quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O circuito de Caesar's Palace

Dias atrás, quando a decisão foi empurrada para última corrida, lembrei logo que ano passado tinha odiado o circuito de Abu Dhabi. Sim, claro, é uma pista que tem instalações magníficas e realmente a tornam lindíssimas mas até ai, é só. Não me agradou nenhum pouco e mesmo com o campeonato do ano passado decidido, já vi ótimas corridas pós-decisão.
Mas houve outro circuito, que em minha opinião, foi tão ruim quanto o de Abu Dhabi: a pista montada no estacionamento do Caesars Palace, que sediou as decisões de 81 e 82. A pista foi criticada ao extremo, principalmente o modo em que ela foi feita em sentido anti-horário, o que castiga muito o físico dos pilotos. Também teve prejuízo para as equipes. Sem contar, também, o pouco espaço que todas equipes tinham para trabalhar. O pit lane era pequeno, não existia garagens (o que seria normal para uma pista que era montada, literalmente) e por isso os carros ficavam suspensos e muito, muito perto mesmo da área de rolagem dos carros sem contar que naquela época não existia nenhum limite de velocidade nos boxes. Aliando isso ao forte calor do deserto e alguns motores e câmbios quebrados naquele fim de semana, pode-se dizer que eles viveram um inferno, ou quase isso.
Assim como a ida da F1 para Abu Dhabi e outros locais do Oriente Médio e Ásia, a troca da tradicional prova final de Watkins Glen por Las Vegas foi dinheiro. Os organizadores de Glen não cumpriram os pedidos da categoria e Vegas acabou laçando Bernie pelo que ele mais gosta claro. E grana é o que não falta naquele lugar e lá a F1 foi se meter a fazer duas provas, em 81 e 82 que decidiram aqueles mundiais.
A pista em sim foi feito com esmero, fazendo que tivesse espaço suficiente para ultrapassagens e as áreas de escapes feitas com bancos de areia. O trabalho até que foi bom, mas o resultado final não foi dos melhores. Público era quase inexistente, pois o sol ardia o dia todo e por isso eram poucos os espectadores que se arriscaram a ver a prova. Se ao lado tem diversão melhor (cassinos), para que ficar torrando no sol o dia todo. O resultado de tudo foi um público de 30 mil na prova de 82, o que sugere que as marcas de 81 foram piores ou iguais. Interessante, mas escrevendo isso me lembro agora de Aida, no Japão. Foram feitas duas provas lá, em 94 e 95. Mas o circuito era chato, bem chato e valia mais a pena ficar dormindo durante a madrugada. Não havia nenhum ponto que prestasse para fazer uma ultrapassagem, e isso gerou criticas pesadas por parte dos pilotos e equipes. Bernie só coletou o dinheiro dessas duas provas, deu um tapinha nas costas do organizador e nunca mais a categoria botou os pés lá.
Voltando a Las Vegas, o que salvou mesmo a prova foi o fato dos títulos de 81 e 82 serem decididos lá: em 81, três pilotos (Reutemann 49pts, Piquet 48 e Laffite 43) estiveram na luta pelo mundial. Venceu Piquet, que terminou a corrida na quinta posição chegando à frente de Laffite (6º) e Reutemann (8º), que teve problemas de câmbio. Como se viu nas cenas que correram o mundo após o título, Piquet estava esgotado fisicamente por causa do forte calor e do trabalhoso circuito. Em 82, Rosberg (42 pts) e Watson (33) disputaram o título. Mesmo com Watson fazendo uma má largada, caindo de nono para décimo segundo, ele recuperou-se dessa falha e fechou em segundo, atrás de Alboreto que conquistava seu primeiro triunfo na categoria à bordo do Tyrrel. Rosberg, que fechou em quinto, levou o primeiro mundial da Finlândia na categoria.
Após essas duas incursões da F1 por Las Vegas, a prova nunca mais foi realizada por lá pois não tinha conseguido atingir o sucesso que pretendiam. Nos anos 90 quiseram fazer um circuito, ou remontar o do estacionamento, mas os cassinos não autorizaram e nisso a F1 teve que procurar outro lugar nos EUA para sediar seu GP, até encontrar Indianápolis nos anos 2000.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

F1 Battles- Jacques Laffite Vs Stefan Johansson

Era possível ultrapassar na velha Rascasse de Mônaco? Quando ela ainda era totalmente apertada? Bom, se você disse não aconselho que veja este vídeo da corrida de 1986 onde Laffite (Ligier JS27- Renault) ultrapassa por fora (!!!) Johansson (Ferrari F86) ensinando bem como ultrapassar na velha curva. Genial!

