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quinta-feira, 8 de junho de 2023

91ª 24 Horas de Le Mans, A Centenária - Mais uma vez Ferrari, agora no quarto treino livre

 

O Ferrari 499P #51 nesta última sessão de treinos
(Foto: Ferrari Hypercar/ Twitter)

Após uma ótima sessão da Hyperpole, os ânimos se aquietaram em Sarthe na realização do quarto e último treino livre para esta 91ª Edição das 24 Horas de Le Mans. Foi uma importante sessão para que pilotos que não competiam na prova desde 2018 pudessem completar um número de voltas na parte noturna.

Essa quarta sessão viu a Ferrari mais uma vez comandar as ações, mas desta vez o #51 que anotou 3'27"275 feito por James Calado. Como foi uma sessão bem mais tranquila, a Glickenhaus subiu na classificação para fechar em segundo com o seu #709 com o tempo de 3'28"278. O Porsche 963 #38 da Hertz Team Jota ficou em terceiro ao marcar 3'28"440.

A LMP2 viu caras novas no topo da tabela com o melhor tempo feito pelo #923 do Racing Team Turkey (que também compete na subclasse LMP2/AM) que chegou a 3'36"229. A segunda posição foi do #65 da Panis Racing (3'36"650) e o terceiro do #63 da Prema Racing (3'36"904).

O Ferrari #66 da JMW Motorsport ficou com a primeira posição da LMGTE AM anotando o tempo de 3'52"965. A posições seguintes foram ocupadas pela Ferrari #57 da Kessel Racing (3'54"069) e pelo Porsche #60 da Iron Lynx (3'53"316).

Essa sessão teve duas situações distintas: primeiramente o retorno do #777 da D'Station que teve a ajuda da TF Sport no aprontamento do novo Aston Martin Vantage que veio do Reino Unido em substituição ao que ficou inutilizável após o forte acidente de ontem com o LMP2 da Tower Motorsport. O carro ficou pronto e eles puderam participar deste quarto treino livre, que serviu como um bom shakedown. Terminaram em 17°.

A outra situação não foi das boas: mais uma vez a Peugeot apresentou problemas, tendo o seu #93 ficando parado entre as duas chicanes da Mulsanne provavelmente com pane elétrica. Mais uma dor de cabeça para os franceses neste seu retorno à Le Mans. 

91ª 24 Horas de Le Mans, A Centenária - Pole histórica para a Ferrari

 

Exatos 50 anos, uma Ferrari na pole em Le Mans 
(Foto: Endurance Info)


Não havia muita dúvida sobre quem seria o pole na Hypercar, levando-se em conta o que foi visto nas etapas passadas e também nos treinos livres.

A Ferrari, através do #50 com Antonio Fuoco no comando, esteve na ponta da tabela desde o início da sessão e assim foi baixando sua marca até cravar o ótimo tempo de 3'22"982 contra 3'23"755 do #51 que foi conduzido por Alessandro Pierguidi. Foi um desempenho sólido dos dois carros italianos.

A Toyota não teve grandes chances desta vez, perdendo pole pela primeira vez em anos. Apesar do #7 ter estado próximo durante quase toda sessão, ele foi rebaixado para quinto quando o gêmeo #8 subiu para terceiro com Brendon Hartley e logo depois viu o Porsche #4 conduzido por Felipe Nasr fazer um grande trabalho e colocar Porsche Penske Motorsport num ótimo quarto lugar.

Essa sessão ainda foi interrompida pelo princípio de incêndio que teve o Cadillac #3 que era pilotado por Sebastién Bourdais, quando este estava na primeira chicane da Hunaudieres. O fogo foi logo controlado.

Foi uma qualificação que viu a história acontecer, já que a Ferrari crava uma pole exatos 50 anos após a sua derradeira que foi em 1973, ano que eles disputaram pela última vez as 24 Horas de Le Mans. Na ocasião Arturo Merzario, em parceria com José Carlos Pace, levou o 312PB à pole.

Na LMP2 era de se esperar uma grande disputa e foi o que vimos, apesar do #48 da Idec Sport, pilotado por Paul Loup Chatin, ter determinado o ritmo desde o início. Ele fez o tempo de 3'32"923 e ficou um décimo à frente do #28 da JOTA Sport que até os treinos era o carro a ser batido. Pietro Fittipaldi fez uma ótima volta nos minutos finais, saindo de quinto e indo para segundo. A terceira posição ficou para o #41 do Team WRT que teve Louis Delétraz ao volante.

Talvez a classe que tenha dado uma boa surpresa foi a LMGTE AM, pois até o terceiro treino livre não havia indícios de que a Corvette poderia lutar pela pole. Mas Ben Keating, no comando do #33, abriu a caixa de ferramentas e tratou de cravar uma bela pole com o tempo de 3'52"376, sendo 1,5 segundos melhor que o Aston Martin #25 de Ahmad Al Harthy. A AF Corse, que parecia forte candidata a pole, ficou em terceiro com o #54 pilotado por Thomas Flohr.

Mais tarde acontecerá o quarto e último treino livre em Le Mans.

91ª 24 Horas de Le Mans, A Centenária - Ferrari continua no comando neste terceiro treino livre

 

A Ferrari continua a ditar o ritmo em Le Mans
(Foto: Ferrari Races/ Twitter)


O terceiro treino livre em Le Mans viu mais uma vez a Ferrari cravar o melhor tempo. Antonio Fuoco, já nos minutos finais da atividade, fez o tempo de 3'26"579 que colocou o #50 na ponta e foi seguido de imediato pelo outro #51 que fez o tempo de 3'27"580  com Alessandro Pierguidi.

Os dois Ferrari desbancaram os dois Toyotas que ficaram na ponta da tabela de tempos por quase toda a sessão. A terceira posição ficou para o #7.

Nos LMP2 as coisas foram mais tranquilas e isso refletiu nos tempos: o #28 da JOTA Sport continua muito bem, ao cravar 3'34"071 e foi incríveis três segundos melhor que o #14 da Nielsen Racing e o #34 da Inter Europol Competition. Isso deixa claro que as equipes estão de olho na Hyperpole de logo mais.

Na LMGTE AM a AF Corse também continua a ditar o ritmo com o tempo de 3'53"681 feito pela Ferrari #54. As duas posições seguintes ficaram para a Porsche: o #86 da GR Racing e o #60 da Iron Lynx terminaram em segundo e terceiro respectivamente.

Logo mais, a partir das 15:00, inicia a Hyperpole que definirá os poles de cada classe.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

91ª 24 Horas de Le Mans, A Centenária - O dia em Sarthe

 


O grande Tom Kristensen foi o Marshall na abertura das atividades em Le Mans 
(Foto: 24 Hours of Le Mans/ Twitter)

A abertura das atividades para esta prova Centenária das 24 Horas de Le Mans não poderia ter sido melhor. A esperança de vermos uma competitividade aberta, principalmente na classe rainha do endurance mundial, foi reforçada com uma batalha que já vinha se desenhando nas três primeiras provas desta temporada e a qualificação, onde se deu a definição dos oito melhores de cada classe para o Hyperpole de amanhã, não nos deixa mentir.

Iniciando pelo primeiro treino livre, que deu às equipes três horas de pista aberta, vimos uma Toyota mostrar um bom ritmo com seus dois carros, sendo que o #8, pilotado por Brendon Hartley, foi o mais veloz na parte final daquela sessão com a marca de 3'25"742 e o #7 ficando a 1 décimo da marca. Apesar de terem sido os mais velozes, a diferença entre os oito primeiros esteve no mesmo segundo o que sugeria uma boa disputa para mais tarde quando a qualificação chegasse.

A Peugeot, naquela ocasião, ainda tinha feito um bom treino ao se colocarem na sexta e sétima posições, porém  problemas assombraram os franceses. Foi um treino interessante para os Cadillac da Ganassi e os Porsche da Penske, trazendo uma opção interessante para a qualificação.

Na contramão de tudo, aparecia a Ferrari com seus 499P que tinha no #50 o seu melhor na oitava posição com nove décimos de atraso para o Toyota #8, mas ficava claro que os esforços eram para mais tarde.

Para Glickenhaus e Vanwall as coisas ficam mais difíceis frente a carros oficiais e semi-oficiais, mas os americanos conseguiram um bom ritmo ficando, em média, dois segundos de atraso para o ponteiro.

Na LMP2 aquela sessão revelou o Oreca #28 da JOTA Sport como o mais veloz, sendo 32 milésimos melhor que o #37 da Cool Racing. A diferença para o restante do pelotão foi de 1 segundo para cima.

Entre os LMGTE AM a Aston Martin, através do #55 da GMB Motorsport, foi a mais veloz com o Porsche #86 da GR Racing em segundo e o Aston Martin #72 da TF Sport em terceiro. Foi uma classe que teve seus nove primeiros no mesmo segundo.

