no domingo foi uma água na fogueira iniciada
em Spa, devido a nova asa traseira dada à Button. O sonho do título ainda esta aceso, mas o
clima em Woking não é dos melhores.
(Foto: Getty Images)
A pole de Hamilton no sábado tinha sido apenas a primeira parte de algo de que denunciava ser uma tarde prateada no domingo. Para isso era preciso dobrar a primeira chicane na frente e contar com uma dose de sorte para não acontecer nenhum acidente. Acidente não houve, foi uma largada limpa, mas Hamilton teve que fazer um esforço para segurar a primeira posição frente a um ousado Felipe Massa que emparelhou seu Ferrari com a McLaren do inglês, forçando-o frear um pouco mais tarde e sustentar uma liderança que seria perdida apenas por algumas voltas após seu único pit-stop para a grande sensação da tarde Sérgio Pérez, que fez uma das melhores, ou talvez melhor, apresentação dele nestes quase dois anos de F1. O piloto mexicano largou com pneus duros frente aos seus concorrentes que saíram com os médios, e isso lhe deu vantagem de escolher parar mais tarde e usar de modo integral e sem sofrer muito desgaste os pneus médios na parte final da corrida, podendo assim arrancar de um quinto lugar para o segundo. E mais umas quatro, cinco ou seis voltas, ele estaria pronto para ultrapassar Hamilton e assumir a ponta para uma vitória inédita para ele e a Sauber.
Enquanto que Lewis estava intocável na liderança da prova, a segunda colocação para baixo estava numa disputa fervorosa. Felipe tinha conseguido acompanhar o ritmo de Hamilton nas voltas iniciais, mas os pneus do seu Ferrari degradaram-se rapidamente dando à Button a chance de assumir a segunda colocação. Uma posição dos sonhos para a McLaren, que tem vencido as últimas etapas, mas o problema no pescador de combustível arruinou uma possível dobradinha em Monza. Alonso foi brilhante na sua largada ao ganhar quatro posições na primeira volta e aparecer em sexto na abertura do segundo giro. Ele sabia que perder tempo atrás de Di Resta, Kobayashi, Raikkonen e Rosberg arruinariam qualquer chance de tentar, ao menos, um pódio no GP italiano. Encontrou alguma resistência por parte de Schumacher, que se beneficiava da potência do motor Mercedes na reta para vencer os duelos contra o espanhol, que só foi perdido quando Alonso conseguiu pegar o vácuo na reta dos boxes e efetuar a ultrapassagem. Era visível que Fernando estava cauteloso nos duelos e com Vettel, ele parecia ainda mais. Porém, após a troca de pneus, ele estava disposto a ganhar a posição do alemão a todo custo quando aconteceu o lance do dia: Vettel deu o lado de fora da Curva Grande para o espanhol, que mergulhou para tentar assumir a quarta colocação. O espaço era pequeno e Fernando foi com as quatro rodas na brita, conseguindo domar o Ferrari e voltando ainda em quinto. Voltas depois ele voltou com carga máxima e passou o alemão antes da chicane Roggia. Mas antes disso, reclamara veemente sobre a manobra de Sebastian e algum tempo depois os comissários puniriam com um Drive Through o piloto da Red Bull. Punição discutível, uma vez que Alonso, com o mesmo Vettel, fizera algo parecido quando o alemão tentou a ultrapassagem por fora na Curva Grande no GP do ano passado e saiu sem punição. Apesar de todo esse rebuliço, Vettel abandonaria voltas depois por problemas no alternador e prova se tornou desastrosa para a equipe quando Webber também saiu da corrida após uma rodada na saída da Ascari. Um final de semana para ser esquecido.
A vitória de Lewis em Monza coloca-o de volta na disputa pelo título. Está agora com 37 pontos de desvantagem para Alonso (179x142) e o McLaren é o melhor carro da F1 desde o GP da Hungria. Mas vale lembrar que o carro cromado de Woking é perfeito pára circuitos de alta, como ficou bem visto em Spa e Monza. Na Hungria, apesar da bela vitória de Hamilton, ele precisou domar o ímpeto do duo da Lotus para não perder a corrida. Ou seja, em pistas que requerem maior carga aerodinâmica, o McLaren talvez não tenha uma grande vantagem. Dessa forma ficará fácil para que Ferrari, Red Bull e, eventualmente, Lotus igualem as forças. A pista citadina de Cingapura será um palco perfeito para a queda de braço entre Alonso, Hamilton e Vettel já que eles são brilhantes naquele traçado. E os bons coadjuvantes dessa temporada estarão a postos para beliscar algo nessa corrida.  

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os 90 anos do Circuito Nacional de Monza



Cartaz da primeira corrida disputada no Parque Nacional de Monza,
em 3 de setembro de 1922.