Análise dos dez primeiros- GP do Brasil 2010

Sebastian Vettel- Não tomou conhecimento do pole Hulkenberg e decidiu a sua vida na corrida ao virar na frente do alemão na entrada do “S”. Teve uma boa velocidade a corrida inteira e conseguiu manter-se longe de Webber, que era o único que podia lhe ameaçar. Não vai medir esforços para conquistar seu primeiro título em Abu Dhabi.


Mark Webber- Conseguiu livrar-se de Hulkenberg ainda na primeira volta, mas não foi veloz o suficiente para atacar Vettel durante a corrida. No final da prova, um superaquecimento de motor quase arruinou seu trabalho, pois, além de se preocupar com o motor com problemas,, tinha que ficar de olho em Alonso que aproximava-se perigosamente. Seu trabalho daqui alguns dias será duro.


Fernando Alonso- Parecia que não tinha condições de duelar com os Red Bulls na corrida, mas durante a competição conseguiu virar tempos iguais ou melhores que o duo rubro taurino. Perdeu tempo atrás de Hulkenberg e isso pode ter lhe custado tentar algo a mais contra seus dois adversários.


Lewis Hamilton- A única coisa de boa que tinha em seu carro era a velocidade de reta e só. Foi superado na corrida com facilidade por Alonso e assim como o espanhol, suou para ultrapassar Hulk.


Jenson Button- Saiu em 11º e só por isso, suas chances de ao menos continuar na disputa do mundial, foram aniquiladas. Na prova, trocou de pneus cedo e isso lhe deu a oportunidade de subir de posições quando os outros parassem. Terminou em quinto e junto delas, suas esperanças de título.


Nico Rosberg- Ele fez uma má classificação marcando o 13º tempo mas corrida, soube fazer boa estratégia e nem mesmo um problema de encaixe na roda dianteira direita, arruinou sua ótima prova de recuperação.


Michael Schumacher- Chegou estar entre os primeiros no Q3 de sábado, mas foi superado logo e fechou em oitavo. Durante a corrida mostrou bom ritmo, mas não o suficiente para ficar à frente de Rosberg.


Nico Hulkenberg- Foi o grande nome do fim de semana ao fazer uma volta canhão e ficar com a pole. Boas batalhas contra Alonso e Hamilton, mostrando que se tiver um bom carro em suas mãos pode fazer algo a mais. Mas para o ano que vem pode pilotar a carroça da Hispania, o que seria uma pena.


Robert Kubica- Boa classificação e na prova, foi atrapalhado por Petrov. Andou no bolo intermediário a corrida toda.


Kamui Kobayashi- Não brilhou como no ano passado, mas conseguiu salvar um ponto ao menos. Parecia ter problemas de freios, pois travava rodas direto no final da reta dos boxes. Seu único pecado é as classificações, se melhorar pode conseguir ao mais nas corridas.