Essa primeira atividade não ficou ilesa de acidentes, que o Ferrari #66 da JMW Motorsport escapou na Chicane Motul e foi para a barreira de pneus, algo que aconteceria mais tarde com o Alpine #35 no mesmo local.

O acidente que mais causou preocupação foi entre o Aston Martin #777 da D'Station que era pilotado no momento por Casper Stevenson e o LMP2 #13 da Tower Motorsport, conduzido por Steven Thomas, quando o GT bateu nas barreiras antes da Tertre Rouge e ficou no meio da pista. Apesar da sinalização com bandeira amarela e com os carros que vinha a seguir desviando, o #13 acabaria por acertar o Aston Martin. Por sorte, os danos foram apenas materiais e a D'Station e Tower precisaram trocar seus carros para prosseguirem no certame.



Na qualificação, Ferrari a mais veloz


(Foto: Ferrari Hypercar/ Twitter)

Como era previsto, esta era a sessão onde o nível subiria e a batalha seria mais intensa, fazendo já um prelúdio do que esperar para a Hyperpole que contará com os oito melhores de cada classe.


A Ferrari mostrou seu potencial, que já era conhecido das etapas passadas, ao colocar os dois 499P na primeira fila. Antonio Fuoco (que estava na zona de corte quando faltavam 20 minutos para o fim) conseguiu superar o outro Ferrari #51 ao anotar 3'25"213, sendo 1 décimo melhor que o tempo feito por Alessandro Pierguidi que havia liderado a classe. Foi uma boa disputa contra os Toyotas, que aparecem na segunda fila com #7 e #8 em terceiro e quarto, respectivamente. 

As demais posições que foram para o Hyperpole de amanhã foram seguidas pelos dois Porsche da Penske (#5 #75) e pelos dois Cadillac da Ganassi (#03 e 02).

Não foi uma sessão feliz para os demais, principalmente o Porsche #38 do Hertz Team Jota que entrou já no final para a sua qualificação e não obteve êxito; os dois Peugeot 9x8 que ficaram bem abaixo, levando mais de dois segundos do Ferrari #50.

Nos LMP2 a disputa foi bem acirrada. Pietro Fittipaldi, no comando do #28 da JOTA cravou o melhor tempo em 3'34"751, dois milésimos melhor que o tempo feito pelo #41 do Team WRT. Como foi dito acima, a batalha foi boa nessa classe com os 14 primeiros ficando no mesmo segundo.

Além do #28 da JOTA e o #41 do Team WRT,  o #63 da Prema Racing, #48 da Idec Sport, #10 da Vector Sport, #47 da Cool Racing, #923 da Racing Team Turkey e o #09 da Prema Racing passaram para a Hyperpole de amanhã.

A surpresa desta qualificação foi a não ida de nenhum carro da United Autosport e da Alpine, equipes que normalmente se qualificam para a fase final do classificatório.

A Ferrari teve um ótimo desempenho na LMGTE AM onde Alessio Rovera levou o Ferrari #83 da Richard Mille AF Corse ao primeiro lugar com o tempo de 3'51"877. Foi 37 milésimos melhor que a marca do outro Ferrari da AF Corse #54 de David Rigon. A terceira posição ficou para o recuperado Corvette #33 de Nicky Catsburg, que foi revitalizado a tempo dessa qualificação após o acidente no final do treino livre.

Além destes três, o Aston Martin #25 da ORT, Ferrari #57 da Kessel Racing, Aston Martin #55 da GMB Motorsport, Ferrari #21 da AF Corse e a Ferrari #74 da Kessel Racing.

Desde que este sistema foi adotado, esta foi a primeira vez que nenhum Porsche passou para a Hyperpole.

O Camaro ZL1 #24 da Hendrick Motorsport continuou a fazer tempos bem melhores que os da LMGTE AM, com Mike Rockenfeller a fazer o tempo de 3'47"976.


A Porsche aparece no segundo treino livre


(Foto: Porsche Races/ Twitter)

A parte da noite foi dedicada para que as equipes e pilotos passassem trabalhar no melhor acerto para este turno. Dessa forma, a Porsche, com o #6 pilotado por Laurens Vanthoor, foi o melhor dessa sessão noturna ao chegar na casa de 3'28"878. Ele desbancou a Ferrari #51 que havia passado quase todo treino na ponta da tabela. A terceira posição foi do outro Porsche #6 pilotado por Dane Cameron.


De se destacar os problemas enfrentados pelo Cadillac da Action Express, quando Alexander Sims teve algum contato e apareceu lento na pista com o carro um pouco danificado.

Esta foi também uma importante sessão para a Hertz Team Jota que pode fazer o seu treino, após uma qualificação problemática.

Na LMP2 a Prema com o seu #63 foi a mais veloz com o #22 da United Autosport, que enfim apareceu nestas atividades, foi o segundo. A terceira posição ficou para o #28 da JOTA Sport, sempre com Pietro Fittipaldi comandando o carro nas voltas velozes.

A Kessel Racing, com o Ferrari #74 pilotado por Kei Cozzolino, fez a melhor marca na LMGTE AM com 3'53"796. A segunda posição ficou para o Porsche #60 da Iron Lynx e a terceira colocação ficando para outro Porsche #56 da Project 1.

Amanhã continuam as atividades com a realização do terceiro e quarto treino livre e também da Hyperpole, que decidirá os poles de cada classe.

domingo, 4 de junho de 2023

91ª 24 Horas de Le Mans - Test Day

 

Ferrari começou bem a sua caminhada em Sarthe
(Foto: Ferrari Hypercar/ Twitter)


Com os carros na pista para este Test Day, foi importante para que todos pudessem verificar seus carros e os pilotos mais novos, aqueles que estão visitando La Sarthe pela primeira vez, se ambientassem com os mais de 13 Km do clássico traçado que sediará a Centenária 24 Horas de Le Mans.

Apesar de que ainda não seja o pace ideal que veremos a partir de quarta-feira, quando as atividades oficiais começarão de fato, foi importante vermos o que poderá acontecer quando tudo for pra valer. A AF Corse, com os seus Ferrari 499P, ditou o ritmo nas duas partes do teste e assim cravando a melhor marca no geral: o Ferrari #51 fazendo o tempo de 3'29"504 na soma final das duas sessões, sendo que o #50 já havia cravado a melhor marca pela manhã. Com o bom andamento apresentado hoje, mostra-se um bom presságio para a marca italiana que volta a classe principal após 50 anos.

Enquanto que a Ferrari teve um bom dia, o mesmo não se pode dizer da Toyota que, apesar de ter conseguido a terceira melhor marca do dia com o #7, teve no mesmo carro #7 um acidente no final da primeira parte do treino quando Mike Conway bateu na Tertre Rouge e danificou a dianteira. Ao final da tarde, além deste terceiro lugar garantido pelo #7, o #8 ficou com a oitava posição após ter enfrentado problemas no sistema híbrido. Foi um teste bem atribulado para os japoneses.

A Peugeot também não teve um teste fácil, apesar do andamento ter sido bom para quem não conseguiu bons desempenhos nas últimas corridas. Ficaram em terceiro com o 9x8 #94 na terceira posição na primeira sessão, mas teve o #93 com problemas no sistema híbrido que o fez perder o resto da primeira sessão. As coisas se inverteram no segundo treino, quando o #94 é que teve problemas híbridos e o #93 fez o seu trabalho ao ficar em sétimo.

A trinca de Cadillac ainda procura seu acerto. Na primeira parte, o melhor deles foi o #3 da Cadillac Racing que ficou em sexto, enquanto que o #2 ficou em décimo e o #31 da Action Express ficou no 13°. A tarde, o melhor entre eles foi o #2 em oitavo; o #3 em 13° e o #31 na 16ª posição.

A Porsche, com seus quatro 963, divido em duas equipes, tiveram bons andamentos nestes primeiros quilômetros. O #38 da Hertz Team Jota foi o melhor dos Porsche na primeira sessão ao ficar em terceiro. Os demais Porsche, todos do Porsche Penske Motorsport, ficaram em nono (#06), 12° (#05) e em 16° (#75). No segundo treino, o #6 ficou em segundo e o #75 e #05 ficaram em quinto e sexto. O #38 da Hertz fechou em 11°.

A Glickenhaus e Vanwall tiveram desempenho discreto: a Glickenhaus conseguiu o 11° e o 15° com o #708 e #709, respectivamente, e a Vanwall ficando em 14° com o #04 no primeiro treino. O segundo treino, o #04 ficou a frente com a 12ª posição e o dois Glickenhaus ocupando a 13ª e 15ª posições com os #708 e #709.


Na LMP2, conhecida por ter disputas bem acirradas, tivemos as marcas bem espaçadas girando na casa de 1 segundo entre os primeiros.