Os dias do automobilismo italiano eram os melhores na distante década de 20, mais precisamente no seu início. Ainda era uma época de reconstrução da Europa, que havia sofrido os horrores da Primeira Guerra Mundial, mas as competições tinham retornado de forma tímida em 1919 ao ser realizado a Targa Florio com a participação de 17 carros. Um bom número, diga-se, mas em sua maioria carros italianos. Os franceses que estavam na frente antes do estouro da Guerra, não estavam em condições financeiras para colocar seus carros em competições e muito menos apoiar pilotos privados. E isso se refletiu na organização de corridas, em especial o seu tradicional GP do ACF – ou GP da França, como queiram - que ficou engavetado até 1921 quando foi realizado no circuito de Le Mans. De certa forma, não foi um regresso muito feliz para o Automóvel Clube da França que esperava uma vitória caseira: Jimmy Murphy, pilotando um Duesenberg, aniquilou a concorrência francesa e marcou uma vitória histórica para o automobilismo americano por ser a primeira de um carro construído nos EUA a vencer na Europa.
Para os italianos, que estavam no encalço dos franceses desde o final da primeira década daquele século XX, o domínio no automobilismo europeu se deu exatamente na casa dos seus rivais em 1922, quando o GP da França foi disputado na pista de Estrasburgo. Apesar de ter sido uma corrida trágica, com a morte do sobrinho de Felice Nazzaro, Biaggio, que capotou seu FIAT após este ter um eixo quebrado – o mecânico que o acompanhava também morreu -, o seu tio conquistou uma importante vitória naquela corrida e dando à Itália a supremacia no automobilismo daquele continente que tanto ambicionavam.
Assim como seus rivais franceses as corridas na Itália eram disputadas em ruas ou estradas, mas comercialmente não eram vantajosas. Era preciso uma pista permanente e que desse ao público, e pilotos, a sensação de estarem num circuito de estrada. Dessa forma o Automóvel Clube de Milão conseguiu alugar, por 30 anos, uma parte do terreno que ficava nos jardins do Palácio de Monza junto ao estado e o plano era fazer um circuito naquele local em quatro meses para abrigar o GP da Itália, em setembro. As obras começaram em maio, com uma cerimônia que teve a presença de Felice Nazzaro e Vincenzo Lancia, ex-parceiros de FIAT e dois dos melhores pilotos italianos do início do século, que lançaram a primeira pá de pedras naquele circuito. A pista ficou pronta em agosto e os projetistas fizeram uma combinação de oval, com curvas altamente inclinadas, e um circuito que poderiam ser usados separadamente ou em conjunto formando um traçado de aproximadamente de 10 km. O GP italiano, em sua nova casa, também ofereceria prêmios em dinheiro, algo em torno de 500 mil liras para o vencedor.
A inauguração aconteceu em 3 de setembro com a presença de 200 mil espectadores – talvez nem todos pagantes, claro – e duas corridas para serem realizadas: o Grande Prêmio para carros pequenos (Gran Premio Delle Vetturette) e o Grande Premio da Itália (Gran Premio d’Itália). Para a corrida dos carros pequenos – ou Voiturettes – dos 23 inscritos, apenas nove alinharam para a corrida. As equipes da França e Inglaterra, prevendo um massacre italiano por parte da FIAT, não quiseram participar. Sendo assim, foi, de fato, um passeio dos FIATs comandados por Pietro Bordino que venceu a prova seguido por Enrico Giaccone, Evaio Lampiano, e Carlo Salamano.
O grid para o GP da Itália (que também foi o primeiro a levar a nomenclatura de GP da Europa), também teve um grid magro pelo mesmo motivo que deixou vazio o da prova anterior: a supremacia italiana. Dos 31 inscritos nove estiveram presentes nos treinos, mas apenas oito largaram já que Gregor Khun, piloto alemão da Austro - Daimler, morreu durante um teste. Apesar de a corrida ter ficado com apenas três carros na disputa nas últimas 28 voltas de corrida – de um total de 80 – o duelo entre Pietro Bordino e o velho Felice Nazzaro foi o ponto alto. Pierre de Vizcaya, piloto espanhol que estava no comando de um Bugatti T30, ainda teve fôlego para disputar com os FIATs dos dois ases italianos, mas um problema nas velas acabou com a sua remota chance de vitória. Mesmo com a sua experiência de muitos anos e com uma recente e aclamada vitória no GP francês, Nazzaro não conseguiu acompanhar o ritmo da nova estrela do automobilismo italiano Pietro Bordino que acabou por vencer a corrida após 5 horas e 43 minutos de corrida, terminando com duas voltas de avanço sobre Felice Nazzaro. Vizcaya ainda voltou para a corrida, fechando em terceiro com quatro voltas de atraso.
A inauguração de Monza acabou por ver uma troca de guarda entre gerações de pilotos, com o jovem Bordino a tornar-se o melhor piloto daquele país frente à Felice Nazzaro que também já havia sido um dos melhores. Curiosamente Bordino tinha iniciado a sua carreira em 1904 trabalhando como mecânico da FIAT diretamente nos carros de Vincenzo Lancia e Felice Nazzaro.
Ele havia aprendido bem a lição.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Foto 59: Beleza francesa

