quarta-feira, 18 de maio de 2011

Spirit Honda, 1983

Na décima segunda posição do grid para a Corrida dos Campeões de 1983 em Brands Hatch, a Spirit Racing, equipe oriunda da F2, alinhou um carro para Stefan Johansson. Até então algo corriqueiro, já que era uma prova que não valia nada para o campeonato mundial daquele ano, mas isso servia, e muito, para que a Honda colocasse em prática seu retorno ao mundial de F1 após 15 anos. Agora, como fornecedora, os japoneses haviam produzido uma unidade V6 1.5 Turbo e colocado no chassi 201 da equipe Spirit (projetados por Gordon Coppuck e Tim Whrigth) para aquela prova, mas como todo motor em sua juventude, os problemas foram inúmeros e só nos treinos foram dois propulsores estourados. E na corrida não foi diferente, sendo que o problema da vez era um furo no radiador que tirara Johansson após 4 voltas.
As movimentações da Honda começaram ainda em Jacarepaguá na semana seguinte a prova de abertura do mundial de 83, a fim de testar os motores em temperaturas altas. O verão estava forte naquela ocasião, com temperaturas de quase 42°C à sombra e isso era um baita teste para o motor novo. Mas todos foram pegos de surpresa com uma queda de temperatura que acabou por anular todo seu programa. Após a sua rápida participação no ROC (Race of Champions) de 10 de abril em Brands Hatch, a Honda ainda testou em Silverstone, Willow Springs e Riverside com Thierry Boutsen e Johansson.
A estréia oficial na F1 se deu no GP da Inglaterra com Johansson abandonando na 5ª volta por problemas no pescador de combustível. Em outras cinco provas a Spirit Racing se fez presente, sempre com Johansson ao volante: no GP da Alemanha, abandono na 11ª volta por problemas de motor; GP da Áustria a primeira corrida completa, chegando na 12ª posição com cinco voltas de atraso para o vencedor Alain Prost; no GP da Holanda o melhor resultado com sétima posição, duas voltas atrás de René Arnoux; na Itália novo abandono na 4ª volta por avaria no distribuidor; no GP da Europa, disputado em Brands Hatch, completaram a prova na 14ª posição com duas voltas de atraso para Nelson Piquet.
A Spirit não foi à Kyalami para a disputa do derradeiro GP daquele ano na África do Sul, encerrando assim sua parceria com a Honda. Os japoneses se associaram a Williams de tio Frank e em dois anos, já estava colhendo os resultados com vitórias e mais tarde títulos. A Spirit ficou na F1 até 85, encerrando suas atividades após 25 GPs disputados. 


 Thierry Boutsen em testes com o Spirit Honda em Willow Springs, na Califórnia em 1983

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FIA GT1- Sachsenring- 4ª Etapa

Ficam os vídeos da rodada dupla da quarta etapa do FIA GT1 disputado neste fim de semana em Sachsenring, na Alemanha.
A qualifying race do sábado, foi vencida pela dupla Maxime Martin/ Fredéric Makowieck com um Ford GT (Team Marc VDS):

GT1 Qualifying Race Short Highlights from... por GT1
No domingo a vitória foi da dupla Christian Hohenadel/Andrea Piccini com um Aston Martin DB9 (Team Hexis AMR):

GT1 Championship Race Short Highlights por G1
 Bernoldi, em dupla com Warren Hughes, fechou as duas corridas na quarta posição.  

Foto 14: A primeira e a última

Como ontem não tive tempo de colocar algo para homenagear Elio de Angelis, que completou ontem 25 anos do seu falecimento, ai fica a foto da chegada do GP da Áustria de 1982 onde ele conquistou sua primeira vitória chegando milésimos à frente de Rosberg. E de quebra fica última cena, uma das mais folclóricas da história da F1, que é o boné ao alto de Chapman ao comemorar pela última vez uma vitória do seu Team Lotus. Ele morreria (?) ao final daquele ano. 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Garotas da F1- GP da Turquia

E não será apenas do GP turco que sentirei saudades. Sem sombra de dúvida...

F1 Battles: Jacques Laffite vs Rene Arnoux, GP da Àustria 1981


Apenas para comemorar a reinauguração de um dos mais belos circuitos em que a F1 já realizou corridas, eis um duelo entre Laffite e Arnoux durante o GP da Áustria de 1981 disputado no veloz circuito de Osterreichring (que já foi chamado de Zeltweg e A1-Ring). A vitória ficou com Laffite, seguido por Arnoux e Piquet.
A sua reabertura será neste domingo com presença de Vettel, Webber, Loeb e de outros tantos que defendem as cores da bebida energética no automobilismo. A pista foi comprada por Dietrich Mateschitz em 2004 e levará o nome de Red Bull Ring. Boa sorte ao novo ciclo deste velho circuito.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Foto 13: Favela

Até este tipo de imagem desapareceu da F1 ao passar dos tempos. A foto é da curva Acqua Mineralle, tirada durante o GP de San Marino de 1990.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