A primeira parte teve o #47 da Cool Racing o mais veloz, atingindo o tempo de 3'36"409 e com isso foi um segundo mais veloz que o #48 da Idec Sport. A terceira posição foi do #31 do Team WRT.

Na segunda sessão do teste, a primeira posição ficou para o #28 da JOTA Sport com o tempo de 3'35"472 (feito por Pietro Fittipaldi) que foi sete décimos melhor que o do #31 do Team WRT. Em terceiro aparece o #35 da Alpine.

A LMGTE AM foi equilibrada, obrigado. A distância ficou na casa de um décimo entre os ponteiros no primeiro treino. Nesta sessão, a Ferrari esteve bem com uma dupla de 488 GTE EVO nas duas primeiras posições: o #66 da JMW Motorsport foi o primeiro (3'56"623) com mais de um décimo de vantagem sobre o #21 da AF Corse, e em terceiro ficou o Aston Martin Vantage #25 da ORT by TF.

A segunda sessão viu o domínio da Ferrari continuar, mas desta vez com uma trinca de 488 GTE EVO nas três primeiras posições: o #66 da JMW Motorsport continuou a ditar o ritmo (3'56"088) seguido pelo #54 da AF Corse e pelo #57 da Kessel Racing.

Na Garage 56 o Chevrolet Camaro ZL1 da Hendrick Motorsport teve um dia muito proveitoso, ao ficar próximo e até mesmo superar as marcas dos GTs com certa folga. Pela manhã fizeram o tempo de 3'56"880 (que os colocariam em quarto na classe LMGTE AM) e a tarde foram quase três segundos melhor que o tempo do primeiro nos GTs ao fazer 3'53"761.

Os treinos oficiais para a 91ª 24 Horas de Le Mans terá início na próxima quarta-feira. 

sábado, 3 de junho de 2023

91ª 24 Horas de Le Mans, A Centenária - Pesagem - Dia 2

 

Os Glickenhaus durante a pesagem
(Foto: 24 Hours of Le Mans/ Twitter)


A rodada de pesagem para a 91ª 24 Horas de Le Mans, na Place de La République, teve a sua continuação hoje com a presença dos 23 carros restantes.

Como era de se esperar, a presença dos Hypercars foram a grande atração para o público que ali esteve.

Abaixo as principais declarações:

Porsche

Le Mans e Porsche tem um caso de amor muito bem resolvido, diga-se e isso é sentido através da recepção do público para com a marca alemã recordista de vitórias na clássica prova.

Para a busca da 20ª conquista, estarão com os três carros da equipe Penske e com o da Hertz Team Jota. Hoje foi a vez dos carros comandados pela Penske irem para a pesagem e Fred Makowiecki que estará no comando o 963 #5 junto de Dane Cameron e Michael Christensen.

Aqui ele fala sobre a expectativa para a prova, assim como a busca da melhoria de toda equipe: "Estamos aumentando nossas chances de vitória . Isso permite testar muito mais coisas e abordar a corrida com o máximo de dados. No início da temporada, para ser honesto, não estávamos no nível que esperávamos. O que deve ser julgado é a nossa curva de progressão . Temos um desempenho melhor há algumas corridas. É verdade que somos bastante inconstantes. No entanto, Le Mans continua a ser um evento especial. Os últimos testes privados que fizemos nos ajudaram a entender bem o carro, então cabe a nós consertar as coisas."

Cadillac

Mais de vinte anos após a sua última participação, o retorno da Cadillac é também bastante esperado em Sarthe. Ao mesmo passo da Porsche, eles também esperam resolver seus problemas e evoluir durante este certame em Le Mans para, quem sabe, poder lutar pela vitória.

Sebastién Bourdais, um veterano da prova com boas prestações à Peugeot Ford, o francês destaca a preparação que foi feita em simuladores e na pista: "Trabalhamos muito na pista, mas também no simulador. Amanhã, com os nossos três carros, iremos em três direções diferentes em termos de afinação e depois analisaremos os dados recolhidos. Isso nos permitirá começar os treinos livres na quarta-feira com uma base fixa e depois trabalhar com mais detalhes. Voltar ao início da temporada foi complicado porque encontramos problemas mecânicos e azar. Tanto é assim que nos encontramos em uma situação desconfortável em relação às peças de reposição. Espero que tenhamos deixado nosso gato preto na Califórnia (risos). Chegamos aqui de bom humor e toda a equipe precisava disso."


Glickenhaus

O time de Jim Glickenhaus, que terminou em terceiro ano passado, foi também uma das mais saudadas neste derradeiro dia de pesagem. E Jim gostou bastante dessa recepção, destacando a tradição de equipes particulares em Sarthe: “Existe uma longa tradição de pequenas equipes independentes em Le Mans. Temos orgulho de apresentar carros que projetamos e construímos, então vamos dar tudo de nós. Estamos constantemente fazendo melhorias em nosso hipercarro com base no que aprendemos nas corridas”.

Sabemos que a situação para que possam repetir o feito de 2022 ou até melhorar este, será uma tarefa ainda mais complicada devido o contingente que agora é mais robusto. Mas sabemos, também, que a esperança estará sempre ali e até o cair da bandeira quadriculada tudo pode acontecer.


Toyota e Ferrari. O grande duelo?

Até aqui tem sido uma disputa muito interessante entre estas duas marcas, mesmo que a Toyota tenha cravado as três vitórias nas três primeiras corridas. Mesmo assim, a presença da Ferrari é algo a se considerar e a fabricante japonesa, que venceu as últimas edições das 24 Horas de Le Mans, sabe bem disso.

Nesse embalo de sucesso, a Toyota é apontada como a principal favorita - e claro, pelas rivais, a equipe a ser batida no solo sagrado. Mesmo que adotem uma postura humilde, é difícil desvencilhar deste rótulo e eles sabem disso. “Temos dificuldade em escapar disso. Somos forçados a aceitá-lo. Isso não nos garante uma corrida fácil , porque sabemos que tudo pode acontecer”, como bem destaca o chefe da equipe Pascal Vasselon.

Apesar deste rótulo, eles sabem bem que o passado não foi muito gentil com eles antes que passassem a vencer a prova.

Do outro lado da trincheira o retorno de uma velha conhecida de Sarthe, trouxe não apenas a mística que seu nome envolve, como também a possibilidade de desafiar a Toyota: a Ferrari terá o seu tão sonhado retorno à Le Mans 50 anos após a sua última participação na classe principal e a esperança de uma vitória é grande para este retorno. Porém, eles sabem que terão de superar a Toyota e também os percalços que esta prova reserva à todos. “Sabemos que nosso carro é competitivo, assim como a equipe técnica. Acho que a Toyota Gazoo Racing é a equipe a ser vencida porque eles são muito fortes aqui. Faremos de tudo para dificultar a vida deles. Ainda assim, temos de terminar a prova em primeiro e, se for o caso, penso que será numa boa classificação” como fala Miguel Molina, que estará no comando do 499P #50 junto de Antonio Fuocco e Nicklas Nielsen.

A pesagem foi encerrada com um desfile de de carros num trecho da Avenue du Général de Gaulle ao Quai Louis Blanc, onde o tetra vencedor de Le Mans Yannick Dalmas, na condução do Chenard & Walcker Sport (vencedor da primeira edição das 24 Horas de Le Mans em 1923), comboiou alguns dos carros que estarão nesta prova Centenária como o #77 Dempsey-Proton Racing (Porsche 911 RSR-19) e do #33 Corvette Racing (Chevrolet Corvette C8.R) encantaram e o #24 Hendrick Motorsports (Chevrolet Camaro ZL1).

Amanhã começa os trabalhos de pista, com os testes que terão duas sessões de três horas cada (10:00 - 13:00 e depois das 15:30 - 18:30) horário da França.

quinta-feira, 23 de março de 2023

GP da Arábia Saudita - Não é nada, mas...

(Foto: Red Bull/ Twitter)

 

Este GP da Arábia não foi nada mais que uma continuação do que vimos em Sakhir, quando a Fórmula 1 abriu a sua temporada e foi constatado que a Red Bull tinha uma vantagem considerável sobre os demais.

A ótima recuperação de Max Verstappen de 15° para 2° evidenciou isso e não há dúvidas de que, realmente, o seu terceiro título mundial - em sequência - pode acontecer com certa facilidade. Mas, por outro lado, os problemas mecânicos podem dar a equipe rubro-taurina alguma dor de cabeça, assim como o comportamento de seus dois pilotos.

Os problemas enfrentados por Max na qualificação, quando um semi-eixo quebrou e o deixou de fora do Q3, mostrou que este pode ser o único adversário real da equipe até que algum voluntário (olá Aston Martin) os desafie realmente. A parte final da corrida, com os dois pilotos reclamando de barulhos e problemas de freios, deixaram um ponto de interrogação sobre a confiabilidade mecânica de um carro que pode chegar ao olimpo dos melhores da categoria.