E que venha Abu Dhabi

Vettel já havia alertado antes da prova que na largada ele olharia apenas para frente. Ao seu lado, na pole, estava Hulkenberg que havia assombrado a todos com suas três voltas extremamente velozes na classificação, com pneus slicks, numa pista ainda úmida por causa da chuva de antes da classificação. Com pista seca, como estava no domingo em Interlagos, seria complicado para o novato segurar a sua posição. Ao apagar das luzes vermelhas, Vettel cumpriu sua promessa e ao virar da primeira perna do “S” do Senna já estava na frente de Hulkenberg. A primeira parte do plano já estava feita e agora era abrir boa vantagem para Webber, que tinha despachado o jovem alemão na decida do lago. Sem ter nenhum incomodo por parte dos outros rivais, o duo da Red Bull desapareceu na frente. Sebastian dosou bem a diferença para Webber que sempre oscilou entre 3.5 e 1.8 segundos, desse modo um embate entre os dois pela vitória em Interlagos não aconteceu e a prova se tornou chata. Se bem que no meu modo de ver foi uma corrida tensa, pois alguns retardatários não aliviaram para os líderes, como aconteceu com Webber ao tentar passar Bruno Senna e Alonso tentando dobrar Buemi. Principalmente no caso do espanhol, pois o suíço deu trabalho por uma volta, com Fernando executando a ultrapassagem apenas no final da reta dos boxes depois de ter iniciado as manobras ainda no final da reta oposta.
Por falar em Alonso, este fez uma corrida que me surpreendeu. O motor que ele usou em Interlagos era simplesmente o mesmo de Monza, corrida que ele venceu após batalhar contra Button. O motor já estava forçado e debaixo da forte temperatura que este enfrentou ontem, me surpreendi com seus tempos de voltas que eram idênticos e as vezes mais rápido que o dos Red Bulls que iam à sua frente. Tanto que ele se aproximou de Webber com certo perigo no final da corrida (numa certa volta ele chegou a tirar até dois segundos do australiano), mas não conseguindo a aproximação suficiente para tentar o bote. Após a corrida, Mark disse que o motor estava superaquecendo na parte final da corrida e por isso teve brandar o ritmo, mas sempre tomando cuidado com a aproximação de Alonso.
A Mclaren teve mais uma jornada bem fraca e agora vê em Hamilton sua última esperança de título, pois a de construtores acabou ontem com a conquista da Red Bull após sua dobradinha. Lewis fechou em quarto, e mesmo após sua troca de pneus durante a visita dói safety car, devido o acidente de Liuzzi na saída do “S” do Senna, ele não conseguiu aproximar-se de Alonso. Agora ele tem 24 pontos de desvantagem para Fernando, que sugere apenas um milagre para que ele conquiste seu segundo mundial.
Já os brasileiros tiveram um fim de semana para esquecer. Massa, que saiu e nono, teve problemas no pneu dianteiro direito após sua primeira parada, tendo que voltar para arrumar e assim tendo sua prova arruinada. E ainda teve um toque com Buemi que o fez perder algumas posições. Recuperou-se e fechou em 15º. Barrichello teve um pneu furado numa disputa com Alguersuari e depois um problema no seu pit stop, que arruinaram sua corrida e assim fechou em 14º. Bruno Senna terminou em 21º e Di Grassi, que teve problemas na suspensão traseira de seu Virgin e chegou a abandonar momentaneamente a prova, voltou e fechou em 23º.
Enfim, o campeonato será decidido em Abu Dhabi, daqui cinco dias. Alonso fatura o campeonato com um segundo lugar e daí não dependerá de mais ninguém. Se ficar em terceiro é pegar a calculadora e fazer as contas de quem pode ou não levar o mundial de 2010. A Red Bull ainda não se decidiu para quem devem dar total apoio, e isso não acontecerá agora nessa curta semana, em que os treinos já começam na sexta. Vete, junto de Alonso, foi que mais cresceu de performance nas últimas 4 provas. E Monza fechou numa quarta posição que devia ser um oitavo, devido sua má apresentação durante aquele GP, mas a estratégia de trocar pneus no final da corrida salvou sua pele; em Cingapura foi segundo, pressionando fortemente Alonso; em Suzuka venceu com folga e na Coréia venceria facilmente se o motor Renault tivesse deixado. Visto essa ascensão e a preferência já declarada da equipe a favor do alemão, como se comportará a Red Bull caso Vettel esteja em primeiro, Webber em segundo e Alonso em terceiro em Yas Marina? Ao decorrer das 55 voltas em Abu Dhabi a resposta será conhecida, mas ainda acho que a Red Bull ainda vai acreditar até o último suspiro para uma quebra de Alonso, e nessa indecisão da equipe rubro-taurina o espanhol pode beliscar seu terceiro mundial. Realmente, estão numa encruzilhada.
Vettel decidiu sua vida na largada, ao ultrapassar o surpreendente Hulkenberg na primeira perna do "S"

Hulkenberg ainda foi atração da corrida nas primeiras voltas, ao segurar Alonso por sete voltas... 

... e dar trabalho para Hamilton em outro punhado de giros

Hamilton e Button chegaram em 4º e 5º respectivamente, mas é o inglês da frente que ainda tem chances de título. Porém precisará de um milagre, pois está 24 pontos atrás de Alonso

A primeira da Red Bull: a equipe que tem cinco anos de existência, fez a festa pelo seu primeiro título de construtores. A equipe chegou a 469 pontos contra 421 da Mclaren.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1 Battles- Rene Arnoux vs Eddie Cheveer, Long Beach 1983

Ótima batalha entre Rene Arnoux (Ferrari 126 C2B) e Eddie Cheveer (Renault RE-30C) pela quarta no GP de Long Beach, em 1983. Inicialmente a disputa fora pela quinta posição, com Arnoux (6º) à pressionar Cheveer (5º). No final de uma das retas do circuito, Arnoux aproveita o vácuo e passa Cheveer que se atrapalha com o Williams de Laffite, que era quarto, e que está lento pela pista. Mais adiante, Cheveer se aproveita de um descuido de Arnoux e o passa, reassumindo o posto. Arnoux, como sempre, não baixou os braços e foi novamente buscar a posição no final da reta "Sheroline Drive".
A corrida daquele ano ficou marcada pela bela recuperação e dobradinha da Mclaren, com Watson em primeiro e Lauda em segundo, já que ambos largaram em 22º e 23º respectivamente. Arnoux fechou em terceiro e Cheveer abandonou quando estava em quinto, por problemas de câmbio.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Outras provas chuvosas e seus mestres