Além de ter uma voz encantadora, ainda mostrou toda a sua beleza no melhor filme de automobilismo (ou um dos melhores) já feitos: Françoise Hardy interpretou Lisa no filme "Grand Prix" e era a namorada do piloto da Ferrari Nino Barlini (interpretado por Antonio Sabato). Nesta foto ela está no Eagle-Weslake de Dan Gurney, que foi utilizado no GP da Itália de 1966.
Françoise é uma das melhores cantoras francesas do último século tendo alcançado sucesso, em 1962, aos 18 anos com a música "Tous les garçons et le filles"

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Monza, 1967

Jim Clark concentrado antes da aula que aplicaria naquele GP italiano, disputado à 10 de setembro de 1967. Fiz um post sobre esta prova e é só clicar aqui para ler.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

GP da Itália - Corrida - 13ª Etapa

Umas das curvas pouco badaladas de Monza é a curva Grande. Contornada a direita é a única feita totalmente com o pé cravado que leva a forte freada da variante Roggia. Ela não chega aos pés da antiga Lesmo, que dependendo do piloto, poderia ser feita de pé embaixo, mas ela tem o seu valor e exige uma dose de coragem para efetuar uma ultrapassagem. E se for por fora, fica ainda mais valorizada. Foi assim que Vettel fez para recuperar a liderança na quinta volta após ter perdido-a para um surpreendente Alonso, que saíra de quarto para primeiro numa largada fenomenal. Vettel havia perdido a liderança não por ter patinado, mas por ter se preocupado em defender-se de Hamilton que o ameaçava por fora e Alonso aproveitou a pequena brecha para assumir a liderança. Um cenário que era um sonho para os tiffosi que ficaram eufóricos. Após a saída do SC, que entrara devido ao strike causado por Liuzzi que levara consigo Rosberg e Petrov e Vettel partiu para o ataque e na quinta passagem ele mostrou que estava amadurecido o suficiente ao aplicar uma ultrapassagem, e passando com as rodas do lado esquerdo na grama, por fora sobre Alonso que nem tivera a chance de se defender-se. Tinha sido uma bela manobra e Vettel mostrara para os seus críticos mais ferrenhos, que ele também sabe ultrapassar quando preciso. Essa manobra, para mim, além de ter sido de total coragem, só serviu para confirmar que ele está amadurecido e que aprendera com os erros do passado. Em outros tempos ele teria ido parar no muro, ou acertado Alonso.
Se Vettel resolveu a sua vida rapidamente, não podemos dizer o mesmo de Hamilton, que protagonizou com Schumacher o mais belo duelo deste ano. Duas gerações de pilotos separados por 16 anos confrontaram-se de um modo franco e aberto: Michael, do alto dos seus 42 anos de pura experiência e sete títulos mundiais nas costas, segurou bravamente Hamilton, que tem a fogosidade dos seus 26 anos e já carrega na bagagem um título mundial e uma coleção infindável de belas ultrapassagens, duelaram por mais de vinte voltas contando as duas vezes em que se encontraram na pista. Michael defendeu-se como pode dos ataques de Hamilton, e em algumas situações, mudou de trajetória mais de uma vez e deu uma fechada de gelar a espinha quando Lewis mergulhou por dentro na curva Grande para tentar a ultrapassagem (antes disso, Hamilton havia feito a ultrapassagem no final da reta dos boxes, mas tomara o troco na curva Grande quando Michael o pegou por fora). Button soube bem aproveitar este momento em que seu companheiro perdera a velocidade para ultrapassá-lo e na mesma volta passar por Schumacher na freada da entrada da Ascari, por fora. O Lewis tentara desde a 4 volta, Button resolveu tudo em meia volta, para ser mais preciso, na 16ª passagem. E dizem que ele soltou pelo rádio “É assim que se faz”, dando uma pequena alfinetada em Lewis. Para o azar do campeão de 2008, ele voltara atrás de Michael logo após sua parada de box na 19ª passagem. Foi outra bela batalha, mas antes que se completassem as 30 voltas, Hamilton conseguiu passar por Schumi na freada da Ascari após Michael ter patinado na saída da segunda de Lesmo. A menor configuração de asa de Schumacher, combinando com a potência do motor Mercedes, lhe deu uma sobrevida nesta batalha pois Hamilton, tendo o mesmo motor, não conseguira passar dele nem mesmo quando usava a asa traseira nas retas. O problema é que Hamilton tinha mais asa que o normal e isso dificultava a sua aproximação. Mas também temos que dizer que Hamilton esteve altamente cauteloso e Schumacher não aliviou em momento algum nas disputas. E isso merece um post à parte.
Com os brasileiros provas distintas: Massa recuperou-se bem do enrosco com Webber após a saída do SC e fez boa corrida de recuperação, o que sugere, caso não tivesse acontecido este incidente, poderia ter brigado até mesmo pela quarta posição. Bruno fez mais um bom trabalho ao ficar em décimo no treino. Escapou da batida na largada, caiu para último, duelou com Kobayashi, Buemi e Maldonado, vencendo todas e chegou na oitava posição marcando seus dois primeiros pontos na F1. Barrichello foi um dos que foram envolvidos na batida da largada e após trocar o bico, voltou no fundo e recuperou-se até a 13ª posição, onde acabou terminando.
Pelo uso da asa móvel e KERS, Monza voltou a ter a sua famosa briga de vácuos, os “Sliptreamers”, que eram comuns quando a pista não tinha as chicanes até 1971. Vettel venceu de modo magistral livrando-se cedo de todas as brigas e sumindo na frente para garantir mais 25 pontos. Agora com 112 de vantagem para Alonso, o novo vice líder, ele pode sair bicampeão já em Cingapura, caso vença a corrida. E a F1 se despede da Europa. E a prova de Monza, no meu ver, deixará saudades principalmente quando vermos por onde a F1 vai correr até o final do ano nos circuitos insossos da Ásia e Oriente Médio. Mas para compensar, ainda teremos Suzuka e Interlagos, duas pistas onde, normalmente, os homens se separam dos garotos. 
A Largada: Alonso se prepara para dar o bote em Hamilton e Vettel
 Liuzzi veio varrendo quem estava na frente e levou Rosberg e Petrov consigo. Em Cingapura perderá 5 posições, mas na verdade um gancho de uma corrida seria bom ele aprender a não estragar a corrida dos outros
O grande duelo: Schumacher fez de tudo, e mais um pouco para defender-se dos ataques de Hamilton...
...até que Button e resolveu a ladainha em meia volta, passando os dois contendores
Bruno marcou seus dois primeiros pontos na F1 e teve boas disputas com Buemi e Kobayashi, acima