Outro detalhe que ficou em evidência é que os pilotos chegaram a certeza de que realmente tem o melhor equipamento e a distância para os demais é o suficiente para que possam se jogar numa batalha. Sergio Perez chegou a uma importante vitória, visto que ainda estamos no início do mundial e aproveitando-se bem da falha mecânica de Max para faturar essa. As voltas finais com os dois pilotos tentando marcar o território foi interessante, mas claramente não sairiam satisfeitos totalmente: enquanto que Sergio não gostou nada de ter ficado sem a melhor volta, entendendo que a equipe não lhe deu total parâmetro da condição de Max, este último acredita que poderia ter chegado à vitória caso a Red Bull não tivesse controlado tanto por temer uma quebra.

A verdade é que este duelo pode até mesmo acontecer em algumas etapas, mas sabemos que Sergio Perez está um degrau - ou até mesmo dois - abaixo de Max e isso trará sérios problemas para que ele desafie o principal piloto. Porém, é sabido também, que Sergio costuma ter um desempenho às vezes parelho com Max quando as corridas são realizadas em pistas urbanas e isso nos leva as duas próximas corridas que serão neste tipo de circuito: Melbourne, Baku e Miami são três pistas que podem ajudá-lo neste confronto. Mesmo que ele não vença, uma chance de tentar incomodar Max é real a partir do momento que consiga andar próximo, cravar uma pole, uma melhor volta (na derradeira passagem) e até mesmo vencer, daria ao piloto mexicano uma condição de sair fortalecido psicologicamente frente a um piloto que parece não se abalar fácil.

Por outro lado, caso seja derrotado impiedosamente (o que pode acontecer facilmente), o seu sonho de tentar beliscar algo a mais para o final do mundial, ficará apenas no desejo.

Será interessante observarmos o andamento do florescer desta possível batalha por estas três corridas.

Para os demais

Não há dúvida que a Aston Martin seja a terceira força deste campeonato. Arriscamos dizer que, caso Lance Stroll não tivesse quebrado, a chance dele pegar o quarto posto logo após de Fernando Alonso era grande. O ritmo imposto pelo piloto espanhol no final da corrida, quando foi comunicado da confusa punição, mostra o quanto que este carro é muito bem nascido: Alonso estava 4.3s a frente de Russell e em duas ou três voltas conseguiu subir para 5.1s e, momentaneamente, se livrar da possível punição - antes que os comissários entrassem em cena para realizar uma das mais patéticas punições dos últimos anos.

Enquanto que a Aston Martin mostrava que também tem a sua força, Mercedes e Ferrari continuavam a tentar se achar: a equipe anglo-saxônica fez um GP decente com seus dois pilotos, mas ficava claro que não teriam força para brigar contra a Aston Martin, mas tinham um ritmo bem melhor que a sua rival Ferrari que teve em Charles Leclerc um ritmo inicial muito bom, mas que depois ficaria estagnado. A alta degradação dos pneus tem sido, até aqui, o terror dos italianos.

Em relação as demais equipes, a Alpine teve um bom andamento com seus dois pilotos e a Haas sorriu um pouco com o ponto conquistado por Kevin Magnussen numa das poucas batalhas que essa corrida proporcionou, quando ele desafiou Yuki Tsunoda pelo décimo lugar. E se há alguém para chorar é a Mclaren, que teve um brilho com a ótima qualificação de Oscar Piastri e depois com um ritmo pífio no decorrer do GP.

Os próximos GPs serão bem interessantes, a partir do momento que haja alguma ação da parte que mais alimenta esperança. 

sexta-feira, 17 de março de 2023

1000 Milhas de Sebring - A espera de uma grande disputa

 

50 anos depois, uma Ferrari na pole da classe principal do Mundial de Endurance 

Foi apenas um primeiro passo, mas importante para esta era que, agora, ganha notoriedade. A pole da Ferrari com o seu 499P, vinda pelas mãos de Antonio Fuoco, causou uma belíssima festa nos boxes da equipe italiana e isso não era para menos: a última conquista neste sentido remonta a pole de Arturo Merzario/ José Carlos Pace com a Ferrari 312PB para as 24 Horas de Le Mans de 1973. Na ocasião, Merzario cravou 3'37"500 e na corrida terminaram em segundo, perdendo para o Matra MS670B conduzido por Henri Pescarolo e Gérard Larousse. 


A volta de Fuoco para a obtenção da pole para estas 1000 Milhas de Sebring foi de 1'45"067, 0"214 mais veloz que o do Toyota GR010 #8 que teve Brandon Hartley no comando. Aliás, as duas equipes monopolizaram as duas primeiras filas, com o Toyota #7 em terceiro e o Ferrari #51 em quarto. Estes resultados foram o cenário que se desenhou desde os treinos livres, onde as duas estiveram muito próximas e sugere que a batalha pode ser entre elas e com uma intromissão vindo do Cadillac #02.


Em relação as demais classes, pole para o #23 da United Autosport na LMP2  após uma boa disputa com Pietro Fittipaldi que esteve na direção do #28 da JOTA Sport e sairá em segundo.

Sarah Bovy garantiu uma ótima pole para o trio da Iron Dames com o Porsche 911

A outra pole que foi muito bem recebida foi por conta do Porsche #85 da Iron Dames, com Sarah Bovy cravando a marca de 1'58"949, 0"396  a frente do Corvette #3 que foi pilotado por Ben Keating na qualificação. É um início muito promissor para este trio formado pela Sarah Bovy,  Michelle Gatting e Rahel Frey.


A largada para as 1000 Milhas de Sebring será a partir das 13:00 horas, mas a transmissão será aberta meia hora antes pelo canal oficial do WEC que terá os comentários de Rodrigo Mattar e Sérgio Milani.

Link: https://www.youtube.com/live/cS7RHBQoC9M?feature=share


segunda-feira, 6 de março de 2023

GP do Bahrein - Ainda é cedo, mas...

 

A largada do GP do Bahrein, que abriu a temporada 2023 da Fórmula 1


Essa abertura do Campeonato Mundial de Fórmula-1 deixou uma impressão que chega soar como algo de doido: em que prova que Max Verstappen e Red Bull vão sacramentar os dois campeonatos? A superiodade deste duo nos faz regressar a momentos clássicos como 1992 com Nigel Mansell/ Williams ou 2004 com Michael Schumacher/ Ferrari.

É um exagero, afinal apenas o primeiro passo foi dado em Sakhir, mas esta impressão fora do eixo ainda no começo é por conta de equipes que deveria estar na cola deles, terem iniciado o campeonato batendo cabeça com seus bólidos: Ferrari e Mercedes ainda precisam desvendar - ou arrumar - suas crias para que possam desafiar o poder de fogo mostrado pelos rubro-taurinos.

A Ferrari é que pode, neste momento, conseguir algo frente a Red Bull, mas precisará lidar com o desgaste de pneus que apareceu bem acentuado neste GP e ficar de olho nos problemas que apareceram no motor de Charles Leclerc, que abandonou a corrida quando era terceiro por conta de falha elétrica - e claro, ter uma melhor organização nas estratégias e isso foi algo que, a princípio, parecem ter feito de modo correto nesta corrida.

O caso da Mercedes é bem mais complexo: ao que tudo indica, acordaram do seu conto de fadas sobre o zeropod e agora já estão no trabalho para entradas de ar convencionais. Isso sugere que o trabalho será ainda mais árduo que ano passado com o filho rebelde W13. Porém, é algo que dá a impressão de que já estavam esperando que não fosse resultar em grande coisa e por isso já estavam trabalhando em laterais convencionais. De toda forma, esperar algo deles ainda nessa primeira parte do mundial, soa como um verdadeiro devaneio.

Se estas estão perdidas, a Aston Martin, entra de forma positiva nesse balaio e até com vantagem sobre a Mercedes deixando uma boa impressão. O trabalho fabuloso feito por Fernando Alonso e o esforço de Lance Stroll, mostram que o projeto do AMR23 é algo a considerar e ser acompanhado com atenção para ver até onde a equipe pode chegar. Se as atualizações forem corretas, é uma equipe pode tentar beliscar uma vitória em alguma corrida tresloucada.

Falando do restante do pelotão, fica claro que aquele meio está bem bagunçado onde uma corrida é outra pode aparecer equipes para serem a melhor do resto. Times como a Mclaren, Alpine e Alpha Tauri, que deveriam ser as líderes do segundo escalão, não apresentaram grande coisa nessa prova de abertura. Quem devemos observar com atenção é a Williams, que já salvou um ponto logo de cara e teve um rendimento honesto e que nos faz pensar que podem, enfim, passar a lanterna do fundão para outro time.