Enquanto que os pilotos discutiam sobre as condições do asfalto coreano sob água no último domingo, fui pesquisar algumas provas em que as situações de pista e visibilidade também não eram favoráveis, mas em que os pilotos de outrora entraram e fizeram delas épicas provas:


GP da Alemanha, 1961- O fabuloso Nordschleif já era perigoso seco, com chuva então as coisas se complicavam ainda mais. Stirling Moss, a bordo de sua Lotus 18/21, desafiou o poderio das Ferraris 156 pilotadas por Von Trips e Phil Hill na prova daquele ano disputado debaixo d’água. Moss bateu os dois pilotos da Ferrari chegando na frente de Trips com mais de 20 segundos de diferença, numa que teoricamente ele e sua Lotus jamais venceria a equipe italiana.


GP da Bélgica, 1963- Foi uma prova chuvosa do início ao fim, bem do estilo de Spa. Contrariando essa situação, Jim Clark iniciou sua caminhada para seu primeiro título ao vencer essa corrida chegando à frente de Bruce Mclaren com 4 minutos de avanço.


GP da Bélgica, 1966- A chuva caiu momentos depois dos pilotos largarem, pegando-os de surpresa em Bonneville. Vários pilotos rodaram e escaparam de bater ou cair em valas, menos Jackie Stewart que acabou batendo em uma casa e foi salvo por Graham Hill e por espectadores que ali estavam. A vitória ficou com John Surtees da Ferrari.


GP da França, 1968- A prova daquele ano foi disputada no circuito de Rouen, que com suas curvas rápidas, feitas em descida, era um circuito a ser respeitar. Desse modo, o estreante Jo Schlesser, ao volante do seu Honda, não respeitou a seqüência de curvas e acabou batendo, vindo morrer carbonizado. Logo em seguida a chuva despencou tornando a corrida ainda mais perigosa. Ickx ignorou a todas essas adversidades e venceu com sua Ferrari, mas quem deu o show foi Pedro Rodriguez ao marcar a melhor volta da prova e discutir a vitória até a sete voltas do fim, quando problemas de câmbio o fizeram ficar de fora.


GP da Alemanha, 1968- Assim como em 62 chovia em Nurburgring, mas desta vez tinha um fator que agravava ainda mais a visibilidade: as costumeiras neblinas baixaram, tr4onando praticamente impossível de ver ao algo. Stewart entrou em seu Matra, assumiu a liderança e efetuou uma das melhores apresentações debaixo de chuva constante e neblina, ao vencer tranquilamente a prova com 4 minutos e 3 segundos de diferença para Graham Hill.


GP de Mônaco, 1972- A chuva forte castigou Monte Carlo durante o fim de semana todo. Enquanto os demais tentavam achar algo além dos sprays lançados pelos carros da frente, Beltoise aproveitou a chance para vencer sua única prova na F1 e a última da BRM.


GP da Inglaterra, 1975- Foi uma corrida em que a chuva se tornou protagonista principal, ao ir e voltar constantemente embaralhando a competição. Sete pilotos revezaram-se na liderança da corrida, enquanto que outro tanto rodou na inundada curva Stowe indo parar nas cercas de proteção. Emerson sobreviveu à tudo e venceu seu último GP na F1.

GP da Áustria, 1975- Lauda brandou o ritmo, reconhecendo que a pista estava perigosa. O spray lançado pelos enormes pneus traseiros cegava os pilotos e por muita sorte, não houve um acidente grave. Brambilla ignorou as condições atmosféricas e do asfalto, abrindo caminho para vencer seu único GP na categoria. Ao comemorar, bateu seu carro.

GP do Japão, 1976- A enrolação em decidir se o GP da Coréia seria ou não realizado e seus atrasos, fez lembrar o do GP do Japão de 76. Por causa de uma chuva pesada que desabou sobre a pista de Fuji, deixando-a quase inundada, a prova foi adiada em três horas até que Ecclestone interveio com medo da corrida terminar no escuro. A prova decidiu o mundial à favor de Hunt quando este terminou em terceiro e Lauda, que ainda se recuperava dos ferimentos do acidente em Nurburgring, abandonou a corrida após duas voltas alegando falta de segurança.

