quarta-feira, 18 de agosto de 2021

89ª 24 Horas de Le Mans: Toyota comanda a primeira prática

 


A Toyota ficou com a primeira colocação na abertura dos trabalhos para 89ª 24 Horas de Le Mans. Jose Maria Lopez foi o responsável em colocar o GR010 Hybrid #7 na primeira posição do primeiro treino livre com a marca de 3'29''309, que foi feita na última meia hora de treinos. Ele superou o Alpine A480 que André Negrão havia colocado na dianteira por um certo período, ficando 0''086 centésimos à frente do carro francês - a Alpine já havia superado o Toyota #8 por 1 milésimo no andamento do treino, já que o carro japonês havia ficado por grande parte da sessão na liderança. O carros da Glickenhaus ficaram em quarto e quinto na classe, mas no geral foram os sexto e sétimo já que foram superados pos dois LMP2 - #22 da United Autosports (que chegou ficar na segunda posição por um tempo) e pelo #26 da G-Drive. 

Como bem dito acima, entre os LMP2, as duas primeiras posições ficaram para o #22 da United Autosport e para o #26 da G-Drive e a terceira posição para o #28 da JOTA Sport. O mais interessante nessa classe é o tamanho equilibrio, ainda que o #22 tenha feito uma volta abaixo de 3'30, mas com do segundo até o sétimo colocados ficando no mesmo segundo. 

Na LMGTE-PRO Daniel Serra estabeleceu o melhor tempo da classe com o #52 Ferrari 488 GTE-Evo da AF Corse com a marca de 3'50''123 e foi seguido pelo Corvette C8.R #64 de Nick Tandy e pelo Porsche 911 RSR #91 do Porsche GT Team conduzido por Gianmaria Bruni - ele ficou logo após o Porsche 911 RSR #56 do Team Project 1 pilotado por Matteo Cairoli, que foi o mais veloz na classe LMGTE-AM.

A LMGTE-AM foi dominada quase que amplamente por Porsches: enquanto que Matteo Cairoli garantiu a melhor marca para o Porsche do Team Project 1, os Porsches 911 RSR da GR Racing (#86), Dempsey-Proton Racing (#88) e da Absolute Racing (#18) ficaram com as três posições seguintes. Apenas o Ferrari 488 GTE Evo #57 da Kessel Racing é que furou a sequência de Porsches ao ficar em quinto. 

Daqui a pouco, às 14 Horas (horário de Brasilia) inicia a primeira qualificação em Le Mans. 

Os resultados da primeira prática: 1º Treino Livre

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Video: Nelson Piquet, Brands Hatch 1986

 


Uma das voltas de Nelson Piquet durante a qualificação para o GP da Grã-Bretanha de 1986. A pole foi feita pelo brasileiro com a marca de 1'06"961, seguido por Nigel Mansell e Ayrton Senna. A corrida foi vencida por Mansell, com Piquet em segundo e Alain Prost em terceiro. Senna abandonou na volta 27 com problemas no câmbio.

O grande Nelson Piquet chega aos 69 anos hoje.

sábado, 14 de agosto de 2021

Foto 1010: Jackie Oliver, Monte Carlo 1973

 


Uma bela foto de um belo carro... o Shadow DN1 de Jackie Oliver durante o final de semana do GP de Mônaco de 1973 - sexta etapa do Mundial de Fórmula-1 -, seguido pelo Lotus 72 de Ronnie Peterson. Oliver terminou em 10º, nesta prova, a primeira que ele completou naquele ano. 

Aquela temporada de 1973 marcava a estréia da Shadow Racing Team, equipe já tradicional das provas da Can-Am, e que agora se aventurava na Fórmula-1. A equipe de Don Nichols teve uma boa estréia ao terminar em sexto com George Follmer no GP da África do Sul e conseguindo um terceiro lugar novamente com Folmer no GP seguinte realizado na Espanha. Apesar do inicio para lá de animador, o restante daquela temporada da Shadow foi pautada pelos vários abandonos, seja de Oliver ou de Folmer. A equipe voltaria a marcar pontos apenas no GP do Canadá quando Jackie ficou em terceiro. 

Para Jackie Oliver aquele foi o último ano completo dele na Fórmula-1, passando a dedicar-se as séries americanas como a Fórmula 5000 e a Can-Am onde acabou sendo o campeão desta última em 1974 sobre seu companheiro George Follmer. 