A verdade é que a próximas duas provas, na Arábia Saudita e Austrália, nos dará uma visão mais clara de onde cada equipe possa estar.

sábado, 12 de novembro de 2022

GP de São Paulo (Sprint Race) - Interlagos e sua sina

 

(Foto: Mercedes F1/ Twitter)

É até repetitivo dizer que Interlagos tem uma magia especial, mas mesmo procurando palavras diferentes para expressar os nosso sentimentos a aquela senhora pista de 82 anos é difícil não citar a mágica que aquela pista exala.

Foi ontem na qualificação para a Sprint Race com a inédita - e impressionante - pole de Kevin Magnussen que se beneficiou da leve chuva que caiu no final do Q3 para conquistar a posição de honra na Sprint Race deste sábado. 

A propósito: Interlagos nos brindou com duas Sprint Race magníficas, já que ano passado foi o palco da primeira grande recuperação de Lewis Hamilton - abrindo um final de semana apoteótico para ele - e a deste ano, onde a surpresa com a pole de Magnussen já era um atrativo. 

O dinamarquês teve uma boa largada e ótimo andamento nas duas primeiras voltas, mas sabia-se que seria difícil segurar o ímpeto do bicampeão Max Verstappen - que logo assumiria a ponta. Porém, a velocidade e ritmo de George Russell, com um W13 que resolveu fazer suas graças nesta parte final de campeonato - mostrou que a batalha pela vitória seria real quando ele também despachou Kevin e ficou no encalço de Max por um bom tempo.

Do mesmo modo, podemos ver Lewis Hamilton escalando desde a sua oitava posição para ficar entre os 4 primeiros e esperar por algum presente dos Deuses. Mas este parecia estar reservado a  Russell que se aproximava ainda mais de Max ao ponto de emparelhar em algumas oportunidades. 

Foi numa dessas que ao aproveitar-se de uma rara velocidade do W13 - que tanto dificultou os Mercedes após a eliminação do porpoising  - para ganhar a primeira posição de Max e disparar na liderança. 

Um irreconhecível Max precisou lutar contra a Ferrari de Carlos Sainz, a ponto dos dois se tocarem na segunda perna do S do Senna, quando Carlos mergulhou para ultrapassar e assumir a segunda posição. 

Isso possibilitou a chegada de Hamilton para reeditar algumas das batalhas de 2021 contra Max. O inglês aproveitou-se de sua ótima velocidade e dos problemas enfrentados por Max, para efetuar a ultrapassagem em plena reta dos boxes e assumir o terceiro lugar.

Foi uma festa e tanto essa primeira conquista de George Russell -  mesmo que ainda tenha sido numa Sprint Race - um piloto de que se espera muito. Sainz salvou o dia para a Ferrari e Lewis levou a outra Mercedes para o pódio, completando a festa das Silver Arrows no autódromo paulistano.

E pensar que ainda tem mais amanhã e Interlagos já entregou tanto.

Que lugar fantástico!

domingo, 19 de junho de 2022

GP do Canadá - Sobre a vitória de Max Verstappen em Montreal

 Lá no canal do Volta Rápida falei um pouco sobre o GP do Canadá. Espero que gostem!



4 Horas de Santa Cruz do Sul - Frio, problemas e vitória do AJR #444

 

(Foto: Rodrigo Guimarães HD)

As etapas de Goiânia e Interlagos foram provas bem atribuladas, principalmente para aqueles que iam à frente: enquanto que os principais protótipos foram tendo seus percalços, o Ligier #17 e o Mercedes AMG GT3 #27 passaram para vencer as duas respectivas provas com autoridade. Mas era uma questão de tempo para que os reinantes AJR e até mesmo o rápido, mas ainda frágil, Sigma, estivessem com total chance de conquistar a terceira etapa. Por motivos que ainda são desconhecidos, a prova estava marcada para o veloz circuito de Cascavel e acabou sendo remarcada para a pista de Santa Cruz do Sul que é reconhecida como seletiva pelos pilotos, mas com um agravante a mais que é a abrasividade do asfalto. Sem sombra de dúvida, um desafio a mais para os pilotos e equipes. 

Mas as coisas começaram bem complicadas: se na quinta, durante os treinos extras, a pista estava seca, na sexta a chuva reinou por todo dia e isso acabou forçando o adiamento da qualificação para o sábado, horas antes da realização da corrida. Isso significava um trabalho a mais para todos, visto que ainda precisariam converter os carros da qualificação para a corrida. 

Essa qualificação custou uma baixa no grid e também para a equipe M3 Motorsport, que cuida atualmente dos dois Sigma #2 e #12: o Sigma #12 saiu para sua qualificação com Beto Ribeiro no comando e acabou batendo o protótipo. Segundo informações, ele teria quebrado os dois tornozelos e também no joelho esquerdo. Esta corrida acabaria por ser bem desastrosa para as equipes que possuem os protótipos Sigma: com o #12 fora, restou o #2 pilotado por Erik Mayrink/ Hugo Cibien que largaram na quinta posição e estavam em sexto quando os problemas no pneu traseiro esquerdo passou a atormentar a dupla, que viria a repetir mais à frente com outro furo do mesmo lado e este deixando o Sigma #2 por um bom tempo nos boxes para arrumar os problemas que foram além dos furos de pneus, como em barra estabilizadora e cabo de vela defeituosa. 

Outro Sigma, o da equipe MC Tubarão, batizado como Tubarão XI, estreou nova pintura nesta etapa - vermelho em alusão ao Tubarão I, primeiro da grande equipe em 1996 - e chegou fazer todas as atividades até a manhã de sábado, quando a equipe decidiu retirar o protótipo da prova por entender que o carro ainda não está no nível dos demais e precisar de mais desenvolvimento. Na qualificação o Tubarão XI foi conduzido por Arthur Leist - que dividiria o comando com Tiel Andrade - e sua volta foi de 1'23''2 e a pole, que foi feita pelo AJR #444, foi de 1'10''2. 


Muito frio e várias visitas do Safety Car

A largada para as 4 Horas de Santa Cruz do Sul

Apesar do sol e céu limpíssimo, o frio estava presente e isso foi um fator a ser considerado: se por um lado ajudava na conservação mecânica dos carros, piorava para que os pneus atingissem a temperatura ideal - apesar deste último não ter interferido no desempenho dos pneus, a pista abrasiva acabou causando alguns furos de pneus e curiosamente do lado esquerdo traseiro, onde o Sigma #12, MCR Grand-Am #18 e o Ligier #17 tiveram seus furos. 

O inicio da corrida foi de uma batalha bem interessante entre o AJR #444 (Vicente Orige/ Gustavo Kiryla) e o Ligier #17 (Guilherme Botura/ Gaetano Di Mauro) onde o carro francês, mesmo sem toda velocidade de reta do AJR #444, conseguia acompanhar o ritmo do protótipo nacional e isso durou por um bom tempo. As entradas do Safety Car, pelas mais diversas situações, deu ao outro AJR da equipe Motorcar - o #1 pilotado por Fernando Ohashi/ Marcelo Vianna/ Vitor Genz - a possibilidade de entrar nessa disputa pela primeira posição na geral. 

Com essa chegada do AJR #1, o Ligier #17 passou a ficar mais para a terceira posição e apenas acompanhar a disputa entre os dois carros da equipe Motorcar. Enquanto que os dois AJR disputavam a primeira posição, o Ligier teve um pneu furado e quando estava para entrar nos boxes teve um toque com o AJR #35 (Pedro Queirolo/ David Muffato) e bateu forte no muro da entrada do box. Foi uma pena para eles, já que os problemas com a caixa de direção do protótipo francês tinham os deixado de fora em Interlagos. 

Mesmo com o tráfego pesado, os dois AJR da Motorcar tiveram tempos na casa de 1'12 - para se ter uma idéia, a pole foi feita pela manhã na casa de 1'10 - e isso indicava que a disputa seria apenas entre eles. Mas no decorrer da prova o melhor andamento do AJR #444 garantiu a primeira colocação, enquanto que o AJR #1 teve que travar uma boa disputa com o AJR #35, que fez uma corrida de recuperação após largar dos boxes por conta de problemas de motor que atingiram a dupla Queirolo/ Muffato desde a quinta. Mais a frente o #35 assumiria a segunda posição, enquanto que o #444 passava para vencer a prova - nesta que foi a redenção da dupla Orige/ Kiryla que estavam com ritmo muito bom em Interlagos e liderando quando quebraram. No meio do caos que foi esta etapa de Santa Cruz do Sul, foi um desempenho brilhante e recompensador para eles.

Na P2 a vitória ficou para o MCR Grand-Am #18 de Fernando Poeta/ Claudio Ricci que chegaram enfrentar um furo no pneu, mas conseguindo trazer o carro para os boxes e sustentar a liderança. O MRX #73 da LT Team (Gustavo Ghizzo/ Leandro Totti/ Leonardo Yoshi) ficaram em segundo e a terceira posição, mesmo não tendo terminado a corrida por conta de uma quebra de eixo, ficou o Ferrari 458 #155 de Tom Filho/Ricardo Mendes. Na P2L a vitória foi do MRX #74 de Leonardo Yoshi/ Eduardo Souza/ Leandro Totti.   