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Itália
Circuito de Monza- 13ª  Etapa- 11/09/2011
53 voltas

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault) - 1h20min46s172
2. Jenson Button (GBR/McLaren-Mercedes) - a 9s590
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 16s909
4. Lewis Hamilton (GBR/McLaren-Mercedes) - a 17s417
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 32s677
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 42s993
7. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari) - a 1 volta
8. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
9. Bruno Senna (BRA/Lotus-Renault) - a 1 volta
10. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari) - a 1 volta
11. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta
13. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) - a 2 voltas
14. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus) - a 2 voltas
15. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth) - a 2 voltas

Não completaram a prova:
Sergio Perez (MEX/Sauber)
Daniel Ricciardo (AUS/Hispania)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Adrian Sutil (ALE/Force India)
Mark Webber (AUS/Red Bull)
Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania)

FOTOS: ITV.COM

sábado, 10 de setembro de 2011

GP da Itália- Classificação- 13ª Etapa

Foi um treino simples, direto, sem toda aquela emoção que foi a de Spa, 15 dias atrás. Vettel não teve muito trabalho para conseguir a pole e até melhorou no final da Q3 seu tempo que era ótimo e colocou nas costas de Hamilton, mais de 4/10 de segundo. Uma maraca respeitável, mas que confesso, que não fará nenhuma diferença amanhã quando largarem.
O que me leva a ter essa idéia é que os carros prateados estarão em melhor condição, visto que suas performances em corridas neste ano estiveram próximas dos rubro-taurinos e Hamilton foi muito bem na sexta, dia que as equipes procuram acertar o carro para a corrida. E se não bastasse Hamilton ao seu lado, logo atrás aparece Button que tem sido destaque nas últimas corridas devido suas recuperações baseadas em estratégias e também, claro, em boa dose de velocidade. Então vejo uma corrida acirrada enre estes três.
Alonso aparece em quarto e, mesmo que a Ferrari tenha bom desempenho em condições quentes, como tem estado a temperatura de Monza nestes dias, não o vejo com grandes condições de chegar ao pódio e a sua batalha pela quarta posição, de início, ficará restrito a Webber (5º) e possivelmente Massa. As Mercedes também podem aparecer nesta briga no decorrer da corrida, mas isso vai depender se conseguirem superar rapidamente Petrov que conseguiu uma boa volta e sai em 7º (Schumacher sai em 8º e Rosberg 9º).
Senna também fez bom trabalho nas duas primeiras partes ao conseguir ficar entre os dez primeiros e preferiu não treinar na Q3 para economizar pneus moles para amanhã. Barrichello fechou em 13º.
Portanto a corrida de amanhã ficará restrita a uma briga entre a Red Bull de Vettel contra os Mclarens de Hamilton e Button. E nisso aposto numa vitória de uma das Mclarens, já que Vettel não é o melhora carro de reta em Monza.