Oliver ainda voltou para a F1 pela própria Shadow em 1977, terminando em quinto da Race Of Champions e em nono no GP da Suécia. Depois ele partiria para empreitada de criar e chefiar a equipe Arrows a partir de 1978.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Foto 1009: Divina Galica, AFX Aurora, Zandvoort 1978

 

(Foto: Bert Van Peppen)
 

A caminho do pódio... Divina Galica com o Surtees TS19 do Team Olympus durante a etapa de Zandvoort que foi a quinta etapa do Campeonato Britânico de Fórmula-1, mas conhecido como AFX Aurora, que iniciava a sua primeira temporada. 

Divina terminou esta prova em segundo, com a vitória ficando para Bob Evans que também pilotava um Surtees TS19 da equipe JC Cooper. A terceira posição foi do piloto da casa Boy Hayje, que pilotava um Chevron B42 da equipe Fred Opert Racing. 

A piloto britânica competiu apenas mais uma vez naquela temporada ao terminar em sétima na etapa de Thruxton, desta vez pilotando um Mclaren M23 da equipe Melchester Racing - a mesma onde competia Tony Trimmer, que acabou vencendo aquele campeonato. Ela fechou o campeonato na 14ª posição com 19 pontos.

Divina Galica também havia competido no Shellsports Group 8 Series - que foi precursor do AFX Aurora - nos anos de 1976 e 1977 e que utilizava o regulamento de Formula Libre. Nestas duas temporada ela conseguiu bons resultados, como quatro pódios na temporada de 1977 (dois segundos lugares [Snetterton e Donington Park] e dois terceiros [Mallory Park e Brands Hatch] ). Em 1976 ela terminou em quarto com 57 pontos e em 1977 em sexto com 78 pontos. 

Foto 1008: Parnelli Jones, Indy 500 1967

 

Parnelli Jones com o Granatelli Turbine: vitória perdida por míseros 6 dólares

Quando Parnelli Jones estacionou o Granatelli Turbine faltando três voltas para o final da Indy 500 de 1967, não apenas a oportunidade de vencer pela segunda vez a clássica americana tinha ficado para trás como também a carreira do piloto nascido em Arkansas tinha chegado ao fim para os Indycars. Como ele bem disse certa vez a uma entrevista para o site Race "A turbina parou, então eu parei". 

A expectativa em torno do carro movido a Turbina de helicóptero naquela edição de 1967 era das maiores. Andy Granatelli fez uma aposta alta naquele carro a ponto de oferecer o assento da criação para A.J. Foyt e Mario Andretti, com ambos não topando a empreitada. Parnelli Jones foi a terceira opção e quando ele testou o carro em Phoenix no inicio de 1967 o entrosamento entre ele o carro foi instantâneo e por 100.000 dólares, Andy Granatelli fechou contrato com Jones para aquela prova. Com isso a chave de um possível sucesso na Indy 500 era enorme. 

Parnelli saiu da 6ª posição do grid que teve como pole position Mario Andretti, mas ainda se perguntavam por qual razão o badalado Granatelli Turbine não havia varrido a concorrência já nas qualificações. Alguns relatos da época, vindo especialmente das equipes rivais, indicavam que a STP Oil Treatment havia ajustado o carro turbina com configuração de corrida ao invés de focar no Pole Day. 

Porém, quando a coisa foi para valer, Jones pulou para a liderança e ele ficou até ali que a chuva forçou a interrupção da prova na 18ª volta. A corrida foi reiniciada no no dia seguinte e Jones manteve o ritmo brutal com o Granatelli Turbine e mesmo levando um tremendo susto com Lee Roy Yarborough, que rodou bem na frente de Parnelli e forçou o então líder a também rodar para não bater, a corrida sempre esteve no controle de Jones. Mesmo nos momentos em que perdeu a liderança, como aconteceu após este quase acidente com Yarborough, Jonee retomava a liderança de forma rápida e voltava abrir grande vantagem. Dan Gurney foi quem liderou as duas voltas (52 e 53) após o incidente de Jones e depois foi A.J.Foyt quem acompanhou mais e perto o piloto da STP quando este perdia a liderança por conta das paradas de box. 

O fim do sonho de Andy Granatelli em vencer a Indy 500 se esvaiu da forma mais cruel quando Jones chegou lentamente a entrada do box com o Granatelli Turbine já em silêncio, quando faltavam míseras três voltas para o final da prova. Um rolamento da transmissão, que custava 6 dólares, acabou quebrando e deixando Jones pelo caminho e com o gosto amargo de estar tão perto de vencer em Indianápolis e ser impedido por apenas 6 dólares. A sorte sorriu para o texano A.J.Foyt - que ainda escapara do mega acidente que envolveu cinco carros já na volta final - que passou para vencer pela terceira vez a grande corrida. 