Nos GTs

(Foto: Marcos Gomes/ Instagram)

Na classe dos GTs as disputas foram ferrenhas, mais uma vez. A batalha entre o Mercedes AMG GT3 #9 de Xandinho Negrão/ Marcos Gomes e o Mclaren 720S #16 de Marcelo Hahn/ Allan Khodair animaram a classe dos GT3, com estes ficando na disputa por quase toda corrida e até rolando um toque entre o #9 e o Mercedes #50 de Maurizio Billi/ Marco Billi/ Max Wilson, possibilitando uma bela ultrapassagem do Mclaren #16 - então pilotado por Khodair - sobre o Mercedes #9 que estava aos cuidados de Marcos Gomes. 

O Mclaren #16 - que teve um Drive & Through por fazer a parada de box abaixo dos 4 minutos obrigatórios - esteve muito bem nessa corrida e a chance de vitória era real até as voltas finais, quando um problema no amortecedor tirou deles essa oportunidade de ganhar na classe e deixou o caminho livre para a vitória de Negrão/ Gomes - ao menos terminaram em segundo, enquanto que o Porsche 911 RSR #55 da Stuttgart Motorsport (Ricardo Mauricio/ Marçal Muller/ Marcel Visconde) ficaram em terceiro após travar uma disputa com o BMW M4 de Átila Abreu/ Leo Sanchez. 

O Mercedes #27 de Cacá Bueno/ Ricardo Baptista teve problemas no radiador e inicialmente era fim de prova para eles quando a corrida faltava duas horas para o final, mas um tempo depois o Team RC conseguiu resolver o problema e devolveu a dupla para terminar na 24ª posição na geral e em 8º e último na GT3.   

Na classe GT4 a vitória ficou para o Mercedes #31 da Autlog de Leandro Ferrari/ Renan Guerra/ Marco Pisani, a segunda posição ficou para o Porsche 718 #21 de Jacques Quartiero/ Danilo Dirani e a terceira para o Mustang #22 de Cassio Homem de Mello/ André Moraes/ Gustavo Conde. A baixa nessa classe aconteceu durante a corrida ainda em sua primeira hora, quando o Porsche 718 #718 de Marcel Visconde/ Bruno Xavier/ Marçal Muller teve um enrosco com futuro vencedor da classe #31 e acabou batendo na barreira de pneus da última curva.

A corrida completa você pode conferir no canal oficial do Império Endurance Brasil no Youtube clicando aqui.

A próxima etapa será em 20 de agosto com a realização das 4 Horas de Velo Città.

terça-feira, 14 de junho de 2022

90ª 24 Horas de Le Mans - Porsche e Aston Martin comandam nos GTs

 

Uma bela conquista da Porsche na última prova da LMGTE-PRO em Le Mans
(Foto: Porsche Races/ Twitter)

Como de costume as classes destinadas aos GTs não decepcionam, especialmente a LMGTE-PRO que teve a sua última corrida em Sarthe e será descontinuada ao final desta temporada. A batalha entre Porsche e Corvette pela vitória em Sarthe foi o ponto alto e isso tinha sido bem visto já desde os treinos, principalmente por conta do enorme equilibrio que estas duas equipes apresentaram. 

Quem olhasse a classificação hora a hora certamente apontaria os carros amarelos da fabricante americana como a grande favorita, mas não dava para ignorar em momento algum a velocidade dos Porsche 911 RSR-19 frente aos Corvette C8.R e, com certeza, uma disputa titânica pela última vitória dessa classe em Le Mans. Porém, os problemas nesse tipo de prova são bem costumeiros e tende tirar da disputa o mais preparado dos competidores. 

O Corvette #63, tripulado por Jordan Taylor/ Antonio Garcia/ Nicky Catsburg, esteve em revezamento com o gêmeo #64 (Nicky Tandy/ Tommy Milner/ Alexander Sims) na liderança da classe e que em alguns momentos teve a presença dos dois Porsches, especialmente o #92 de Michael Christensen/ Kevin Estre/ Laurens Vanthoor que sempre esteve no encalço. Mas os problemas para a Corvette começaram aparecer quando a prova ainda se encaminhava para a sua metade: o #63 apresentou problemas na suspensão traseira esquerda e teve que ir aos boxes para os reparos. Isso automaticamente tirou deles a chance de vitória, e as coisas pioraram de vez quando tiveram de arrumar o difusor. Acabaram por abandonar na 15ª hora de corrida. 



A batalha continuava, claro, mas agora com o #64 tendo que segurar as investidas dos dois Porsches e também das duas Ferrari da AF Corse que passaram a figurar entre os favoritos, mesmo que o déficit de potência deles os prejudicasse nas retas. As coisas pareciam ajudar a Corvette quando o Porsche #92, que vinha em revezamento com o #64 pela liderança, teve uma escapada na Mulsanne e em seguida apresentou um furo no pneu dianteiro direito que dechapou na zona da Indianápolis e destruiu toda a dianteira. Por mais que Michael Christensen tenha levado o carro lentamente para os boxes, o tempo perdido os tirou da briga. 

A disputa da Corvette parecia ter virado naquele momento contra o Ferrari #51 (Alessandro Pier Guidi/ James Calado/ Daniel Serra) que estava se baseando na estratégia para tentar beliscar uma improvável vitória. Mas na 18ª hora, quando o Corvette estava próximo de assumir a ponta da classe, acabou sendo acertado pelo LMP2 #83 da AF Corse que era pilotado por François Perrodo no momento. O toque lateral acabou jogando o Corvette #64 - pilotado por Sims no momento - contra o guard-rail da Mulsanne e a quebra da suspensão dianteira e traseira não deram a menor chance de continuarem na corrida. A desolação da equipe americana foi mostrada ao vivo, assim como toda a reação da equipe Ferrari. François Perrodo levou o LMP2 da AF Corse para os boxes e logo em seguida foi a garagem da Corvette pedir desculpas pelos acontecido. Nobre gesto. 

Mas agora a disputa ficava a cargo da Ferrari #51 e do Porsche #91 (Fred Makowiecki/ Gianmaria Bruni/ Richard Lietz) que ressurgia para a batalha. Por mais que houvesse 12 segundos que separavam o líder #51 do #91, essa diferença foi para o espaço assim que o único Safety Car da corrida foi ativado por conta do acidente do LMP2 #31 da WRT na Indianapolis. O duelo entre Ferrari e Porsche animou bastante, mas o carro italiano não tinha ritmo para segurar a velocidade do Porsche e logo acabaria sendo ultrapassado. 

Para o restante das horas, o Porsche #91 apenas aumentou a diferença e passou para vencer mais uma 24 Horas nesta que foi a primeira do modelo 911 RSR-19 que estreou em 2020. Foi a quarta conquista para Bruni e Lietz, enquanto que Makowiecki, já veterano de guerra em Le Mans, foi a sua primeira. 

A classe LMGTE-PRO deixará de existir ao final deste ano. Para 2023 a LMGTE-AM também receberá a sigla PRO, mas apenas por esta temporada já que a partir de 2024 a plataforma usada será a da GT3 com kits para diferenciar os carros do Mundial de Endurance dos demais, mas que podem ser retirados para que os carros continuem/ sejam usados em seus respectivos campeonatos. 


Aston Martin rouba a cena na LMGTE-AM

Uma grande vitória para o Aston Martin da TF Sport
(Foto: TF Sport/ Twitter)

Era uma classe onde o favoritismo pendia totalmente para a Porsche e com o BOP feito na sexta-feira, onde a potência e capacidade do tanque das 488 EVO foram diminuídas, o favoritismo aumentou. 

Mas no decorrer da prova os problemas foram tirando alguns Porsches do caminho, e isso deu ao Aston Martin #33 da TF Sport (Marco Sorensen/ Ben Keating/ Henrique Chaves) a oportunidade de chegar aos três primeiros e assumir a liderança na 12ª hora para não perder mais. 

O Porsche #79 da Weathertech Racing (Julien Andlauer/ Cooper MacNeil/ Thomas Merrill) foi outro que esteve com boas chances de vitória, tendo liderado da segunda hora até a 11ª para depois perder o comando para o Aston Martin da TF Sport. Mas sempre esteve no encalço do #33 da TF Sport, mas sem grandes chances. 

O Porsche #99 da Hardpoint Racing (Andrew Haryanto/ Martin Rump/ Alessio Picariello) esteve próximo do pódio até a 23ª hora quando ocupava a terceira posição, mas uma rodada quando se aproximava da Dunlop chicane - quando Haryanto estava na pilotagem - deixou o Porsche encalhado e um tremendo prejuízo, ao terminarem apenas na 11ª posição na classe. 