RESULTADO FINAL- GRID DE LARGADA PARA O GP DA ITÁLIA- 13ª ETAPA

1 Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1mnin22s275
2 Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min22s725
3 Jenson Button (ING/McLaren) - 1min22s777
4 Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min22s841
5 Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min22s972
6 Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min23s188
7 Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault) - 1min23s530
8 Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min23s777
9 Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min24s477
10 Bruno Senna (BRA/Lotus Renault) - Sem tempo
11 Paul Di Resta (ESC/Force India) - 1min24s163
12 Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min24s209
13 Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min24s648
14 Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min24s726
15 Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min24s845
16 Sebastien Buemi (FRA/Toro Rosso) -1 min24s932
17 Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min25s065
18 Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min25s334
19 Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min26s647
20 Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min27s184
21 Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min27s591
22 Jerome D''Ambrosio (BEL/Virgin) -1min27s609
23 Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - 1min28s054
24 Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - 1min28s231

FOTO: GETTY IMAGES

domingo, 4 de setembro de 2011

Grande Prêmio da Itália, 1982 - Vídeo

Semana que vem acontecerá em Monza a 13ª etapa do mundial de Fórmula 1. Para ir aquecendo fica o vídeo, completo, do GP da Itália de 1982 (15ª etapa) vencido por René Arnoux com um Renault:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Foto 24: Slipstreamer

As retas de Monza proporcionavam algo especial para os pilotos, que era utilizar, em sua totalidade, o vácuo por toda extensão da pista italiana. Um conjunto de carros formando uma coluna para aproveitarem-se do vácuo, era popularmente chamado de Slipstreamer, algo como deslizar pelo vácuo. Na foto acima, tirada durante o GP da Itália de 1970, temos uma idéia do que é isto com Jackie Oliver liderando o pelotão, seguido por Clay Regazzoni, Jackie Stewart, Jacky Ickx, Denny Hulme, Rolf Stommelen e François Cevert. Esta foi  a prova em que Reggazoni conseguiu seu triunfo, 24 horas após a morte de Jochen Rindt.

domingo, 13 de março de 2011

GP da Itália, 1967

Em setembro do ano passado tinha escrito um post sobre a a genial recuperação de Jim Clark no GP italiano, após um furo em um dos pneus. O vídeo abaixo mostra as imagens de quando Jim assumiu a liderança da prova ao ultrapassar Jack Brabham (Brabham) na reta dos boxes (no mesmo instante em que o então líder Graham Hill, Lotus, abandonou a prova) e depois, na última volta, quando o escocês perdeu a liderança para John Surtees (Honda) e Jack Brabham na saída da primeira curva de Lesmo. O post você confere aqui.

domingo, 9 de janeiro de 2011

F1 Battles- Ayrton Senna vs Ricardo Patrese vs Nigel Mansell, GP da Itália 1991


A batalha no GP da Itália de 1991, foi reservada a três pilotos: Senna, Mansell e Patrese. Com a intenção de preservar pneus, planejando um futuro ataque à Senna, Mansell deixa Patrese passá-lo para atacar o piloto brasileiro sem nenhuma cerimônia. Patrese pressionou Ayrton por várias voltas, até consegui-lá porém, voltas mais tarde com uma diferença confortável, o piloto italiano roda na saída da primeira perna da curva Ascari deixando com que Senna e Mansell subissem de posições.
Ayrton e Nigel travaram um ótimo duelo, com o piloto brasileiro se defendo como podia dos ataques do leão, que nitídamente, tinha um carro muito superior. Mas o Mclaren também já estavm com os pneus no fim, e isso possibilitava ainda mais Nigel atacar sem dó.
Mansell emparelha com Senna na reta que antecede a Ascari e efetua a ultrapassagem, assumindo a liderança para vencer em Monza.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Emerson Fittipaldi, 64 anos

Hoje Emerson Fittipaldi completa 64 anos de uma vida muito bem vivida e emocionante. Como não tive tempo algum para escrever algo sobre o mestre, deixo para vocês um vídeo da prova de Monza de 1972 quando ele venceu a prova e o campeonato mundial após as desistências de Jackie Stewart e Jacky Ickx, seus rivaus diretos na briga pelo título. O vídeo tem apenas o som natural da prova, sem narração alguma.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Grandes Atuações- Jim Clark, Monza 1967