GP da Turquia- Corrida- 4ª Etapa

A chegada da F1 à Europa não mudou em nada o panorama visto nas últimas três etapas. Até digo que pela performance apresentada no domingo em Istambul Park, será complicado alguém fazer frente à Vettel caso não tenha um fator que mude o curso desta história. Ele desapareceu na frente após uma largada tranqüila, sem problemas, para garantir sua terceira vitória em 4 corridas disputadas até aqui. Ele pareceu estar imune a todos os problemas enfrentados pelos demais concorrentes, que sofreram à beça com os pneus que se desgastavam excessivamente. Isso acabou sendo um uppercut nas equipes que apostavam num clima mais frio, já que a sexta-feira fora de tempo ruim e o sol do sábado e domingo acabou por mudar todas as estratégias de paradas. E isto serviu para que tivéssemos uma corrida com vários duelos interessantes e intensos por diversas posições.
Mesmo com uma corrida à parte de Vettel, podemos contemplar disputas memoráveis. Button VS Hamilton, Massa Vs Rosberg, Alonso Vs Webber, Button Vs Massa, Kobayashi Vs Schumi, foram alguns que abrilhantaram a prova turca. Claro que devemos muito aos pneus e a asa móvel por estes momentos, mas acredito que mesmo sem o subterfúgio da asa poderíamos ter uma série de ultrapassagens. Os pneus se desgastaram de tal forma que os pilotos perdiam tração facilmente nas saídas de curvas e isso proporcionava a aproximação do piloto de trás com facilidade. Em um dos duelos entre Massa e Rosberg ficou claro isso. O brasileiro perseguiu o alemão por toda a curva 8 praticamente colado e foi efetuar a ultrapassagem em um ponto muito pouco usado, que é no final da reta que antecede o “S” antes da reta de uso da asa móvel. Se bem que Massa não pode segurá-lo logo em seguida, perdendo a posição novamente para Nico. A maioria dos pilotos parou nos boxes quatro vezes. Apenas Button e Barrichello, que pararam três vezes, acabaram perdendo posições, pois seus pneus duros não agüentaram o ritmo final frente ao demais que usavam pneus macios ou duros novos na parte final da corrida. Valeu pela ousadia deles, mas não deu certo assim como já havia sido certo a escolha de Vettel em Xangai de parar apenas 2 vezes contra três da concorrência. Acredito que em situações como esta da Turquia, onde Button e Barrichello apostaram em uma parada a menos que o restante é melhor sacrificar o Q3 usando um jogo de pneus duros e fazer um stint mais longo na corrida e assim terá dois jogos de pneus moles para a parte final da prova. Como o pneu duro tem uma longevidade de até 30 voltas, mesmo podendo se desgastar antes dessa previsão é uma aposta a ser levada em diante.
A prova foi boa para Alonso, que pode conseguir o primeiro pódio para a Ferrari neste ano. E o melhor: seguiu de perto Webber, com quem duelou pela segunda posição na parte final da prova. A Ferrari saiu satisfeita e só não marcou pontos com os segundo carro, porque Massa caiu de rendimento durante a prova e terminou em 11º após ter passado todo o tempo entre os pontuáveis. Rosberg fez outra bela corrida e mostra que a Mercedes já está no encalço da Mclaren nos treinos e pelo menos, nas corridas, pode incomodá-los como fez ontem em Istambul. Destaco também a prova de recuperação e o alto número de ultrapassagens de Kamui Kobayashi, que largou em 22º após ter perdido todo o treino de classificação devido um problema a bomba de combustível. Só Schumi levou, pelo menos, três ultrapassagens do japonês. A jornada da Mclaren não foi tão proveitosa: Hamilton vagueou entre a quarta e a sétima posição na corrida e logo com dez voltas de corrida, seus pneus já haviam se degradado, assim como o de Massa. E isto se repetiu em outras oportunidades na corrida que acabou privando-o pela briga por um lugar no pódio. Button, por certo momento, pareceu tentar um bote contra Vettel ao optar por apenas três paradas. Até funcionaria em outros tempos, mas o desgaste brutal destes Pirelli detona qualquer tipo de estratégia ousada e nem mesmo ele, que consegue preservar tão bem os pneus, foi páreo para isso e despencou de quarto para sexto na corrida.
Catalunha, circuito de Montmeló, será a próxima parada para a F1 realizar o GP da Espanha. E a pista é conhecida por ser historicamente dominada por carros construídos por Newey. Foi assim nos tempos da Williams e Mclaren e no ano passado e Webber venceu ano passado com folga. E o resultado de ontem em Istambul pode repertir-se com total folga em Montmeló. E para o Istambul Park fica desde já minhas saudades do mais belo e completo circuito dos muitos já construídos por Tilke. A curva 8 já é histórica.

Resultado Final
Grande Prêmio da Turquia
Circuito de Istambul Park- Istambul
8/5/2011- 4ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1h30min17s558
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 8s807
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 10s075
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 40s232
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 47s539
6. Jenson Button (ING/McLaren) - 59s431
7. Nick Heidfeld (ALE/Renault) - 1min00s857
8. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min08s168
9. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min09s300
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min18s000
11. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min19s800
12. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min25s400
13. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
14. Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 1 volta
15. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
17. Pastor Maldonado (VEM/Williams) - a 1 volta
18. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 1 volta
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
20. Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - a 2 voltas
21. Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 3 voltas
22. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a 5 voltas

Não Completaram
Paul Di Resta (ESC/Force India)
Timo Glock (ALE/Virgin)

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...