O desaire da Hardpoint foi a alegria para o Aston Martin #98 da Northwest AMR (Nicki Thiim/ Paul Dalla Lana/ David Pittard) que garantiu a terceira posição, após se revezar com o Porsche da Hardpoint e também com o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing (Sebastien Priaulx/ Christian Ried/ Harry Tincknell) o último lugar do pódio. O Porsche #77 acabou tendo problemas de suspensão e não pode mais lutar pela terceira posição. 

Destaque para a sétima posição alcançada pela Ferrari #85 da Iron Dames que foi pilotado pelo trio feminino formado por Michelle Gating/ Sarah Bovy/ Rahel Frey. E também vale destaque para estréia de Michael Fassbender, que interpreta o Magneto na franquia "X-Men": ele dividiu o Porsche #93 da Proton Competition com Matt Campbell e Zacharie Robichon e esteve envolvido em dois problemas desse Porsche, sendo que o primeiro foi um toque com um outro GT no meio da noite que o fez parar na brita da curva Indianapolis e depois ficou encalhado na chicane Dunlop. Terminaram na 16ª posição nessa classe.   

quinta-feira, 9 de junho de 2022

90ª 24 Horas de Le Mans - Toyota #7 continua a dar as cartas no terceiro treino livre

 


Essa terceira prática, que antecede a Hiperpole, foi um misto de sentimentos para a Toyota: primeiramente a parte positiva, onde o #7, com Kamui Kobayashi ao volante, determinou um passo muito bom ao realizar a marca de 3'26''796. Foi três décimos mais veloz que o gêmeo #8, mas este é traz uma certa preocupação para equipe japonesa já que ele parou na pista quando Ryo Hirakawa estava no comando - ao que tudo indica, foi por um problema elétrico. A terceira posição na Hypercar pertenceu ao Glickenhaus #708 que ficou a seis décimos de desvantagem. 

Para a Alpine, que estava em sérias dificuldades nas atividades de quarta feira, sendo o carro mais lento dessa classe a cerca de dois segundos, eles tiveram um ganho de potência 7Kw e 11 megajoules de energia para esta edição - anteriormente, para a realização do Test Day no domingo, já haviam passado por um BOP que você pode ler aqui. Mesmo assim, ainda ficaram dois segundos do melhor tempo dessa classe. 

Na LMP2 o melhor tempo ficou para a United Autosports que monopolizou as duas primeiras posições: o #22, conduzido por Filipe Albuquerque, fez 3'30''964 enquanto que o #31 - pilotado por Alex Lynn, ficou seis centésimos da marca. A terceira posição ficou para o #31 do Team WRT. 

Essa classe ainda presenciou um baita acidente que envolveu o #13 da TDS Racing Vaillante quando Philipe Cimadino acabou tocando o #31 do Team WRT - que no momento era pilotado por Sean Gelael - e foi de encontro na barreira de pneus da Curva Porsche. O piloto saiu ok, mas o chassi pode ter sido bem danificado e isso trará um trabalho imenso para a equipe. 

Na LMGTE-PRO a batalha entre Corvette e Porsche é que tem dado o tom até aqui. A equipe Porsche recuperou desempenho ontem, mas a briga com a Corvette é que se espera para essa Hiperpole. Hoje o #64 da Corvette fez o melhor tempo com Nicky Tandy ao volante, alcançando 3'52''307. A Porsche, com o #91 pilotado por Ricahrd Lietz, ficou com a segunda posição a cerca de quatro décimos  e em terceiro apareceu o outro Corvette #63. 

Os Ferrari receberam ajustes nas duas classes com mudanças na pressão do turbo, capacidade máxima de combustível e asa. Nos PRO a pressão do turbo teve uma redução de 0,07 bar; capacidade de combustível reduziu em 3 litros (87 para 84) e ajuste da asa abaixo dos 5,3 graus. Para os Ferrari da AM a redução da pressão do turbo sofreu redução de 0,06; capacidade de combustível de 87 para 84 litros e a redução do ângulo da asa é idêntica aos da PRO.

Na LMGTE AM o Porsche #46 da Project 1 voltou a marcar o primeiro tempo, chegando aos 3'54''386.

A Hiperpole começará às 15:00 e com duração de trinta minutos. 


Resultado - 3º Treino Livre 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

90ª 24 Horas de Le Mans - Glickenhaus lidera o segundo treino livre

 

(Foto: 24 Hours of Le Mans/ Twitter)

Os treinos até aqui foram bem apertados, diga-se, e era apenas uma questão de tempo para que algum dos carros da Scuderia Glickenhaus assumisse o posto de mais rápida e isso aconteceu nesta segunda prática que privilegiou a parte noturna, que é tão importante e que costuma abrir o caminho para a definição da clássica francesa. O #708 da Glickenhaus, conduzido pelo veterano Romain Dumas, fez o melhor tempo com 3'20''900 e foi três décimos mais veloz qe o Toyota #8 de Sebastien Buemi. A terceira posição, com três décimos de atraso, ficou para o Toyota #7 de Kamui Kobayashi. O Glickenhaus #709 e o Alpine #36 não forçaram tanto o ritmo nessa prática noturna, ficando em quarto e quinto respectivamente - #709 cerca de dois segundos e o #36 com três segundos. 

Na LMP2 nada mais que nove carros se encontraram no mesmo segundo nesta prática. Destaque, mais uma vez, para o Team WRT que teve Rene Rast no comando do #31 ao fazer 3'31''149 . A segunda posição ficou para o #22 da United Autosports - com Filipe Albuquerque no comando - e a terceira para o #37 da Cool Racing que foi conduzido por Ricky Taylor. 

Na LMGTE-PRO a Corvette voltou a se destacar com #63 fazendo o tempo de 3'53''492 pilotado por Nicky Catsburg, mas a Porsche, através do #91 conduzido por Fred Mackowiecki, esteve por perto ao ficar apenas 1 décimo de desvantagem. Em terceiro apareceu o Corvette #64 pilotado por Alexander Sims. Os Ferrari, especialmente os da AF Corse, estão fora do ritmo o que sugere um mega trabalho para eles até amanhã para encontrar o ritmo adequado. O #74 da Riley Motorsport ficou com o quarto melhor tempo com Felipe Fraga ao volante. 

Na LMGTE-AM a Porsche deu as cartas nessa sessão tendo o #46 do Team Project 1 na frente com a marca de 3'55''629 feita por Mikkel Pedersen e a segunda posição com o Porsche #88 da Dempsey-Proton Racing pilotado Jan Heylen. A terceira posição ficou para o Aston Martin #98 da Northwest AMR que foi pilotada por Nicki Thiim. Destaque para a quarta posição do Ferrari #85 da Iron Dames que teve a melhor volta feita por Rahel Frey. 

Doze carros estiveram no mesmo segundo nessa classe. 

As atividade continuam amanhã, com o terceiro treino livre às 10:00; Hiperpole às 15:00; e o quarto treino livre às 17:00.

Resultado - 2º Treino Livre

90ª 24 Horas de Le Mans - Chuva e Toyota na dianteira

 


Foi uma qualificação bem atribulada em Sarthe, que definiu os seis melhores de cada classe para a Hiperpole que será realizada amanhã. A Toyota continuou com seu passo ao anotar o primeiro tempo com o #7 pilotado por Kamui Kobayashi que fez o tempo de 3'27''247, mas isso não significou que as coisas tenham sido fáceis já que os Glickenhaus #708, que teve Romain Dumas no comando, ficando a um décimo da melhor marca. O gêmeo do carro americano ficou com o terceiro posto, cerca de sete décimos. Para a Alpine as coisas continuam bem dificeis, com a Nicolas Lapierre anotando um volta dois segundos pior que a do Toyota #7. Ainda falando sobre a Toyota, o seu carro #8 escapou na Mulsanne quando estava para abrir a volta e assim não teve tempo de abrir outra, já que teve a bandeira vermelha por conta de um acidente com o Porsche da categoria AM. Foi um tremendo azar, já que quando voltaram, a pista estava úmida e os tempos de volta tinham subido e o trio acabou ficando na 29ª posição na geral.

Na LMP2  a batalha pela pole amanhã tende a ser bem interessante, já que a WRT entrou na briga ao anotar a melhor marca em 3'29''898 com o seu #31 pilotado nessa sessão por Robin Frijns e outro carro da equipe, o #41 pilotado por Norman Nato, ficou com o terceiro posto. A segunda posição ficou para o #38 da JOTA que mais uma vez foi conduzido por Antonio Felix Da Costa.