Uma das poucas critícas feitas a Jim Clark era sobre seu desempenho quando tinha que fazer uma prova de recuperação. Quando estava no comando era formidavelmente rápido e dominante, porém, tendo que abrir caminho entre seus oponentes para subir de posições, encontrava dificuldades. Talvez esquecessem da sua magnífica prova em Nurburgring 1964, onde em uma só volta ultrapassou 17 carros, quase um carro por quilometro dos lendários 23Km do Nordschleif na primeira volta. Mas em setembro de 1967, durante o GP da Itália, Clark calaria seus críticos com uma condução ainda mais soberba que a apresentada na Alemanha, três anos antes.
Mesmo com a estréia vitoriosa dos motores Cosworth em Zandvoort (3ª etapa) pelas mãos de Clark pilotando o Lotus 49, este motor ainda não era páreo para os Repco da Brabham, conduzido por Jack Brabham e Denny Hulme que vinham na liderança do mundial. O motor Cosworth havia apresentado vários problemas, tendo deixado Clark na mão em três oportunidades após a estréia deste propulsor. E isso deixou o escocês de fora da briga pelo título (mesmo tendo vencido em Zandvoort e Silverstone e depois ficado em sexto em Spa), pois tinha abandonado também a as duas primeiras provas, quando a Lotus estava usando os motores BRM somando assim cinco abandonos em oito corridas.
A largada do GP da Itália de 67
Já em Monza para a disputa da nona etapa, Clark crava a pole, mas numa pista em que era formada basicamente de retas e curvas velozes, esta posição significava pouco. Seus adversários diretos eram Brabham e Hulme, seu companheiro de Lotus Graham Hill, Dan Gurney com seu Eagle e John Surtees a bordo do Honda V12 desenhando por Eric Broadley, o mesmo que havia concebido o Lola vencedor da Indy 500 de 1966 e por isso o carro japonês lembrava um pouco o bólido inglês. Prometia ser uma corrida de grandes ases.
Mesmo com uma largada complicada com Dan Gurney pulando à frente, Clark conseguiu recuperar a primeira posição e pelas treze voltas seguintes, ele conseguiu abrir uma boa diferença para Brabham que lutava freneticamente contra outros contedores nos famosos “slipstreamig” que Monza oferecia sem a existência das chicanes. Era pé cravado no acelerador quase que a volta toda, aliviando apenas nas duas de “Lesmo” (quem tivesse mais coragem, fazia de pé embaixo) e na entrada da “Parabólica”. Na 14ª passagem, um furo em um dos pneus fez com que Clark abrandasse o ritmo e assim caísse várias posições. Entre completar uma volta com pneu furado e a troca deste, Jim voltou em décimo quinto com uma volta de atraso para os demais. Para qualquer um que visse tal situação, diria que a prova para o escocês já havia acabado, mas ainda faltavam 52 voltas para o fim da corrida (de um total de 68) e muita coisa ainda poderia acontecer.
A grande recuperação: Clark passa pelo então líder Graham Hill, para descontar o atraso de uma volta
Com o uso do vácuo, Clark fez uma das recuperações jamais vistas numa corrida. Descontou sua desvantagem de uma volta e na passagem 58, para espanto de todos em Monza, ele estava em primeiro após herdar a liderança de Hill que abandonara com problemas no seu Cosworth. Tomando certa distância da luta titânica que Surtees e Brabham travavam pela segunda posição, Jim caminhava para sua maior vitória na F1.
Porém o azar o visitou novamente. Quando estava no contorno da “Curva Grande” o motor Cosworth começou a falhar e Jim foi alcançado ultrapassado facilmente por Brabham e Surtees, que passaram colados. Ambos decidiram a vitória na linha de chegada, com Surtees a vencer por um bico o Brabham do “Old Jack”. Clark chegou 23 segundos atrás com o motor a sugar as últimas gotas de gasolina.
Jim saiu do carro revoltado por ter perdido a vitória por falta de gasolina, afinal tinha confiado nos cálculos de Colin Chapman. Ele ficaria ainda mais enraivecido quando soube que o tinha lhe tirado a vitória não era a falta de gasolina, mas sim um problema no pescador de combustível que não havia conseguido sugar o resto de gasolina que ainda tinha no reservatório e que com certeza lhe daria a conquista. Clark tinha perdido a sua maior vitória por algumas gotas de combustível.
A chegada mais apertada até então: Surtees (esquerda) vence a prova com uma diferença de 0''2 à frente de Jack Brabham. Clark terminaria em terceiro

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Análise do dez primeiros- GP da Itália 2010

Fernando Alonso- Um final de semana dele. Bela pole e uma corrida feita no limite, pois largou mal e teve que correr atrás do prejuízo para não deixar Button sumir na dianteira da prova. Vitória importante que o coloca de novo na briga pelo mundial e também serviu para conquistar de vez o coração dos tiffosi.


Jenson Button- Ótimo treino e sua escolha em usar o duto e mais um pouco de asa em Monza, quase o ajudou a vencer a prova italiana. Tinha uma velocidade razoável nas retas, mas nas curvas conseguia fugir de Alonso. Perdeu a prova na parada de box. Volta à briga pelo título, mas aqueles pontos jogados fora em Spa vão fazer muita falta.


Felipe Massa- Boa jornada em Monza com um terceiro lugar no grid que poderia ter sido segundo, caso os pneus macios tivessem aquecido adequadamente. No incidente com Hamilton não teve culpa e na durante a prova mostrou bom ritmo, mas não o suficiente para ameaçar Button e nem Alonso.


Sebastian Vettel- Final de semana complicado que acabou saindo no lucro pra ele. Sexto no grid fez uma largada ruim caindo para sétimo. Teve problemas de motor no meio da prova, que logo foi sanado. E subiu para a quarta posição graças uma estratégia corajosa de ficar 52 voltas com pneus macios, trocando-os apenas na volta final e garantindo assim um suspiro na luta pelo campeonato.


Nico Rosberg- Não era uma corrida favorável para os carros da Mercedes, mas Rosberg, mais uma vez, conseguiu fazer ótimo trabalho ao sair em sétimo e pular para quinto na largada. Andou em quarto sem ser pressionado por ninguém e seria dele essa posição se Vettel não ousasse na sua estratégia.


Mark Webber- Os vários problemas mecânicos desde a sexta indicavam um final de semana dos infernos para ele, mas um quarto lugar tirado no braço e uma prova cautelosa, brigando contra Mercedes e Williams e os vencendo, deram a ele a chance de subir para sexto e assumir também a liderança do mundial com cinco pontos de vantagem sobre Hamilton.