GP dos EUA, 1979- Gilles Villeneuve foi mágico em meio o aguaceiro de Glen: na sexta se divertiu na chuva e enfiou 10 segundos em Jody Scheckter. No sábado sol e pista seca, terceiro tempo no grid e no domingo chuva e assim como na sexta, sobrou na frente dos concorrentes chegando na frente de Arnoux com diferença e 48 segundos.

GP do Canadá, 1981- Jacques Laffite venceu a prova de Montreal com seu Ligier debaixo de um dilúvio, mas quem fez uma apresentação brilhante foi Gilles que pilotou com a asa dianteira do seu Ferrari a cegar-lhe por voltas até que esta caiu pela pista. E ainda completou o GP sem ela, em terceiro. Genial.

GP de Mônaco, 1984- Senna e Bellof acharam aderência necessária para apresentar suas credenciais de estreantes em 84, ao domar suas máquinas e não tomar nenhum conhecimento ao ultrapassar pilotos muito mais experientes como Lauda e Arnoux. Prost pediu para que a prova fosse encerrada na hora em que Ayrton e Stefan estavam em seus calcanhares.

GP de Portugal, 1985- O cenário era bem parecido com Mônaco em 84: muita chuva e névoa d'água a atrapalhar os pilotos. Senna saiu da pole, liderou de cabo a rabo e venceu seu primeiro GP, com uma diferença de 1 minuto e dois segundos para a Ferrari de Alboreto.

GP da Inglaterra, 1988- Na única vez em que um carro não Mclaren não saiu na pole (Gerhard Berger e Alboreto fizeram a dobradinha da Ferrari) a chuva desabou com gosto em Silverstone, proporcionando Senna a fazer uma das suas aulas habituais, vencendo a prova com 23 segundos de avanço sobre Mansell.

GP da Austrália, 1989- Muita chuva e vários acidentes marcaram a prova australiana. Melhor para Thierry Boutsen que levou seu Williams inteiro até o final para vencer seu primeiro GP. Destaque para Satoru Nakajima que marcou a melhor volta da corrida.

GP da Austrália, 1991- Assim como em 89, a chuva desabou pra valer e a corrida qua não valia mais nada para o mundial, teve apenas 14 voltas tornando-a a mais curta de todos os tempos. Senna venceu após ótimo duelo com Mansell pela primeira posição.

GP da Europa, 1993- Ayrton tinha apenas uma chance de vencer as Williams e isso só podia acontecer em piso molhado. Donington amanheceu chuvoso e Senna pode mostrar sua classe mais vez ao derrotar as FW15 de Prost e Hill com autoridade. Mais sobre essa prova é só clicar aqui.

GP do Japão, 1994- Schumi e Hill batalharam em meio o temporal de Suzuka para quem venceria a prova e se aproximaria do título daquele ano. Hill, na melhor prova de sua carreira, venceu o desafio adiando a decisão para Adelaide. Mansell e Alesi travaram ótimo duelo pela quarta posição, sendo vencida pelo francês. Retratei este GP aqui no blog, ano passado.

GP da Espanha, 1996- Assim como Ayrton em 93, Schumacher só poderia sonhar em bater as Williams em condições especiais. E assim foi em Barcelona. Com muita chuva e frio, Schumi passou todos e venceu com tranquilidade a sua primeira prova pela Ferrari.

GP da Bélgica, 1998- Teve de tudo naquele GP: chuva continua; um senhor strike na largada envolvendo nada menos que 17 carros; segunda largada com Hakkinen ficando de fora; Schumacher mais uma vez dando uma aula sob chuva até acertar a traseira de Coulthard e indo para os boxes com apenas três rodas e quase socando a cara de David quando desceu do carro. Desse modo Hill ficou com o caminho vago para vencer seu último GP e o primeiro do Team Jordan na F1.

GP da Alemanha, 2000- Era dificil de crer que largando em 18º pudesse conseguir algo. Barrichello saiu desta posição e escalou até chegar à liderança, a poucas voltas do fim. Foi aí que caiu a chuva forte na parte do Stadium. As Mclarens de Hakkinen e Coulthard, com pneus de chuva, não alcançaram Barrichello que não havia parado para trocar pneus, continuando com os de pista seca. Ele igualava com as Mclarens na parte seca ( em sua maioria) e ganhava quase dois segundos na parte molhada, a do Stadium. Ele passou e venceu de modo magistral seu primeiro GP.

GP do Japão, 2007- Lewis Hamilton, o novato mais bem sucedido da história da categoria, provou que também sabia andar sobre água e venceu com folga enquanto que seu companheiro de Mclaren, Alonso, ficara estatelado na barreira de pneus. Outro showman da corrida foi Raikkonen, que se recuperou das últimas posições para chegar em terceiro.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...