Na LMGTE-PRO a Porsche ficou com o melhor tempo vindo pelo #92 que foi pilotado por Laurens Vanthoor que alcançou 3'50''999. A segunda posição ficou para o Corvette #63 - com Antonio Garcia ao volante - e a terceira posição com o Porsche #91 conduzido por Fred Mackowiecki. A Ferrari #74 da Riley Motorsport chegou a beliscar a chance de ir à Hiperpole quando Felipe Fraga anotava a quinta posição, mas acabou ficando de fora ao ser superado pelas duas Ferrari da AF Corse. 

Na LMGT-AM a primeira posição ficou para o Asaton Martin #98 da Northwest AMR que teve em Nick Thiim o responsável pela melhor volta, ao fazer 3'52''559. Em seguida aparece a Ferrari #57 da Kessel Racing, que foi pilotada por Mikel Jensen, e pela outra Ferrari #54 da AF Corse, conduzida nessa qualificação por Nick Cassidy. A bandeira vermelha que foi acionada ao meio da qualificação ficou por conta da escapada e batida do Porsche #93 da Proton Competition que estava a ser conduzida por Michael Fassbender, que se acidentou na freada para primeira chicane após a Hunaudières. Piloto está ok. 

Ás 17 horas se inicia o segundo treino livre e a Hiperpole será amanhã, às 15:00.

Resultado Qualificação







90ª 24 Horas de Le Mans - Toyota a mais rápida no 1º Treino Livre

 

(Foto: FIA WEC/ Twitter)


As atividades para esta 90ª edição das 24 Horas de Le Mans já foram iniciadas e com a Toyota marcando o passo, com Brendon Hartley levando o #8 da equipe japonesa ao topo da tabela com a marca de 3'29''441 sendo 0'476 décimos mais veloz que o Glickenhaus #709 que ficou em segundo com a marca sendo feita por Franck Mailleux. Mas temos que destacar que por grande parte destas três horas de treino os carros americanos estiveram na ponta da classe Hypercar, com a Toyota superando na última meia hora de atividade. No entanto, entre Toyota e Glickenhaus, a diferença entre os quatro carros está dentro do mesmo segundo. 

Para a Alpine, que já tinha suas dificuldades por conta do BOP, o treino foi bem atribulado com alguns problemas que apareceram para o time francês. O Alpine #36 ficou mais de dois segundos da marca feita por Hartley e a sua velocidade de reta, que abriu uma grande preocupação entre seus pilotos, é cerca de dez à doze quilometros mais lenta que Toyota e Glickenhaus - o carro americano de número #708 atingiu 337.01 Km/h enquanto que Alpine fez apenas 325.84. 

Na LMP2 o passo foi ditado pelo #22 da United Autosport que fez o tempo de 3'30''238 feito por Alex Lynn. A segunda posição ficou para o #38 da JOTA com Antonio Felix Da Costa ao volante e o terceiro tempo com #9 da Prema, que teve Robert Kubica no comando. No geral, o #22 da United Autosport ficou na quarta posição com sete décimos de atraso para o melhor tempo feito pelo Toyota #8. 

Na LMGTE-PRO a Corvette continuou a dar as cartas, assim como fizera no Test Day de domingo, ao anotar 3'53''250 com #63 pilotado por Antonio Garcia e a segunda posição ficando para o #64 pilotado por Tommy Milner. A Porsche ficou com o terceiro tempo, representado pelo #91 de Gianmaria Bruni que ficou oito décimos do tempo do Corvette #63. A Ferrari #51 da AF Corse perdeu algum tempo para a troca do motor e ficou na última posição da classe. 

Na LMGTE-AM a Porsche teve dois carros nas duas primeiras posições: o #79 da Weathertech Racing fez 3'55''082 com Julien Andlauer e a segunda posição ficando para o #86 da GR Racing com Benjamin Baker fazendo a melhor volta da equipe. A terceira posição ficou para o Aston Martin #33 da TF Sport, que teve Marco Sorensen realizando o melhor tempo. 

A próxima atividade começará às 14 horas, com a realização da qualificação. 

Resultado - 1ª Treino Livre 

domingo, 5 de junho de 2022

90ª 24 Horas de Le Mans - Test Day

 

A Toyota esteve na frente nas duas sessões, mas sempre com os Glickenhaus por perto
(Foto: Toyota/ Twitter)

Os primeiros quilômetros para esta 90ª edição das 24 Horas de Le Mans foram realizados hoje com as quatro classes e seus 62 carros presentes para este dia de testes no clássico circuito de Sarthe. 

A Toyota comandou os passos da principal classe especialmente com o GR 010 Hybrid #7 que foi comandado por Jose Maria Lopez, que cravou as melhores marcas nas duas partes dos treinos: pela manhã ele fez o tempo de 3'31''626 e a tarde baixando a marca para 3'29''986, dando aos carros dessa classe a liderança absoluta na tabela dos tempos já que os carros da LMP2, como tem acontecido nos treinos livres, costumam ter um ritmo mais veloz ou próximo dos Hypercar. O #22 da United Autosport, por exemplo, foi o LMP2 mais bem colocado nesta ultima parte de treinos ao ficar na quinta posição com 2'203 segundos mais lento que o Toyota #7.

No entanto, dentro da própria Hypercar, a diferença entre os cinco carros não foi das maiores principalmente entre a Toyota e Glickenhaus que tiveram seus carros separados por apenas nove décimos. Apenas a Alpine #36 é que teve uma diferença maior por conta das restrições do BOP - o carro francês recuperou cerca de 10KW relação ao que havia perdido na etapa das 6 Horas de Spa-Francorchamps, porém estará operando para esta prova em Le Mans com 30Kw menos do foi usado na edição de 2021. Eles terão um total de 420kw, 952kg contra 506Kw, 1070kg e 898 megajoules de potência máxima dos Toyotas, enquanto que os Glickenhaus terão 520Kw, 1030kg e 910 megajoules de potência máxima. 

Porém, sabemos que os BOPs podem ser alterados no decorrer dos treinos e até mesmo antes da corrida, como chegou acontecer algumas vezes - especialmente nas classes de GT. 

Na LMP2, a JOTA e a United Autosports monopolizaram as duas sessões de treinos: pela manhã foi o #38 da JOTA que ficou com o melhor tempo de 3'33''964 feito por Will Stevens, enquanto que o #22 da United Autosports ficou com a segunda marca apenas 1 décimo pior. Na parte da tarde foi a vez do #22 da United Autosports se lançar na frente da tabela da classe chegando ao tempo de 3'32''099 que foi feito por Filipi Albuquerque, que desbancou seu conterrâneo Antonio Felix Da Costa que liderou parte a tabela de tempos com #38 da JOTA e ficou dois décimos mais lento. 

É apenas um aperitivo do que será esta classe a partir dos treinos livres e que, claramente, foi quem garantiu as emoções nas últimas edições das 24 Horas de Le Mans. 


A classe dos GTs

A Corvette comandou as duas sessões da GTE-PRO
(Foto: Corvette Racing/ Twitter)

A LMGTE-PRO apresentou um bom passo da Corvette que liderou as duas sessões com o seus C8.R, sendo que na primeira sessão foi com a dobradinha formada pelo #64 com o tempo de 3'54''690 feito por Tommy Milner e a segunda posição com o #63 com 3'54''766 pelas mãos de Nicky Catsburg. 

Ainda no primeiro treino a Porsche sofreu alguns problemas com seus dois 911 RSR-19, sendo que o #92 - guiado por Michael Christensen no momento - teve um problema no eixo traseiro esquerdo e parou na pista. O #91, pilotado por Gianmaria Bruni, também teve um problema ao escapar na zona final da Mulsanne e parando de vez adiante em Indianapolis. Apesar dos problemas apresentados na nesta sessão, o #91 ocupou o terceiro posto. 

Na segunda sessão o equilíbrio foi visto com o Corvette #64 ficando novamente com a primeira posição, dessa vez com Alexander Sims marcando 3'54''001. A segunda posição ficou para o Ferrari 488 GTE EVO  #51 da AF Corse e a terceira posição para o Porsche #91. 

Na LMGT-AM a primeira sessão de treinos teve a liderança do Ferrari 488 GTE EVO #85 da Iron Dames, onde Michelle Gatting fez o tempo de 3'55''678. A segunda posição ficou para o Porsche 911 RSR-19 #99 da Hardpoint Motorsport e a terceira posição do Ferrari #80 da Iron Lynx. 

A segunda sessão viu um domínio dos Ferrari 488 GTE EVO nas três primeiras posições, com o #57 da Kessel Racing em primeiro - com a marca de 3'54''827 feita por Mikel Jensen -, #66 da JMW Motorsport em segundo e #71 da Spirit Of Race em terceiro. 

As atividades oficiais para a 90ª Edição das 24 Horas de Le Mans inicia na próxima quarta-feira, com os dois treinos livres e a qualificação. 

Resultado - 1º Treino

Resultado - 2º Treino  

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...