Nico Hulkenberg- Esteve na frente de Rubens por todo o fim de semana. Saiu em oitavo e ficou em sétimo por um bom tempo. No duelo contra Webber abusou um pouco nas escapadas pela chicane, o que gerou reclamação por parte do australiano. Foi a melhor paresentação dele no ano até aqui.


Robert Kubica- Não era de se esperar muito da Renault em Monza pela falta de potência do motor, mas soube fazer uma corrida valente lutando contra Mercedes, Red Bull e Wiiliams. Continua levando sozinho nas costas a equipe.


Michel Schumacher- De volta à Monza, não conseguiu grande performance. Foi eliminado na Q2 e mesmo largando em 12º, pulou para oitavo. Duelou com Webber e perdeu a disputa. O resto da prova foi tranqüilo para ele que admitiu durante a semana do GP, que a idade já pesa e que está influenciando na sua pilotagem.


Rubens Barrichello- Corrida discreta e bem conservadora, pois seu motor Cosworth já estava na segunda prova de uso. Talvez isso responda o porquê de ter sido superado com freqüência por Hulkenberg.

domingo, 12 de setembro de 2010

O renascimento de Alonso, Button e Vettel para o campeonato

No término do GP da Bélgica, 13ª etapa, o comentário geral era da briga reservada à Hamilton e Webber pelo resto das 6 provas restantes. Pudera, afinal Alonso tinha sido prejudicado num acidente com Barrichello e quando estava para marcar ao menos dois pontos, rodou e bateu no finl da prova. Button foi acertado por Vettel quando era segundo e também abandonou o GP. Vettel terminou a corrida, mas em décimo quinto e sem contar seus erros, punições e azares que o complicaram ainda mais. Passados quinze dias o paramêtro para Monza, após o treino classificatório, indicava uma prova um tanto interessante com Alonso na pole, Button em segundo, Webber em quarto com uma Red Bull limitada pela falta de potência e também pelos problemas que ele tinha enfrentado desde sexta, Hamilton num surpreendente quinto lugar, quando todos indicavam uma pole fácil para ele (inclusive este pobre mortal que escreve este texto) e Vettel num sétimo, mostrava como poderia ser trabalhosa a prova para os dois contendores ao título.
Alonso saiu mal, como de costume, permitindo Button assumir a ponta da prova mesmo depois de ter sido expremido pelo espanhol. Massa, que saiu em terceiro, viu uma boa oportunidade e emparelhou com Fernando desde a saída da primeira chicane até o início da outra, a "Roggia", onde levou um toque de Hamilton que acabou abandonando a prova com a suspensão dianteira direita quebrada. Um péssimo resultado para ele. Mark Webber caíra para nono e com a preocupação entre ganhar posições e poupar equipamento, acabou tendo um prova improdutiva que o levou a terminar em sexto. Como prêmio, saiu com a liderança do campeonato no bolso.
Voltando a ponta do GP, a má largada de Alonso nos deu a chance de vermos um ótimo duelo entre ele e Button pela primeira posição. Fernando tinha o uso do duto frontal na sua Ferrari, que o deixava mais rápido nas retas, mas o acerto do Mclaren de Jenson, que usou o front-duct e mais um pouco de asa que normal em Monza, dava ao inglês a chance de andar muito mais em curvas como a Curva Grande, Lesmo e Parabólica. Foram 38 voltas com os dois a aumentarem e diminuírem a diferença entre ambos, até que Button entrou nos boxes para a sua parada voltando em terceiro. Alonso foi na volta seguinte, a 39ª, e conseguiu, por muito pouco, voltar na frente de Jenson. Massa, que havia assumido a ponta com a parada de ambos, parou na volta 40 e saiu em terceiro ficando ali até o final.
Alonso, como era esperado, abriu uma vantagem confortável para Button e passou para vencer sua terceira prova no ano. Button fechou em segundo e Massa em terceiro. Vettel apareceu num ótimo quarto lugar quando atrasou sua parada até a última passagem, no que se tornou uma grande estratégia, pois ultrapassar Kubica, Rosberg, Hulkenberg e Webber na pista seria impossível.
O lucro de Alonso, Button e Vettel nesta prova é que agora, com os problemas de Hamilton e Webber , eles voltam a ter chances: Fernando chega à 166 pontos, ficando a vinte e um de Webber; Button é o quarto com 165 e Vettel em quinto com 163. Hamilton perdeu o primeiro lugar no campeonato, mas esta há cinco pontos de Webber.
Ainda acredito, e acho, que o campeonato ficará com Lewis ou Mark porém a próxima prova será em Cingapura, onde todos os cinco concorrentes ao título e mais Felipe Massa andam muito bem. Vale lembrar que a Ferrari vai sofrer com seus motores para as próximas etapas: tanto Alonso e Massa usaram seus oitavos motores nesta prova italiana, o que também diz um pouco da bela performance de ambos. A Red Bull volta a ser forte nas próximas provas e a Mclaren também estará no mesmo nível dos touros vermelhos.