Mas Parnelli Jones ainda tinha outra surpresa que pegaria todos de surpresa, quando anunciou a sua retirada das competições da Indycar. Foi algo que ele pensou constantemente naquele mês de maio, mas sem falar nada para ninguém e quando chegou a hora de anunciar, foi um tremendo choque para a comunidade indianista: “Eu sempre disse que desistiria se ganhasse Indy, e claro que isso não aconteceu, mas eu tinha acabado de me casar e sempre quis ter filhos e sobrevivi a uma era mortal. E meu negócio (Firestone) realmente começou a decolar, então era hora. ” declarou Parnelli. 

Ele ainda foi persuadido por Granatelli em 1968 para correr na edição da Indy 500 daquele ano: “Andy queria que eu dirigisse a turbina de 67 novamente em 1968 e acho que poderia conseguir $ 200.000 se pedisse, mas sabia que a nova turbina com tração nas quatro rodas seria melhor, então fui aprovado. E eu não queria dirigir o (Lotus) 56 porque os carros de (Colin) Chapman eram muito frágeis.". Apesar de Jones ter feito os testes com o carro com qual passou perto de vencer em 1967, ele acabou não participando da corrida por entender que o carro não estava em melhores condições frente aos Lotus 56 (que também usavam turbina). 

Parnelli chegou a inscrever-se para a edição de 1972, mas não compareceu. Mas ele destaca que teve ainda um pensamento em voltar para edição de 1969, quando cogitou substituir Al Unser na sua equipe recém fundada a Vel's Parnelli Jones Racing: “A única vez que fiquei tentado a voltar foi em 1969, quando Al (Unser) quebrou o pé em uma motocicleta e dirigia meu carro. Eu pensei sobre isso e então lembrei que Jimmy Bryan saiu, voltou e foi morto, então eu desisti. ” declara Jones.   

Parnelli Jones ainda sentiu o gosto de vencer a Indy 500 em duas oportunidades, mas como dono de equipe, quando Al Unser venceu as edições de 1970 e 1971 com o icônico Colt Ford nas cores da Johnny Lightning.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Vídeo: Patrick Depailler, Jacarepaguá 1978

 


O vídeo de hoje é uma onboard lap regada com muito saudosismo: primeiramente por conta do inesquecível autódromo de Jacarepaguá, desativado em 2012 e em seguida demolido; segundo pela simpática equipe Tyrrell que ficou na Fórmula-1 até 1998 e por último Patrick Depailler, um dos grandes nomes do automobilismo francês e também da Fórmula-1 e detentor de duas vitórias na categoria.

O vídeo é do final de semana do GP do Brasil de 1978, que fora transferido de Interlagos para Jacarepaguá naquele ano. Depailler largou em 11º e abandonou a prova na oitava volta com problemas nos freios.

A corrida teve a vitória de Carlos Reutemann (Ferrari), mas a festa e todas as atenções ficaram para a histórica segunda posição de Emerson Fittipaldi com o Copersucar. A terceira posição foi de Niki Lauda com o Brabham.

Patrick Depailler completaria 77 anos hoje.


domingo, 8 de agosto de 2021

Vídeo: Nigel Mansell, Jacarepaguá 1989

 


O Grande Prêmio do Brasil de 1989 foi a prova de abertura daquele mundial.

Foi a corrida que marcou a estreia de um carro com câmbio semi-automatico, fato que foi oferecido pela Ferrari com seu modelo 640 conduzido por Nigel Mansell e Gerhard Berger naquele ano.

Esta prova acabaria por ser um dos melhores GPs do Brasil, iniciando pelo triplo acidente entre Berger, Ayrton Senna e Ricardo Patrese que tirou o piloto brasileiro da luta pela vitória – ele saía da pole position – e fez com que Berger abandonasse. Patrese ainda continuou no GP e com boa hipóteses de vitória, que acabaria na volta 51 quando o motor Renault de sua Williams falhou. Senna completou a corrida na 11ª posição com duas voltas de atraso para o vencedor.

Para a Ferrari foi um dia de calar os críticos de seu novo câmbio: o forte calor do verão carioca foi um teste e tanto para o novo sistema do Ferrari 640 que aguentou bem e deu a oportunidade de Mansell chegar a vitória logo na sua estreia pela equipe italiana. Foi algo surpreendente e que deixou os italianos esperançosos, já que em todos os testes feitos até ali o câmbio sempre apresentou algum problema – e por ironia do destino, foi a primeira vez que o carro aguentou uma distância completa de uma corrida. Foi o melhor momento para dar tudo certo.

Alain Prost tinha ritmo para alcançar a vitória, mas os pneus do Mclaren não aguentaram e ele ficou em segundo. Mauricio Gugelmin foi o grande nome daquele dia em Jacarepaguá ao levar o March Leyton House ao terceiro lugar, conquistando seu primeiro pódio.

Nigel Mansell completa 68 anos hoje.


Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...