O belos duelos da prova: em primeiro plano, Massa ataca Alonso por fora após a largada mas perderia a briga na chegada da chicane Roggia; na foto do meio, Schumi e Webber discutem a oitava posição, com o australiano a levar a posição também na chicane Roggia; no último instantâneo o momento em que Alonso ultrapassa Button e assume a liderança da corrida.

Hamilton cabisbaixo após seu abandono: "Foi claramente um erro meu, um daquelas coisas que acontecem quando você está correndo e disputando forte. Eu estava tentando posicionar o carro de uma maneira e estava muito perto do Massa. Ele tocou na minha roda e danificou o carro. Eu não podia fazer nada".


Button e Vettel também lucraram com prova complicada de seus companheiros e estão vivos novamente na briga pelo título. E até que enfim, Sebastian usou a cabeça e soube fazer uma prova inteligente segurando o jogo de pneus macios por 52 voltas, fazendo a troca na abertura da última passagem. Pulou de um certo oitavo lugar para quarto.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Itália- Circuito de Monza- 14ª Etapa
12/09/2010

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1h16min24s572
2. Jenson Button (ING/McLaren) - a 2s938
3. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 4s223
4. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 28s193
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 29s942
6. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 31s276
7. Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - a 32s812
8. Robert Kubica (POL/Renault) - a 34s028
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 44s948
10. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1min04s200
11. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1min05s00
12. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 1min06s100
13. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1min18s900
14. Pedro De la Rosa (ESP/Sauber) - a 1 volta
15. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
16. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
17. Timo Glock (ALE/Virgin) - a 2 voltas
18. Heiki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
19. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - a 2 voltas
20. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania) - a 2 voltas

Abandonaram a prova:
Jarno Trulli (ITA/Lotus), na 47ª volta
Bruno Senna (BRA/Hispania), na 12ª volta
Lewis Hamilton (ING/McLaren), na 1ª volta
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber), na 1ª volta

Melhor Volta: Fernando Alonso (Ferrari) 1min24s139

sábado, 11 de setembro de 2010

Trinta provas depois, uma Ferrari na pole e pelas mãos de Fernando Alonso

Não era a minha aposta inicial, mas com sua volta impecável no início da Q3, com a marca de 1min21s962, Fernando cravou a sua primeira pole na Ferrari. Também foi a primeira da equipe em trinta provas (a última tinha sido com Massa, no GP do Brasil de 2008) além de ser a primeira em Monza desde 2004 quando Schumi saiu na frente.
O maior favorito a pole, Hamilton, marcou apenas o quinto tempo e ainda perdeu o quarto lugar no fim do treino para seu rival direto ao título Mark Webber. O australiano que teve problemas hidráulicos ontem e hoje pela manhã teve contratempos com o câmbio, passou o treino todo entre sexto e oitavo conservando os componentes problemáticos. No final conseguiu salvar um bela quarta posição. Mas na prova não acho que vá ter uma grande jornada. Talvez tenha que contar um pouco com a sorte. Já Hamilton errou em uma das suas melhores voltas e no fim não conseguiu melhora. Mas ainda aposto numa ótima prova dele amanhã.
Massa sai em terceiro. Fez boa classificação, aonde chegou a fazer o melhor tempo no Q2, mas no Q3 os pneus macios não rederam o esperado e assim ele perdeu chance de fazer a pole ou até mesmo ficar em segundo, formando a primeira fila totalmente vermelha.
Na frente saem dois que ainda sonham com o título. Alonso, como já disse fez uma ótima volta que não pode ser alcançado por ninguém e Button, que fez o melhor tempo no primeiro treino de sexta, voltou a ficar em evidência ao colocar seu Mclaren em segundo. De se destacar que ele usa o duto frontal e um pouco mais asa enquanto Hamilton não usou o duto e trabalhou com pouca asa. Foram desempenhos quase parecidos durante todos os pedaços do classificatório, mas no final o atual campeão conseguiu um bom resultado sobre seu conterrâneo e companheiro de equipe. Se vai dar certo durante a prova, dai é outra história. Vale lembrar também que Alonso não tem feito grandes largadas e isso pode dar a chance de Button pular na frente.
Barrichello sai em décimo, Di Grassi em 21º e Senna em 22º.


RESULTADO- GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA- 14ª ETAPA

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m21s962
2 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m22s084
3 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m22s293
4 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m22s433
5 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m22s623
6 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m22s675
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m23s027
8 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - 1m23s037
9 - Robert Kubica (POL/Renault) - 1m23s039
10 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m23s328

Q2:
11 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m23s199
12 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m23s388
13 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m23s659
14 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m23s681
15 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m23s919
16 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - 1m24s044

Q1
17 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - 1m25s540
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - 1m25s742
19 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - 1m25s774
20 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1m23s819 *
21 - Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - 1m25s974
22 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - 1m26s847
23 - Sakon Yamamoto (JAP/Hispania-Cosworth) - 1m27s020
24 - Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - 1m25s934**

*Perdeu cinco posições por obstruir a passagem de Glock durante a Q1
** Perdeu cinco posições por troca de câmbio

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...